– A gente tem que bolar um plano. - Shikamaru disse sério.

– Tudo bem, Sakura, o que temos? Sakura? - Eu ouvia Sasuke me chamando, mas meu corpo simplesmente não se mexia, somente minhas pernas, porém sem meu comando.

– Preciso de mais uma convidada para a minha entrevista, venha aqui querida. - A garota me chamava. Entrei no estúdio e me sentei outra cadeira a sua frente.

– Me diga seu nome, por favor. - Ela disse.

– Sakura. - Eu lutava dentro de mim mesma para sair daquilo, mas não dava, era muito mais forte que eu.

– Sakura, pode me emprestar esse livro que está segurando? É só por um momento. - Ela pegou o livro das minhas mãos, e nossa esperança foi para o espaço.

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– Droga, droga. - Sasuke falava sozinho. - Agora a coisa ficou muito séria.

– O que fazemos? - Naruto disse, segurando a cabeça entre as mãos.

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– As duas podem chegar mais perto de mim, por favor? - Ela disse, então Hinata e eu nos aproximamos, ela tocou nossos rostos com a ponta dos dedos...

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– Pensa logo Shikamaru! Ela vai machuca-las! – Naruto já gritava enquanto olhava pelo vidro.

– Calma, não me apressem! – Ele disse dando passos para trás, até que tropeçou em um fio, fazendo com que o mesmo se soltasse, o que fez um barulho agudo e extremamente irritante.

– Droga! – Shikamaru disse tapando as orelhas com as mãos.

– Ei, olhem! – Naruto apontou para dentro do estúdio pelo vidro.

A garota se contorcia em sua cadeira, colocando as mãos nas orelhas, apertando a cabeça, como se a estivessem torturando.

–Lembram do livro? Ela morreu com um som muito agudo... Este deve ser seu ponto fraco! – Sasuke animou-se, porém neste momento o som parou.

A garota retirou lentamente as mãos da cabeça, e olhou severamente para eles.

– Vão me pagar... Vocês todos vão me pagar! – Ela gritou, então pegou Sakura e Hinata pelo pescoço, erguendo - as no ar.

– Larga elas! – Naruto gritou.

– Me obriguem! – Ela retrucou, apertando mais as mãos no pescoço das meninas.

– Droga, o que fazemos? - Naruto perguntou olhando para Sasuke.

– É fácil. Puxem todos os cabos que enxergarem, rápido! – Sasuke respondeu, todos correram pela sala, puxando cabos, fazendo um barulho extremamente agudo.

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Senti uma mão apertando meu pescoço, um som agudo invadiu meus ouvidos, e eu não conseguia me mover, senti sangue escorrer do meu ouvido direito, por causa do som. Logo as mãos no meu pescoço se afrouxaram e eu caí no chão, junto com Hinata.

– Sakura, Hinata! Vocês estão bem? - Vi meus amigos correrem até nós.

– Estamos, eu acho. – Hinata respondeu colocando uma mão na cabeça.

– Estamos bem. – Respondi também, colocando a mão no meu ouvido que doía, estava sangrando.

– Deixe-me ver isto... – Sasuke pediu tocando meu rosto, o virando até encontrar minha orelha. – Desculpe, foi pelo som agudo que fizemos...

– Tudo bem, era preciso. – Respondi. – Mas onde está a garota?

– Já era. – Naruto respondeu. – Agora levantem, precisamos ir para o próximo. – Ele disse ajudando Hinata a levantar, enquanto Sasuke me ajudava.

– Tem certeza que está bem? - Sasuke me perguntou de novo.

– Tenho sim... Sasuke, o livro...

– Ela pegou de você, não é? Deve ter deixado por aqui. – Ele disse olhando ao redor.

– Aqui Sakura. – Neji disse me entregando o livro.

– Obrigado, agora vamos ver... O quarto mistério, é na sala de matemática. – Eu disse olhando para os meus amigos.

– Credo, a sala de matemática já é um pesadelo, nem precisa de mistério lá. – Ino disse fazendo uma careta.

– A única coisa que diz é: “O quarto mistério se trata de uma professora de matemática morta misteriosamente, preste atenção em como ela conta.” – Li no livro.

– Nossa, ótima dica. – Tenten disse irônica.

– Bom, vamos lá.

Chegamos à sala de matemática, a porta já estava aberta, nessa hora tive uma ideia.

– É melhor nos separarmos... Fazemos duplas, e cada dupla resolve um mistério, já que faltam cinco. Assim terminamos mais rápido. – Sugeri.

– É uma boa ideia, mas precisamos do livro para saber sobre os mistérios. – Temari afirmou.

– Mas é só eu ler sobre cada mistério para vocês, daí vocês sabem o que fazer. – Continuei. – Todos concordam? - Todos assentiram.

– Certo, Sasuke e eu ficamos com a professora aqui. Neji e Tenten ficam com o quinto. Naruto e Hinata com o sexto. Shikamaru e Temari com o sétimo e Gaara e Ino com o oitavo. – Terminei.

– Ok, fale sobre o nosso que a gente já vai... – Neji pediu.

– Certo, o quinto mistério... É na sala de ciências. “O quinto mistério é sobre um professor de ciências que foi acusado de ter se transformado em um cientista louco, usava cobaias humanas para suas experiências. Ele não gosta de pessoas burras.” – Li.

– Sério isso? - Tenten ria.

– Vamos Tenten. – Neji disse. Então os dois foram até a sala de ciências, que não ficava muito longe dali.

– Agora o nosso. – Disse Naruto.

– Ok, o sexto mistério... Na sala do diretor... – Comecei.

– Ah, então tá de boa, conheço aquela sala com a palma da minha mão, digamos que eu costumo frequentar. – Naruto disse debochando.

– Não me interrompe idiota. – Gritei e dei um tapa na cabeça dele. – Então, na sala do diretor... “O sexto mistério é sobre o assistente do diretor, que foi encontrado morto. Ele não gosta de alunos desobedientes.” – Li.

– Vish, coitado desse. – Shikamaru murmurou.

– Ah, eu sou um ótimo aluno e vocês sabem. – Naruto disse e cruzou os braços emburrado.

– Sim Naruto, sabemos, agora vamos. – Hinata disse e o puxou para a sala do diretor, que ficava no andar de baixo.

– Agora, Shikamaru e Temari, o sétimo mistério... Banheiro feminino. – Eu disse.

– Ah, tá brincando né? - Shikamaru disse. Apenas ri.

– Não to brincando não, boa sorte. – Continuei. – “Uma aluna foi morta no terceiro box do banheiro feminino, seu rosto ficou tão deformado, que nem sua alma aguentava ver seu próprio reflexo.” – Li.

– Caramba. – Temari murmurou.

– Alma tem reflexo? - Ino perguntou.

– Não que eu saiba, mas deve ter se diz aqui. – Respondi.

– Af, vou ter que entrar no banheiro feminino, vamos logo com isso Temari. – Shikamaru reclamou e saiu puxando Temari.

– Só falta a gente. – Ino disse.

– Sim, me deixa ver... O oitavo mistério, no terraço. “O último mistério é o mais famoso, todos já ouviram falar da garota que se jogou do terraço. Ela não teve culpa, descubra sua inocência.” – Li.

– Não entendi. – Disse Ino.

– Vamos entender então. – Disse Gaara, então os dois subiram para o terraço.

– Agora somos nós. – Sasuke disse virando para me encarar.

– Sim. Vamos lá. – Eu disse e segurei a mão dele, que apertou a minha.

Entramos na sala de matemática, não tinha ninguém, novidade. Ou pelo menos eu pensava que não tinha ninguém.

– Vieram estudar matemática?