Stray Heart

Canalha!


P.O.V. Rachel

Percy e eu estávamos num supermercado.

– Acha que eu deveria dar um buquê de flores para a porquinha? – pediu minha opinião enquanto fitava algumas flores artificiais horríveis. Revirei os olhos.

Hoje era o grande dia em que o Percy pediria a Annabeth em namoro.

– Ah, credo! – comentei – Seja mais original! – incentivei.

– Original como? – retrucou – Acha que eu deveria reservar um quarto num motel cinco estrelas para eu e ela, depois nós transaríamos loucamente enquanto eu filmava tudinho para tornar aquilo um vídeo pornô. – riu um pouco de si mesmo.

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Às vezes ele era tão imbecil! Percy tinha a capacidade de irritar qualquer pessoa até um raio de um quilômetro de distância. Quem sabe, até mais distante! Eu sei que estava errada por ajuda-lo nesse plano maluco, mas eu não consegui dizer não! E, quem sabe, ele até tomava jeito casando com a Chase.

Mandei para ele um olhar severo.

– Nossa Percy! Quanto romantismo!

– Qual é Rachel? Esse negócio de romance é uma merda! Como vocês garotas gostam disso?

– Percy não se trata do que nós garotas gostamos ou não! Você não acha que já está indo longe demais?

Ele revirou os olhos e continuou a analisar as prateleiras.

– O que você vai fazer se o casamento de vocês não der certo? – perguntei.

Essa pergunta estava na minha cabeça há muito tempo! Acho que ele e o Grover também pensavam o mesmo.

– Já pensei nisso e tenho um plano B que não é lá um plano tão perfeito! – confessou. Olhei o, atenta – Eu irei engravidá-la e farei de tudo para ficar com a guarda da criança.

Alguém, por favor, poderia me arranjar um taco de beisebol para eu bater na cabeça do Jackson até ele ganhar neurônios e deixar de ser tão estúpido.

– ESSE É O SEU GRANDE PLANO? – falei em voz alta. Ele sinalizou para que eu falasse mais baixo, pois estávamos chamando atenção de outras pessoas – Vem cá, o que você fez para ter tido essa ideia tão ridícula e sem noção?

– Qual o problema?

– Qual o problema? – repeti – A sua “futura sogra” – fiz aspas com as mãos – é advogada! É 100% de certeza que ela queira que a Annabeth fique com a guarda das crianças!

– Eu não havia pensado nesse detalhe.

Cobri meus olhos com os dedos em sinal de reprovação.

Finalmente tivemos a ideia para o presente perfeito. Fomos até o caixa pagar.

– Rachel – sussurrou ele no meu ouvido – eu estou na seca!

– E daí?

– Eu quero você no meu apartamento, hoje à noite. Por favor. – fez cara de pidão.

– Eu já deixei bem claro que não quero ser sua amante!

Confesso que já pensei em aceitar a proposta dele. Ok, eu admito: Eu já tive sim uma queda pelo Jackson, mas... Não rolou! Ficamos algumas vezes, mas ele nunca quis nada sério comigo.

Se eu tenho raiva da Annabeth? Obvio que não! Percy não está afim dela e nem de mim.

Depois que ele embrulhou o presente num papel vermelho e branco, caminhamos para fora. Senti-o segurar meu pulso.

– Tem certeza que não? – mordeu o lábio inferior e piscou o olho esquerdo.

Puxei meu braço com força e saí de lá sem me despedir.

Babaca!

P.O.V. Percy

Rachel é mesmo uma vaca! Qual o problema de nós dois nos encontrarmos? Annabeth não iria saber de nada e continuaria achando que sou o namorado perfeito e eu teria várias aventuras prazerosas às escondidas sem compromisso nenhum.

Todo mundo sai ganhando.

[...]

Dei uma mordida no cachorro-quente que estava comendo. Passei rapidamente a língua no catchup que saia pelas beiradas.

– Espera. – disse Annabeth. Ela pegou um guardanapo e limpou a beirada da minha boca – Pronto.

Nós dois estávamos num banco de uma praça não muito longe da minha casa. O céu azul escuro estava parcialmente estrelado. Várias criancinhas passavam correndo por nós.

Terminamos de comer, conversamos um pouco e caminhamos de volta para o meu carro alugado.

Algo chamou a minha atenção. Annabeth e eu estávamos andando de mãos dadas. Devo admitir: Nós dois realmente parecíamos um casal. Ela tinha todo o sue jeito fofo e delicado e eu o meu jeito galanteador nato.

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Abri a porta do carro para ela e essa sentou no assento. Fui para o lado do motorista. Pomos o cinto.

– Pega um negócio no porta-luvas para mim, por favor. – pedi. Ela assentiu e tirou de lá um presente. Olhou para mim – Para você!

– Percy, por que está me dando um presente? – perguntou. Confesso que eu esperava ouvir um “Obrigado”.

– Desembrulhe e você saberá!

Ela até tentou tirar o embrulho delicadamente, mas resolveu rasgar logo. O que eu comprei para ela? Um livro chamado O Furtador de Martelos. Eu li o sinopse e falava sobre um menino chamado Peter Johnson que descobria ser filho de um deus nórdico e era acusado de ter roubado o martelo do deus Thor, que é responsável pelos trovões.

– Ah, obrigado Percy! – agradeceu Annabeth – Eu estava mesmo louca para ler esse livro.

Ela abriu o livro e, por entre as páginas, tinha um marcador de E.V.A. azul esverdeado. A minha caligrafia não era lá das melhores e no marcador tinha escrito:

Você quer namorar comigo?

Annabeth me fitou seriamente. Os olhos cinzentos dela brilhavam. A boca dela estava entreaberta e eu senti que ela queria dizer algo.

– Eu não paro de pensar em você. – disse eu – Annabeth, você é linda e eu adoro tudo em você. A sua companhia, sua personalidade, o seu sorriso, tudo! E acredite: Eu seria o cara mais feliz do mundo se você respondesse a minha pergunta com um “Sim”. – suspirei – Você quer namorar comigo?

Tudo o que eu disse era uma grande mentira! Quer dizer, tirando a parte dela ser bonita. Mas fazer o que? Se eu tiver que mentir vinte e quatro horas por dia só para viver bem, eu minto!

– Sim! – respondeu. O sorriso dela era quase de orelha a orelha – Sim, eu aceito ser sua namorada!

Levei minha mão até a lateral do rosto e colei nossas bocas. Nosso beijo começou lento e bem calculado. Para mim, aquilo era só um beijo técnico e eu não poderia “exagerar” com ela. Vai que ela achava que eu era muito abusado.

O gloss labial da Annabeth era de framboesa, sei disso porque já beijei muitas garotas que usavam o mesmo produto.

Sorrimos um para o outro e eu liguei o carro.

[...]

Depois de ter deixado minha namorada idiota na casa dela, fui para um bar.

Estava sentado em frente a um balcão de madeira. Bebia cerveja enquanto escutava um homem ridículo cantando músicas bregas.

–Percy. – chamou uma voz feminina incrivelmente sensual atrás de mim.

Virei-me rapidamente e dei de cara com Victoria Rice, a “amante” do Luke.

O vestido dela era um tomara que caia bem justo e curto com estampa de oncinha. O cabelo loiro ondulado dela chegava até os ombros. A pele dela era parda e com marca de biquíni.

Como eu quero tirar esse vestido!

– Olá Victoria! – cumprimentei.

– Nunca mais nos falamos. Conseguiu o que queria com aquela loira chorona? Qual era mesmo o nome dela? Elizabeth?

– Annabeth! – respondi – E sim! Livrei-me daquele mauricinho bobão e estou namorando a porquinha.

Ela deve ter estranhado o nome “porquinha”, mas guardou isso para si. Pegou minha cerveja e deu um longo gole.

– Que pena que está namorando! – comentou – Nem podemos nos divertir mais juntos.

Rapidamente, eu me levantei e abracei a cintura fina dela.

– Quem disse que não podemos nos divertir?

– E a Annabeth? – fez biquinho para mim.

Fingi pensar um pouco.

– Ela não precisa saber!

Ela enfiou a língua na minha boca. As mãos dela percorriam as minhas costas e ela deu uma leve apertada no meu traseiro. Respondi mordendo levemente o lábio inferior dela.

Se a Rachel não quer... Fazer o que?

Concluindo: Percy se divertindo + Victoria nua = Annabeth iludida e chifruda.