Se você tivesse um filho meu
Você tornaria a minha vida completa
Só de ter os seus olhos todos para mim
E que eles fossem meus para sempre

Next 2 you - Chris Brown feat. Justin Bieber

Sonhei com Narcissa. Com a mesma cena de sempre. “Cuide dela filho, não a deixe ir.” As últimas palavras que Draco e eu ouvimos da boca dela antes que morresse bem na nossa frente. Acordei incômoda. Claro, sonhar com Narcissa a beira da morte não fora nada confortável. A única coisa que me fez sorrir e relaxar assim que realmente acordei, foi sentir os braços de Draco envolta do meu corpo. O olhar dormindo poderia ser uma das minhas práticas favoritas. Depois de uns minutos, Draco começou a se mexer e acordou totalmente. Ele me olhou e sorriu.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Teve uma boa noite?

- Minha noite foi maravilhosa. – Respondi sorrindo. – Meu sonho não foi agradável, mas ando revendo se acordar ao seu lado é a melhor coisa do mundo.

- Chegou a alguma conclusão?

- Não precisei pensar duas vezes. – Ele sorriu.

- Sabe... Eu andei revendo coisas que me fariam o homem mais feliz do mundo. – Fiquei em silencio e ele continuou. – Você, você ao meu lado, e você ter um filho meu.

Não consegui dizer nada. Só sorri.

- Imagina só, uma mini Hermione com olhos cinzas? – Ele disse e seus olhos brilharam. – Ou um mini Draco de olhos castanhos?

- Eu seria a mulher mais feliz do mundo. – Disse o beijando.

Ficou em silêncio e depois sua expressão mudou.

- Também teve um sonho nada agradável? – Perguntou fazendo uma careta.

- Sim. – Imitei sua careta, rindo. – Sonhei com... Sua mãe.

- Opa. – Ele disse se sentando. – Hermione... Você acredita em...

Então houve um barulho alto, como se um vidro tivesse acabado de se quebrar em algum canto da casa. Draco colocou o roupão e saiu do quarto. Depois de um ou dois minutos me gritou. Peguei sua camiseta de botões que estava no canto do quarto, me vesti com ela e fui atrás dele.

- Esse é o quarto onde eu guardo fotos dos meus pais. – Draco estava em lágrimas. – O que está fazendo de salto?

Gargalhamos.

- Não sei. – Respondi e voltamos atenção aos retratos. – O que aconteceu?

- Eu sonhei com o dia em que uma dessas fotos foi tirada. – Ele secou suas lágrimas. – Papai andava pra lá e pra cá, dizendo o quanto nascidos trouxas eram ruins, más influencias e coisas assim.

- Não exatamente nascidos trouxas, não é? – Disse olhando pra alguns retratos de Lucius. – Ele costumava dizer sangue-ruim mesmo.

- Sim. – Ele disse entrelaçando nossas mãos. – Se eu disser que acho que papai te aceitou, o que vai me dizer?

- Que está ficando louco. – Disse rindo. – É impossível. Ele está morto.

- Hermione, meu pai... Ás vezes se comunica comigo. – Ele disse sério. – Vou entender se não quiser acreditar, mas é verdade. Ele se comunica comigo por meio de sonhos ou por meio de um dos retratos. Exatamente o que eu sonhei com a lembrança do dia em que foi tirado. Estávamos em uma feira ou palestra anti-trouxas e nascidos-trouxas.

- E...

- E atrás dele, havia uma faixa enfeitiçada escrita “No Mudbloods”. – Draco sorriu. – Então no dia do meu aniversário, a escrita sempre muda. “HBS. ILU.” É o que fica escrito lá.

- O que significa “HBSILU”?

- Happy Birthday Son. I Love You. – Disse sorrindo.

- Tudo bem, Draco. – Sorri. – Seu pai te ama. Isso não é novidade pra mim, mas onde eu entro nessa história?

- Dá uma olhada no retrato e tire suas conclusões.

Draco me apontou uma foto grande, onde Lucius apenas olhava pra frente e depois desaparecia com seu ar superior. Depois de prestar atenção em Lucius, finalmente olhei pra faixa acima de sua cabeça. “Blood doesn’t matter. Just love her.” [Sangue não importa. Só ame-a]

- Draco... – Eu sussurrei. – Isso não é...

- Isso é o que você acha que é. – Ele sorriu e me abraçou. – Ele nos aceitou. Ele te aceitou, amor.

- Pelas barbas de Merlin! – Draco me rodou pelos ares.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Não que isso fosse me impedir de passar um minuto ao seu lado. – Ele me beijou a bochecha. – Mas é ótimo saber que meu pai finalmente enxergou que você é a futura Sra. Malfoy perfeita.

- Eu te amo, sabia? – Ri.

- Eu te amo mais. – Ficamos ali curtindo o momento.

x-x-x-x-x-x

- Como assim? – Perguntei assustado. – Como assim... Ir com você?

- É a minha decisão. – Ela sorriu vitoriosa. – Sempre digo que vou me divorciar e sempre volto casada. Dessa vez é de verdade, e você vai comigo.

- Você está ficando LOUCA! – Gritei rindo.

- Você vai ficar ao meu lado, mesmo louca? – Perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

- Eu vou ficar do teu lado pra sempre. – A abracei. – Vai precisar de muito mais do que “maluquice” pra se livrar de mim.

Então aparatamos e estávamos parados no meio da sala do Weasley. Ele estava na nossa frente. Estava assustado e olhava pra Hermione e pra mim toda hora. Então ouvimos passos e alguém se aproximando. Olhei e acho que me assustei mais do que Rony.

- Pan? – Perguntei achando que estava ficando louco. – O que você esta fazendo aqui?

- Eu é que pergunto. – Ela disse e em seguida olhou pra Hermione, que ria vitoriosa e imitou a expressão da castanha.

- O que diabos está acontecendo aqui? – Ronald perguntou confuso.

- Simples. – Hermione respondeu sorrindo irônica. – O que já devia ter acontecido há muito tempo. Essa é Pansy Parkinson, a mulher que Ronald realmente ama. A Sra. Weasley certa. E esse é Draco Malfoy, o homem que eu amo. O pai dos filhos que eu quero ter.

- Draco? – Ronald fez uma careta e perguntou com uma voz muito fina.

- Algum problema? – Perguntei sério.

- Todos! – Ele fez a mesma voz fina, parecia em pânico.

- Ronald, sinceramente, se eu fosse escolher com quem você iria ficar, não seria com Pansy. – Hermione riu pra Pansy, que riu de volta. – Nada pessoal, Pan.

- Eu entendo. – Ela disse. – E você Malfoy, que vivia dizendo que não sentia nada pela Granger! Eu sabia! Eu sempre soube!

- Ah, ok, Pan. – Ri. – E desde quando andou se interessando por Gingers?

- Desde o nosso ultimo dia em Hogwarts. – Ela deu os ombros.

- Ronald! – Hermione gritou. – Desde Hogwarts? Então aquelas cartas, meses depois de sairmos de Hogwarts que você e Harry escondiam eram da Pansy? Merlin! Como eu fui idiota! Ronald! Pansy! Harry!

- Calma, Hermione. – Sorri. – Nós começamos bem antes deles.

- Como assim? – Ronald perguntou confuso. – Antes? Antes quando?

- Na metade do ultimo ano. – Hermione respondeu se jogando no sofá. – Merlin, como adiamos isso. Fomos tão idiotas.

- Realmente. – Rony se sentou no outro sofá. – Nossa amizade nos impediu de dar um fim nisso. Achei que fosse sofrer.

- Igualmente. – Hermione gargalhou. – Se eu soubesse que estava em boas mãos, como as de Pansy, nunca haveria esperado tanto tempo.

- Acho que agora podemos desfazer esse mal entendido. – Disse, por fim. – Eu preciso ter a Granger só pra mim, e acho que precisam se divorciar antes.

- É, nós precisamos acabar com isso.