Tentei viver sem ti [HIATUS]

Sétimo capítulo


P.O.V. Kriss:

Essas cinco semanas foram corridas no palácio, Maxon e eu mal conversamos, mas eramos próximos e ele me fazia feliz.

Já dormíamos no mesmo quarto e todas as noites antes de dormir nós conversávamos. Nossa lua de mel ainda não estava programada, mas uma noite decidi satisfaze-lo:

Entrei no nosso quarto e lá estava ele saindo do banho já vestido, eu nunca o tinha visto sem roupa, ele sempre evitava tirar a camisa na minha presença. Desde que contei que era nortista ele evitava contar sua intimidade para mim, "Talvez ele ache que você só esta aqui por interesse, para depois traí-lo" NÃO, eu amo Maxon, não vou traí-lo, eu o quero de todas as formas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Boa noite, meu amor- disse abraçando ele

—Boa noite Kriss- disse ele saindo de meu abraço, ele estava assim desde que nos casamos, sério. Seu espirito engraçado morreu, talvez com aquela rotina de rei.

—Como foi seu dia?- perguntei me sentando na cama

—Corrido como sempre- disse ele sentando se na cama começou a secar os cabelos, mas eu logo peguei a toalha de suas mãos e comecei a secar-los. Não foi dito uma unica palavra, já bastava os gestos.

P.O.V. Maxon:

Enquanto Kriss secava meu cabelo pensei em minha mãe e como ela costumava secar meus cabelos, eram jeitos diferentes... e com isso comecei a imaginar como Ames os secaria. Era assim os meus momentos sozinho, imaginando como América faria as coisas, desde as mais corriqueiras até as de grande importância. Só decretei o fim das castas por ela, pois uma vez ela o propôs e sabia que ela não conseguiria viver como uma três.

Saí desse devaneio quando senti as mãos de Kriss em minhas costas e um suspiro de terror:

—Maxon... suas costas, ela é deformada?- senti surpresa e nojo em sua voz. Não era assim que eu queria que ela descobrisse, mas já que aconteceu... fui direto ao ponto

—Meu pai me batia Kriss, isso era o que acontecia quando desobedecia- me lembrei que América disse que havia, sem querer, contado sobre ter me visto sem camisa- eu apanhei quando América propôs o fim das castas.

—Mas por que você apanhou por ela?- ela disse meio chorosa

—Não podia deixa-la apanhar, eu...- "amo América" queria dizer a verdade para ela, não queria ficar com esse sentimento de dever em relação à Kriss, mas não podia magoa-la-... só não podia- disse passando as mãos no cabelo

—Mas Maxon, ela não valia sua dor...- disse Kriss se levantando exasperada

—Quem é você para definir o valor das pessoas Kriss?- perguntei para ela quase gritando, quem era ela? "A rainha que você escolheu, idiota!". Ela se calou e olhou pro chão, não quero machucar as pessoas a minha volta só pelo fato de ter me machucado com América. Não queria acreditar em Kriss, América tem seu valor, mas a cada vez que revivia meus dias com Ames via pontos em que ela mentia, escondia e agia falsamente. Tenho que parar de ser esse boboca que vive a cada dia a sua dor, que clama por ela, não posso mais ficar enfermo por essa doença e cura que é América.

Deitei-me e pensei em meu pai e minha mãe, Será que eles brigavam assim?

Pensei no ultimo sorriso que minha mãe deu à mim. Foi quando ela entregou uma carta, na qual eu deveria dar a minha rainha depois que ela morresse.

P.O.V. Kriss:

Fui para o banheiro e chorei, ele defendeu América. Por quê? "Talvez o interesseiro seja ele, talvez você Kriss seja a segunda opção e você já sabia disso", espantei essa ideia, ele me escolheu como rainha e eu teria de faze-lo feliz.

Assim que tomei banho e saí do banheiro, vi Maxon dormindo e em cima do meu criado mudo uma carta, que não estava lá quando entrei no quarto. Assim que vi de quem era, eu choraminguei, era da rainha Amberly, eu abri e comecei a ler:

Olá rainha,

Bem, eu não sei como começar. Talvez deva iniciar com os parabéns. Fico feliz que você tenha sido a escolhida, mesmo nunca mostrando meu favoritismo à qualquer selecionada, soube que a você seria uma ótima esposa para o meu filho no primeiro café da manhã.

Escrevi essa carta assim que soube da decisão de Maxon e o pedi que lhe entregasse assim que morresse, e bem, provavelmente morri, mais cedo do que imaginava.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Sei que a vida real é difícil, mas Maxon sempre será esse garoto na alma, não deixe isso morrer.

Não pude ver meus netos, mais sinceramente sempre achei as crianças ruivas mais bonitas. E eu torço que os filhos dois tenham seus cabelos e o seu sorriso, que tanto encanta o Maxon, América.

Bem já tomei tempo demais seu, e sei que dentre todas você será a melhor rainha, a melhor filha.

Faça meu filho feliz, ele te ama eu sei.

Com amor, de sua segunda mãe, Amberly

Terminei de ler a carta curta mas que me causou uma longa dor, não sei o que pensar ou o que fazer, só sei o que não fiz, não fui a preferida da rainha... e já não me importo mais, eu vou provar que eu sou melhor que América jamais poderia ser.

Chorei e sem acordar Maxon, saí do quarto para andar nos jardins. Ela disse que Maxon amava América e eu nunca me iludi com o fato de ter sido a escolhida, e sei o porque deu estar aqui. América mentiu para Maxon, e ele não suportou, ele sabe que eu sou o melhor para ele e para Illéa. Me despreocupei com isso, eu já sou melhor que América, não preciso provar isso.

P.O.V. Celeste:

Bem, já demos a notícia a família Singer, que aceitaram bem quando contamos, confesso que e temia mais a reação de América, mas isso logo passou quando cheguei usando o anel de noivado na casa dos meus pais:

...

—MÃE!!! EU VOU ME CASAR COM ELE!!!- gritei para minha mãe que levantou-se da poltrona

—NÃO, NÃO VAI, eu mocinha, só permiti essa relação porque achei que era só um caso, algo temporário.

—Mas agora é serio, e eu vou me casar, com vocês ao meu lado ou não- disse segurando a mão de Kotta, que estava sob ameaça de morte vinda do meu pai.

— Pois bem, saia de nossa casa, nunca pensei que se casaria com um cinco...- meus pais eram da minoria que não aceitaram o final das castas- não depois de ter participado da seleção...você sabe que o seu lugar era ao lado do rei,como rainha- disse meu pai

—Não existe mais castas pai, você e eu não somos melhores que um cinco ou oito, então cale-se e respeite a minha decisão e a decisão do rei- gritei fazendo Kotta se levantar e andar em direção a porta- e o meu lugar é ao lado da unica pessoa que eu amo e que me ama, meu lugar é junto ao Kotta- saí da casa batendo a porta, e do lado de fora pude ouvir algo se quebrar.

—Celeste- ouvi Kotta que se manteve em silêncio todo aquele tempo

—Não diga nada, eu não vou desistir de você por causa dos meus pais.

— Eu não quero que faça isso...

— Eu preciso de alguém no meu futuro, e eu amo você eu o quero nele, meus pais, bem... eles não estarão comigo para sempre...

—Por isso eu peço que volte lá e se desculpe, aproveite esses momentos enquanto pode... eu me arrependo a cada momento por ter perdido os últimos momentos com meu pai- ele disse olhando a luz do poste, mas observando mais longe que a luz

—Eu posso conviver com isso se estiver com você- eu disse e ele sorriu tristemente

—Você é quem sabe- ele disse e uniu nossas mãos enquanto andávamos na rua antes do toque de recolher.