Tenshi no Tamashi

Capítulo 11 - Esclarecimentos


CAPÍTULO 11 – ESCLARECIMENTOS

Ralph e os demais chegaram até a casa dele. Ralph percebeu que não escutava ruído nenhum dentro da casa, então ele supôs que a mãe dele ainda não havia chegado.

– Ei! Gente. – Ralph se referia aos dois anjos. – Parece que eu estava certo. Minha mãe ainda não chegou do serviço.

– Ótimo. – Respondeu Mariah. – Vamos logo porque eu estou morrendo de fome.

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Nesse não deixou de dar uma breve risada.

– Vamos então. Eu preciso colocar gelo nas feridas de Gotay.

Quando Ralph destrancou a porta dos fundos, quase grita de susto. Sua mãe estava ali, fazendo o almoço na cozinha. A cozinha dava para as portas dos fundos. Onde sua mãe colocava os sacos de lixo. Ela olhou um pouco surpresa para Ralph.

– Oh, Ralph? Chegou cedo! – Dona Melly reparou que tinha mais gente atrás de Ralph. – Quem são? Seus novos amigos? – Ralph engoliu em seco. Ele não poderia contar de forma alguma à mãe que aqueles dois eram anjos. Pior, Nesse estava segurando Gotay, que estava muito ferido, o que ela iria dizer se o visse?

– Olá, senhora Melissa. – Disse Mariah já entrando na casa. – Estou sentindo um cheiro delicioso vindo nessa panela.

– Oh, vocês... – Dona Melly parou por um instante. Ralph já estava pensando em uma possível bronca.

– Desculpe o incômodo, senhora Melissa. Mas nós precisamos ajudar nosso amigo que está muito ferido! – Nesse entrou na casa e mostrou Gotay desacordado para a mãe de Ralph. Que quase teve um infarto. O quê?! Você ficou doido Nesse?! Mas o mais estranho foi a reação da mãe:

– Ah, nossa! Eu vou pegar um remédio para ele! – Dona Melly saiu da cozinha e foi para a sala. – Ah, querida, pode apagar o fogo para mim?

Dr. Kima havia visto Ralph e os outros dois anjos com ele indo em direção à casa dele. Então ele se dirigiu para falar com o Mestre. Entrando naquela negritude, avistou o Mestre quase mesclado na escuridão. Somente dava para percebê-lo com a sua aura gigante.

– Mestre, trago-lhe notícias. – Dr. Kima fez uma referência. – Ralph e os outros retornaram para a casa com dois anjos.

– Você tem certeza, Kima?

– Sim, senhor. Eu pude reconhecer suas auras de longe. São anjos.

– Pois bem. Continue à vigiá-los, Kima. E quero o seu relatório depois.

– Como queira, Mestre.

Dr. Kima já iria se retirar, mas Slace surgiu e lhe fez uma pergunta:

– Kima, quanto tempo. Pode me dizer o que aconteceu à Isabelle?

– Minha filha? Ela não se lembra de nada. Deixei um bilhete dizendo que viajaria, assim não preciso lhe dar satisfações. – Dr. Kima fez uma pausa. – Ela ficou inconsciente pela pancada que Kleber lhe dera

– Hum. Entendi.

– Você é quem vai agir agora?

– Sim. Mal posso esperar para os jogos começarem.

Dr. Kima se despediu de Slace e saiu do Campo de Projeção.

– Como é que é?! – Ralph estava chocado com o que ouvira. – Mãe, você já os conhece?!

– Sim, querido. – Respondeu a mãe, sendo gentil. – Desculpe, mas eu tinha que esconder de você.

Ralph sentiu um breve sentimento de ter sido traído pela própria mãe.

– Mas eu achei que era para manter isso em segredo. – Ela se dirigiu para os dois anjos. Nesse respondeu. – Isso foi uma ordem de Gabriel, Melissa.

– Sim, ele disse que seria melhor o Ralph saber que ele era um anjo. – Completou Mariah. – Diz ele que assim seria mais fácil.

– Entendo. Com ele não dá pra discordar. – Concordou Dona Melly.

– Mas espera mãe. – Ralph ainda estava confuso. – Você também era um anjo?

– Não querido. – Dona Melly soltou uma pequena risada. – Eu sou humana. Seu pai é que era um anjo.

– Oh, bem. Então onde ele está? – Ralph agora queria saber de tudo. Se aquele assunto entrava com a história de seu pai, então ele queria saber.

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– Desculpe, Ralph. – Disse Dona Melly, decepcionada. – Eu não sei onde ele está.

Ralph caiu no sofá. Acabara de descobrir que seu pai era um anjo e mesmo assim não sabia nada sobre ele. Mariah dava leves carinhos em Gotay, que ainda estava desacordado no sofá.

– Bem, agora que o pior passou. Eu vou comer um pouco. – Disse Mariah, deixando o pequeno Gotay descansando suavemente no sofá enquanto ela ia comer. – Você vem Nesse?

– Claro, estou indo.

Ralph saiu pela porta da cozinha e foi direto para o quintal. Dona Melly o deixou ir sozinho. Afinal, para um garoto de 14 anos absorver toda aquela história de uma vez era demais. E se sentia arrependida.

– Senhora Melissa, não se preocupe. – Disse Mariah, reconfortando-a. – Ele vai entender, você pode não acreditar, mas ele passou por muita coisa hoje.

– Droga! Droga! Que saco! – Gritava Ralph esmurrando uma das várias árvores que ele tinha no quintal, e ele era enorme. O quintal de Ralph se estendia até um matagal que as vezes ele ia para lá e fazia uma clareira. – Não vou mais deixar o Gotay se arriscar por mim!

– Ei, Ralph. – Mariah e Nesse se aproximaram. Ralph olhou para os dois e começou a pensar em algo à eles.

– Eu... bem... eu sou um de vocês? – Ralph perguntava meio constrangido. Mas Nesse logo o quis reconfortá-lo.

– Sim, Ralph! – Nesse falava com entusiasmo. – Como você já percebeu, você é um anjo que controla o vento.

– Só que os elementos que controlamos são diferentes. – Completou Mariah.

– Puxa, então me mostrem! – Ralph começava a ficar curioso.

– Legal, então se prepara! – Mariah conjurou uma pequena chama em sua mão, e depois a lançou no céu e ela se dissipou. – Meu elemento é o fogo.

– Nossa! Incrível! – Ralph estava entusiasmado, até se esquecera que estava com raiva. – E o seu, Nesse?

– Ok, eu vou mostrar. – Nesse abriu a torneira do lado de fora da casa de Ralph e manobrou a água a subir pra cima. E ele fazia acrobacias de água no ar.

– Nossa. Isso é demais. – Ralph estava muito surpreso. Nunca pensaria em ver algo daquilo.

– Este é o nosso poder da nossa casta, Ralph. – Disse Nesse, com um tom de querer ensinar. – Nós somos os Ishins. Os Anjos Elementares.

– Ishins. – Ralph repetia aquela palavra para ele mesmo. Ele já a conhecia, mas mesmo assim ficou surpreso. – Eu tenho uma pergunta.

– O que é?

– Kleber disse que ele era um Querubim. Eles são anjos guerreiros, certo?

– Sim, anjos guerreiros detém sobre uma força poderosa e sempre carregam armas.

– Por acaso, eu não me lembro de nada sobre o que aconteceu na fábrica. Pode me explicar?

– Pois bem. Você tinha se desmaterializado, Ralph.

– Desmaterializado?

– Eu explico. – Disse Mariah, com ar de professora. – A desmaterialização é quando nós liberamos nossas asas em plano físico. E ainda conseguimos manejar nossos poderes com mais facilidade. Com o tempo você poderá usar seus poderes sem precisar das asas.

– Mas como eu me desmaterializo?

– Nesse, mostre para ele. – Mariah pediu ao companheiro como é que se fazia.

– Pois bem, Ralph. Não sei se você vai conseguir me ver. – Nesse mostrou concentração e, aos olhos de Ralph, ele foi sumindo. Nesse se desmaterializou e mostrou suas asas, que tinham cor de azul bebê.

– Ralph, você consegue vê-lo? – Perguntou Mariah.

– Sim... Um pouco. – Ralph tentava se concentrar. – Mas eu consigo sentir a sua presença.

– Muito bem, Ralph. – Nesse elogiou o amigo. Sua voz parecia um sussurro aos ouvidos de Ralph.