Take My Hand

6 – Ela. Livro 2 – Jacob Black


Livro 2 – Jacob Black

6 – Ela.

Aqueles lábios tão doces, ou talvez o sorriso arrebatador. Nada superava sua perfeição; aquele sorriso doce e calmo. Tanto tempo eu esperei por ela. Tanto. Que agora que eu a possuía... eu tinha que ficar mais tempo perto dela. Sabendo que eu e ela... Estávamos juntos agora.

Segurei minha respiração, e com a lua perfeita mergulhei através da superfície da água gélida.

Esta estava lá, numa dança quase hipnótica girando com seus cachos dourados em meio áágua se movendo lentamente alcançando a beleza resoluta de seu corpo. Seus olhos sorrindo com tal credibilidade. Eu não podia mais deixá-la longe de mim. Meus pés e mãos, se moveram em direção á ela. E ela sorriu mais. Estendeu seus braços para mim e assim os peguei. Ela me levou para a superfície.

- Eu te amo, Jake... – ela disse arfando.

- Eu amo você, tampinha. – beijei de leve sua testa, como de costume e senti suas mãos ágeis levando meu rosto para seus lábios. Ela me amava assim como eu a amava. Tudo tão perfeito. Tudo tão lindo. Eu estava sonhando? Se estava... que nunca mais me acordassem. O quão incoerente fosse... o quanto ruim fosse. Mais eu não queria mais acordar. O gosto de seus lábios em minha boca, era o néctar dom paraíso. Tudo o que minha vida precisava agora estava tendo. O amor sufocado e a cicatriz funda em meu peito agora desapareciam de vez. Nada mais tinha importância. Que tudo explodisse. Que apenas nós existíssemos nesse momento. Doloroso. Doloroso seria me desavir dela.

- Temos que voltar, sabe disso? – perguntei me afastando de seus lábios e segurando as laterais de seu rosto. A alegria desaparecendo do rosto único em perfeição.

- Não nos tire daqui. Não me leve ao mundo real... – ela implorou em voz triste e cortante.

- Foi essa a promessa que fiz a seu pai. Ele me ajudou. E eu ajudo a ele. – dei de ombros.

- Que promessa, Jacob Black? – ela estreitou os olhos assim como sua mãe costumava fazer, num momento de desconfiança.

- Ele me contava o que se passava em sua cabeça, e eu teria responsabilidade de não desaparecer a noite toda com você. – bufei.

- Tudo bem, a culpa não é de ninguém.– ela se soltou de mim, se lançou para dentro d’água. Assim fiz. Ao seu lado atravessamos o a água agitada. E assim ela se levantou e tremeu.

- Que frii-iio. – ela reclamou abraçando seu próprio corpo.

- Não se esqueça dos 47 graus aqui. – abri os braços e ela se jogou neles.

- Nada poderia ser mais perfeito. – ela olhou pra mim com um sorriso calmo, e depois fitou a lua clara brilhando ao céu.

- Tenho uma coisa pra você. – peguei-a em meu colo, e a levei perto de nossas roupas. Seu frio parecia ter passado.

- O que anda escondendo? – ela riu feliz. Uma felicidade pura. A felicidade de uma garotinha na noite de natal. Ela colocava sua roupa. Assim o fiz. Antes de qualquer coisa, puis meu smoking – não que eu gostasse dele, mais eu precisava usar algo, não é? Eu me aprontei e amarrei o seu vestido á suas costas.

- Quer mesmo saber? – perguntei segurando suas mãos á nosso meio. Ela sorriu e assentiu com a mesma animação. Remexi no bolso de minha calça – chata – e social, para encontrar o tal presente.

Era um colar. O colar que eu mesmo fiz. O colar que dizia tudo o que eu queria dizer. Sem nenhuma palavra;um pequeno pingente de bronze com uma pequena mão entalhada.

- É... lindo. – ela disse deslumbrada.

- Ainda não viu tudo. – disse colocando o cordão em seu pescoço molhado.

Peguei meu pequeno pingente que se pendurava em meu peito. Outra mão entalhada em bronze, que se encaixava perfeitamente com o outro pingente. Assim, peguei o seu e o meu em uma mão. E os encaixei.

- Pegue minha mão... – sorri ao olhar as duas mãos unidas em um, unindo nossos dois corações. – jamais a largue. Jamais me deixe partir. – entoei uma velha canção.

- Ah...Jacob... – ela disse entre lágrimas.

- Shhh... – eu puis meu dedo em seus lábios a silenciando – eu e você estamos aqui. Algo mais importa? – perguntei já sabendo a resposta.

- Não... – ela me abraçou – não teria uma vida longe de você Jacob Black. Você se tornou mais importante do que a o ar que eu respiro. Do que o sangue que bebo. Você agora, é o centro do meu universo também. – ela pausou – sei que não sou tão boa em discursos marcantes como você... mais, não importa. O que importa é que eu e você estamos aqui. – ela repetiu com a voz emaranhada.

- Vamos... – eu levantei seu rosto com meu indicador. – Tenho que te levar pra casa, minha Néss. – eu sorri e uma risada rouca escapou por meus lábios ao pronunciar as palavras “minha Néss.”

- Vamos. – ela concordou e jogou penhasco abaixo o par de calçados de que fora presenteada por Alice.

- Alice não gostará nada do que fez com o par de sapatos... – fiquei olhando o par de saltos agulha, afundando em meio á água – agora – furiosa.

- Eu me viro com ela... – ela gargalhou, com aquele som impressionantemente raro. Ela era tão. Única. Sei que penso nessa palavra tanto quanto perfeita. E mesmo assim, sei que é pouco. Sua beleza humana e vampira numa junção perfeita. Com as melhores partes... é fantástica – Jake? – ela chamou tentando me tirar de meu transe.

- Ah... desculpe. Sonhando acordado. – bati em minha cabeça. – Gostaria de uma carona? – perguntei malicioso.

- Acho que seu lado lobo seria perfeito agora. – ela afirmou olhando para cima, com o rosto levemente pensativa.

- Um minuto. É tudo que peço. – corri para dentro das árvores, e amarrei minhas roupas em meu calcanhar, naquela fita de couro. Logo explodi num lobo castanho avermelhado.