Namorados

P.O.V. Jace.

Estou tão feliz que a Clary voltou, mas com a aproximação de Jonathan temos demônios saindo pelas orelhas e nada de tempo para ficarmos juntos.

Deitado na cama, contemplando o teto. É. Assim que eu me encontro no momento.

—Ei.

—Oi.

Ela entrou e trancou a porta.

—Pra que trancar a porta?

—Pra ninguém entrar.

Respondeu como se fosse óbvio.

—Você é você?

—Sim. Clary Fray ao seu dispor.

Clary estava de pijama, era um pijama bastante revelador.

—Não consegue dormir?

—Não. Mas, eu vim pra ficar com você. Só, a Clary e o Jace. Só eu e você.

Ela engatinhou para cima da minha cama.

—Clary...

—Jace, a gente morreu e voltou. Não quero mais esperar. E é bom estarmos sozinhos. Não me entenda mal, amo a Izzi e gosto do Alec, mas eles tão sempre na nossa volta!

—Entendo.

Disse rindo. Então, ela me beijou e parei de rir. Senti suas mãos no meu peito, me abraçando, me tocando.

—Espera.

—O que? Você não quer?

—Quero. Acredite, eu quero muito, mas...

—Mas, o que?

—Não acha melhor esperar?

—Jace, eu vi você morrer. Te trouxe de volta, você foi possuído e eu fui parar num lugar pior que o inferno. Quando eu era uma garotinha mundana que tinha sonhos eu queria esperar, mas agora eu sou uma Shadowhunter que viu coisas horríveis e sabe que demônios existem. Aprendi que não posso e nem quero esperar. Tenho que viver no agora, porque a qualquer momento posso não estar mais aqui.

Ouvir a Clary dizer com todas as letras que TINHA sonhos me doeu na alma.

—Então?

—Então o que?

—Vamos fazer ou não?

—Se você quer. Eu quero.

Quando estávamos no meio, ela me parou.

—O que?

—Eles vão nos ouvir?

—Provavelmente.

Pensei que ela fosse querer parar, mas ela deu um sorriso diabólico e disse:

—Então me faça gritar bem, bem, mas bem alto.

—Não sabia que tinha isso em você Fairchild.

—Acho que é o meu lado Morgenstern falando.

E eu fiz ela gritar. Gente, poder finalmente contemplar e tocar aquele corpo perfeito e maravilhoso... foi a glória. Os seios dela eram macios, os bicos cor de rosa ficaram durinhos e ela tinha gosto de morango.

P.O.V. Alec.

Isso é tão... desconfortável. Estou escutando os gritos da Clary.

—Parece que alguém se deu bem.

—Ela é uma vadia.

—Alec!

—Ela grita como uma vadia.

—Está com ciúmes.

P.O.V. Clary.

Ah, isso é tão bom. Eu não sou virgem nem nada, mas é maravilhoso.

Acho que quando fazemos com alguém que realmente amamos, é mais que bom, é mágico. Depois de ter passado pelo Inferno literalmente aqui estou eu, na cama do meu lindo namorado fazendo um sexo maravilhoso.

Sentindo cada beijo, cada toque e cada pedacinho de Jace dentro de mim. Se eu pudesse, faria um bebê.

Finalmente nós explodimos num orgasmo incrível. E ficamos abraçados.

P.O.V. Jace.

Foi demais. Senti ela deitar a cabeça no meu peito, abracei-a pela cintura.

—Agora que você está aqui e depois dessa, nunca mais vou deixar você partir outra vez.

—Ótimo.

Comecei a fazer cafuné naquele cabelo ruivo.

—Eu te amo.

—Também te amo.

P.O.V. Clary.

Enquanto estava deitada ficava imaginado como seria um bebê nosso. Será que ele seria loiro como Jace ou ruivo como eu? Imaginei uma menina, de cabelinho cobre, uma mistura de loiro com ruivo, olhos azuis como os do Jace. Um bebê fofo e sorridente. Um anjinho. E dormi com aquele pensamento na cabeça.

P.O.V. Fênix.

A minha hospedeira quer uma prole. Ela foi bastante específica, uma criança menina, de cabelos acobreados e olhos azuis. Se este é o seu desejo, vou realizar.

Depois de uma vida tão dura e terrível, de tantas provações... Clarissa Morgenstern merece este milagre. E o que está por vir, será ainda pior.

Eu não vim para cá atoa e nem sozinha. Necrom, meu antigo inimigo escapou da dimensão negra e está vindo. Necrom, o devorador de mundos.