Capítulo 6 - Meu domingo

Pleno domingo, e meu pai me acorda às 6 da manhã, para irmos a igreja. Não que eu não goste, mas era domingo! Eu queria dormir bastante para depois jogar mais..

Enfim, meu pai me obrigou a ir e ficamos lá até as 11:30 da manhã. Depois da missa, meu pai me levou para almoçar em um restaurante pertinho daqui, a comida era muito boa, eu gostava daquele restaurante, até saber que...

– Pois não? - Uma voz familiar e risonha fala conosco.

Eu ainda não tinha me virado para ver a cara da pessoa, estava prestando atenção no cardápio.

– Jenna! - Meu pai fala levantando-se.

Quando meu pai se levantou virei rapidamente para ver o rosto da pessoa que havia falado, já que o nome pra mim, já era de uma pessoa desagradável que eu tive o desprazer de conhecer.

''Não!! Não acredito!'' (Pensei)

Era ela, a chata da ex-namorada do meu pai. Sinceramente, isso deve ser castigo por eu ter ido mau humorada com o meu pai hoje cedo para a igreja.

– Erza, fale com a Jenna! - Eu só estava olhando pra eles, sem falar nada.

Tentei conter a minha cara de repulsa pela situação.. Nem sei se consegui.

– Hey... como você tá? - Falei.

– Estou ótima florzinha! - Ela fala passando a mão no meu cabelo.

Eu tento sorri, mas o sorriso sai forçado mesmo assim. Aff, florzinha. EU ODEIO QUE ME CHAMEM ASSIM.

Tentei manter um sorriso na minha cara.. não sei se consegui mas.. Na boa, eu tava muito bolada.

Minha raiva impediu que eu prestasse atenção no rápido assunto entre a sem sal e o meu pai, mas.. o que eu escutei foi isso:

Pai: Jenna.. então, você agora é garçonete daqui? Quando você voltou de Londres?

Jenna: Pois é.. estou sim! Olha como o mundo da voltas.. Eu tive que voltar.. não dava mais para ficar em Londres..

Pai: Ah que coisa.. Sabe.. agente podia marcar de sair um dia.. pra falar sobre a vida e tal..

Jenna: Claro! Vamos sim! Eu vou adorar!

Pai: Ok..

Jenna: Ok.. mas.. o que vocês vão querem? (risos) Ainda preciso cumprir meu trabalho.

Pai: Hm.. claro! Erza já escolheu? Erza! Erza! ...

Eu estava vegetando. Prestando atenção no assunto mais também pensado no porque que ela tinha voltado para cá, porque não ficou em Londres? Aff.. na hora de dar um pé na bunda do meu pai essa sem sal soube.

– Quero o prato dia pai! - Falei entregando o cardápio para ela, sem trocar muito olhar.

– Ta.. - Meu pai me deu um olhar de reprovação - Eu vou querer o mesmo..

– Ok. - Ela falou sorrindo, meu sem graça e se afastou da nossa mesa.

" Mas do que já era. " (Pensamento relâmpago)

Quando ela estava longo o suficiente, meu pai começou o seu esporro.

– O que foi isso senhorita? Por que você trata a Jenna assim? - Ele falou discretamente.

– Pai na boa.. eu não vou com a cara dela, ela é tão chatinha.. - Falei.

" Chatinha, bobinha, sem sal ... '' (Pensamento relâmpago)

– Não sei o motivo disso! A Jenna sempre foi legal com você. - Ele retrucou.

– Pai! Ela te largou assim que teve uma chance de sair desse pais, o que ela fez com você eu não engulo. - Falei olhando para ele no início mas depois desviei o olhar.

– Erza.. isso é coisa de adulto! Você não deveria fazer esses julgamentos fúteis. - Ele reprovou o que eu disse.

"Julgamentos fúteis? Ela que é uma fútil, largou o cara que ela dizia amar pra trabalhar de baconista em Londres.. AVÁ."

(...)

A comida foi servida e eu não troquei nenhuma palavra com o meu pai. Eu estava com raiva dele ser tão legal e compreensivo com todo mundo, menos com ele mesmo.

Na saída ele e a Jenna trocaram telefones, pois ambos haviam mudado seus números.

Eu esperei no carro, estava com tanta raiva que nem consegui ficar perto, nem me despedi dela. Meu pai entrou no carro e olhou pra mim, soltou algumas palavras do tipo: "Gostou do almoço?" Eu não respondia, estava em greve com ele.

Chegamos em casa e eu fui direto para o meu quarto. Liguei o computador e deitei na cama enfiando minha cabeça no travesseiro. Pensei um pouco enquanto ficava ali deitada, depois ao ver que meu PC iniciou, levantei da cama e conectei o meu querido jogo.

Para a minha felicidade.. Meu Lord estava online.

Antes que eu pudesse falar com ele, minha janela do chat abriu.

De: LordDark

Oi!

"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH" (pensamento feliz)

(Alguns segundos depois)

Para: LordDark

Hey! Já online? Haha'

(Alguns segundos depois)

De: LordDark

Estava esperando a minha guerreira! ♥

"AHHHHHHHHHHHHHH QUE FOFO" (pensamento feliz)

– Erza! Erza! - Meu pai gritava o meu nome.

– O que é? - Tive que sair da minha greve.

– Tem uma menina aqui na porta, disse que é sua amiga. Ela se chama Lucy, e está subindo. - Ele completou.

"Mas porquê a Lucy veio aqui?" (pensei)

A porta do meu quarto se abriu.

– Oi amiga! Podemos entrar? - Ela falou.

– Tem mais alguém ae? - Perguntei.

– Sim, se sabe. - Ela disse.

" Lembrei dos amigos imaginários dela, foi então que eu toquei que estava lidando com a Lucy, a retardadinha.''

– Ata.. entra ae. - Falei.

Ela se aproximou de mim e sentou-se na beirada da minha cama.

– Então.. está aqui por quê? - Perguntei normalmente.

– Como assim? - Ela fez aquela cara de lerdeza.

– Tipo.. por qual motivo se veio na minha casa;- Expliquei.

– Motivo? - Ela falou me olhando - Ah.. por motivo nenhum, me deu vontade de vim aqui um pouco.

– Ata.. - Falei com naturalidade, mesmo achando estranho.

Ela se vira para o meu computador.

– Ta JOGANDO! - ela fala alto sorrindo - E ainda por cima ta falando com o Lord.. hummmm – Ela fez uma cara..

– Que que tem? - Retruquei.

– Nada! Ele é muito legal né? - Ela falou olhando para a tela.

– Sim.. - Respondi.

– Vamos tomar sorvete? - Ela fala do nada.

– Lucy.. ta frio.. - Falei lembrando-a que estava meio fechado o tempo para tomarmos um sorvete.

– Ah.. - Ela responde. - O que vamos fazer então?

– Eu vou jogar.. - Falei.

– Ok! Então eu vou te ajudar aqui. - Ela falou rindo.

E assim se passou meu domingo, Lucy ficou lá em casa até as sete da noite, e nós ainda ficamos jogando depois juntas quando ela foi pra casa. Nós quatro. Eu, meu mago, ela e o guerreiro dela.