Capítulo 10 - Pesadelo ou Premonição?

Comecei ter um sonho bem estranho, nele eu estava de olhos fechados e em pé em cima de uma linha vermelha que separava dois ambientes, um era todo verde, alegre, cheio de pessoas, animais, flores e o outro estava cheio de névoa, com árvores secas e queimadas, o solo estava cheio de esqueletos.

Atrás de mim tinha um parede, e nela havia algum tipo de medidor, e acredite meu Tio Malvin também estava lá, ele estava andando de um lado para o outro sussurrando várias palavras que eu não entendi.

À medida que o ponteiro do medidor que ficava na parede estava indo para um marca branca eu me aproximava da paisagem verde e alegre, e quando o ponteiro ia para o lado preto do medidor eu ia me aproximando da paisagem sombria.

Meu Tio Malvin, andava de um lado para o outro, sussurrando várias coisas que no começo não entendi direito.

Quando eu me aproximava do lado “ruim” ele sorria e balançava a cabeça, mas quando eu ia para o lado “bom” ele fechava a cara e começava a flutuar de um lado para o outro.

Quando se passou muito tempo e aquilo ficou se repetindo. Meu Tio começou a parar de sussurrar e começou a falar um Português claro, então só ai eu entendi o que ele estava dizendo.

– Não precisa disso, você é bem mais forte do que você pensa, só precisa se juntar a mim que você saberá o que realmente você quer.

Eu não respondi nada só continuava me aproximando da paisagem sombria.

– Isso! Você é bem mais poderosa do que pensa, e só se unir que eu te mostrarei o verdadeiro poder! – Acrescentou ele.

E o “eu” do sonho continuava se aproximando do lado sombrio. Poderia aquilo apenas parecer um sonho, mas era como se eu sentisse presente ali, era como se algo dentro de mim quisesse gritar para “o meu eu” do sonho parar de escutar o Malvin, era como se algo naquele momento quisesse dominar a minha mente, mas eu estava me negando a deixar aquilo acontecer, deixar que o eu do sonho fosse para o lado sombrio daquele lugar.

Quando “o eu do sonho” estava já quase inteiramente do lado sombrio, só faltando um passo para ele ficar inteiramente naquele lugar, ele parou.

Tio Malvin estava bem ao lado do “meu eu do sonho” com um sorrisinho no rosto e disse:

– Vamos querida! Por que parrou?!

Nesse exato momento o “meu eu” abri os olhos, e olho para o Tio Malvin, e virou as costas para ele e saiu andando em direção à paisagem verde.

– O quê?! Volte, posso te ensinar sobre seus poderes e ect. – Dizia ele seguindo “o meu eu”.

Mas dessa vez ele simplesmente ignorava o Tio Malvin apenas ia caminhando lentamente até o lado verde e corrido daquele lugar.

– Não, não faça isso... Como?! Você quansseguiu?! – Disse ele tentando “me” segurar, mas era como se não pudesse tocar em “mim”.

Quando “o eu do sonho” ficou totalmente dentro do lado “bom”, Tio Malvin disse, mas era como ele queria falar realmente para mim.

– Você ter dado sorte dessa vez garota, mas eu ainda te pegarei! – Disse ele olhando para o nada, “meu eu do sonho” que estava de cabeça baixa, levantou a cabeça e olhou para o tio Malvin e logo em seguida ele despereceu.

O “meu eu” logo em seguida abaixou a cabeça, olhou para o tal medidor que estava na parede e uma coruja, abaixou a cabeça novamente.

De repente o fundo ficou com uma iluminação estranha, e “o eu do sonho” levantou a cabeça e disse:

– Rápido Luna você não tem muito tempo, ele ainda não vai desistir! Rápido Luna, Luna acorde!

Esse exato momento de um pulo da cama. Finalmente acordei daquele pesadelo estranho, meu coração batia acelerado, e minhas mãos suavam.

Olhei em volta ainda meio assustada, e notei que eu não estava mais no laboratório da Princesa Jujuba, mas eu ainda parecia estar no castelo Doce, eu estava em uma cama bem estranha e envolta de mim havia alguns móveis com frascos em cima deles e algumas macas por lá também. (N/a: Luna na verdade estava no hospital Doce, mas como ela nunca tinha ido a um hospital antes, ela não fazia ideia do que eram aquelas coisas).

Me levantei da cama e fui até a porta para tentar sair dali e descobrir onde eu realmente estava, quando me aproximei da porta, ouvi várias pessoas se aproximando então voltei para a cama.

Um sorvete gigante abriu a porta e falou:

(Sorvete Gigante): - Oh... Luna, que bom que você esta acordada, a princesa vai ficar aliviada.

– Quem é você e onde eu estou?

(Sorvete Gigante): - Vou chamar a Princesa Jujuba, ela quer falar com você e tenho certeza que ela responderá todas as suas perguntas. – Disse ele saindo do quarto e fechando a porta.

– Esperaa!!

Depois ele voltou e trouxe a Jujuba junto.

(Jujuba): - Luna que bom te ver acordada! – Disse ela sorrindo e se aproximando de mim.

– Ah, oi. Princesa que lugar é esse?

(Jujuba): - Ah, esse é o hospital doce, e esse aqui é o Dr. Sorvete. – Falou ela apresentando o tal sorvete gigante.

– Tá, mais por que eu estou aqui?

(Jujuba): - Você está aqui por que achamos que você estava em coma por causa dos testes. Mas o certo era que você só estava dormindo.

– E por quando tempo eu dormi?

(Jujuba): - Três dias!

– O que três dias, meu nível de maldade deve estar enorme... E- e aquele sonho estranho, tenho que falar com o mago. – Disse enquanto pulava da cama e corria até a porta.

(Jujuba): - Para aí, eu ainda não terminei meus testes! Volte! – Falou ela correndo até a porta do quarto.

Achei uma sombrinha no corredor, peguei ela e a abri, corri, corri por várias horas, procurando a casa daquele mago, e nem me pergunte como, mas eu consegui, achei a casa dele, bati na porta mas ninguém atendeu, vi a janela aberta então tive aquele velha ideia novamente. Entrei pela janela.

E fiquei procurando o mago dentro da casa, dormindo em cima de uma mesa cheia de papeis, o cutuquei e ele tomou o maior susto.

(Mago): -Ahhhhhhhh....

– Ahhhhhh!

(Mago):- Maldita criatura das sombras! O que está fazendo aqui?! Pensei que tinha livrado de você!

– Só pensou, não é tão fácil assim se livrar de mim! MUAHAHAHA!

(Mago): - O que você veio fazer aqui?! – Falou ele indo em direção a mesa e pegando aquele aparelho doido dele igual o da Jujuba.

– Bem eu vim aqui te contar um sonho que eu tive... Ei por que você tá pegando essa engenhoca de novo?

(Mago): - Para medir seu nível de maldade e bondade, vai que você esta maligna agora, estou correndo risco sabia?!

– Ah tudo bem né?!

(Mago): - Sente – se ali! – Falou ele apontando para o velho sofá.

Logo em seguida ele usou em mim aquele aparelho que media maldade e bondade.

(Mago): - Que ótimo, continua 30% seu nível de maldade, agora fala o que você quer!

– Bem... Eu tive um só... Pera aí você disse que meu nível de maldade esta 30%?! Então ele diminuiu. – Falei empolgada.

(Mago): - Como assim, diminuiu?! Ele estava maior?

– Sim, quando a Jujuba mediu ele estava 32%...

(Mago): - Você conheceu a Princesa Jujuba?! Então você encontrou Finn e Jake?

– Sim, mas não cheguei a lutar e nem andar com eles, a Jujuba mediu minha bondade bem depois de que eles foram embora do castelo doce, depois dormi por três dias e não os vi mais.

(Mago): - De algum jeito sua maldade diminuiu!

– Será que tem algo haver com meu sonho.

(Mago): - Que sonho?

– Sei lá um sonho estranho que eu tive, por isso eu vim aqui!

(Mago): - Pode falar! – Disse ele se sentando ao meu lado no sofá.

Contei meu sonho para ele e quando terminei, ele me disse:

(Mago): - Bem... Luna eu tenho uma boa e uma má noticia!

– Não enrola, conta logo!

(Mago): - A má noticia é que por algum motivo seu Tio está atrás de você, e você terá que aprender a usar seus poderes se quiser escapar dele e lutar também!

– Por que meu Tio está atrás de mim, não devo nada para ele.

(Mago): - Também não sei, seu tio tentou tomar sua mente, mas você conseguiu domina-la. Creio que você deu o primeiro passo para ser boa, Autocontrole... Bem, mas ainda você terá que aprender lições de heroísmo para salvar você mesma de seu tio, quando mais bondosa você ficar menos poder sobre você ele terá! E agora creio que você também acabou desenvolveu um de seus poderes.

– Serio qual? – Perguntei entusiasmada.

(Mago): - Campo de força mental!

– Uuuu! Para que isso serve?

(Mago): - Bem... Com ele você pode proteger sua mente de seu tio e dos outros seres das trevas quando elas tentarem ler seus pensamentos e tentaram dominar sua mente.

– Que mixuruca!

(Mago): - Você que sabe, Ainda é melhor que nada! – Venha comigo. – Falou ele fazendo um sinal para que eu o seguisse.

Fomos até uma mesa que estava cheia de líquidos borbulhantes e tubos de ensaio, acho que era o laboratório dele.

(Mago): - Muito bem... Lembra do seu fio de cabelo que eu te pedi da última vez em que você estava aqui?

– Sim eu me lembro por que?

(Mago): - Estou usando ele para fazer um profundo exame de DNA, assim vai ser mais fácil saber quais poderes você tem.

– Ah... Então tá, eu vou indo tenho que aprender várias coisas com Finn e Jake...

(Mago): - Não se esqueça de voltar aqui amanhã, vamos treinar seus poderes.

Concordei com a cabeça e sai pela porta e foi novamente atrás de Finn e Jake.

Mas antes me lembrei de que eu não tinha ideia para que lado ficava a casa de Finn e Jake, voltei para a casa do mago pedi um mapa que me lavasse até a casa dos dois, o mago me deu e eu sai de lá!

Cheguei bem rápido, lá bati na porta com uma das mãos e coma outra eu segurava uma sombrinha.

(Finn): - Ah, Oi Princesa, pensei que fosse a Marceline, olhei pela janela do andar de cima e só vi a sombrinha, pensei que era ela.

– Posso entrar Finn?

(Finn): - Ah, claro... Pode entrar! - Falou ele abrindo porta para mim.

Entrei na casa e ela ainda mais bonita por dentro do que era por fora.

(Finn): - Jakeee! – Gritou ele pelo cão.

(Jake): - Que foi parceiro? – Falou ele enquanto descia as escadas rapidamente. Ah... Oi Princesa!

– Oi Jake! – Falei acenando.

(Finn): - Princesa quer que eu e o Jake mostremos a casa para você?

– Não muito obrigada, na verdade eu vi pedir um favor!

Contei toda a minha história para eles dois e eles quiseram me ajudar.

Finn disse que a melhor maneira de seu sentir heroico, era indo em uma boa aventura, então ele e Jake me convidaram para ajuda-los em uma aventura, e eu é claro que concordei. Jake disse que tinha um monstro atacando o Reino café da manhã, e que eles precisavam de ajuda, fomos então para lá em busca da minha primeira aventura, vi Finn e Jake acabando com um ciclope gigantesco e foi incrível, eu meio que me senti como assistente deles, Finn então me ensinou a lutar usando uma espada, depois fomos até a casa da Dona Tromba para comer umas deliciosas tortas de maça, e eu admito aquilo era a melhor coisa que eu tinha comido em toda a minha vida, quando acabamos de comer as tortas de maça fomos até o jardim da casa da Dona Tromba e ficamos sentados na sombra de uma macieira esperando nossas barrigas esvaziarem para podermos procurar mais aventuras. Enquanto isso ele me mostrou um livro muito maneiro chamado Enchiridion, o manual do herói, ele disse que graças aquele livro ele é o herói que é hoje, ele também me disse que aquele livro já foi bem útil para ele, e com certeza seria útil para mim, então ele me deu o livro, agradeci e logo comecei a lê-lo. Depois saímos em busca de mais aventuras fomos até o reino Doce Ajudar a Princesa Jujuba, com mais problemas com zumbis Doces, no Fim do dia Finn e Jake me levaram para sua casa para tomar sorvete e acabei conhecendo BMO. Depois saímos da casa e ficamos lá fora sentados relembrando o dia e olhando para o céu.

– Acho que nunca tinha me divertido tanto assim antes! – Falei olhando para o belo pôr-do-sol.

(Finn): - Nem eu!

(Jake): - Eu tô tão cansado, mas eu me diverti a beça hoje.

– Obrigado Finn e Jake.

(Finn): - Obrigada pelo o quê Princesa?

– Por terem me dado o melhor da minha vida!

(Jake): - Nesse caso... De nada!

Nos três rimos e depois começamos a olhar para o céu, puxa nem percebi que passei a manhã toda andando por ai, era como se eu estivesse esquecido do sol e ele de mim, mas eu não estava nem ai, fiquei feliz por ter finalmente feito o que eu esperei minha vida toda.

Finn, Jake e eu olhávamos para o céu, eu estava vendo o belo pôr-do-sol quando algo chamou a minha atenção, um homem que parecia meio velho com uma barba enorme, e uma roupa azul flutuava pelos céus e vinha em nossa direção.

Continua...