Surviving New Orleans

Malditas Bruxas


Toquei a campainha, e minha mãe, surpresa, atendeu.

–Filha?- ela me olhou esquisito, mas depois me abraçou.

–Oi mãe-falei meio sufocada pelo seu abraço.

–Vem entra- ela meio que me puxou pra dentro- o que você faz aqui-ela perguntou séria, depois sua voz ficou suave- á essa hora?

–Kate disse que você parecia preocupada, mas você na me ligou- ouvi um gemido de dor vindo do andar de cima-mãe, o que foi isso?

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–Ariana, talvez não seja a melhor hora pra você estar aqui-ela foi me puxando em direção à porta.

–Nem tente fazer isso- falei séria, passei por ela e subi as escadas.

–Ariana-ela me repreendeu.

Fui seguindo o som, entrei no quarto de hospedes e na cama esta minha avó, parecendo sentir muita dor.

–Vovó?-perguntei, me sentando junto a ela, segurei suas mãos, que estavam geladas- o que aconteceu?

–Foram às bruxas-minha mãe respondeu, entrando no cômodo- elas pediram algo a ela, algo que ela não pode fazer.

–O que?-falei meio desesperada- O que elas pediram?

Minha mãe ficou em silencio, apenas me olhou triste.

–Elas pediram que eu te matasse-disse minha avó com dificuldade- eu nunca faria mal a você minha querida.

–Malditas bruxas- falei, e algo queimou em mim- são covardes, eu sinto muito.

Mas algo realmente surgiu dentro de mim, sorri.

–Não se preocupe, eu acho que eu posso ajudar-falei calma, fechei meus olhos, e deixei que aquelas palavras desconhecidas saíssem da minha boca.

–Fismatos sanguinium curattos- senti algo fluir de mim, senti algo bom, meu poder, sorri ao ouvir sua respiração se normalizar.

–Obrigado-vovó disse sorrindo fraco, em seguida deu um bocejo e fechou os olhos.

Dei um beijo em sua testa e sai do quarto, minha mãe me acompanhou. Fomos até a cozinha tomar um chá.

–Eu não acredito que elas fizeram isso- falei desabafando-você deveria ter me contado, elas vão pagar por isso.

–Calma-minha mãe falou servindo chá pra mim- ela esta bem agora, e me ouça quando eu digo que é melhor pra você não ter esse sentimento de vingança com você.

–Mas...

–Não, minha querida- sua voz se suavizou- pessoa com poder como o seu não podem perder a cabeça, muito menos fazer vingança.

–E se elas te machucarem também?-falei preocupada.

–Elas só machucaram sua avó porque ela é como elas, as ancestrais tem poder sobre ela, como eu não tenho poder algum, elas não podem me machucar- pelo tom dela, parecia que eu não sabia de algo.

–Se nossos ancestrais declinaram ao nosso poder, porque é que a vovó tem e você não?- perguntei confusa.

–Porque sua avó não é minha mãe biológica- ela disse, e antes que eu recuperasse o folego ela continuou-fui deixada para que sua avó me criasse, foi mais seguro assim.

–Uau, por que é que você nuca disse isso?- falei curiosa.

–Não achei que fosse necessário- ela disse num tom reconfortante- mas isso só ressalta o que eu disse, não tem o porquê querer vingança, tudo bem?- ela me olhou, me sondando.

–Tudo bem- falei sorrindo, e só percebendo agora sua ausência- cadê o papai?

–Ele foi comprar umas coisas pra sua avó, mas ele já deve estar chegando- ela disse mais animada- agora, me diga como esta sendo morar com os Originais?

Ri, fiquei um bom tempo conversando com ela, papai chegou ficou aliviado de saber que vovó estava melhor. Na hora de ir embora, ele fez questão de me dar uma carona, alegando que já era tarde demais pra sua garotinha andar por aí sozinha.

...

–Obrigado pai- falei sorrindo- qualquer coisa com a vovó me liga.

–Tudo bem filha- ele me olhou nos olhos- cuide-se.

–Tchau- falei, entrando no complexo.

Subi as escadas, vi na sala Klaus, Elijah e Genevive.

–Até logo-Klaus se despediu dela.

Ótima hora pra me encontrar ela, que estava saindo da sala, entrei em sua frente, ela fez cara de tédio, enquanto os irmãos só observavam.

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–Algum problema?- ela perguntou, aquilo só me irritou mais, respirei fundo.

–Se você e suas bruxas fazerem mal a mais alguém da minha família- falei ameaçadoramente, não reconhecendo mim mesma- não importa quem seja ou quem conheça, vai pagar muito caro por isso, você me entendeu?

Ela pareceu surpresa com minha ameaça, depois me encarou, dei graças a Deus por estar com minhas botas, porque ela era bem mais alta que eu, meu salto igualou nossa altura.

–Entendi- seu tom era levemente sarcástico- mais alguma coisa?

Lancei um sorriso ameaçador pra ela, e deixei com que ela passasse, assim que ela saiu de vista eu soltei a respiração que nem sabia que estava segurando. Levantei o olhar e percebi que eles me encaravam.

–Isso com certeza foi interessante- Klaus disse sorrindo de lado.

–Eu não gosto que machuquem minha família- disse me explicando, e eu não sei o porque, os dois sorriram.

–Parece que temos mais em comum do que você imagina- tinha algo no olhar do Klaus que me fez corar.

–Boa noite- falei, após uns segundos constrangedores, me retirando da sala.

Subi as escadas e entrei no meu quarto. Me joguei na minha cama, pensando que, obviamente algo em mim tinha mudado, algo em ralação ao meu poder, e eu também me sentia mais confiante.

Seja lá o que Joseph tenha feito, eu me sinto muito melhor agora.