Outra música começou. Se me perguntassem eu não saberia dizer qual música era, mas só lembrava de que era impossível ficar parado. Ele me puxou pela cintura, me colando nele e roçando de leve seus lábios em meu pescoço. Me arrepiei e ele percebeu, pois começou a me provocar beijando e mordiscando toda a extensão. Em resposta passei as duas mãos em sua nuca, arranhando bem de leve. Ele aumentou a intensidade dos beijos, subindo do meu pescoço para o meu queixo, e depois voltando para meu pescoço, e deixando sua marca ali. Amanhã quando me olhar o espelho, vou me arrepender pra sempre de ter deixado ele me dar um chupão. Ele se afastou pra me encarar e eu sorri, foi o que bastou. Ele colou nossos lábios, logo pedindo passagem com a língua, concedi e começamos um beijo calmo, que logo se tornou mais urgente. Ele me levou até a parede mais próxima e me encostou, dando continuação ao beijo. Senti suas mãos por baixo da minha blusa, apertando minha cintura com força. Eu precisava parar. Eu estava bêbada e não queria me arrepender de nada depois. Mas o problema era: eu não queria parar. Eu não conseguia parar. Por mais que eu tentasse negar, a sensação do toque do Bernardo me fazia perder o controle, me tirava o foco, eu não conseguia pensar. Meus cinco minutos de lucidez voltaram e eu o afastei de mim, terminando o beijo com uma pequena mordida em seu lábio inferior. Ele sorriu maliciosamente pra mim enquanto me via sair dançando em direção as bebidas. Enchi mais um copo de vodka e virei. Voltei a dançar sozinha andando pela sala e quando parei num determinado ritmo da música, senti dois braços me abraçando por trás, olhei e vi o Caio sorrindo pra mim. Sorri de volta e começamos a dançar, só faltava ele mesmo. Quando me virei de frente pra ele, me senti meio zonza, me segurei em seus ombros e logo passou. Boa, isso que dá beber de mais. Minha vista foi ficando cada vez mais embaçada e eu não conseguia distinguir o quão perto o Caio estava de mim. Não, o Caio não. Sentia seu hálito cada vez mais perto e depois disso, a noite foi inteira um borrão.

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