POV Susan

Depois que a Evie foi para a escola, me arrumei para ir ao acampamento. Vesti uma calça jeans, uma camiseta branca, peguei uma jaqueta e pus meus ali star. Viajei pelas sombras indo para o lugar que eu não ia desde que a Evie era recém nascida.

Assim que a viagem nas sombras acabou e as sombras se desfizeram, eu estava na frente da casa grande, respirei fundo fechando os olhos e sorri.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— É bom estar de volta - falei e subi os degraus para a varanda da casa grande

— Senhora Di Ângelo, há quanto tempo - Quiron falou assim que eu entrei na casa grande

— Verdade, Quiron - falei me aproximando e o abracei - Senti sua falta.

— Como está? - Quiron perguntou indicando o sofá para que eu sentasse

— Apesar de preocupada, estou bem - falei e ele me olhou

— O que a preocupa? - ele perguntou e expliquei tudo que acontecia - Entendo, realmente é algo preocupante

— Por isso isso estou aqui - falei olhando-o - Gostaria da autorização para trazer as crianças nas férias para treinarem aqui. Eles precisam saber com o que estão lidando.

— Preciso falar com o Sr. D. e te informo - Quiron falou e eu assenti

— Irei dar uma volta pelo acampamento antes de ir - falei me levantando - Nos vemos depois.

Quiron assentiu enquanto eu saia, caminhei pelo acampamento, o lugar parecia o mesmo. Ouvi o som das espadas se chocando na arena e caminhei até lá. Assim que entre ouvi a voz da Clarisse gritando com os poucos semideuses que moravam o ano inteiro no acampamento.

— Prestem mais atenção no seu oponente - Clarisse falava com firmeza - Um segundo pode definir entre a sua vitória ou derrota

— Você fala muito, Srta La Rue - falei entrando na arena e os semideuses me olharam com surpresa

— Olhem quem apareceu - Clarisse falou alto me olhando com a espada em mãos - A que devemos a honra?

— Proporcionar um pouco de entretenimento, talvez? - falei e desejei que minha espada aparecesse

— Está me desafiando? - Clarisse perguntou quando parei na frente dela

— Interprete como quiser - falei e girei a espada

— Descansem, retornaremos ao treino, quando finalizar aqui - Clarisse ordenou me olhando

Todos os semideuses foram se sentar para assistir, enquanto eu e Clarisse nos posicionamos no centro da Arena. Começamos a duelar, nossos reflexos sincronizados, nossas espadas faziam barulho a cada movimento, em um momento de distração, Clarisse fez um movimento preciso e conseguiu tirar a espada das minhas mãos jogando-a longe.

— Está perdendo o jeito - Clarisse debochou e eu sorri

— Não preciso da minha espada pra derrotar você - provoquei e ela pareceu se irritar

Ela me atacou, mas eu apenas desviava da lâmina, até que ela decidiu fazer um ataque direto mirando no meu estômago, apenas dei um passo pro lado, a espada passou direto, segurei com minha mão esquerda segurei o braço que ela segurava a espada, com meu braço direito acertei um ponto do ombro que o deixava dormente por alguns minutos, fazendo-a soltar a espada e logo em seguida aceitei um soco fazendo-a cair, peguei a espada dela e encostei a ponta atrás do pescoço dela antes que ela se levantasse.

— Acho que não perdi o jeito - falei sorrindo e ela acabou rindo

Os semideuses aplaudiram, enquanto eu ajudava Clarisse a se levantar. Nos abraçamos, fazia anos que não a via, ela não mudou muito, apenas seus traços que ficaram mais maduros.

— Retornem ao treino - ela ordenou e os semideuses obedeceram e fomos para a arquibancada

— Lutou bem - ela falou me olhando

— Você também não foi tão mal - brinquei e ela sorriu

— Achei que depois de oito anos, não saberia mais usar uma espada - ela falou e bebeu água

— Continuei treinando na Torre - comento como se não fosse nada - O Clint e a Natasha sabem usar armas brancas tão bem quanto armas de fogo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Entendi - ela falou observando os semideuses - E a sua filha?

— É elétrica - respondi e ela riu

— Todo semideus é - ela falou me olhando

— Ela é pior - assegurei rindo - Ela tem a energia de dez semideuses.

— Como você é exagerada - Clarisse riu e sorri ao olha-la

— Quando ela começar a frequentar o acampamento, você vai dizer se é exagero - falei simplesmente

— Ela não é muito nova pra frequentar o acampamento? - Clarisse perguntou curiosa

— Sim, mas é preciso - disse pegando uma garrafa de água - Os monstros já suspeitam que ela exista é começaram a rondar

— Isso é ruim - Clarisse falou e assenti - Espero que ela não me dê trabalho pra treinar.

— Boa sorte, então - brinquei me levantando - Vou ver como estão as coisas por aqui

— Até mais - ela falou e se levantou indo em direção ao outros semideuses

Sai da Arena e fui para a oficina, dessa vez o lugar estava calmo, apenas meia dúzia de semideuses estavam lá.

— Susan? - Léo me chamou, me virei e ele me abraçou - Há quanto tempo não vem ao acampamento.

— Verdade, mas precisava cuidar da minha filha - falei quando desfizemos o abraço

— Falando nela, como minha ajudante número tá? - ele perguntou e sorri lembrando que sempre que íamos na pista de corrida, a Evie o ajudava passando as ferramentas pra fazer a manutenção dos carros.

— Está bem - respondi olhando-o - Trabalhando em algo novo?

— Sim, deixa eu te mostrar - ele falou e me guiou até a bancada me mostrando os novos projetos

Estava quase na hora do almoço quando sai da oficina, estava caminhando em direção a casa grande, quando avistei Quiron e o Sr D vindo na minha direção.

— Sra Di Ângelo, estávamos a sua procura - Quiron falou me olhando - O Sr D concordou que trouxesse as crianças.

— Obrigada, senhor - falei olhando-o, mas ele parecia sério - Aconteceu alguma coisa?

— Autorizei que eles viessem, mas preciso que eles estejam dispostos a lutar por nós - Sr D falou me olhando - Lembre-se que ainda estamos sob ameaça.

— Não esqueço, por isso me ausente todo esse tempo - falei olhando-o - Precisava me certificar que a Evie e a Arya estariam em segurança.

— Não quero me arrepender de permitir a entrada de dois humanos no acampamento - Sr D falou dando as costas - Cuide para que isso não aconteça.

— Sim senhor - falei, nunca vi o Sr D tão sério.

— Não precisa ficar tão temerosa, quando a batalha acontecer estaremos preparados. - Quiron assegurou e eu assenti

— Preciso ir, minha filha vai chegar da escola a qualquer momento - falei e ele assentiu

— Estou ansioso para ver a pequena Evangeline novamente - Quiron falou me olhando, ela tinha apenas alguns dias de vida quando a trouxe para o acampamento

— Ela já não está tão pequena assim - falei e ele sorriu

— Imagino que não - ele falou simplesmente

— Nos vemos em breve - disse e fui pro canto mais escuro que encontrei e viajei nas sombras até o meu quarto no apartamento.

Na noite anterior, meu pai havia marcado para que o almoço fosse no andar dele, apenas esperei que a Evie e o Nico chegassem para que fossemos para lá. Fomos para o andar e quando todos chegaram o almoço foi servido, quando terminamos fomos para a sala.

— Meninos, preciso falar uma coisa pra vocês - falei com a Evie sentada no meu colo e o Nico ao meu lado.

Jhon estava sentado ao lado da Thalia e com a Arya no colo, Steve ao lado da Natasha que tinha o Phil em seu colo, Howard estava no colo do meu pai e Pepper ao seu lado. Os demais vingadores estavam sentados um pouco mais adiante.

— Vocês se lembram das histórias que contamos pra vocês sobre a mitologia grega? - perguntei olhando-os

— Os deuses, semideuses, as batalhas, a magia - Jhon acrescentou e eles assistiram

— Tudo isso é real - Nico falou e eles nos olharam surpresos - E alguns nessa sala tem parentesco divino.

— Como assim? - Phil perguntou

— Ele quer dizer que alguns aqui são filhos dos deuses - Steve explicou

— Quem? - Howard perguntou nos olhando

— Eu sou filho de Apolo - Jhon falou olhando-o - Thalia é filha de Zeus e Nico é filho de Hades.

— Isso faz da Evie e Arya semideusas - Thalia falou

— Nas suas histórias, semideuses tem poderes - Phil falou e eu sorri

— Sim, mas nem todos tem poderes e os que têm, só desenvolveram com o passar dos anos - expliquei olhando-o

— O papai e os meus tios tem poderes? - Evie perguntou curiosa

— Sim, nós temos alguns dons - Jhon respondeu e as meninas se olharam

— Legal - Evie e Arya falaram em uni som

— Isso quer dizer que teremos poderes? - Arya perguntou empolgada e sorrimos

— Não temos certeza quanto aos poderes - falei olhando-os - Apenas com o treinamento adequado poderíamos saber.

— No acampamento meio-sangue? - Howard perguntou e assenti

— E vocês quatro terão que ser treinados lá nas férias - Natasha falou

— Porque nós quatro, se apenas elas são as semideusas? - Phil perguntou

— Pelo mesmo motivo que eu fui ser treinada no acampamento - falei e as crianças me olharam - Assim como eu, o Howard tem uma sensibilidade especial que poucos humanos possuem. Ele enxerga através do véu mágico que esconde a verdadeira face dos monstros.

— Eu tenho essa sensibilidade? - Phil perguntou me olhando

— Talvez, o fato de ter conseguido enxergar a face real, mesmo que por segundos, pode indicar que esteja desenvolvendo essa sensibilidade - expliquei e ele assentiu

— Tenho visto monstros diferentes, quase todos os dias - Howard falou e o olhamos - O que isso significa?

— Infelizmente, significa que podem estar correndo perigo - Jhon falou olhando-o

— Por isso, iremos começar a treina-los - meu pai falou - Para caso ocorra um ataque, possam escapar até algum de nós chegarmos.

— Mas não se preocupem, nós vamos proteger vocês - Thalia falou e as crianças assentiram.

— A partir de amanhã, depois da escola, iremos treina-los pessoalmente - Clint falou olhando-os

— Tanto para se defenderem, quanto para entenderem contra o quê terão que lutar - Thalia falou normalmente

— Mas antes de começarmos essa nova rotina, o que acham de brincar um pouco no playground? - Nico perguntou e as crianças se empolgaram

— Então vamos - falei e a Evie se levantou, todos exceto o Banner fomos brincar com as crianças.

Meu pai havia planejado todos os brinquedos grandes e fortes suficiente para nos aguentar, assim poderíamos brincar junto com as crianças.

— Atenção crianças, brincadeira nova - meu pai falou chamando atenção com uma bola na mão - Se chama, acertem o Capitão América.

— Como é? - Steve perguntou incrédulo e meu pai simplesmente jogou a bola no Steve

No instante seguinte as crianças correram pra piscina de bolinhas pegando a "munição" pra acertar no Steve enquanto ele corria.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Mais pra direita, Phil - Natasha gritou

— É sério? - Steve perguntou olhando a esposa e recebeu uma bolada da Arya

Se passou um bom tempo com as crianças jogando bolas no Steve enquanto os demais orientavam onde deveriam jogar. Quando as crianças cansaram vieram se sentar, assim como o Steve.

— Parabéns, Steve - falei olhando-o - Conseguiu cansar as crianças

— Não foi fácil - ele disse um pouco ofegante

— Acho melhor irmos andando, antes que elas recarreguem a energia - Nico falou - As crianças ainda tem o dever de casa pra fazer.

— Tem razão - concordei e nos levantamos - Vamos, Evie?

— Tá bem. Até mais tarde - ela falou se despedindo dos demais

— Até - o pessoal respondeu.

Assim que retornamos ao andar, tomamos banho, a Evie foi fazer a lição e preparei um lanche, quando estava colocando as coisas na bandeja, o Nico entrou na cozinha me abraçando por trás.

— Já te agradeci hoje? - ele sussurrou

— Pelo quê? - perguntei me encostando no peito dele

— Por me fazer tão feliz todos os dias - ele respondeu e eu sorri

— Hoje ainda não - falei e ele me deu um beijo carinhoso

— Obrigado por estar sempre ao meu lado - Nico sussurrou e me deu um selinho demorado.

Ouvimos o barulho de câmera de celular e olhamos na direção a tempo de ver a Evie com o celular na mão

— Sem celular enquanto estiver fazendo a lição, lembra? - Nico perguntou olhando-a

— Já terminei - ela disse mexendo na galeria de fotos e virou a tela pra gente - Ficou bonita

— Ficou mesmo - falei me aproximando - Mas não tão bonita quanto você

Ela sorriu com meu comentário e começou a arrumar as coisas na mochila.

— Mãe, posso ir na casa da Arya? - ela perguntou fechando a mochila

— O que vão fazer? - Nico perguntou olhando-a

— Próxima semana vai ter simulado de todas as matérias - ela respondeu com sinceridade - Quero ajudar a Arya a estudar.

— Só vou perguntar a Thalia o horário que pode ir, tá bem? - falei e ela assentiu, pegou o prato com o sanduíche e foi para o quarto com a mochila nas costas

Os quatro estudavam na mesma escola, Evie e Howard estavam em séries mais avançadas, Phil e Arya estavam nas séries correspondente as suas idades. Mas um não deixava de ajudar ao outro nos estudos, como Phil e Arya eram curiosos, acabavam aprendendo uma coisa ou outra dos assuntos mais avançados da Evie e Howard. Liguei para a Thalia e ela disse que não haveria problema.

— O que a Thals falou? - Nico perguntou me olhando

— Que ela pode ir - respondi e ele assentiu

— Angel? - Nico chamou e a nossa filha saiu do quarto - Tá pronta?

— Unhum - ela falou se aproximando de nós

— Quer que eu te leve? - Nico perguntou

— Não precisa - ela falou indo em direção a porta

— Vai sair assim? - perguntei e ela voltou correndo, deu um beijo no Nico e em mim - Se comporte.

— Amo vocês - ela correu em direção a porta e abriu - Tchau

— Tchau - respondi rindo, sabendo que ela não ouviria

— Bom... - Nico falou se aproximando de mim - Estamos sozinhos nesse apartamento, a Angel vai ficar a tarde toda fora, alguma ideia do que podemos fazer?

— Tenho uma - ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço

— Que seria? - falou e beijou novamente

— Ir visitar o seu pai - falei, ele parou e me virei na direção dele

— Não era bem o que eu tinha em mente - Nico falou e eu ri

— Imaginei que não fosse, mas precisamos ir lá - falei olhando-o - Não o vejo desde o aniversário da Evie, e prometemos que iríamos quando ela estivesse com idade suficiente pra entender o que acontecia.

— Mas temos que ir agora? - Nico perguntou se fazendo de pobre coitado

— De preferência - falei olhando-o - Lembra da reação da Evie quando viu a Dracaenae? Imagine irmos ao mundo inferior e ela ver mortos-vivos, monstros, almas...

— Tudo bem, já entendi - Nico suspirou - Temos que preparar tudo pra que ela não fique apavorada.

— Exatamente - falei olhando-o

— Acho melhor trocarmos de roupa - Nico falou e eu concordei