The Cursed Girl

Revelações


– Foi horrível! – Ouvi uma voz feminina dizer, ao entrar na casa de banho onde eu estava, numa das cabines. – Ele nem deu uma desculpa, apenas disse que tínhamos de desmarcar o encontro.

– Ele fez isso? – Perguntou outra voz feminina, mas fina.

– Fez! Ah, tu nem imaginas como eu fiquei – disse a primeira voz. – Mas eu ainda vou descobrir quem foi a vadia pela qual o James me trocou!

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A referência ao nome fez com que eu tomasse mais atenção à conversa.

– Sabes, no outro dia, a Catie também se queixou disso, - informou a voz fina. – Ela disse qualquer coisa de ele estar com ela, mas não lhe ligar nenhuma. Como se estivesse a pensar noutra coisa enquanto ela falava.

– E contigo? – Perguntou a primeira.

– Bem, o James já não combina nada há alguns dias – admitiu. – Oh meu Merlin! – Exclamou como se tivesse descoberto a cura para a febre de dragão. – Tu achas que ele é gay?

Controlei-me para não gargalhar. A ideia de James Potter ser gay era hilaria.

– Claro que não! Pelo menos, eu espero que não, - afirmou, receosa a primeira rapariga.

– Mas ele está a cancelar os encontros, não se sente interessado quando está com uma rapariga. E sejamos sinceras, desde quando é que James Potter frequenta a biblioteca da escola? – Perguntou em tom de sabedoria.

Ok, aquilo era demais para mim! Sai da minha cabine, anunciando a minha presença, e dirigi-me ao lavatório.

– Tu estavas ai o tempo todo? – Perguntou a voz fina, que eu agora sabia pertencer a uma loira oxigenada.

– Sim, mas não te preocupes, eu não me interesso pelas tuas conversas – indiquei. – Principalmente, se forem as tuas teorias sobre o quão gay ou não o James é.

– Tu por acaso não tens nada com ele, pois não? – Questionou a outra rapariga, uma castanha baixinha com as mãos nas ancas. Como se eu tivesse medo dela!

– Eu e o Potter? – Sorri irónica. – Não em parece!

– Olha que não sei, ele anda sempre atrás de ti – afirmou a loira.

– Porque é um idiota que adora irritar-me – disse e sorri. – Se me dão licença, eu tenho de ir almoçar. Adeus!

E sai em direção ao Salão Principal. Eu e o Potter? Juntos? Bem, não em público, pelo menos…

Quando cheguei à mesa de Gryffindor, todos os meus amigos já estavam sentados juntos. Dirigi-me até eles.

– Oi, gente, – cumprimentei-os e sentei-me entre Fred e James. Não podia perder a oportunidade. – Olá, amiga! – Disse, diretamente para o moreno que me olhou desconfiado.

– Amiga? – Questionou.

– Oh meu Merlin! O que foi que fizeste ao cabelo hoje? – Perguntei um pouco animada demais. – Estás linda!

– Estás bem, Andie? – Perguntou-me Fred.

– Ótima, Fred. Obrigada – disse ao ruivo. Depois virei-me para o moreno que me encarava como se eu tivesse duas cabeças. – E então? Algum feitiço? Tens de mo ensinar, Jamie!

James ficou ainda mais confuso quando Rose começou a rir, à minha frente.

– Tu ouviste, não ouviste? – Perguntou me a ruiva.

– Agora mesmo, na casa de banho – confirmei.

– Elas andam assim há uma semana, - indicou a ruiva. – É super engraçado!

– Não tem graça nenhuma – cortou Lily, metendo-se na conversa. – Estou tão farta de as ouvir falar disso!

Fred e James olhavam para nós, sem entender nada.

– Lily, admite – pedi. – É engraçado! Embora eu não saiba o que é pior… elas pensarem isso do James ou o facto de serem amigas e saírem todas com o mesmo rapaz e não se importarem com isso, - comentarem.

– Hey! Pensarem o quê do James? – Interrompeu o próprio, confuso. – O que foi que eu fiz agora?

– Nada, - disseram Lily e Rose, ao mesmo tempo.

– E esse é o problema – conclui eu. – Mas eu sempre desconfiei, afinal o patrono de uma pessoa diz muito sobre ela. No teu caso… - deixei a frase em aberto, sabendo que o patrono dele era um cervo, ou viado!

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– O meu patrono? – Perguntou ele, confuso.

A cara de confusão de James, só fez com que eu e Rose gargalhássemos.

– Opa, parem – pediu Lily. – Já é mau o suficiente quando elas me interrompem no corredor para perguntarem isso.

– Perguntarem o quê? – Quis saber o Potter.

– Se tu és gay ou não – informou a ruiva mais nova.

James levantou-se de rompante.

– Eu não sou gay! – Exclamou com uma voz esganiçada, devido ao choque.

– Nota-se – brinquei. – Essa voz diz tudo!

– Pessoal, - O Potter chamou a atenção das pessoas à sua volta. – Só para dizer que eu não sou gay! Quaisquer que sejam as reclamações que tenham, não interessam! – Afirmou. – Eu não sou gay! – Vi algumas raparigas em redor sorrirem. - Obrigada pelo tempo!

O Potter voltou a sentar-se.

– Gay? Elas achavam que eu era gay? – Procurou confirmar.

– Sim – disse eu. – Mas, está tudo bem, James, não há problema em gostar de rapazes – provoquei.

– Eu mostro-te quem gosta de rapazes aqui! – E dito isto, puxou-me contra si e beijou-me.

Um beijo…quente! Um beijo que eu me permiti aproveitar, até perceber que todo o salão se silenciou!

Afastei-me de James, empurrando-o com um braço. Durante alguns segundos, eu não soube o que fazer, então comecei a senti-lo. O arrepio no pescoço!

– JAMES SIRIUS POTTER, TU ÉS IDIOTA OU FAZESTE? – Gritei, sentindo a raiva na voz. Ele beijou-me à frente de todos! Como se fossemos…. Tivéssemos algum tipo de relação!

– Calma, ruivinha – pediu, com um sorriso maroto no canto dos lábios. – Foi só um beijo!

– SÓ UM BEIJO? – Eu nem conseguia acreditar naquilo. – É melhor correres, Potter! – Ameacei.

No entanto, James não chegou a sair do lugar antes de chegarem as corujas com o correio.

– Sortudo! – Disse Fred, quando me viu a respirar fundo e controlar-me para não lhe bater. – Salvo pelas corujas!

James sorriu e encolheu os ombros.

Rose recebeu as suas cartas juntamente com um exemplar do Profeta Diário. A ruiva leu as cartas e, de seguida, abriu o jornal. Os seus olhos arregalaram-se quando viu a primeira página.

Por todo o salão foram ouvidos sussurros e eu senti que, por algum motivo, todos olharam para mim. Olhei em redor só para ver que todos os alunos liam o jornal e me olhavam, enquanto comentavam algo com os colegas do lado.

– Rose? – Chamei a sua atenção. A ruiva olhou-me receosa. – O que se passa? – Rose olhou para o jornal e depois para mim, como se a decidir o que fazer. Finalmente, entregou-me o jornal. Olhei-o e arregalei os olhos.

Na primeira página, estava uma fotografia minha, logo por baixo do título.

“DESCENDENTE BLACK PERDIDA!”

Comecei a ler o texto.

“ Andrea Jones, 17 anos, entrou para Hogwarts em Setembro do ano passado, vinda de Beauxbatons. De imediato, Andrea fez amigos e, tal a nossa surpresa, ao averiguar que estes eram os filhos do Trio de Ouro, e restante família.

Até aqui, nada de anormal na vida desta pequena bruxa. No entanto, o que vocês não sabem é que Andrea, que até agora se dava como nascida-trouxa, foi adotada pelos pais quando bebe.

Ao que parece a nossa pequena bruxinha é, nem mais nem menos, que uma descendente Black. E agora vocês perguntam: quem são os seus pais?

A resposta nem a mesma sabe.

Segundo fontes próximas de Andrea, esta tem recebido cartas dos seus pais, no entanto, sem assinatura. “Ela andava sempre com aquele pergaminho e eu achei que poderia ser algo perigoso, então quando ela não viu, eu li-o”, diz uma colega de dormitório.

Se analisarmos bem a constituição física da nossa bruxinha, veremos que ela se parece muito com a família Black. A pergunta aqui é: Será que Andrea irá continuar o legado da família ou, como Sirius Black, se irá revoltar?

“É frequente vê-la a ameaçar James Potter! Fiquei preocupada com a minha segurança e dos meus colegas!”, diz a fonte. “E quando descobri que ela era uma Black, entendi diversas coisas sobre ela. Andrea desaparece diversas vezes durante a noite. O que vai fazer eu não sei, mas esse não é o comportamento de alguém que não tem anda a esconder!”

O que será que Andrea Jones, ou Black, anda a esconder? Será que Minerva Mcgonagall sabia que tinha sob o seu teto uma descendente Black? Será que Andrea é um perigo para todos nós ou apenas mais uma revolucionária na família? E, mais importante, quem são os seus pais?

Mantenha-se atento com,

Rita Skeeter”

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.