Sweet Connor

Capítulo 14.


Oliver Queen

− Você não tem direito de exigir algo Sr.Queen. - Amanda rugiu baixo, não se deixando abalar por minha intimidação sutil.

− Não me venha com essa agora Amanda, Floyd Lawton está em suas celas por minha causa porque seus agentes são incompetentes até para isso. - ela revirou os olhos descontente com meu tom acido. − Eu preciso saber tudo sobre uma pessoa. Felicity Smoak é seu nome, me procure quando conseguir.

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− Não será preciso esperar muito Sr.Queen. - retrucou mexendo em seu celular com rapidez precisa. Eu não queria estar ali, cobrando um favor de Amanda mas eu precisava saber quem era Felicity Smoak. Como prometeu, logo um de seus muitos subordinados adentrou o bar com uma pasta em mãos entregando para Amanda.

− Faça bom proveito. - desdenhou jogando o arquivo na bancada, escolhi apenas ignorá-la meu humor para aturar a chefe da A.R.G.U.S estava curto a muito tempo.

Segurei o arquivo como se minha vida dependesse daquilo. Apenas quando cheguei no covil dediquei toda minha atenção à pasta que parecia pesar mais do que aparentava.

Conforme lia as linhas não podia acreditar no que via. Não podia acreditar que Sandra deixou meu filho nas mãos de uma criminosa. Felicity tinha sido indiciada por tentativa de roubo cibernético junto com seu antigo namorado Cooper Sheldon, mas apenas ele foi preso porque as provas não apontava em sua direção.

Ele morreu.

E ali, ali eu tinha algo concreto algo que podia me oferecer de mãos beijadas Connor. Realmente as aparências enganam, quem vê Felicity Smoak não pensaria que ela já cometeu tal crime, ela cuidava tão bem de Connor, mas quem me garantiria que ela não tentaria fazer isso novamente, quem podia me garantir que ela não colocaria meu filho em perigo devido seus crimes federais.

Pisquei ainda atordoado com a quantidade de informação que continha ali. Minha estava cabeça cheia parecia que a qualquer momento poderia entrar em colapso. Encarei o celular em minhas mãos, a intimidação de speddy dizendo que não podia esquecer a festinha de Connor.

Rapidamente me dirigi até o apartamento de Helena afim de saber mais sob o processo que enfrentaria, e para levá-la para a festinha para que enfim ela conhecesse Connor. Ela me recebeu com um sorriso enorme me beijando.

− Hey, você está estranho. - notou assim que me sentei no sofá.

− Eu acho que encontrei algo para conseguir a guarda de Connor por definitivo. - sussurrei a encarando minha até então namorada Helena, mas antes disso ela ainda era minha advogada então se todas aquelas informações me ajudassem eu confiaria nela porque sabia que faria bom proveito. − Com quem conseguiu isso Oliver? - perguntou nervosa passando folha por folha, lendo as informações.

− Tenho alguns amigos influentes, me diga sinceramente se isso for parar nas mãos do juiz eu posso conseguir a guarda do meu filho? - minha voz não passava de um fio, amedorentado.

− Sinceramente, há uma grande possibilidade. - disse me entregando novamente o arquivo, seus dedos se envolveram em meu rosto em um carinho. − Se quer saber minha opinião Oliver, você está mais do que certo em querer tirar seu filho dela, nenhum pai quer que seu filho tenha contato com um criminoso, então sim use desse arquivo. Vou agilizar as coisas e não tenha dúvidas de que com esse arquivo Connor será apenas seu! - tornou a dizer. Aquela era a brecha que eu precisava para ter meu filho apenas para mim. Era tudo que eu queria desde que tive consciência de que aquele garoto era meu, mas a sensação de injustiça pesou em meu peito me sufocando.

− Felicity é uma criminosa. - sussurrei fracamente. Helena sorriu maliciosamente se sentando em meu colo.

− Você tem certeza que quer mesmo continuar esse assunto? - questionou com segundas e terceiras intenções.

− A festa de Connor, precisamos ir. - encarei o relógio em meu pulso e soltei um resmungo por estar atrasado, escutei o suspiro de Helena e contrariada ela saiu de meu colo. – Você vai se arrumar ou vai assim?

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− Você quer que eu conheça seu filho? Hoje? - perguntou baixo assustada com a possibilidade. − E se ele não gostar de mim? Quer saber, vamos adiar isso. Tenho uns documentos para ver, casos para estudar, o dociê de Felicity preciso saber minuciosamente dele.

− Helena, Connor vai gostar de você pare de se preocupar com isso. - beijei seus lábios a fazendo calar a boca.

− Pode esperar um pouco. - pediu se encaminhando até o quarto. Não mais do que 15 minutos ela voltou, agora com um vestido que exibia a carne se sua perna. − Eu irei no meu carro, caso tenha que sair as pressas e não quero ter que te tirar da festa do seu filho. Um presente, temos que comprar um presente. - exclamou enquanto saia de seus aposentos. Apenas concordei com a cabeça a seguindo.

A festa de Connor não poderia ter sido melhor, participar daquele evento em particular me fez perceber que eu queria mais daquilo, queria fazer parte da vida dele, não só naqueles momentos.

− Hey garoto! Esta gostando de sua festa? - o interceptei em uma de suas corridas, gentilmente limpei o suor de sua testa enquanto ele assentia freneticamente.

− Sim Ollie, é a melhor. Obrigado. - respondeu sorrindo. − Papai, posso fazer uma pergunta?

− Claro campeão.

− Aquela moça. Você ama ela? - se eu amava Helena? Porque sua pergunta me deixou inquieto?

− Porque quer saber disso garoto?

− Porque se você não gostar dela você pode gostar da minha mamãe. - retrucou sem malícia ou birra. Connor parecia mais inteligente do que aparentava.

− Eu gosto de Helena sim garoto.

− Então quer dizer que você não ama minha mamãe? - minha garganta se fechou com a pergunta repentina, pisquei encarando seu rosto em expectativa, mas a voz agitada de Thea me tirou do constrangimento e o olhar ansioso de Connor.

− Pode me responder depois Ollie. - disse saindo em direção a minha irmã e Felicity.

Soltei um suspiro, minha cabeça doía em razão das dúvidas que insistiam em permanecer em minha mente, querer mais tempo com Connor era direito meu, mas se eu devia tirá-lo de Felicity era o que me atormentava. Eu via a devoção que ela tinha por Connor, eu via o quanto ela o amava mas eu estava disposto a deixá-lo com ela?

− Helena é legal. - sussurrou depois que certificou o ressonar calmo de Connor.

− Sim ela é. - concordei me erguendo da cama e ela fez o mesmo. O calor de seu corpo emanava por todo o corredor, podia sentir meu corpo inteiro formigar com a ideia de tocá-la intimamente.

Naquele momento eu não pude controlar o desejo que se aflorava por todo meu corpo eu apenas o deixei comandar e juntar nossos lábios. No primeiro momento, Felicity correspondeu o beijo tão afoita quanto eu, mas tão cedo me afastou alegando de que não podíamos.

Foi no mesmo instante que lembrei de Helena e me senti péssimo por fazer aquilo com ela e submeter Felicity nessa situação. Como um cão com o rabo entre as pernas, fugi de sua casa ainda sob seu olhar queimando em minhas costas.

Se fechasse os olhos, ainda podia sentir seus lábios adocicados pressionados sob os meus. Ainda podia lembrar de seu toque fervoroso em minha pele, o seu cheiro impregnado em minha memória. Minha mente implorava para parar de pensar nela, de querer seu corpo, mas os meus desejos falavam mais altos do que minha cabeça no momento. Eu não tinha movimentado um quilometro desde que sai de seu apartamento, tudo que queria fazer era entrar lá novamente e a tomar para mim.

Abri as notificações de meu celular quando o nome de Helena piscou.

"Tudo feito, Felicity receberá uma notificação para comparecer no tribunal. Aparentemente não é só você que conhece amigos influentes"

Felicity provavelmente vai me odiar para o resto da vida depois que receber a tal notificação. Helena me avisou que conseguiria uma audiência o mais rápido possível, eu só não imaginava que o seu rápido fosse ser na segunda feira. Eu ainda queria Connor para mim, eu tinha aquela necessidade crescendo mais e mais, mas e se eu estivesse apenas metendo os pés pelas mãos? Eu não queria destruir Felicity, nunca quis isso.

Frustrado, e com a dúvida plantada em minha cabeça me dirigi ate a Verdant, encontrando Digg encarando o teto.

− Me diga que temos algo para hoje.. - ele pediu, praticamente implorando. Apenas neguei, estava absorto demais para sair combatendo criminosos. − Tudo bem, como foi a festinha de Connor?

− Você devia ter aparecido por lá. - comentei distraído.

− Ainda vou ter muitas oportunidades para conhecer seu filho Oliver. Você parece perturbado homem, o que aconteceu?

Me dispus a relatar tudo o que estava acontecendo, Digg costumava ter muitos conselhos bons, não que eu seguisse todos eles mas naquele momento eu só precisava que alguém dissesse que eu estava agindo certo.

− Cara quando foi que sua vida se tornou essa loucura?

− No momento em que entrei no Gambit. - respondi na mesma hora com um suspiro sôfrego. − Esse é um bom momento para você me passar um daqueles seus famosos sermões.

− Acho que não precisa disso, já tem o que precisa em mente. Connor precisa de um pai, e de uma mãe também, Felicity Smoak não é uma pessoa ruim..

− Ela o perdeu duas vezes Digg.

− E por quanto tempo você vai usar essa mesma desculpa? Ela criou seu filho, tenho certeza que deu o sangue pelo garoto. Pense no que estará fazendo com o pobre do garoto o tirando da pessoa que sempre esteve lá para ele. A verdade é que ele não te conhece e você também não o conhece Oliver, e eu sei que essa sua ideia machucaria tanto Connor quanto Felicity e você não vai querer ver eles sofrendo, eu sei como é ruim Oliver não cometa esse erro. Além do mais, você leva uma vida bastante perigosa não vai querer o garoto no meio de tudo isso.

− O que aconteceu com “acho que não precisa de um sermão” - brinquei tendo um revirar de olhos como resposta.

− Se precisar de mim, basta ligar. - se despediu jogando a jaqueta pelos ombros e me deixando só. Com meus pensamentos conflituosos e meus demônios.

Me joguei na cama improvisado que tinha ali e me dei conta que sentia falta de ter o corpinho do meu filho ao lado. Dois dias e eu já estava acostumado. Encarei ao redor, se eu realmente conseguisse a guarda de Connor eu teria que me mudar para um apartamento descente.

Eu só precisava ver seu ponto de vista. Mas não como Oliver Queen.

[...]

Encarei a cama desfeita. Bagunçada. Continuei no escuro por um momento quando percebi sua movimentação, Felicity saia do banheiro, com o rosto molhado. Engoli o seco ao vê-la apenas uma com uma blusa enorme, suas pernas torneadas expostas fez com que eu sentisse o desejo que eu sentia em sua presença aumentasse.

− Felicity Smoak.. - minha voz estava modulada e mais assustadora quem o comum, a loira a minha frente pulou assustada apertando os olhos em minha direção. − Cooper Sheldon.

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Ligeiramente tive o vislumbre de seus ombros encolhidos, os olhos azuis amedrontados. E cheio de dor com a menção do nome.

− Ele morreu.

− Por sua culpa. - Felicity piscou parecendo abalada com minha acusação. − Me diga o que aconteceu.

− Não vou te dizer nada, vai embora da minha casa antes que eu chame a polícia.

− Se não quer me dizer, eu irei relatar os fatos. Você é uma criminosa, que teve ambições maiores do que tudo e por sua culpa seu namorado se matou.

− Não foi assim. - sussurrou abraçando o próprio corpo, sua voz repleta de dor era tão visível que aquele assunto ainda mexia com ela.

− Você não é digna de criar aquele garotinho que dorme no quarto ao lado. - esbravejei realmente irritado, mas baixo o suficiente para que Connor não acordasse.

− O que Connor tem haver com isso?

− Você é irresponsável, como pode cuidar de uma criança? Como puseram você como guarda legal de Connor? Uma criminosa. - rosnei dando um passo, saindo das sombras. O cheiro dela invadiu minhas narinas com força que eu me senti tonto.

− Você não tem direito de me acusar assim, nem ao menos me conhece. Você não sabe o que eu passei com aquele garoto, ele é meu filho e eu faria tudo por ele e não me venha me dar lhe lição de moa quando você mesmo é um assassino a sangue frio. - escutá-la me chamar de assassino me fez estremecer.

− Preciso enumerar a quantidade de vezes que usando sua inteligência você o perdeu? Duas vezes na mesma empresa. Ele ficou preso em um elevador Felicity!

− Como você.. Apenas eu e o pai de Connor.. - atordoada ela se afastou, seus olhos brilhando tanto pelas lágrimas quanto por seu raciocínio. − Oliver...