Teus Olhos Meus

XXIII — Não Conte Seus Planos, Mostre Os Seus Resultados.


ANTÔNIO

Eu só queria entender porque diabos eu estava prestes a encontrar com meu ex-namorado na presença do meu atual. Bem, é isso que nós fazemos para não transpassarmos uma relação né? Ok, ah outras formas e uma delas é a confiança. Já que ela parece estar em falta, é melhor fazer isso porque até explicar que urubu não é meu loro... Muita carniça já fedeu.

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No carro a caminho do outro lado da cidade, eu mal podia manter uma conversa com Marcos.

Talvez houvesse algum motivo para eu estar nervoso daquele jeito.

Partiram meu coração em dois e nunca mais ele foi o mesmo. A ferida foi funda de mais para eu simplesmente ignorar a cicatriz que insiste em doer cada vez que passo pelos mesmos lugares que frequentávamos juntos, quando como o que comíamos juntos, quando bebo o que bebíamos juntos, quando sinto o cheiro dele em outras pessoas, quando me lembro do gosto do seu beijo e, principalmente, quando estou em sua presença.

Ao estacionar o carro, peguei o celular com a mão trêmula e evidentemente suada e digitei uma mensagem para André.

“Estou aqui embaixo” disse.

“Suba!” Ordenou.

“Não estou com tempo, coloque a apresentação em um pendrive e me entrega.”

“Isto não vai rolar, preciso apresentar minhas ideias pra você.”

Antes que eu pudesse responder, fui questionado pelo meu aluno.

— O que está acontecendo pra você estar apreensivo desse jeito? — Marcos indagou.

— Ele — a voz falhou. — Ele quer que eu, a gente, suba.

— Ótimo — Retrucou seco, apesar de um leve sorriso estampado a face, retirando o cinto de segurança.

— Eu disse que ele quer que a gente suba, mas não disse que a gente vai. — Respondi o fitando pelos olhos.

— Como se isso fosse te dilacerar.

E vai, pensei.

— Já vi que não vou ter opção — fechei a cara.

Mandei uma mensagem perguntando o número do apartamento e, assim que passamos pela portaria fomos surpreendidos por André saindo do elevador.

— Vim te buscar — ele disse com um sorriso largo no rosto. — Ah, a gente já se conhece, não é mesmo?

— Sim. Tudo joia com você parça? — Marcos perguntou.

André não se deu o trabalho de responder.

Adentramos ao elevador. Só depois que estava dentro dele que pude perceber que era demasiadamente apertado. Eu conseguia sentir a respiração quente do meu ex-namorado passando pela minha orelha. Neste momento eu só pude clamar aos deuses para que Marcos não percebesse.

Dentro do apartamento, sentei-me de mãos dadas com meu amante e prestei atenção em cada detalhe da explicação de André. Debatemos algumas vezes.

Ele de libra e eu de leão. Ele paixão e eu razão. Ele um domingo chuvoso de outono e eu um sábado de domingo de verão.

Não há como nada que a gente faça junto da certo.

Ele e eu viemos a este planeta destinados a discordar.

Por quê diabos o contratei?” questionei-me.

— Não sei se gostei — não menti. — Terá que fazer a mesma apresentação lá na empresa.

— Me diz querido, o que preciso melhorar? — Indagou com uma acidez na voz.

— Faz alguns dias que tivemos a última reunião e, bem, eu esperava mais. Você teve tempo pra elaborar algo.

— Por que você não vira presidente da república pra poder falar isso, linda? — debochou.

— Já sou presidente de onde você tira o seu ganho a pão, fofo. Não obstante, por mais que eu seja o diretor da empresa, não cabe só há mim. Existem outras pessoas envolvidas nisso — expliquei. — Não quero me abster da opinião dos meus colegas de trabalho.

— Parece que já terminaram — disse Marcos.

— Sim! — Houve um uníssono.

— Claro — respondi com um sorriso, mesmo estando extremamente irritado com a presença de André.

— Vou leva-los até a saída.

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— Não precisa — respondi. — Não pretendemos voltar.

Sem paciência para esperar o elevador, entrelacei meus dedos aos dos meus namorados e o guiei pelas escadas.

Como de costume, o silêncio havia se estabelecido.

Liguei o carro e a música continuou de onde havia parado.

I just wanted you to know: that baby, you're the best.”

Ao dar partida, senti a mão do marcos dançar sobre minha coxa direita. Ignorando os pensamentos que surgiam em minha mente abri um pequeno sorriso e o dei um olhar breve em agradecimento por estar do meu lado. Espero que ele tenha entendido. Preso em engarrafamento em pleno domingo. Ótimo. Isso é o que acontece quando você mora no bairro que tem um estádio.

— Havia me esquecido que hoje tem clássico — Marcos disse empolgado.

— Havia me esquecido que gosta de futebol.

— O cruzeiro é como uma segunda família pra mim.

— De onde surgiu todo esse fanatismo que eu nunca havia presenciado antes? — Questionei.

— Com todas as cobranças da faculdade meio que ficou difícil acompanhar tudo — ele vibrou. — Mas sou máfia azul até morrer — completou.

— Sério? Sério mesmo? — ri. — Não acredito que estou ouvindo isso.

— Ah, nem vem. Vai problematizar até isso? — Marcos sentou-se de lado e tirara a mão que estava repousada em mim. — O Futebol tirou muita gente do crime e continua tirando.

— Calma lá, o problema não é o esporte, contudo, essas mil e umas torcidas organizadas que existem por aí.

— Qual o problema delas, amor? — senti meu rosto arder ao ouvir ele me chamando assim.

Engoli a seco franzindo o cenho tentando achar a melhor forma de me expressar.

— É incontestável a paixão que os brasileiros sentem por futebol, certo? — Desviei o olhar para os olhos verdes do meu namorado para ver sua resposta, ao vê-lo afirmar com a cabeça voltei a atenção pro asfalto. — Não obstante, os problemas começam quando os fanáticos pelo time ficam cegos de paixão e ultrapassam os limites da legalidade fazendo as torcidas, que a priori tinham objetivo de transformar os jogos em verdadeiros espetáculos com cores, cantos e emoção, se tornarem quadrilhas.

— Você não pode generalizar também Antônio — respondeu seco.

Ouvi-lo me chamar pelo nome era estranho. Era como se estivesse com raiva.

— Quando generalizamos, damos voz ao nosso desconhecimento — ele completou me deixando apreensivo.

— Me diz uma torcida organizada de time de futebol da primeira divisão que não tem em um histórico de envolvimento com violência — debochei. — Fora as inúmeras mortes causadas por brigas entre torcidas.

— Ah, mas as coisas estão mudando... Os índices de ocorrências envolvendo torcidas estão cada vez menores. Principalmente em relação as torcidas do maior time mineiro.

— Mas ainda há, mesmo com as leis rigorosas que estão em vigor há quase uma década.

— Estamos quase lá — se expressou.

— Quase não é lá — retruquei.

— Quando foi que esqueci que namoro alguém quão suave a um coice de mula?

— Também não é assim.

— Não importa, te amo mesmo assim.

Se me faltasse melanina, neste exato momento, eu estaria completamente ruborizado.

Estávamos cantarolando Little Joy quando fui surpreendido com Marcos abaixando o volume do som.

— Se importa se eu fosse pra casa assistir o jogo? — Questionou.

— Claro que não. Fique à vontade — o dei um largo sorriso amarelo. — Somos namorados, isso não quer dizer que estamos acorrentados.

— Obrigado por entender — disse.

O ignorei.

— É bom que acabarei de resolver algumas coisas das próximas aulas.

— Estou louco para chegar ao capítulo sobre geometria dos cristas.

— Deveras fascinante — menti.

— Andei lendo sobre as pesquisas do René Just Haüy e isso me fez questionar se estou no curso certo porque as matérias de geologia me chamam muito mais a atenção.

— Engraçado isso — ri.

— Não entendi.

— Branco, hétero, mauricinho, camisa polo, top, sextou, pariu, foto com longneck na mão... Você é o típico aluno de engenharia — disse em um tom nada sutil.

— Melhor que ser um veado.

— Sou veado mesmo! Se tem uma coisa que eu amo, essa coisa é ser veado. Aliás, sou veadermo — gargalhei. — Graças a Santa Lana del Rey eu sou veado, já pensou eu ser hétero e sofrer de heterofobia e ter a masculinidade ferida?

— Não da pra brincar com você — parecia zangado.

Mas cê ta brava?

Cuidado pra não morder a língua e morrer envenenado.

— Se depois de todos os beijos que me deu, ainda está vivo... Não corro perigo nenhum.

— Vai-te a merda.

Incrível como o seu humor muda completamente na presença de alguém que você ama.

O deixei na porta da casa de seu primo e tomei meu caminho de volta pra casa.

Havia muitas coisas pra resolver.

[...]

É engraçado depois de todos esses anos chegar ao campus, dia após dia, e lembrar da sensação de quando pisei pela primeira vez na universidade onde estudei. Eu tremia tanto que mal conseguia me manter em pé. Até achar a minha sala, foi horrível, parece que dez minutos duraram séculos. O pior era ver os olhares dos veteranos concentrados em mim que andava pra lá e pra cá naquele mundo totalmente diferente.

Agora, vários anos depois fico, olhando os calouros e... IGUALZINHOS.

É sempre o mesmo olhar de medo, ansiedade.

Bem, tenho coisas pra fazer dentro da sala de aula. Chega de ficar dando risadas com os bichos.

Grandes decisões serão tomadas hoje.

— Bom dia! — Berrei.

Meia dúzia de alunos respondeu.

— Resolvi adiantar as coisas. Essa próxima fase será definitiva e os dois vencedores irão estagiar comigo.

— Se eu soubesse que esse era o prêmio, teria me esforçado mais. — Algum aluno disse abafado.

— Pra você restará colher o que plantou — respondi tirando os óculos escuros.

Enquanto meu computador acabava de ligar, dirigi-me a atenção aos outros preparativos pra prova.

— Quem recebeu o meu e-mail falando que estava na segunda fase venham até a frente, por favor.

E lá estavam eles.

Os sete alunos que até o momento mais demonstraram interesse e compromisso com o curso.

Quatro mulheres e três rapazes.

— Vou sortear duas equipes — expliquei. — Quero duas pessoas pra sortearem os nomes.

Késsia e Emília se pronunciaram.

Tiraram par-ou-ímpar três vezes para ver quem começaria. Quando Emília mostrou três dedos e Késsia apenas um, estendi o braço em sua direção com um saco verde de veludo. Quando a aluna introduziu a mão suada para pegar o papelzinho, não pude deixar de reparar o anel em seu dedo com o símbolo de uma das famílias mais tradicionais do nosso país.

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O penúltimo nome a ser sorteado foi o de Marcos, que havia sido sorteado para o time de Késsia.

Coitado, ter que lidar com essa conservadora cristã cega por discursos de falsos profetas, pensei. Espero que isso não o faça perder a oportunidade desse estágio.

— Agora que já temos duas equipes, irei fazer duas perguntas para cada time.

— Temos uma cabeça a menos pra pensar — objetou Késsia.

— Está dizendo que vocês tem menos capacidade a que o outro time? Se for isso mesmo o que entendi já desclassifico todos de seu time, porque os medíocres não merecem estar aqui.

— Nós damos conta, Doutor — Marcos se opôs. — Só não precisa nos chamar de medíocres.

— Caro aluno, existe os ruins, os médios e os bons. Ser medíocre é estar sobre esta linha ténue. Por mais que alguns aqui desconheçam o potencial que tem, existem muitos aqui que sabem que estão abaixo da mediocridade — trocamos um olhar cerrado por alguns instantes.

— Existe alguma regra? — Questionou um aluno, Victor o seu nome, fazendo o clima voltar ao normal.

— A equipe deverá chegar à conclusão da resposta juntos. Se alguém da turma soprar, terá que fazer um relatório extra, caso não queira ter sua prova marcada e bem, terão 30min pra chegar a conclusão da resposta.

— Podemos começar?

— Sim! — todos responderam.

Fui para a mesa do professor e abri o documento onde estavam as perguntas.

— Só comecem a discutir a resposta depois que eu acabar de fazer a pergunta — reforcei. — Pergunta para o time da Késsia: No século XIX, um geólogo alemão criou uma escala para fazer uma relação entre o mineral mais x coisa e o mais y coisa. Podem me dizer quem foi este geólogo, pra que serve sua escala e nomear cada um dos minerais presente nesta escala? — assim que acabei de perguntar dei play em uma música.

We will, we will rock you! Sing it! We will, we will rock you!

— Professor, a música está nos atrapalhando. — Resmungou Késsia.

— Este é o objetivo — respondi. — Vocês têm mais 15 segundos.

— Pode responder? — A mesma questionou logo após de revirar-me os olhos.

— É o que eu espero.

— Então professor, o geólogo e, segundo o Marcos, também mineralogista...

— Discordam dele? — A interrompi.

O grupo se entreolhou.

— Não — ela mordeu o lábio. — O geólogo e mineralogista é o Friedrich Mohs, sua escala, a escala de Mohs, serve pra medir a dureza de um ou mais minerais. E é Talco, gesso, calcita, fluorita, apatita, feldspato, quartzo, topázio, coríndon e diamante.

Apenas completei.

— O feldspato poderia ser substituído por potássio e o coríndon é o mineral de onde vem o rubi e a safira — me referi a turma que estava mais atentos a que eu esperava.

— Acertamos? — perguntou Marcos.

— Sim... — disse sem entusiasmo. — Agora é pro outro time: Observar a cor e o brilho de uma rocha já pode te dar ótimas informações sobre a sua identidade, ao mesmo tempo em que pode ser extremamente enganosas. Por quê? Quero também que me digam os tipos de brilho que existem para a mineralogia.

Não hesitei em religar a música, mas isso não parecia intimidar a equipe.

Antes que o tempo terminasse, responderam.

— A observação é importante porque tem minerais que apresentam coloração específica. Um exemplo é o ferro e a colorização alaranjada ou até mesmo avermelhada, mas nem sempre é confiável porque alguns minerais podem apresentar mais de uma cor como é o caso do quartzo.

— Excelente resposta — disse sem demonstrar empolgação. — Mas e os tipos de brilho?

— Opaco, metálico e vítreo.

— E alguém sabe me dizer a diferença entre os três?

Marcos levantou a mão e o passando a palavra, ele explicou corretamente.

— Isso não te dará vantagens na competição, mas seus colegas de turma serão gratos por você ter contribuído com o aprendizado — caçoei.

Olhei para o relógio.

Precisava acelerar.

— Time da Késsia, o que determina o tamanho de um cristal?

— O tempo que ele demora pra esfriar depois que ele entra no estado de solidificação.

­— Emília, o que são minerais de ganga e canga?

Agora eu quero ver, arrazoei.

— Canga são minerais que estão juntos da rocha, mas por não terem valor econômico vão para o rejeito depois de beneficiado e ganga os minerais que recobrem os depósitos minerais formados pela oxidação?

— Está me perguntando se é isso?

— Não, está é a nossa resposta — a menina disse convicta.

— Está errada. Isto é questão de prova gente, não vão dar essa lerdeza, hein? Vai ser ponto de graça — fiz uma anotação em minha agenda. — Vamos ter que eliminar alguém deste time. Acho injusto eu escolher, podem dizer que é questão de favoritismo, então o time chegará a conclusão de quem eliminar em 1 minuto.

Depois de escutar o tom das vozes se adulterarem por várias vezes, elegeram um e, confesso que fiquei triste com a escolha.

— A próxima fase é a última em equipe, mesmo que a eliminação seja individual, poderão utilizar da ajuda dos companheiros do grupo. Tenho aqui várias amostras de rochas, cada um escolherá três. Uma metamórfica, uma sedimentar e por último, uma ígnea. Me dirão qual é qual e uma caracteriza que os fizeram ter certeza que ela pertence a determinado grupo.

Receosos, os seis fizeram a prova à base de resmungos. Isso só me fizera perceber o quão não estavam adeptos a trabalhar em grupo.

E no final, mais três foram eliminados.

Restou apenas Emília, Victor e... Marcos.

— Parabéns aos três por terem chegado até aqui. Suponham que estejam contentes em relação a isso.

— Muito — exortou Victor.

— O que faremos agora? — perguntou a aluna impaciente.

— Vocês terão dez minutos pra ler um texto científico. Cada um dos textos trata de um assunto relacionado a mineração: recuperação de área desmatada, reaproveitamento de águas nas UTM e utilização de mercúrio nas mineradoras de ouro — dei um gole no meu café. — Pedi a Alexandra, a reitora do departamento de ciências da terra, para lê-los e dar a opinião sobre. Ambos que se aproximarem mais da explicação de Alexandra, está contratado.

— Isso não parece justo — resmungou a moça. — É algo subjetivo.

— Não, é algo técnico — Victor a retrucou.

— Se não quiser fazer, já teremos os dois vencedores — coloquei três folhas de cabeça pra baixo sob a mesa. — Peguem e boa sorte.

Enquanto o tempo da prova corria, eu só conseguia pensar em como eu havia me sentido quebrado, desesperado e emocionalmente vazio no dia interior enquanto estive na presença de André.

Vampiros existem.

Conquanto, não sugam sangue e sim sua energia.

Talvez ainda não seja tarde demais para manda-lo embora alegando que não agradei de seu serviço durante o período de experiência.

É incrível como mesmo depois de uma década a ferida que ele criou em mim continua a doer.

Fui retirado daquela introspecção quando o despertador tocou.

— Mãos para cima, o tempo de vocês terminou.

— Merda — Marcos lamentou-se.

Demorei alguns minutos para ler e comparar as respostas.

Retirei da mochila dois portas joias. Os abri e mostrei pra turma.

— Aqui há dois pingentes de âmbar com um inseto dentro. Serão dadas aos dois merecedores.

Fiz uma pausa dramática.

Olhei para os alunos eliminados, mas logo em seguida voltei a atenção para os dois vencedores.

— Parabéns Emília e Marcos — bradei.

— Ótimo! — caçoou. — A patricinha rica cheia de white problems e o mauricinho que todos sabem que come o professor. — Um aluno disse para todos ouvirem.

Deixei os pingentes cair, incrédulo.

É, declaro que a minha reputação não existirá mais depois de hoje.

— Viva a meritocracia — disseram fazendo meu olho arder na tentativa de evitar as lágrimas.