Stay Strong

Pequena Aposta.


Forcei-me a abrir os olhos e observei com desprezo meus antigos “companheiros”, o nojo de vê-los subia-me a garganta, amargo. Minha expressão transformou-se em ódio puro quando o Dragon Slayer do Fogo proferiu meu nome, com a voz embargada de espanto e felicidade. Contudo, minha face aliviou-se vendo os poucos rostos que me trouxeram saudades nestes últimos quatros anos. Levy-chan, Wendy, Mira e Lisanna pareciam prender a respiração, enquanto lágrimas inundavam seus olhos.

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Coloquei minhas mãos no quadril, olhando-me, pois irritava-me o modo “estranho” como encaravam-me – eles fitavam-me como se eu fosse uma aparição, um fantasma que veio assombrar a guilda. Pô eu tenho mais o que fazer do que assombrar uma guilda e seus magos, não é? Cara, agora eu sou uma princesa (uma princesa má educada e mau humorada), mas, convenhamos, eu realmente tenho mais o que fazer. Vestia-me semelhante uma maltrapilha – faz parte do plano – com as calças jeans com inúmeros rasgos e suja de poeira, assim como a regata branca e o sobretudo preto. Eles deveria julgar-me como pobre coitada, porém eu não tinha a menor intenção de fazer este papel ridículo.

Pus uma mexa dourada atrás da orelha e dei um passo à frente, o salto da minha bota ficou-se na madeira do chão. Vi o Dragneel andar na minha direção e sorrir igual a um idiota – se bem de quatro anos até aqui, eu só consigo enxergá-lo como um idiota. E quando ele está próximo de mim, soquei-o. Não um simples soco, fora um soco onde despejei toda minha raiva. Com tal força acumulada em apenas um golpe, Natsu foi contra uma das pilastras, quebrando-a no meio. Sinceramente, eu senti o prazer correr por meus vasos sanguíneos, bombeando o sangue loucamente. A melhor sensação de vingança que já tive, a melhor de todas.

– Por que fez isso? – alguém não importante perguntou-me, num timbre espantado.

Pouco liguei, meu problema momentâneo não era com este indivíduo e sim, com o agora atordoado e maldito Dragneel. Ele ergue-se, passando a mão no cabelo rosa retirando algumas lascas de madeira, os olhos fechados, acho que estava incrédulo sobre meu ato. Contudo quando olhou-me, franziu o cenho e farejou o ar, parecia ter detectado algo. Droga! Droga! Droga! Ele tinha farejado os cheiros das garotas e se ele as vê-se, bem, adeus oportunidade de adquirir a chave negra. Um plano, eu precisava de um plano rapidamente. Vamos lá Lucy, você pode... Eu já ia, provavelmente, fazer merda, então, comecemos logo.

– Dragneel, ouse tocar-me ou tentar tocar-me e o desmembrarei sem piedade. – anunciei, apontando-lhe o dedo e cerrando os olhos.

Ninguém acreditou nas minhas “doces” e “amáveis” palavras, no entanto, foi o suficiente para direcionar a atenção do Dragneel até mim e ignorar os cheiros característicos das minhas autodenominadas “amigas”.

– O que te aconteceu, Lucy? – ele questionou-me aparentemente sem compreender minha hostilidade. Sério, ele, o principal culpado da minha agressividade está perguntando-me qual é o motivo dela? Não sei se ele é muito cara de pau ou simplesmente é um idiota de memória fraca, o que devo acrescentar, que na minha opinião é a primeira opção.

– Realmente, você fez essa pergunta? – debochei. – Bom, enumeremos! Primeiro, fui jogada contra uma pilastra. Reconhece essa cena, “meu bem”. – rosnei. – Segundo, você tirou a marca da guilda de mim a força, queimando-me viva. – uma gargalhada assumiu-me. – Enfim, você me espancou e me humilhou como se eu fosse um animal sarnento!

Neste ponto não consegui segurar-me, meu mais novo poder como Dragon Slayer descontrolou-se e emanava numa aura roxa luminosa a minha volta. A multidão de magos recém formada ao nosso redor se surpreendera e ostentava um pavor real nas faces. Isso também me extasiou, observá-los assim é tão agradável e emocionante. Estavam sem via das dúvidas, morrendo de medo de mim. Maravilhoso!

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– Sobre isso, Lucy... – Erza meteu-se no meio da discussão, tentando de alguma forma auxiliar Natsu ou explicar-me o desnecessário, pois o que aconteceu no passado não mudará e não será uma desculpa fajuta que fará isso.

– Não intrometa-se Titânia, eu não necessito de seus esclarecimentos mentirosos! – rugi olhando-a friamente. Está desprezível guilda é um ninho de serpentes caras de paus!

Por mais incrível que pareça, eu, Lucy Heartfilia, fiz Erza Scarlet encolher-se intimidada. Eu comemoraria se pudesse. Mas no meu estado atual, expelindo meu poder magico descontroladamente não é algo seguro.

Redirecionei-me ao Dragneel, meu olhar afiado como uma faca buscava uma forma de fazê-lo sofrer, tortura-lo lentamente e vê-lo pagar por tudo que me fez. Sim, eu tenho um espírito vingativo. E não, não me arrependo de nenhum dos meus pensamentos maldosos, afirmo, que chegam a serem prazerosos.

– Natsu Dragneel, eu o desafio.

Esse não é um desafio qualquer, no mundo dos dragões estes desafios valem muito. Valem títulos, riqueza, poder – não magico – e vida. É algo que se deve levar a sério. E como Dragon Slayers temos o direito de desafiar, claro, apenas outros Dragon Slayers.

O rosto do fogo ambulante demostrava um semblante confuso, talvez não tivesse entendido por que havia o desafiado. Ou não soubesse o significado do desafio. Só espero que Igneel tenha ensinando-o o que é o desafio, pois não estou com a mínima paciência para tal coisa.

– Desafio? – ele sussurrou, entretanto, a minha audição não falha deste quesito. Natsu estava reconsiderando? Deus, ele não tinha nada para reconsiderar, era aceitar ou aceitar, sem outras opções. – Desculpe, mas não aceitarei, afinal não posso entrar num desafio a não ser que seja com outro Dragon Slayer.

Fiquei aliviada por saber que ele possui consciência do que é um desafio e feliz que Igneel tenha feito seu trabalho corretamente ensinando-o o básico do básico. Porém, irritou-me ele ter recusando e ainda não ter percebido que eu não sou a mesma de quatro anos atrás. Nem ter reconhecido minha novíssima magia.

– Ora, não me diga...

– Lucy pare com o teatro, nós já encontramos e abrimos o portal. – a voz de Katie despertou-me do meu momento raivoso com meus ex companheiro.

Retornando a realidade, lembrei-me dos motivos de estar aqui e acalmei-me estabilizando meu poder magico. Não estava lá apenas para descontar minha raiva, eu tinha uma missão e que deveria ser cumprida de imediato. Procurei as meninas, localizando-as no segundo andar e o portal aberto logo atrás delas. Não era somente eu que as observava, os magos viam-nas e perguntavam-se como elas haviam adentrado na guilda. Bem este foi o objetivo desde o início, eu sou a distração, enquanto o papel das garotas era só buscar e abrir o portal.

– Bem, deixemos nosso confronto para mais tarde, Dragneel. – saltei até o segundo o andar e entrei na dimensão vazia sendo seguida por minhas novas companheiras.

***

Havia derrotado o monstro guardião da chave facilmente, ele não era tão diferente quanto o primeiro que enfrentei e tão feio quanto. Forte e sem cérebro, no entanto, dispunha de um poder de fazer copias menores de si mesmo. Esses deram trabalho, mas as garotas acabaram com as copias rápidas e eficazes.

– Angelice poderia reabrir o portal fora da Fairy Tail. – pedi sendo educada. Eu poderia abrir o portal, admito, contudo gostaria de economizar minha magia se houvesse um confronto com Natsu ou qualquer um.

– Sim, sim.

A prateada fez um rasgo na dimensão e assim saímos. Vi-me no terraço de um prédio em frente a enorme edificação que é a Fairy Tail. Eu consegui ouvir o alvoroço que causei com minha chegada na guilda e gostei de ser o centro das atenções, de fazê-los discutir por minha causa. Sei é muito egocentrismo da minha parte, mas realmente, não estou ligando.

– Você não fara isso, né? – Serena pareceu implorar-me por um “não”, entretanto, eu, ela e todas sabemos que eu vou sim fazer “isso”.

Levantei o braço e uma esfera roxa formou-se na palma da minha mão, jogando-a no ar fazendo-a explodir em fogos de artificio brilhantes.

– Pessoal da Fairy Tail! – chamei-os com um grito potente.

Imediatamente, quase que no mesmo segundo todos estavam no lado de fora da guilda. Os três Dragon Slayer – Natsu, Gajeel e Wendy – estavam a frente igual a soldados.

– Como sabemos nosso encontro de hoje foi emocionante, concorda? Lógico que sim, sem a necessidade de tal pergunta. – cínica rodei minha nova chave no dedo indicador. – Para não perdermos a emoção estou disposta a fazer uma aposta com vocês.

Não sei se perceberam, mas eu amo apostas. São tão divertidas e sempre fazem a adrenalina serpentear por minha corrente sanguínea.

– Que tipo de aposta? – Wendy perguntou nervosa ou simplesmente com medo de mim.

Vendo-a deste jeito senti-me mal, não era minha intenção assustá-la, afinal ela fora uma das únicas pessoas que ficaram ao meu lado. De modo algum gostaria de deixa-la temerosa sobre mim.

– Uma aposta referente a vocês três. – apontei para os dragon slayer. – Eu sei a localização atual de Igneel, Metalicana e Grandine.

Eles paralisaram no lugar meu anuncio revelador, claro, eles tinham todo direito de estarem desta forma. Bem, a quanto tempo estavam atrás dos dragões? Não faço a mínima ideia, todavia, parecia tempo demais para ainda persistir, não acha?

– Nos diga então. – Dragneel gritou.

Assoviei em negação e disse: - Não é assim que as coisas funcionam, Dragneel. Lembre-se a aposta.

– Fale logo! – Natsu particularmente não parecia enraivecido comigo, talvez magoado, não enraivecido.

– Ok, ok. – afirmei. – A aposta é a seguinte: como sabemos os Grandes Jogos estão se aproximando e certamente vocês enviaram uma ou duas equipes, portanto, faremos desta forma, se uma de suas equipes conseguirem vencer a minha e ganhar o Jogos, bem, parabéns terão a localização de seus queridos dragões. – pausei.

– E se perdermos? – Gajeel quis saber.

– Eu farei o que bem entender com todos vocês. – esclareci. – Aceitam?

Eu realmente aguardava uma demora significativa da parte deles, porém, como sabemos Natsu sempre se colocava a frente e dizia a resposta num tom ativo notável. E isto não foi diferente neste instante.

– Aceitamos.

– Bom, muito bom. – murmurei. – Até breve!

Nos afastamos velozmente e dirigimos a estação de trem de Magnolia, assim retornamos a Sacred Phoenix com os Grandes Jogos em mente. Quatro meses até a minha vingança se realizar.