Survival Instinct

Capítulo 62


Olhando as coisas simples

O guerreiro da luz sabe que, como dizem os tibetanos, “não é preciso uma experiência mística para descobrir que o mundo é bom”. Basta perceber as coisas belas e simples à sua volta.
Quando tem medo, o guerreiro concentra-se nos pequenos milagres da vida diária. Se é capaz de ver o que é belo, é porque traz a beleza dentro de si – já que o mundo é um espelho, e devolve a cada homem o reflexo de seu próprio rosto.
Embora conhecendo seus defeitos e limitações, o guerreiro faz o possível para manter o bom-humor nos momentos de crise. Afinal de contas, o mundo está se esforçando para ajudá-lo, mesmo que tudo à sua volta pareça dizer o contrário.

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Paulo Coelho

Ally estava sentada na porta da igreja limpando suas facas enquanto Judith dormia dentro da igreja sobre o olhar atento de Tyreese e Poseidon, quando Rick e os outros chegaram. Eles estavam com dois carrinhos cheios de comida. Ally pegou suas coisas e colocou no canto enquanto eles entravam com os carrinhos. Quando eles passaram ela voltou para o que estava fazendo. Suas facas precisavam ser afiados novamente, já tinham acertado a cabeça de tantos walkers que estavam ficando cegas. Ally estralo a língua e continuou.

– Ei, tudo bem por aqui? – Rick perguntou agachando ao lado dela.

– Tudo. Carl está lá atrás com Rosita, Judith dormiu a pouco tempo e eu estou limpando as facas e pensando como vou amolar, já que estão ficando cegas. – ela disse antes de dá um beijo no marido. – Como foram as coisas lá?

– Foram bem na medida do possível. – ele disse tirando a franja do rosto da esposa. – Gabriel viu uma mulher que conhecia antes de se transforma e correu, Bob foi atacado, mas disse que está bem. Pegamos muita comida e estamos bem e de volta.

– Hum... – Ally levantou os olhos e olhou para ele. – Fico feliz que tudo correu bem. Seu filho quer falar com você. Ele está atrás da igreja.

– Meu filho?

– Sim. E meu também. – Ally disse se levantando. – Nosso filho.

– Vou ver o que ele quer. – Rick se levantou e a beijou novamente. – Que tal outra escapada para o meio da floresta hoje à noite?

– Sinto muito, querido. Não sou assim tão fácil. – ela disse se afastando dele depois de piscar.

Rick balançou a cabeça e foi atrás do filho. Carl estava parado na frente de um janela olhando para ela atentamente.

– Oi, seu mãe disse que estava aqui e queria falar comigo. – ele disse indo para o lado do filho.

– Olha essas marcas. – ele disse apontando para a janela. – São fundas. Talvez feitas com facas ou machados. Alguém tentou entrar. E eu encontrei outra coisa. – ele andou até o outro lado e apontou para a parede. – Seja lá o que for, podemos dá conta.

Rick olhou para onde ele apontava e viu que tinha uma frase escrita. Rick tocou as palavras e olhou para o filho.

– Você vai queimar no inferno por isso. – Rick leu baixinho.

– Isso não quer dizer que Gabriel seja mal. Mas quer dizer alguma coisa. – Carl disse olhando para o pai. – Podemos cuidar disso, pai. E ainda podemos ajudar pessoas. Não precisamos abaixar a guarda para isso.

– Eu sei. Venha, achamos comida. Sua mãe já deve ter começado a preparar. – Rick disse colocando a mão no ombro dele.

O xerife deu uma última olhada na frese antes de guiar o filho para dentro. Como ele tinha dito, Ally já estava vendo o que faria. Gabriel tinha dado um fogão velho que ainda tinha um pouco de gás para ela e Carol, e as duas já estavam começando a preparar a comida. Assim que chegou mais perto da esposa, viu Judith sentada no chão brincando com o sapato da mãe, tentando pegar ele do pé da Ally. Rick sorriu e se aproximou da filha a pegando no colo e a jogando para o alto. Judith deu um gritinho e abraçou o pescoço do pai. Carl sorriu para a irmã e passou a mão na cabeça dela que riu. Ally olhou para eles e acenou com a cabeça antes de voltar para o que estava fazendo. Ela e Carol passaram as próximas horas cozinhando até que terem feito um mini banquete. Elas colocaram tudo em cima de uma mesa com velas. Gabriel veio para perto deles e trouxe vinho, o que fez Daryl e Abraham sorrirem e agradecerem, afinal, estavam loucos para beber alguma coisa forte. Apesar de Ally saber que aquele vinho não era muito forte.

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Quando estava tudo pronto, eles começaram a se servi. Ally colocou comida para ela e Rick e se sentou ao lado do marido que estava com a filha no colo. Ally começou alimentando Judith, enquanto Rick comia com uma mão apenas. Depois ela começou a comer. Judith pegou um pedaço de carne e estava tentando colocar na boca do pai como ele fazia com ela.

– Me dá. – ele disse abrindo a boca e ela colocou a carne na boca dele. – Isso.

Ally sorriu e passou a mão na cabeça da filha.

– Eu quero propor um brinde. – Abraham disse chamando a atenção deles. – Olho para essa sala e vejo sobreviventes. – Rick fez uma careta e pegou seu copo de vinho o levando a boca. – Por são isso que vocês são. Cada um que está aqui. – Saúde as sobreviventes.

– Saúde. – todos falaram levantando seus copos. Apenas Ally e Carl levantaram garrafas d’água.

– É só isso que querem ser? – ele perguntou ainda de pé olhando para eles. – Acorda de manhã, procurar comida, matar esses mortos-vivos, dormi com os dois olhos apertas, se limpar e fazer tudo de novo? Vocês podem fazer isso. Ou podem fazer a diferencia. Podemos ir todos para D.C. e acabar com isso. Podemos sair daqui e ir para lá. Por que vocês tem força, habilidades. Vocês podem fazer mais. Não seria assim tão ruim. É uma viagem curta.

– E o que teria lá? – Daryl perguntou.

– Eugene, fale o que tem lá.

– Infra estrutura para suporta até mesmo isso. Comida, abrigo, combustível. Vocês ficariam em segurança lá.

– Vocês estariam bem, não importa quanto tempo leve para acabar isso. Levamos Eugene e ele cura todos. Ficamos todos a salvo. Mas seguros que tiveram desde que tudo começou. Venham com a gente e salve o mundo para essa garotinha. Salvem para si mesmo. Salvem para as pessoas lá fora que não tem mais nada para sobreviver. – Judith deitou a cabeça no ombro do pai enquanto Ally passava a mão delicadamente nas costas dela. – Podemos fazer a diferencia. E vamos.

Todos olharam para Rick. O líder olhou para Carl, depois para Ally e por fim para Judith que falou alguma coisa na sua língua de bebê.

– O que foi? – Rick perguntou para a filha fazendo os outros rir. – Acho que ela sabe o que vou dizer. Ela topa e se ela topa, eu topo. Topamos.

Todos ali respiraram aliviados. Por mais que eles quisessem ir, eles nunca fariam nada que Rick não concordasse. Eles era uma família e Rick era o patriarca. Se ele tivesse dito que não iria, ninguém seguiria Abraham, por isso ele fez esse discurso. Sabia que a opinião dos outros eram importante para Rick.

– Vamos. – Rick disse se levantando com a filha. Ally levantou também e o seguiu até a mesa onde ele começou a pegar mais coisa para comer. – Vamos fazer ela dormi agora?

– Não. Ela dormiu à tarde, se ela dormi agora vai acorda muito cedo.

– Ei, posso pegar esse anjinho? – Sasha disse parando na frente deles sorrindo para Judith.

– Claro. – Rick disse entregando a filha para ela.

– Pai, me passa aquele feijão? – Carl pediu.

– Tem certeza? Ele é apimentado. – Rick disse sorrindo para ele.

– Sim.

– Olha garoto, cuidado com isso. – Daryl disse quando viu Carl colocando muito no prato.

– Eu aguento. – Carl disse e colocou uma colher generosa na boca e cuspiu logo depois.

– Olha só o que você fez. – Daryl disse rindo com os outros. – Não dá para desperdiçar assim.

– Eu disse. – Rick falou entregando água para o filho. – Quer um pouco, amor?

– Não, sabe que eu não gosto de pimenta. – Ally disse passando por ele e pegando algumas cenouras.

– Mãe, me ajuda a limpar. – Carl pediu enquanto o pai se afastava dele e foi falar com Gabriel.

– Claro, querido. – Ally disse se abaixando ao lado de Carl e começou a limpar com ele.

Eles terminaram e Ally se sentou ao lado do filho, enquanto ele voltava a comer.

– Ally, venha. – Rick chamou parado na porta que levava a lateral da igreja.

Ela se levantou e foi até o marido, que abriu a porta e deixou que ela entrasse primeiro. Rick entrou e fechou a porta atrás dele.

– Pensei que queria fugir para a floresta. – ela disse brincando.

– Hoje não. Pensei que você pudesse querer descansar um pouco. – ele disse a abraçando pela cintura. – Acha que fiz o certo aceitando ir com Abraham?

– Todos querem uma chance, Rick. Se as respostas estão em Washington. Vamos tentar. Se não, seguimos em frente como sempre fizemos. – ela disse abraçando o pescoço. – Mas tem uma coisa que precisa saber. Edwin contou para Eugene o que fazia, contou que trabalhava atrás de uma cura e que podia ajudar, apenas precisava saber qual era a cura. Eugene se negou a falar. Disse que Edwin não entenderia.

– Acha que ele está mentindo?

– Não sei. Edwin ia contar para ele sobre eu ser imune, mas depois disso, achou melhor ficar quieto. Se ele estive mentindo sobre a cura, podemos usar meu sangue como estávamos fazendo na prisão para tentar alguma coisa. Edwin estava animado com os resultados. Vamos ficar bem.

– Vamos. A gente sempre fica.

– É.

– Você está linda hoje. Já te disse isso? – ele disse a encostando na parede.

– Não.

– Você está linda. – ele disse no ouvido dela.

Ally se afastou um pouco dele encostando a cabeça na parede e ia beija-lo quando escutaram batidas na porta e o choro baixo de Judith.

– Incrível. Ela tem um time perfeito. – Rick resmungou se afastando da esposa.

– Ela é sua filha, queria o que? – Ally foi até a porta e a abriu.

– Desculpa, mas ela viu vocês entrando aqui e estava se esticando para cá. – Sasha disse olhando para Ally. – Carl mandou eu trazer ela, por que ela não ia parar até um de vocês a pegar.

– Ele está certo. – Ally disse pegando a filha no colo. – Vou fazer ela dormi, obrigada.

– De nada.

– Você tem que deixar o papai e a mamãe namorar um pouco, amor. – Rick disse indo para perto da esposa.

– Rick, ela é apenas um bebê. – Ally disse batendo no braço dele.

– E por isso não pode deixar eu namorar com minha esposa?

– Cala a boca. – Ally disse saindo da sala e indo para onde os outros estavam.

Rick riu e seguiu a esposa se sentando ao lado dela que cantava baixinho para a filha. Aos poucos a pequena foi fechando os olhos e pegou no sono.

– Alguém viu o Bob? – Sasha perguntou entrando na igreja. – Ele sumiu.

– Não. Faz um tempo que eu não o vejo.

– Eu o vi quando Abraham terminou de falar sobre imos com ele e o pai aceitou ir. – Carl disse olhando para ela. – Depois disso, não o vi mais.

– Vamos ver lá fora. – Rick disse se levantando. – Ele não pode ter ido muito longe.

– Eu fico aqui. Pode deixar. – Carol disse quando notou Rick olhando para o padre. – Eu vou cuidar deles.

Rick concordou com a cabeça e saiu junto com os outros.

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