No Dia Seguinte

POV Susan

Havia voltado do Buffet e fui direto para o andar do meu pai, ele havia chamado a todos para jantar lá está noite. Assim que entrei, vi o Banner e Rhodes lá.

— Oi, gente - falei me aproximando

— Oi, Su - Banner falou me olhando

— Como vai, Susan? - Rhodes me cumprimentou se levantando

— Vou bem, coronel - respondi firmemente - E o senhor?

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— Bem - ele respondeu tranquilamente

— Que bom - falei simplesmente

— Parecem dois estranhos conversando - Banner falou nos olhando

— Ele que insiste em me chamar de Susan - falei colocando a minha bolsa no sofá - Mas foi um grande avanço, caso contrário estaria sendo chamada de Senhora Di Ângelo.

— Hilária, exatamente como seu pai - Rhodes falou em tom brincalhão e dei ar de riso

— Esperava menos de mim? - perguntei fazendo-o rir - Falando no meu pai, alguém o viu?

— Até agora nada - Banner respondeu e eu assenti

— Vou ajudar a Dora a fazer o jantar, com licença - falei tirando o blazer

Quando o jantar estava pronto, comecei a arrumar a mesa e vi o Sam, Natasha, Steve, chegarem, organizei a mesa e esperamos as crianças chegarem do acampamento. Não demorou muito para que o Jhon e a Thalia entrassem com a Evie, Howard, Arya e Phil. Meu Pai desceu minutos depois e fomos jantar e pela primeira vez em anos aquela mesa estaca silenciosa.

— Onde está a Pepper? - perguntei para o meu pai

— Viagem de negócios - meu pai respondeu

— Ela tem alguma previsão pra voltar? - Howard perguntou

— Serão apenas alguns dias - meu pai respondeu e ele assentiu

— Mamãe? - Evie chamou e a olhei - Podemos visitar o vovô no final de semana?

— Vou falar com seu avô, se tiver tudo bem, podemos ir - falei e ela sorriu

— Evie, como é o... - Arya começou, mas se interrompeu ao lembrar que nem todos sabiam dos deuses - São as terras do seu avô?

— Eu não sei - Evie respondeu - Geralmente não saio da casa

— Como é lá, Tio? - Phil perguntou olhando o Nico

— São terras extensas, bem divididas, são cortadas por cinco rios - Nico respondia o mais vagamente possível

— Ela sempre fica dentro de casa, mesmo tendo terras tão grandes? - Rhodes questionou intrigado e eu assenti - Deveriam leva-lá para passear nas terras.

— Não é tão simples - Nico falou simplesmente

— E porque não? - Rhodes questionou e Nico ficou sem saber o que responder

— Porque é perigoso leva-lá para explorar as terras ainda - falei olhando-o - Existem muitos animais que poderiam machuca-la, por enquanto achamos melhor deixá-la dentro de casa

— Com o tempo e aos poucos, mostraremos a ela as terras - Nico falou olhando-o

— Com o quê seu pai trabalha, Nico? - Rhodes questionou e Nico me olhou

— Oh-o... meu Pai? - Nico se enrolou um pouco

— Ouro e pedras preciosas - Howard respondeu atraindo a atenção para ele - Algumas das terras possuem ouro, pelo que me disseram, as vezes é como se brotasse outro do chão.

— Mais ou menos isso - concordei olhando meu irmão que sorriu

— Tibi gratias ago deorum, mythologia et docuit filios. (Graças aos deuses, ensinamos mitologia aos crianças.) - Thalia murmurou em latim e as crianças riram

— O secretário entrou em contato com vocês? - perguntei olhando-os

— Ele está aguardando a nossa resposta - Sam respondeu

— E vocês já sabem o que vão dizer a ele? - questionei olhando-os

— Sei que existem opiniões diversas - Steve falou sério - Temos que ouvir a todos, para no fim tomar a melhor decisão.

— Se quiserem, podemos fazer isso após o jantar - meu pai falou simplesmente

— Por mim, tudo bem - Steve falou e os demais concordaram

O jantar seguiu, silencioso, quando todos terminaram, ajudei a Dora a recolher a louça, todos já estavam reunidos na sala. Jhon, Thalia e Arya voltaram para seu apartamento após o jantar.

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— Amor, pode distrair as crianças lá em cima? - pedi e ele assentiu

— Ei, vamos aproveitar que eles vão estar ocupados e brincar um pouco antes de mandarem vocês pra cama - Nico falou e as crianças sorriram em cumplicidade

Eles foram andando sem fazer barulho, como se não quisessem chamar atenção, quando chegaram na escada as crianças olharam na minha direção, levei um dedo aos lábios indicando silêncio e pisquei um olho com um sorriso no rosto. As crianças sorriram em resposta e subiram a escada em silêncio, mas começaram a correr assim que chegaram ao topo da escada.

Voltei meu olhar para a sala, onde os Vingadores estavam reunidos, alguns lendo o arquivo do acordo, meu pai estava esparramado no divã olhando o teto, ele já deve ter lido tanto esse tratado que já deve conhecer cada palavra de memória.

Retornei a cozinha indo em direção a Dora.

— Deixa que eu cuido disso - falei olhando-a - Vai descansar.

— Imagina, Susan - ela falou simplesmente

— Isso não foi um pedido - disse tirando a esponja das mãos dela - Está tarde, vai pra casa.

— Mas, Susan... - Ela tentou rebater

— Sem "mas" - falei tranquilamente - Nos vemos amanhã.

— Está bem - ela cedeu tirando o avental - Boa noite, Susan.

— Boa noite, Dora - falei olhando-a e ela saiu indo em direção ao elevador

Tinha muita louça para lavar, iria manter a minha mente ocupada por um tempo. Mais de trinta minutos se passaram, quando terminei de lavar e comecei a secar as peças, comecei a guardar quando comecei a ouvir vozes vindo da sala.

— O secretário Ross, tem uma medalha de honra do Congresso, uma a mais do que você - ouvi a voz do Rhodes enquanto guardava a louça

— Digamos que a gente concorde com esse negócio - Sam rebateu o argumento do Rhodes - Quanto tempo vai demorar para nos rastrearem como criminosos comuns?

— Cento e dezessete países querem assinar isso - Rhodes falou simplesmente e fui para a porta observar a conversa - Cento e dezessete países e você fica "não a gente da conta"

— Por quanto tempo vai jogar nos dois lados? - Sam questionou olhando-o

— Eu tenho um equação - Banner falou

— Ah, agora vai esclarecer tudo - Sam falou começando a prestar atenção

— Nos treze anos desde que o Tony se anunciou para o mundo como Homem de Ferro, o número de pessoas aprimoradas conhecidas cresceu exponencialmente - Banner falou - Durante o mesmo período, o número de eventos com potencial de fim do mundo subiu com uma taxa notável.

— Tá dizendo que a culpa é nossa? - Steve perguntou olhando-o

— Estou dizendo que pode ser uma consequência - Banner falou - A nossa... força, convida para o desafio, o desafio incita o conflito e o conflito, gera catástrofe.

Todos permaneceram em silêncio

— Supervisão - Banner falou novamente - Supervisão, não é uma idéia a ser totalmente descartada.

— Boa - Rhodes concordou com o Banner e olhou para o Sam

— Tony? - Natasha chamou e ele a olhou - Acho que é a primeira vez que te vejo calado dessa forma.

— É porque ele já tomou a decisão - Steve falou olhando-o

— Você me conhece tão bem - meu pai ironizou e se levantou - Tô com uma dor de cabeça eletromagnética.

Ele caminhou até o balcão de bebida.

— É o que tá acontecendo, galera - meu pai falou olhando uma garrafa - É só dor e desconforto.

Ele se serviu de uma dose, acionou um dispositivo mostrando uma foto minha.

— Ah, essa é minha filha mais velha, a propósito - ele falou como se estivesse me apresentando - Uma boa garota, formada em ciência da computação, mecânica e robótica avançada, mãe de uma garotinha linda. Cuida do Buffet que foi fundado pela mãe desde os 15 anos.

Todos estavam em silêncio olhando-o

— Quando fui buscá-la pra morar comigo e disse que conseguiria anular a emancipação dela, o primeiro pensamento dela foi o que aconteceria aos funcionários se ela não estivesse a frente do negócio - meu pai falou olhando-os - Não importa se é atrás de uma mesa, ou sala de casa, ela está sempre tentando ajudar as pessoas, dando sua vida se necessário.

Todos permaneceram em silêncio

— Nós tempo livre, ela não ia pra Vegas, o que eu faria, ela se voluntária em um orfanato em Vermont, proporcionando a crianças um dia maravilhoso, para que continuem tendo esperança de um futuro feliz - meu pai dizia cada palavra com firmeza e mudou a imagem para o incidente em Lagos - E agora, essa mesma pessoa está sendo responsabilizada pela morte causadas pela explosão em Lagos.

Todos baixaram o olhar ficando pensativos.

— Não estamos aqui pra tomar qualquer decisão - meu pai falou depois de tomar a bebida e se aproximou dos demais - Temos que ser controlados, do jeito que for eu estou pronto. Se não aceitamos limitações, somos desgarrados, não somos melhores que os vilões

— Tony, se não conseguir salvar alguém não pode desistir - Steve falou olhando-o

— Quem tá desistindo? - meu pai questionou

— Estaremos se nos responsabilizarmos pelas nossas ações - Steve falou - Esse documento, só transfere a culpa

— Desculpa - Rhodes falou olhando o Capitão - Steve, isso é perigosamente arrogante. Estamos falando das nações unidas, não é um conselho de segurança mundial, nem da SHIELD, nem da HYDRA.

— Não, mas é comandado por pessoas com ideais e ideais se alteram - Steve falou com firmeza

— E isso é ótimo - meu pai com empolgação e um pouco mais alto se aproximando do Steve - E é por isso que eu estou aqui, quando eu percebi do que minhas armas eram capazes nas mãos erradas, eu encerrei, parei de fabrica-las.

— Tony, você escolheu isso - Steve falou mantendo o tom - Se assinarmos estaremos concedendo nosso direito de escolher. Se esse painel nos mandar para algum lugar que não queremos ir? E se algum lugar precisar de nós e não permitirem? Podemos não ser perfeitos, mas as mãos mais seguras ainda são as nossas.

— Se não fizermos isso agora, será imposto a nós mais tarde - meu pai falou olhando-o - Esse é o fato e não será bonito.

Ouvi passos leves e olhei para cima, notando o Phil e o Howard assistindo a conversa.

— Talvez o Tony tenha razão - Natasha falou - Se ainda tivermos uma mão no volante ainda podemos conduzir. Se tirarmos...

— Peraí, você é a mesma mulher que mandou o governo se ferra há alguns anos? - Sam perguntou olhando-a

— Eu só estou... avaliando o terreno - Natasha falou olhando o marido - Cometemos alguns erros bem públicos, eles têm que voltar a confiar em nós.

— Peraí, que loucura - meu pai falou olhando-a - Eu tô pirando ou você acabou de concordar comigo?

— Aí, eu retiro o que eu disse - Natasha falou em tom arrependido

— Não. Não, retira não - meu pai falou olhando-a - Obrigado.

— Tony, sei que não está sendo fácil pra nenhum de nós toda essa situação... - Steve falou se levantando

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— Não, você não sabe o que eu tenho passado no último mês - meu pai falou se alterando, notei os meninos ficarem nervosos com a aproximação deles.

— Já deu - falei e só então ele pareceram notar minha presença - Sala de reuniões, agora.

Eles ficaram em silêncio e olhei pro topo da escada.

— E vocês - falei e os Vingadores notaram as crianças - Como amanhã é domingo, preparem suas coisas, irão para uma festa do pijama na minha casa.

— Mas, tia - Phil começou a falar e direcionou o olhar para os pais

— Está tudo bem - Steve falou olhando-o - Vai em casa e arrumar uma mochila.

— Sim, senhor - Phil desceu a escada indo para o elevador e Howard simplesmente foi em direção ao quarto

Os demais vingadores se direcionaram ao outro elevador, indo para a sala de reuniões, fui até o Nico e a Evie.

— Cuida das crianças até eu chegar - falei olhando-o

— Está tão ruim assim? - ele perguntou me olhando e suspirei

— Acho que nem começou a ficar ruim - falei olhando-o - Assim que eu chegar preparo alguns lanches pras crianças.

— Vou adiantando algumas coisas - Nico falou e assenti

— Tá tudo aqui - Howard falou se aproximando com a mochila

— Prefeito - falei olhando-o e me aproximei da Evie - Vejo vocês daqui a pouco.

— Tá bem - Evie falou e dei um beijo nela e outro no Howard

Eles seguiram o Nico em silêncio até o meu apartamento e viajei nas sombras até o corredor da sala de reuniões onde era possível ouvir o burburinho das vozes deles, abri a porta com raiva e o silêncio tomou conta da sala.

— Vocês por acaso, tem noção do estão fazendo? - questionei olhando-os

— É sobre isso que eu estava tentando explicar, esse tratado... - Steve começou e meu pai o interrompeu

— Até sua esposa percebeu que isso é... - meu pai falou e logo una discussão teve início e ninguém conseguia entender mais nada.

— PAREM! - gritei e eles se calaram a contra gosto - Vocês estão tão focados nesse tratado que não notam o que está acontecendo em volta.

Eles permaneceram calados me olhando.

— O Howard viu o pai brigar com o pai do melhor amigo dele - meu pai permaneceu com o olhar baixo em direção a mesa - O Phil, viu seus pais em discordância.

Nesse momento, ninguém olhava para ninguém

— Mas que droga - falei olhando-os - Vocês não tem essa merda de sala de reuniões? Então usem, por um minuto pensem nos filhos de vocês.

— E o que acha que estou fazendo? - meu pai perguntou finalmente me olhando - No último mês, em todos os canais, vejo todos jogando a responsabilidade sobre você, não é justo que simplesmente te pendurem uma placa de culpada.

— Aquelas mortes não foram minha culpa, aquelas pessoas teriam morrido mesmo que eu não estivesse ali - falei firme

— Cento e dezessete países acham o contrário - Rhodes murmurou

— Acha que estou preocupada com o que eles pensam? - perguntei olhando-o - Minha única preocupação são vocês, como isso está afetar a minha família. É isso que eu quero que tenham em mente. Seja lá o que decidirem, entrem em um consenso o quanto antes.

Virei as costas para sair, até ouvir a voz do Steve.

— Susan, o que você decidiria em nosso lugar? - Steve perguntou me olhando

— Não pode me perguntar isso, não sou uma heroína como vocês - falei olhando-o - As minhas razões de lutar são diferentes das de vocês.

— O que quer dizer? - Sam perguntou me olhando

— Sabem porque aceitei ir a missão em Lagos? - perguntei olhando-os - Pra me certificar que Phil não teria o padrinho ou os pais feridos.

Todos me olhavam em silêncio

— Vocês lutam pra proteger o mundo, eu luto pra proteger a minha família - falei firme - Lembrem que as crianças não têm nada a ver com isso, resolvam isso longe deles.

Ele ficaram em silêncio.

— Vou considerar isso como uma concordância - falei firme e olhei para o meu pai - Já procurou um lugar para fazer como base dos Vingadores?

— Está em reforma - ele respondeu simplesmente

— Dê um jeito para que acelerem isso - falei olhando-o - Não quero ter que separar briga de vocês na frente das crianças novamente.

Me retirei da sala deixando-os sozinhos, indo para o meu apartamento.