.PÓS TARDIS.

A porta da TARDIS de fechou e um segundo depois ela se desmaterializou. John e Rose continuaram a olhar para o lugar onde à pouco a nave tinha estado, as mãos dadas.
--Ele vai ficar bem—Murmurou Rose. – Sei que vai.
Ela não estava chorando; Parecia não saber onde estava ou o que fazer. Isso deixou John preocupado.
--Vamos—Disse ele, puxando-a levemente. –Vou fazer um chá.
Ele passou o braço por seus ombros e a conduziu até a mesa, onde ela se sentou, indiferente.
--Ele não vai morrer. –Disse John. –Vai só se regenerar. Você sabe.
E colocou água com um saquinho de chá para ferver.
--Exato— Murmurou ela. –Vamos provavelmente não vamos vê-lo novamente.
John suspirou. Nisso Rose tinha razão.
Ficaram em silêncio por um bom tempo. O único som era o chá fervendo. John serviu-o em duas canecas e se sentou.
--Mas eu tenho você— Disse Rose, como se não tivesse havido interrupção.
--Sim. Quanto à isso... –Começou John. –No chalé de Dora, antes de você desmaiar, quando te resgatamos dos killerblasters, você disse... Você disse...
--Eu disse—Concordou Rose, se lembrando.
--Exato. E para quem você... Para quem você disse aquilo?
Rose encarou John e, por cima da mesa, beijou-lhe a testa.
E ele entendeu. Rose amava os dois igualmente, mas, por força do destino, iria ficar com John. Ele era o escolhido. A frase era para ele.
--Você sabe. –Disse Rose, as mãos envolvendo a caneca de chá.
John encarou-a com lágrimas nos olhos. Não lágrimas de felicidade. Estava feliz, sim, felicíssimo, mas as lágrimas eram pelo chá, que estava quente demais.

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.EM TORCHWOOD.

Rose abriu a porta do que lhe pareceu ser a milésima sala. Ninguém. Aonde teriam ido todos? Aquilo estava lhe cheirando muito estranho. Fazia cinco minutos que estava procurando John e ele não estava lá. Ninguém estava lá. Ela suspirou, aborrecida. Ele havia agido de maneira estranha o dia inteiro, mas daí a sumir sem deixar nenhum recado... Faltava procurar apenas no estacionamento. Se sentindo um pouco magoada por todos terem saído sem falar com ela, ela abriu os portões e estacou.
Todos os seus colegas de trabalho estavam lá. E também sua mãe, seu pai e o bebê. Mas seus olhos pararam na figura no centro da aglomeração. John, usando um smoking, os cabelos penteados para trás. Ela nunca vira John usar um smoking antes. Ela se aproximou, curiosa. Mas, quando estava perto o bastante e tinha aberto a boca para perguntar o que estava havendo, John se ajoelhou e pegou sua mão direita.
--Rose Tyler— Disse, formal, olhando-a nos olhos. – Minha humana. Eu te amo e gostaria de saber—Ele fez uma pausa e engoliu a seco. –Se você gostaria de se casar comigo.
Rose ficou parada, a boca meio aberta, tentando absorver o que ele pedira.
--Que saudades do Mickey... –Comentou Jackie, provocando John.
Ele corou do queixo a raiz dos cabelos, mas não se moveu.
Rose olhou-o profundamente.
Se parecia tanto com O Doutor... O Doutor...
Mas o senhor do tempo não voltaria mais, estava morto. E também queria que eles fossem felizes e isso, por mais que adiassem ou não admitissem, os faria feliz.
--Aceito. –Murmurou ela, meio chorosa, meio sorridente.
John tentou falar, mas se atrapalhou: Meio que sorriu, meio que fez um barulhinho com a garganta. Vários dos colegas de trabalho riram.
John tirou uma caixinha azul- TARDIS do bolso do smoking e abriu-a. Havia dois anéis. Ele tirou o menor e colocou-o no dedo de Rose, depois se levantou e deixou que ela fizesse o mesmo. Então se beijaram. E os trabalhadores de torchwood aplaudiram. Alguns haviam até trazido confetes.
John a conduziu até um carro azul mais a frente.
--Pensei em assistirmos o por do sol— Disse. –Já arranjei o carro e Dan nos deu a tarde de folga. Talvez um jantar.
E sorriu para Rose.
--Eu não sei o que dizer... –Comentou a humana.
--Que tal... Allons-y?
Eles sorriram e entraram no carro.

.CRIANÇAS.
Duas crianças corriam pela neve. O menino não devia passar de três anos e a menininha, um. Era seu primeiro inverno e ela corria feliz com uma bolacha nas mãos. Eram Jack e Sarah Tyler.
--Não se afastem muito!—Disse Rose, alto, se jogando no banco do parquinho.
--Eles vão ficar bem. –Comentou John, sentando ao seu lado.
--Meu Deus! Eles crescem muito rápido.
John sorriu, olhando os pequenos correrem.
--Jack Smith Tyler e Sarah Smith Tyler! Ainda acho que o seu nome deveria vir por ultimo. –Comentou Rose.
--Bah! Eu prefiro Tyler. Quero dizer—Ele baixou a voz. –É um sobrenome que vem de família.
Rose não conseguiu negar um sorriso.
--Mamãe, mamãe, olhe!—Grito Jack. Era realmente uma miniaturazinha do pai.
Os adultos correram até lá. Havia um pequeno esquilo no chão e Sarah lhe dava sua bolacha.
--Que bonitinho!—Comentou Rose. –Um esquilo.
--“Equilo”— Repetiu Sarah, rindo.
--Podemos ficar com ele, papai?—Perguntou o menino, esperançoso.
--Acho que não. –Respondeu John, sério. –Ele roeria seus sapatos.
O menino voltou a olhar para o animal, meio triste.
--Essa não, olhe a hora!—Exclamou Rose, olhando o relógio de pulso. –Vamos chegar atrasados para o jantar de natal.
--Tem razão. –Disse John, pegando a menorzinha no colo. Ela era igualzinha à mãe. –Jackie não vai nos perdoar se perder a chance de estragar vocês.
Rose tomou o maior pela mão e começaram andar.
--“xau, equilo”—Disse Sarah, abandando a mãozinha em adeus.
--Tem certeza de que não podemos ficar com ele?—Perguntou Jack novamente.
--Não!—Responderam John e Rose juntos, sorrindo. E continuaram a caminhar.

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