Temporada de férias

Capítulo 20


POV BIBI

O final de semana passou como o Bolt nas Olimpíadas. Nem percebi passar. Quando vi, já era segunda. Depois em um piscar de olhos era terça. Logo após abrir, puff! Já era quarta. Quarta-feira. Metade da semana. Hoje iríamos apresentar os trabalhos/cenas de teatro na aula de filosofia onde podíamos escolher qualquer peça para encenar porém cada uma mostrando, por exemplo, uma lição de vida. Eu não estava muito disposta e nem muito confiante. Eu iria ser uma simples camponesa, uma figurante. O Paulo ia ser o Motorista/Cocheiro. O Davi iria ser o velho rei dono de uma riqueza grandiosa. O Kokimoto era o bobo da corte. A Débora e a Marga eram as empregadas. Ainda contra a vontade da Marga e depois de muita, mais muita discussão entre o grupo, decidiram que o Jorge e a Luana interpretariam os papéis principais.

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Estávamos no final da apresentação e agora era a cena onde a camponesa (Luana) fala na frente da família do príncipe (Jorge) que os dois vão casar e, tenho que admitir, ela encena muito bem.

Camponesa- Óh Arthur, finalmente poderemos ficar juntos.

Príncipe- Com certeza! Só, será que um improvável amor entre uma humilde camponesa e um nobre príncipe daria certo?

Camponesa- Mais é claro que sim!

Nessa última fala, todos já estavam preparados para bater palmas quando Luana em um ato inesperado deu um selinho no Jorge. Eita! Onde essa garota tá com a cabeça quando beija um garoto cuja a namorada está a menos de 100metros de distância?! Todos ficaram boquiabertos, e mesmo assim bateram algumas palmas (só de leve). Dava pra ver a expressão de indignação da Marga de longe. Saímos da sala em silêncio.

Marga- O que você fez garota?! Tá achando que é quem pra chegar beijando o namorado dos outros por aí heim?!- Jorge a segurou se não ela ia voar em cima dela

Luana- Calma Marga, você não viu que foi parte da encenação?

Marga- Háhá! Encenação. Sei.

Prof R.- Gente, vamos entrar. Ainda temos duas apresentações para ver.

Concordamos todos e entramos sentando em nossos lugares.

POV CLEME

Era a nossa vez de encenar. O Adriano, o Mário e a Aly interpretariam jovens órfãos pobres que sonham em ser alguém importante no futuro. Eu ia ser como uma governanta. O Daniel, a Aline e o Guilherme seriam os jovens ricos que só maltratavam os órfãos. A Laura era a mãe rica da Aline (mesmo não sendo parecidas, era o que tínhamos). E a Carmem era a professora. Lá pelo fim da encenação, a Carmem que era a professora voltava ao orfanato toda alegre falando que os três jovens haviam passado nos testes para entrar em uma universidade no próximo ano.

Ela vinha correndo pela entrada da sala quando o salto do calçado dela quebrou e ela caiu com tudo na frente de todos. Alguns riram lá pelo fundo e eu, a Aly e o Dan fomos rapidamente ver como ela estava.

Aly- Calma Car! Você tá bem?

Carmem- AAAII! MEU PÉ!! TÁ DOENDO MUITOO!!!

O Dan olhou o pé dela e não parecia dos melhores.

O professor percebendo nosso desespero chamou rapidamente os enfermeiros. Chegando lá, levaram ela e o Dan foi junto.

Prof R.- Ok, agora espero que não haja mais nada no último grupo!

POV MAJO

O tombo da Carmem foi horrível! Eu iria lá ver como ela tá só que tenho que apresentar se não vou ficar sem nota... A gente ia apresentar o clássico Romeu e Julieta e adivinhem? Quem mais iria ser a perfeita Julieta se não eu? Eu queria e supliquei com todas as minhas forças pro Cirilo fazer o Romeu só que ele não quis. Então, fazer o que. Por via das dúvidas pedi pra cortar todas as cenas de beijo. O Jaime e a Fernanda iam ser os meus pais. O Nathan era o irmão/amigo do Romeu. A Val era quem me vendia o veneno (se bem que combina com ela). A Jenifer, o Cirilo e a Marce ficaram na parte de figuração.

No final (por alguma sorte) não ocorreu nenhum erro como nos outros grupos.

Logo após acabar a aula, fui visitar a Carmem. Cheguei na enfermaria e a vi deitada com o pé pra cima.

Majo- Oi Car...

Carmem- Oi Majo. Eai, como foi a apresentação de vocês?

Majo- Foi boa. Acho que a gente foi bem.- sorrio- o que aconteceu?

Carmem- Pra falar a verdade, eu nem sei. Nas últimas vezes que ensaiamos essa cena, estava tudo certo, eu nem caí nem nada. Não sei o que houve dessa vez pra acontecer isso. Quando eu caí, acabei quebrando o pé.

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Majo- Ah Car...

Ela sorri.

Carmem- Por que isso só acontece comigo?

Majo- Não fica assim amiga. Logo logo você está aí de novo correndo pra entregar testes!

Rimos.

Majo- Ok. Agora vou te deixar descansar.

Carmem- Ok. Beijos amiga.

Majo- Beijos.

Saio o mais silenciosamente possível. Ao fechar a porta, vejo uma rosa no chão com um bilhete.

“Uma flor para outra flor. Bons sonhos!”

Aaaw! Como eu amo esse garoto!

Saio saltitante até o quarto.

POV MARGA

A noite de quarta estava calma. Minha cabeça antes explodindo agora já estava serena e relaxada. A culpa de tudo aquilo ter acontecido não era dele e sim da Luana. Mas, vou seguir o conselho do Jorge e tentar a perdoar. Tomo um banho meio demorado e logo após olho a hora no celular. Já eram 21:30. Acabo de me secar e saio do banheiro. Me visto com uma roupa leve para dormir e recebo uma mensagem:

WHATSSAPP

Jorge ♥-Boa noite lindaa

Boa noite

Jorge ♥- O que está fazendo?

Secando meu cabelo, acabei de sair do banho

Jorge ♥- Hum

Tô com saudade

Mais a gente se viu hoje, agora a pouco no final da aula

Jorge ♥- Eu sei, eu sei...

Só que todo esse tempo, eu já fiquei com saudade

Ooowwh

Que namorado fofo que eu tenho

Tb tô com saudades

Jorge ♥- Vem aqui então.

Tá louco? A essa hora?

Jorge ♥- Tô louco sim

Louco de amor por você!

Aiai, como não ir então

Tô indo, bjos

Jorge ♥- Ok

WHATSSAPP

Vesti meu casaco e fui até lá. Cheguei no quarto e ele tava quase dormindo. Cheguei perto dele e me ajoelho quando ele vira o rosto eu me assusto.

Marga- Que susto Jorge!

Jorge- Não precisa ficar assim. Não vou mais te assustar. Vem, deita aqui.

Marga- Me promete que não vai fazer nada?

Jorge- Que isso, que pensamentos você tem de mim. Mais é claro que não.

Marga- Ok então. Me deito do lado dele com o braço dele por volta do meu pescoço. Ele começa a fazer carinho.

Marga- Desse jeito eu vou dormir...- cochicho

Jorge- Essa é a intensão.

Rio fraco. Estava cansada demais. Não falamos mais nada. Só dava pra ouvir o silêncio da noite e o vento que soprava meio forte lá fora. Antes de eu pegar no sono completamente falo:

Marga- Boa noite, meu loirinho.

As últimas palavras que ouvi foram:

Jorge- Boa noite, minha morena.