Annabeth estava muito ansiosa para passar as férias com o pai, porque provavelmente seria difícil vê-lo durante o ano. Ela odiava a ideia de se mudar e ficar algum tempo sem ver os amigos.

Será que sua mãe a deixaria morar com o pai? Bom, isso seria um pouco difícil, mas não impossível.

Após implorar para ficar metade das férias em Montauk com a família de Percy, Athena resolveu ceder. Annabeth sabia o quanto isso era difícil para uma mãe ficar longe da filha por alguns dias.

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***

Percy sentia vergonha, pois, pela primeira vez, Annabeth havia conhecido Poseidon – que iria ficar junto com eles.

Chegaram por volta das duas horas da tarde. Sally ajudou a retirar a bagagens do porta-malas.

– Percy e Annabeth, vocês não querem ficar um tempinho juntos na praia? – Sally perguntou sorridente, enquanto Poseidon entrava no chalé segurando algumas garrafas com água.

– Mãe!

– Vamos Percy – insistiu Annabeth.

– Ahn... tá ok.

Eles caminharam juntos pela areia macia e molhada perto do mar. Percy achou que ela estava perfeitamente natural e bonita. Era tão incrível a sensação de ficar perto de uma garota bonita com Annabeth, que ele se sentia envergonhado por gostar dela principalmente pelo seu jeito de ser.

Annabeth chegou perto do mar e fez concha com as mãos, colocando água no seu rosto e depois jogando respingos em Percy.

Ele foi até Annie, fazendo o mesmo com ela. Logo os dois já estavam molhados e correndo um atrás do outro.

– Você não pode me pegar, Cabeça de Alga.

– Sabidinha, não é? – ele disse, apoiando as mãos nos joelhos, sentindo-se exausto. – Não vamos mais brincar disso. Eu cansei.

Annabeth riu, ficando bem próxima dele.

Para ela, foi irresistível ficar perto do amigo e não conseguir desejar algo naquele momento, sentindo a respiração acelerada de Percy perto do rosto. A brisa deixava uma parte do cabelo dele assanhado. E mesmo assim, ele parecia perfeito.

Annabeth se aproximou, beijando com cuidado os lábios do garoto.

Percy aparentava estar nervoso, e não teve nenhuma reação assim que isso aconteceu. Mas então ele pôs as mãos na cintura dela, e retribuiu o beijo; pensando em como tudo acontecia de uma maneira mágica.

Eles ficaram quietos quando se separam. Annabeth gostaria de se trancar no quarto e fica pulando feito uma louca, para demonstrar o quanto estava feliz por isso. Mas o sorriso dela já foi suficiente para mostrar sua alegria. Aliás, Annabeth não parava de sorrir.

– Annabeth... – sussurrou ele, tímido.

– Eu não quero me separar de você nunca.

– Nem eu.

Ela beijou sua bochecha, e Percy corou.

– Prometa uma coisa pra mim – pediu Annabeth, sorrindo. – Nossa amizade nunca pode acabar. Tipo, nunca mesmo. Nunca. Nunca. Nuca.

O garoto ficou calado, dando poucos passos para chegar até o mar, e gritou:

– Lógico que não vai acabar.

Ela cruzou os braços.

– É bom que esteja falando a verdade.

– Eu estou. – Retrucou. – Vem cá, Annabeth – chamou, se molhando na água salgada, enquanto Annabeth se aproximava.

Não importava se as roupas de ambos estavam molhadas, mas o importante é que estavam juntos.

Então ela sentiu as mãos de Percy a abraçando por trás. Annabeth gostaria de admitir que aquilo não era atitude de dois amigos, porém, estava gostando tanto disso que não tinha a mínima vontade de ficar longe dele.

Por mais atlética que Annabeth parecesse ser, sua cabeça se encaixava exatamente embaixo do queixo de Percy. Era confortável estar nos braços do garoto que a fazia sorrir.

Eles se olharam. Desta vez, Percy deu um beijo literalmente molhado em Annabeth.

– Meu Deus! Percy, você não entendeu aquela história de amigos, né?

– Acho que você também não entendeu.

Percy ficou encarando a janela, onde sua mãe espiava pelas brechas. Assim que viu o filho, Sally riu, piscando para Percy.

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Ele revirou os olhos, puxando a mão de Annabeth e saindo do mar.

– Acho melhor entrarmos. – Disse Percy.

Antes que as coisas piorem, ela pensou em dizer, mas ficou calada.

Alguns minutos depois, eles já estavam secos e usando roupas enxutas. Sally chamou Percy para uma conversa particular entre mãe e filho, no quarto dela.

– Eu sei que você estava nos observando, mãe.

Sally bagunçou o cabelo dele, e Percy sentou-se na beirada da cama.

– Eu estava. – Ela hesitou. – Vocês estão gostando um do outro. Eu sei disso!

– Não estamos.

– Olhe, Percy, meu querido... Eu sei que é difícil pra você, porque agora está conhecendo melhor as coisas da vida, mas algum dia você vai precisar de uma pessoa ao seu lado.

– Somos só amigos! – afirmou o garoto, enchendo as bochechas de ar e bufando. – Mãe, Annabeth não gosta de mim desse jeito que você pensa.

Sally sentou ao lado do filho, acariciando o rosto dele.

– Querido, vocês estão muito próximo um do outro. Fica difícil acreditar que não estão juntos. Eu vi o que aconteceu agora a pouco. Se você não tem coragem de falar o que sente pra ela, então fale o que sente pra mim.

Percy suspirou, com tristeza.

– Annabeth vai em bora. Provavelmente não vamos mais nos ver. E aí?

– Percy Jackson – ela murmurou. – Sinto muito.

Ele explicou tudo para a mãe, que apenas assentia.

– Nós poderíamos insistir para Athena deixar Annabeth morar com o pai – Sally sorriu. – Se fosse comigo, eu não sei se aguentaria ficar longe de você, mas se fosse preciso eu faria de tudo para te ver feliz.

– É. Eu sei – afirmou. – Vamos tentar fazer isso.

Percy só conseguia pensar em Annabeth. Ele a amava incondicionalmente. Estava apaixonado por Annabeth, e gostaria de ficar beijando a garota por muito mais tempo.

Percy desejava ela. Mas era um desejo muito difícil e fácil ao mesmo tempo.