Taking Chances

Draco ou Malfoy?


- Ah, oi Richard.

-Eu queria conversar com você a sós, Mione.

Vou tentar sair à francesa, mas provavelmente não vai dar certo. Ele está com a cara séria demais.

- Eu realmente não posso agora, tenho que..

- Não Hermione, eu não posso esperar! - ele segurou minhas mãos e olhando nos meus olhos disse boa parte do que eu temia. - Eu queria me desculpar por ter deixado você quando teve que viajar, nunca acreditei em relacionamentos a distância, mas desde que você partiu não saiu nem um minuto dos meus pensamentos. Eu me sinto culpado, sei que te fiz mal com toda essa insegurança. Me perdoe, por favor.

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Aaah, Cafajeste! Você realmente me fez muito mal, meu rendimento baixou e eu fiquei um bom tempo isolada e deprimida sim, por culpa sua. Na época só o que eu fazia era te xingar de tudo quanto é nome, só o que eu queria era tascar a mão na sua cara, mas não conseguiria, gostava demais de você. Tive tanto trabalho, fiz tanto esforço pra tirar você de dentro de mim, mesmo sabendo que nunca o conseguiria totalmente. E agora você, ingrato, chega pra desabar meu mundo que eu consegui, finalmente, reconstruir? Eu não vou deixar, Richard! Não vou!

E apesar de todos esses sentimentos dentro de mim acha que eu consegui falar alguma coisa? Não, é claro. Afinal, não sou eu a Senhorita-Muito-Tapada-Granger? Mas eu estava sentindo uma lágrima boba pedindo pra cair. Fala, Hermione, você precisa falar alguma coisa. Fala!

- Já passou, Richard. Agora eu tenho mesmo que ir.

-Hermione!

Isso. Esse é o seu melhor? Tem como eu não me sentir estúpida? Pior ainda foi ter saído correndo, meus pés me levariam onde achassem melhor.

~*~*~*~

Talvez o problema seja simplesmente o lugar não ser tão grande quanto Hogwarts. Corri, corri e me vi, pela segunda vez naquele dia, escancarando uma porta. A porta da enfermaria.

- Você voltou mesmo não é. - Tudo bem, talvez virar de costas não tenha sido a melhor forma de esconder o choro, afinal, ainda tinham os soluços que eu não consegui controlar. - Hermione, você está.. chorando?

Me virei pra ele e ele fez menção de levantar

- Fica. Não se levante

- Então venha até aqui, por favor.
Não sei o que me deu, talvez tenha sido o estado em que me encontrava, eu fui até ele, um passo de cada vez.

-Eu achei que não viria mais, já fazem horas de quando disse que voltaria.

-Horas? - Fazem horas mesmo? Eu não percebi, primeiro aquela confusão que deve ter durado a tarde toda, depois o Richard. Pra dizer a verdade não sei quanto tempo fiquei parada olhando pra ele antes de sair correndo que nem uma retardada. Olhei pela janela e realmente já estava escuro.

-Pois é, não sei como você conseguiu ficar tanto tempo longe de mim sem perceber - E ele deu aquele sorrisinho dele, não o cínico. Na verdade, nunca tinha visto esse sorriso no rosto do Malfoy, um sorriso brincalhão. E eu não consegui conter um sorriso. - Isso, bem melhor.

- Aconteceram umas coisas... Mas me diz, como você está?

- Além de ter ficado sozinho aqui, abandonado, o dia inteiro? Estou bem, minha coluna já não dói tanto.

- E você ainda queria levantar! Se esqueceu que você é o doente, é?

- É que não consigo me conter quando vejo que posso ajudar alguem - E o sorriso apareceu denovo, estava começando a gostar desse Malfoy

-Ah, foi você que escolheu? Realmente, Hermione, como escolheste mal! -fingi estar emburrada por um instante - Ei, não precisa fazer bico. Sabes que eu estava brincando.

Ele deitou e lado e esticou o braço direito na minha direção, mas não conseguiu me alcançar.

-Vem cá, chega mais perto. - E eu cheguei, sem perceber, sem nem pensar

Ele estendeu a mão novamente, e limpou as lágrimas que estavam quase secando na minha bochecha.

- O que te fizeram, Hermione?

- Nada, Draco. Nada demais.

- Espero até você querer contar. Até lá, estou com frio. Deita aqui comigo?

Eu não sabia que bicho tinha mordido o Malfoy, só sei que estava gostando desse novo garoto, estava simpatizando com o Draco que estava começando a conhecer. Então ele chegou pra ponta da maca e eu me deitei ali do lado dele, ele passou o braço pelo meu ombro, me aconchegando e eu percebi que o motivo dele ter feito isso não foi o frio que ele sentia e sim o consolo do qual eu precisava.

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Mesmo com o Malfoy ali do lado sendo tão gentil, meus pensamentos voaram para um dos quartos, andares acima, e se acharam ao lado de Richard, nas palavras que ele dissera. Eu não posso ser idiota ao ponto de me deixar levar pelas palavras dele, mesmo que elas sejam sinceras, pois setembro vai chegar e eu vou ter que "viajar" outra vez, e tudo se repetirá.

Meu olho já estava umidecendo, quando Draco percebeu.

- E então, você ainda não me disse de onde conhece aquele garoto chato e feioso. - A carinha dele foi tao linda que eu tive que contar. PERAÍ, Malfoy com carinha linda?? LINDA? O que está acontecendo comigo, Deuses? Bebi alguma poção?

- O conheci antes do sexto ano, ele é um trouxa que mora lá perto de casa. Nada demais.

-Nada demais? - ele riu amargurado - Eu percebi que ele te chama de Mione, e vi que ele não te deixa em paz.

- Pois é, nada demais para ele, pelo menos.

- O que você quer dizer com isso? - Estou percebendo curiosidade nesses olhinhos azuis?

Hesitei, ele estava diferente agora, mas e se estivesse fingindo? E se depois voltasse ao normal e espalhasse aos sete ventos o que eu lhe contaria?

- Quero dizer, Draco. Que a gente teve um caso, não dá nem para chamar de romance porque... Porque ele me deixou quando soube que eu teria de ficar muito tempo ausente.

Não aguentaria se ficasse de olhos abertos, fechei-os e me apertei mais contra Draco, abraçando-o e me aconchegando.

- Pense pelo lado bom, nesse tempo tooodo ausente, você ficou pertinho de mim. - E ele sorriu, eu pude perceber, mesmo de olhos fechados, de tanto que gostei do sorriso maroto do novo Draco.

Adormeci, e quando acordei já estava claro e Draco já estava bem e de pé. Só temia que aquele Draco não fosse o Malfoy.