Sua Garota

Sete - Um futuro ataque zombie, baby!


Olho para Diggle andando de um lado para o outro do QG provavelmente tentando fazer um buraco no chão. Tudo bem que ele estava preocupado com Oliver que ainda não tinha aparecido, mas tínhamos maneiras diferentes de lidar com o estresse. Coloco a mão na cabeça, tentando me livrar daquela enxaqueca que estava realmente me pondo maluca, já que quebrei meus óculos a pouco, quando escuto um barulho de passos na escada.

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Me viro e encontro Oliver me olhando com várias expressões diferentes estampados no rosto. Preocupação, raiva, tristeza...

– Você está bem? - pergunta ele. Eu aceno que sim com a cabeça, e sua expressão se suaviza dando espaço para um Oliver mais relaxado, mas ainda tenso.

Mas eu gelo de repente.

– Agora que você perguntou, não sei mais. - digo focando não mais o Oliver, mas uma figura feminina loira atrás dele vestindo uma roupa do couro preto com um sorriso tímido no rosto.

Aquela era mesmo...

– Sara Lance... - diz Diggle completando meu pensamento, e sinto um arrepio percorrer minha espinha.

Pelo menos eu não teria que ocupar o lugar do Conde Vertido no manicômio, já que Diggle também a via. Eu não sabia exatamente o que fazer, e como de costume...

– Eu tenho quase certeza que em Lian Yu, há um spa escondido em uma daquelas cavernas, por quê...

– Felicity! - diz Oliver me repreendendo enquanto me irrito pelo seu carão. Eu ainda não estava bem com ele, e ele tenha cuidado por que eu não iria aturar sua pose machão por mais tempo.

– Que fofinha! - diz Sara me lançando um sorriso reconfortante, e depois trocando o seu olhar de mim para Diggle, depois voltando para mim. - Prazer em conhecê-los, mas eu tenho realmente que ir.

Ela se despede rapidamente, e Diggle aproveita a deixa para ir também, já que ele estava cansado do dia, me deixando sozinha com o Oliver ali. Se a Verdant aparecer em ruínas, responsabilize Diggle, ou Oliver.

Sento em minha cadeira e começo a dedilhar o teclado do computador quando Oliver se encosta do meu lado.

– O que achou? - pergunta ele se referindo ao cara que me salvou há poucas horas, e eu suspiro irritada.

Começo a dedilhar mais uma vez, e coloco a imagem das câmeras de segurança da rua no momento em que aquilo aconteceu, e ele olha confuso para a tela.

– O que esse quadro tem a ver com isso? - pergunta ele já começando a se irritar, me fazendo respirar pedindo calma.

– Não sei. - digo quando me controlo, o que não demora muito. - Essa são as imagens da câmera de segurança da rua assim que aconteceu.

Ele parece pensar um pouco, mas sua expressão dura desaba, e eu vejo verdadeiramente seus sentimentos estampados em seu rosto.

Fico um pouco hesitante quando vejo sua cara de preocupação, cansaço, dúvida, revolta, desprezo...

– O que isso significa? - pergunta ele respirando fundo mais uma vez tentando manter a calma.

– O cara é um ótimo hacker, e contém um aparelho que... - me viro para ficar de frente a ele. - É bem caro na máfia tecnológica.

Ele me olha irritado, só que mais preocupado sobre eu saber um pouco sobre a máfia tecnológica.

– Não que eu compre coisas a ela! - digo tentando concertar meu erro, o fazendo acenar com a cabeça.

Ele começa a guardar seu arco, e eu percebo seu semblante estranho. Eu já o vi irritado, estressado, triste, deprimido, revoltado, irado, traído, mas nunca aquele olhar. Aquele olhar de... Espanto!

– Oliver! - digo chegando mais perto dele que começa a abaixar o zíper da camisa do Arqueiro. - O que aconteceu?

Ele se vira para mim, e pressiona os lábios me fazendo ver o quão errado as coisas estavam para deixá-lo assim. Mas eu também via que ele não queria me contar. Não necessariamente me contar, mas falar sobre aquele assunto. E eu não queria pressioná-lo.

Observo mais aquele olhar penetrante azul acinzentado triste, e toco seu braço o fazendo tencionar os músculos.

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– Não precisa me contar... Se não quiser. - digo no desespero de ajudar ele a ficar melhor.

– Não... - diz ele me fazendo compreender que ele não me contaria, mas o que ele fez a seguir me fez sentir realmente importante. - Eu tenho que te contar. É a única em que eu realmente confio!

Respiro fundo enquanto ele começa a se encostar na maca, e eu fico na sua frente tentando decifrar aquele enigma.

– Eu vi Malcolm Merlyn. - diz ele finalmente soltando todo o peso em seu corpo.

Olho espantada para ele tentando assimilar o que ele acabou de dizer. Então os mortos estavam reaparecendo e... Perseguindo pessoas?

– Ele estava atrás da Sara quando a achei . -diz ele me fitando para saber minha reação.

– Ele está morto, Oliver. - digo tentando acreditar nisso. Mas como já disse, eu não tinha muito crédito naquele ponto de linha da realidade e da imaginação. - Você o matou!

– Eu também acreditava nisso, Felicity. - diz ele finalmente se abrindo. - Mas e se não? E se eu tiver enganado?

– O viu sem máscara? - pergunto o fazendo negar com a cabeça, e minha mente começa a dar voltas.

– Ele estava com a roupa do Arqueiro Negro, e eu não vi realmente seu rosto. - diz ele olhando para longe.

– E como sabe que não é um fã maluco? - pergunto o fazendo analisar, mas logo negar com a cabeça. - Você tinha fãs desse tipo.

– Eu vi a forma que lutava, e que se defendia. Era Malcolm! - diz ele certo disso.

– Eu acredito em você! - digo o fazendo olhar para mim com um mínimo de conforto em se olhar. - Sempre acreditei.

Terminamos a conversa ali, com uma promessa minha de pesquisar sobre ele. Ele troca de roupa, e como estava bem tarde, ele me levaria para casa para descansar pelo menos um pouco para uma reunião amanhã... Ou hoje... Não sei bem, pois eu não sabia bem o horário.

Entramos no carro, e por quase todo o caminho ficamos em silêncio, até que Oliver quebra a monotonia.

– Me desculpe! - diz ele me fazendo virar para olhá-lo.

Por sorte, ele resolveu ir de carro, me fazendo suspirar de alívio por não ter que subir em um troço de duas rodas que só se equilibra com velocidade. O observo apertar o volante olhando eu encará-lo pelo canto do olho.

– Pelo quê? - pergunto realmente criando uma lista de todas as coisas pelo qual ele tinha que se desculpar. E ela era bem grande!

– Por não acreditar em você! - diz ele me olhando aproveitando o sinal vermelho. - Por andar distante.

– Você é Oliver Queen. - debocho imaginando ele realmente arrependido de tudo. Mas logo me arrependo de ter dito isso quando ele me olha realmente magoado com o que digo.

– Eu só não sei lidar com as pessoas com quem me importo, Felicity. - diz ele finalmente me fitando irritado. - Eu acredito que manter pessoas importantes da minha vida longe, como você, eu estou protegendo quem eu amo.

Paro por um segundo de respirar tentando digerir o que ele disse. E eu o entendia. Eu fazia o mesmo com relação a minha família, a meus amigos. Eu os mantinha longe para não machucá-los por ser alguém diferente do que eles imaginavam.

– Eu sinto muito! - digo o olhando com o olho cheio de lágrimas ameaçando escorrer, o fazendo colocar suas mãos em meu rosto em um toque carinhoso.

Começamos a nos aproximar, e a cada centímetro percorrido pelos nossos rostos era mais tempo sem ar, até que a buzina de um carro quebra o clima nos fazendo afastar e Oliver pisar no acelerador fazendo o carro andar cantando pneu.

Chego em casa, e resolvo ir dormir, já que eu estava realmente cansada, e Oliver vai pra casa me deixando pensativa. Ele se importava comigo, e havia dito aquilo em voz alta. E ainda havia o quase beijo. Estávamos tão próximos quando...

***

Escuto o despertador tocar freneticamente, e levanto com um mal-humor beirando a insuportabilidade. Visto um vestido cinza com uma faixa preta na cintura com detalhes rosas, e um salto quinze elegante. Como meu cabelo miraculosamente estava se comportando nesses últimos dias, o deixo solto, e passo uma leve maquiagem. Nada de muito exagerado.

Saio de casa, e para minha surpresa, o carro de Oliver estava estacionado lá fora, revelando um Diggle sorridente. Não pude conter o sorriso ao vê-lo.

– Nunca mais andar de táxi, baby. - brinca ele me forçando a imaginar o trauma que eu criei de carros amarelos com uma plaquinha de luz em cima.

Já tentou por uma lente de contato dentro de um carro? É horrível. Eu tenho certeza que se eu tivesse uma unha muito grande, eu só tinha tiras do que antes era meu globo ocular. Sério mesmo! Eu tenho certeza que eu teria que visitar uma emergência mais tarde.

Entro nas Consolidações Queen, e corro para meu andar. Entro no elevador junto com alguns executivos. Muitos deles eu nem conseguia ver devido ao meu tamanho. E olha que eu estava com salto quinze. Paro no meu andar e para minha surpresa, todos eles saem comigo.

O que estava acontecendo mesmo?

– Senhor Queen. - diz uma homem moreno na minha frente cumprimentando Oliver que me fitava com uma sobrancelha levantada. Logo ele olha para o rapaz que estava de costas para mim.

– Sr. Wayne. - diz Oliver com um sorriso quase verdadeiro. - Que bom finalmente vê-lo.

– Digo o mesmo! - diz o rapaz, e eu gelo pensando na possibilidade de...

Ando em direção a Oliver que me recebe com uma advertência escondida em um sorriso, quando me viro para ver a comitiva que... BRUCE WAYNE está!

Eu estava começando a me acostumar a conhecer milionários, mas Bruce Wayne era o cara em tecnologia armamentista. Tipo: carros, tanques, aviões, nano-tecnologia, micro-chips, e milhares de outras coisa perfeitas que eles criavam todos os dias.

– Bruce Wayne? - não posso evitar dizer. Tipo: Ele é o cara!

– E você é? - pergunta ele com um sorriso estendendo a mão para mim que não nego em apertá-la.

– Felicity. - digo sorrindo e com certeza corada. - Felicity Smoak.

– Vejo que têm bom gosto, Queen. - diz ele fazendo com que Oliver olha irritado para nossas mãos que ainda estavam se tocando.

Vamos todos para a sala de reunião, e vemos o projeto das Indústrias Wayne de "renovar a tecnologia de Staling!". A reunião não demora muito, já que Bruce parece estar apressado, então logo estamos nos despedindo.

– Até logo, sr. Wayne. - digo o fazendo me fitar com um sorriso.

– Pode me chamar de Bruce! - diz ele beijando minha mão e saindo.

Que galanteador! Eu realmente precisava de ar, mas de repente algo me vem a cabeça me fazendo ficar zonza com a descoberta.

– Que dia é hoje? - pergunto a Oliver que me olha desconfiado, mas logo responde. - Ah droga!

– O que aconteceu? - pergunta se aproximando.

– Ele quis nos mandar uma mensagem. - digo a Oliver que me olha ainda analisando, mas logo se aproxima mais ainda de mim que mexo freneticamente no meu tablet.

O estendo para Oliver que meio que olha para a tela sem entender meu raciocínio.

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– É hoje! - digo apontando para o mesmo quadro que pareceu na tela da gravação de ontem a noite. - Ele quer nos encontrar!

– O que te prova isso? - pergunta ele.

– Isso é uma linha lógica. Precisamos descobrir Oliver! - falo fazendo praticamente um biquinho.

Traduzindo: Lá estávamos eu e Oliver na cobertura do museu da Starling procurando algo que eu não tinha certeza que ia aparecer.

Sento em uma das saídas de ar, quando escuto um barulho, e Oliver, com a roupa do Arqueiro se vira com o arco apontado para o escuro. Como eu estava de lente, e eu com certeza tinha mudado meu grau, não consegui ver direito até que o mesmo cara sai das sombras me fazendo ficar em pé rapidamente.

– Sabia que viriam! - diz ele fazendo Oliver ficar tenso, provavelmente por suspeitar de uma armadilha.

– Como? - pergunta Oliver com o transformador de voz ligado o deixando com a voz extremamente grossa.

– Por causa dela. - diz ele acenando com a cabeça para mim que saio de trás de Oliver querendo realmente saber o que eu tinha a ver com aquilo tudo. - Já viu o currículo dela?Não sei por quê não aceitou o emprego na Star Labs para ficar como secretária de... Oliver Queen.

Ele sabia! Realmente sabia sobre Oliver ser o Arqueiro, mas não havia contado para ninguém.

– Quem é você? - pergunto mais corajosa que o normal mesmo sendo muito mais baixa que os dois ali.

– Eu sou o Batman! - diz ele me fazendo imaginar o que levou ele a ser o homem morcego.

– Corta essa, Wayne. - diz Oliver tirando a máscara para observar o Batman tirar a mascara e se transformar em Bruce Wayne.

Observo aquela imagem, e me pergunto se virou modinha todos os bilionários serem vigilantes noturnos nas folgas. Será que eles não percebiam que tinham outras coisa para fazer, no caso de Bruce... Uma empresa multimilionária para dirigir sozinho?

– Eu realmente pensei que quem descobriria seria ela! - diz ele me olhando com um leve sorriso.

– O que faz aqui? - pergunto o fazendo olhar interrogativamente para mim que logo me apresso em explicar. - Vi registros seus em Gotham.

– Há algumas coisas acontecendo... - começa explicar ele. - Incluindo pessoas.... Diferentes!

Diferentes?! Do tipo diferentes com caras deformadas por causa de algum ácido, ou um zumbie? Aquilo ficava a cada dia mais estranho, mesmo que isso que deixasse muitas vezes confusa.

Assim que abro a boca, Oliver recebe um telefonema, e todos paramos para escutar o que havia acontecido para ligarem para ele tão tarde da noite.

– Temos um problema. - avisa Oliver para Bruce. - Precisamos ir!

Sem mesmo me despedir, Oliver pega meu pulso e começa a me levar para seu carro que estava estacionado a algumas quadras de distância do prédio em que estávamos.

Ele pede para que eu dirija, enquanto ele troca de roupa. Quando paramos na frente da casa de Diggle, que já está arrumado e entra rapidamente de no carro, e vamos rapidamente para um galpão das Consolidações Queen.

Observo as luzes azul e vermelho preencherem a vista do galpão, e começo a imaginar o que Batman... Ou Bruce falou a pouco tempo. Será que ele sabia sobre isso?

– O que aconteceu aqui? - pergunta Oliver para o detetive Lance que está comandando a busca por provas e dados.

– Um assalto a mão armada. - diz ele. Ele entra no galpão, e entramos juntos procurando o que sumiu, e quando ele abre a boca para falar, é interrompido por uma voz jovial.

– Na verdade, uma centrífuga de uma tonelada. - diz um rapaz alto e branco, de cabelos castanhos, e um olhar verde de garoto. Coro no mesmo instante. Só pode ser brincadeira comigo! Dois cara bonitos em um só dia!

– Industrial que pertence as Indústrias Wayne. - diz Bruce abotoando seu cobre tudo preto parecido com o de Diggle. - O que acha disso, Oliver?

Oliver olha irritado para Bruce, mas só consigo encarar aquele rapaz em pé na minha frente com um sorriso fácil brincando nos lábios.

– Na verdade, vai piorar! - diz ele se intrometendo na conversa dos dois, os forçando a olhá-lo irritados.

– Pode explicar! - digo impedindo qualquer um dos dois de voar no pescoço dele que só quer ajudar, mesmo não sabendo o que estava acontecendo ali.

– Acho que foram dois homens. - diz ele indo em direção ao espaço onde a centrífuga estava. - E bem fortes! - diz ele apontando para um enorme círculo no chão com algumas vigas de aço arrancadas.

– Pode ter sido uma máquina! - diz Diggle depois de encarar a marca no chão. - É impossível fazerem isso sozinho.

– Mas esse é o interessante! - diz ele colocando o tablet na nossa frente. - Nas gravações, antes de serem desligadas, só constam dois homes entrando pela porta menor.

– Mais elas estavam toda arregaçadas! - diz Oliver irritado com a situação.

– Por que eles precisava de espaço para sair com essa máquina! - diz o rapaz animado com a situação. - E se tivessem uma máquina, eles teriam que ajustar o peso ao aparelho, e ainda demorariam mais de dois minutos para roubarem a centrífuga.

– E eles passaram menos tempo? - pergunta Bruce finalmente entrando na conversa. - Menos de dois minutos?

– Eles passaram exatamente um minuto, trinta e sete segundos, e quarenta e três milésimos para tirar uma máquina de toneladas de um armazém de alta segurança.

Ele parecia divertido, mesmo diante da situação. O que estava acontecendo parecia deixar ele animado, e era legal ver o seu jeito juntando as provas.

– E quer que acreditemos nisso? - pergunta Oliver irritado para o rapaz.

– E você por acaso tem uma teoria melhor, Sr. Queen? - diz ele me fazendo segurar um riso por estar enfrentando Oliver Queen.

Aquilo estava realmente acontecendo? Tipo: um rapaz de minha idade com o rosto de menino estava mesmo enfrentando Oliver Queen? Eu tinha levado meses para finalmente bater de frente com Oliver, e ele havia feito isso em questão de segundos. Isso era incrível!

– E você... - diz Oliver. - Quem é e o que faz aqui?

– Eu sou perito em Central City, e estou investigando ações desse mesmo grupo. - diz ele.

– E o seu nome, rapaz. - diz Diggle tentando amenizar o clima.

– Eu sou Barry. Barry Allen. - diz o rapaz, e eu retribuo o sorriso que ele manda para mim.