A terceira lei de Newton afirma que: "Toda ação provoca uma reação de igual ou maior intensidade, mesma direção e em sentido contrário".

'Tá, tem coisa mais estranha do que ver minha irmã ser parceira do irmão do recém aluno da minha escola? Se tiver, um borboleta batera suas asas do outro lado do mundo e aqui teremos um terremoto, muito agradável universo.

Pela janelinha e ver o que acontecia atrás da lataria me deixava nervosa, pude apenas ver Carmen mexer em um pequeno aparelhinho estranho e para botar estranho nisso tinha em cima de uma bancada feia um relógio de pulso ridículo, mas sinto muito se minha descrição atrapalha o entendimento. Mas se eu soubesse o que aquilo faria e ainda em uma velocidade absurda com esse maldito trapo velho, teria pulado do veiculo a muito tempo. Aquilo já era a reação, mas haveriam outras.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Pode explicar a palhaçada que você está fazendo, César? – Rex perguntou nervoso e ergui o tronco para frente e encarar o homem que parecia ser o irmão dele.

— Não olha pra mim não, foi ideia da Carmen! – Gritou, fazendo uma curva brusca e quase batendo o furgão num carro e impedir de colidir com um poste de luz.

Eu sou jovem demais para morrer, muito jovem.

— Agora eu sou a culpada? – Minha irmã gritou lá de trás e algo pareceu cair – César!

— Estou dirigindo, amor! – Respondeu.

O solavanco do furgão quase poderia ter feito com que eu voasse para fora, mas ainda bem que existia o bom e velho cinto de segurança.

Estávamos sendo levados para os limites da cidade perto do rio que ligava a uma estrada deserta no sentido de não haver tanto trafego.

Parecia que o meu olhar e do Rex tinha sido programado para olhar e posso concluir que havia a mesma duvida nele assim como eu estava em duvidas.

De repente, César pisou no freio com tudo e pude ouvir as coisas lá trás quebrando e caindo junto com o que parecia ser minha irmã. Não conhecia esse irmão do Rex, mas tinha certeza que Carmen o conhecia bem para querer mata-lo.

— Estamos longe de tudo! – Gritou e ouvimos a porta de trás ser aberta – Carmen? – Ele perguntou e abriu a porta, saindo.

Claro que não perdi tempo e me retirei também, sendo seguida por Rex.

Carmen estava... Meio que deplorável. Nem parecia que tinha saído para ir a faculdade e lá estava ela, o cabelo curto todo bagunçado e a roupa amarrotada, mas um olhar furioso e que alertava pular para cima de César a qualquer minuto.

— Seu... Idiota! – Rosnou e eu só queria um balde de pipoca.

— Você avisou como se fosse urgente e falou “dirija o mais rápido que puder” – Se desculpou e ela bufou de raiva.

— Não literalmente! – E ela tentou avançar e nesse minuto fui obrigada a segura-la.

— Vamos nos acalmar aqui? – Esbravejou, Rex – Seria ótimo pensarmos um pouco antes de querer esganar alguém.

— Falou o ser que quase brigou com um valentão no primeiro dia de aula – Resmunguei e Rex me encarou descrente – Apenas a verdade – Dei de ombros e soltei Carmen.

— Típico sua irmã conhecer o meu irmão, parece que o destino quer que fiquemos juntos – Zombou o tal Cesar e franzi o cenho para o ser que era o irmão de Rex, o encarando com uma face "sério isso?"

— No inferno que ficaremos, eu só precisava que Elena estivesse conosco – Carmen falou num tom sério – E seu irmão também, eles podem correr algum risco ficando longe de nós.

Encarei os dois confusa, primeiro para minha irmã mais velha e o irmão de Rex, ambos tendo uma argumentação de algo sério na nossa frente, mas não podendo entender nada. Sabia que Carmen estudava alguma coisa e sempre precisou mencionar nossos pais, como se algo em física quântica fosse traze-los de volta.

— Desculpe arrastado vocês dois para fora da cidade, mas é algo sério e pode colocar você em perigo Rex – Carmen falou para Rex, seu olhar transmitindo preocupação – Quando Elena falou que o tinha conhecido, não sabia que isso poderia trazer um risco a vocês dois, principalmente você que é o único portador de nanites existente.

— Ainda não entendi – Falei, a encarando.

— Eu recebi um recado da nossa máquina, a que eu e nosso tio construímos... Ela funcionou e nos mandou coordenadas – Suspirou cansada e franzi o cenho – Não foi uma pegadinha, tanto que a máquina reagiu só por você ter tido contato com os nanites.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Mas eu nunca realmente cheguei perto dessa coisa maluca, nem toquei nela... – Resmunguei, ainda sem entender nada.

— Você entrou em contato com Rex, depois eu entrei em contato com você e como eu sou a inventora... – Encarou César, recebendo um aceno dele para prosseguir – Os nanites entraram em colapso com as substancia da máquina.

— Como uma explosão com átomos, se chocando com eles porque sua irmã teve a brilhante ideia de usar tecido humano para uma passe relativa e paralela para uma resposta e reação – César explicou e minha cara era de pleno desentendimento assim como a de Rex – Paralelo, toda ação tem uma reação e o erro de sua irmã foi usar o próprio tecido humano dela.

— Estamos falando de alguma coisa estranha tipo universo alternativo, algo paralela? – Indagou Rex.

— Olha, nem precisamos nos esforçar para alguém aqui entender – César falou com animação, uma bem forçada diga-se de passagem.

— E por que nós trouxe para fora da cidade, tipo, no meio de uma rodovia? – Pergunto novamente Rex, cruzando os braços e Carmen e César se encarando preocupados.

— Precisamos da sua ajuda irmãozinho – O Salazar mais velho falou e franzi o cenho – Acho que talvez.

— Primeiro você fala dos nanites que tenho como se eu os transmitisse tipo uma pessoa infectada, agora pede a minha ajuda depois de ter sumido ao fim daquela quase desastre? Quando o Ben veio de uma realidade paralela e olha só, você e a irmã da Elena falando essa mesma palavra lembra do ocorrido – Sorriu cínico e franzi o cenho.

— Rex, isso é sério! - Cesar falou num tom que dava até medo.

— Também estou sendo sério ou você não notou? Ao invés disso fica ai namorando a irmã da minha mais recente amiga – Rebateu e voltei a encarar Rex um pouco temerosa, até mesmo César pareceu um pouco preocupado com a declaração ao invés de ficar zangado com o irmão.

— Precisávamos traze-lo conosco porque algumas pessoas são mais possíveis de transportarem os nanites, não como hospedeiros e sim transmissores e minha irmã mais nova é uma delas e eu também depois de ter mexido com a máquina lá de casa, mas também com o protótipo guardado na parte de trás do furgão – Carmen explicou, sem vacilar alguma vez e encarando Rex como se ele fosse um filho desobediente – Se acontecesse algum dano dentro da cidade enquanto o protótipo estivesse por lá, levaríamos boa parte das pessoas que não tem nenhuma relação com o assunto só por transportarem nanites e não os tê-los dentro do corpo, afinal, você salvou o mundo tirando os nanites das pessoas – Explicava, cruzando os braços e encarando Rex, apenas segurei uma risada, minha irmã poderia parecer durona quando queria – Se estivéssemos longe de vocês dois, os efeitos colaterais seriam muito chatos, principalmente na parte de danos corporais – Finalizou e engasguei com a própria saliva.

— Como assim danos corporais? – Perguntei atônita.

— E eu não sou namorada do seu irmã, só estou aturando ele porque ele entende melhor desse assunto por ser cientista, eu só apenas uma estudante de física e engenharia mecânica que quer a Providência longe de mim na faculdade – Explicou, ignorando minha pergunta e virando-se de volta para o furgão e entrando na parte de trás.

Nós três nos encaramos e ficamos assim até César tossir em nervosismo e encarar ao irmão e a mim, sorrindo de leve com algum pensamento. Para ser sincera, não entendi muita coisa, só sei que poderíamos ter nos metido em alguma coisa bem idiota de Carmen e nem tinha um dedo do tio James.

— Carmen mencionou levar pessoas, Rex e a mim caso essas coisa funcionasse... – Comecei, quebrando o clima de silêncio constrangedor – Isso sério levar a gente realmente para um realidade paralela?

— Tanto temporal como relativa do que estamos vivendo no momento, veja só – César mexia as mãos enquanto falava – A linha do tempo é algo complicado, mas também não é fixa, qualquer coisa pode altera-la e o recado que Carmen recebeu a pedia para criar a máquina... Eu a alertei que isso poderia ser um loop de uma linha temporal defeituosa ou algum inimigo do Rex que venceu em algum momento enquanto os nanites ainda dominam as pessoas ou criatura viva.

— E por que ela criou isso? – Perguntou, Rex – Ela deve saber que é perigoso.

— Ela me contou que a letra do recado era a mesma da mãe de vocês – César falou e o encarei chocada – Elena, sua irmã acha que sua mãe não morreu e sim foi afetada por algum buraco de minhoca.