Spilled Blood

Capítulo 26 - Fragments (Parte 3)


POV BELLA

Parecia que eu estava em um sonho, ou seria um pesadelo? Meus olhos estavam fechados me levando para algum lugar distante, porém a dor latente em meu abdômen me puxava de volta e me fazia perceber que não estava morta, por mais que eu quisesse.

—Ah, Bella, me desculpe. Não era pra ter sido assim - ouvi a voz do anjo chorando horrorizado - A culpa é minha

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Tentava abrir meus olhos e falar que estava tudo bem, mas era impossível, sentia minhas forças se esvaindo cada vez mais, queria abrir minha boca e confortá-lo, porém não conseguia me movimentar. Senti-me sendo movimentada para algum lugar, o vento cortante e as dores que ficavam cada vez mais intensas me impediam de me mover. Em, alguns instantes meu corpo já repousava em uma superfície macia, cada vez mais distante, comecei ouvi vozes:

—O coração dela está parando... Klaus, quer deixar Bella completar a transição ou não? - senti mãos geladas tocando meu pulso e a voz familiar falava urgente. Tentei me esforçar pra lembrar de onde conhecia aquela voz. Minha cabeça doeu mais.

—Ela está sofrendo? - perguntou o anjo angustiado. Tentei responder, mas minha boca assim como o resto do meu corpo não pareciam obedecer meus comandos

—Provavelmente - a outra voz respondeu e finalmente a reconheci como sendo de Carlisle

—Tire toda dor dela - a voz do meu anjo suplicou, enquanto sentia um carinho em minha cabeça. Um afago em meio a toda dor.

Senti uma picada dolorida em meu braço, e logo, fui sentindo todo o meu corpo cada vez mais entorpecido. Minha consciência ia sumindo assim como as dores alucinantes, uma pequena parte de mim estava com medo, medo de nunca mais ouvir aquele sotaque britânico que tanto amava. Uma mão quente segurou na minha e ouvi suas últimas palavras:

—Vai ficar tudo bem, sweet - e então, flutuando, toda dor havia ido embora.

POV KLAUS

Os segundos se transformavam em minutos, os mesmos pareciam durar horas e as horas pareciam não passar. Isabella continuava totalmente imóvel em sua cama, seus cabelos caiam em cascata sobre o travesseiro, o vestido branco que Alice a vestira depois de tirar suas antigas roupas ensanguentadas, davam-a um ar de leveza que contrastava com minha atual preocupação e culpa.

—Eu trouxe um pouco de sangue pra você - ouvi a voz de Rebekah soar na porta e não me dei o trabalho de me virar - É O negativo... Seu favorito, o dr. Carlisle me deixou pegar uma bolsa pra você

Assenti com a cabeça sem retirar os olhos de Bella e minha irmã continuou falando com a voz mansa:

—Faz horas que não sai daqui. Ao menos beba um pouco, deve estar fraco - sugeriu

Era verdade, não fazia ideia de quanto tempo estava sentando na poltrona ao lado da cama da morena e também era verdade que não me sentia muito forte. O dr. Carlisle havia constatado que meu sangue no corpo de Bella era muito pouco pra ela se regerar rapidamente e mesmo que isso acontecesse, provavelmente ela morreria de hemorragia assim que os machucados estivessem completamente curados e deixá-la morrer agonizando para completar a transição e se transformar em uma vampira, não era uma opção. Então, doei meu sangue, que foi colocado em uma bolsa e prontamente colocado na veia de Isabella que corriam por tubos claros. Havia me surpreendido como os Cullens haviam pensando em tudo e em instantes o quarto comum parecia ter se transformado em um quarto hospitalar.

—Obrigado - murmurei pegando a bolsa de sangue de sua mão estendida e depositei no meu colo. Rebekah suspirou com a minha reluta em tomar o líquido.

—A vidente disse que Bella acordaria em cerca de duas horas - acenei, conferindo o relógio em meu pulso

— Niklaus, não tinha como prevermos que Bella passaria por isso - minha irmã falou revoltada

—Alice previu - cuspi as palavras - Eu a deixei desprotegida e se os Cullens não tivessem chegado, onde ela estaria agora? Provavelmente sendo torturada ou morta por aquela aberração

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O monstro de Victoria, estava preso na floresta e já estava começando a pagar caro pelo que se atreveu a fazer com minha rainha. Dei um leve sorriso ao me lembrar do grito de dor daquela aberração quando quebrei sua perna direita, foi o único momento que saí do lado de Bella, quando as vampiras estavam trocando suas vestes.

—Bella vai ficar bem e isso que importa - bufou - Ao menos tome um banho, Isabella não vai querer te ver parecendo um mendigo

Minha irmã saiu do quarto e olhei para minhas roupas, realmente meu estado era lamentável. Sangue e terra cobriam meu corpo.

—Coloque um pouco de juízo em nosso irmão— ouvi ao longe a voz de Rebekah

Segundos depois, Elijah apareceu na porta carregando uma mochila nas mãos, franzi o cenho:

—Alice mandou você tirar esses trapos nos quais está vestido e se banhar. Palavras dela - se defendeu

Naquelas poucas horas, já tinha visto o bastante da Cullen mais baixa para saber que era extremamente mandona e totalmente ligada a moda, seu jeito me lembrou de Caroline e percebi que o otimismo também era uma característica ligada a ambas.

—Obrigado, parece que todos concordam que estou parecendo um maltrapilho - falei irônico

—Não nos culpe, irmão, seu estado não é nem de longe dos melhores - parou por um momento observando a garota na cama e continuou: -Está mais do que claro que ela realmente é preciosa para você, Niklaus

—Nunca senti por ninguém o que sinto por ela, há séculos eu havia perdido as esperanças e parado de me importar, mas quando a conheci... Parecia que tudo tinha voltado a fazer sentido novamente

Procurava palavras para descrever como Bella havia trazido luz em meio a minha escuridão, percebi que Elijah olhava satisfeito para mim com um leve sorriso no rosto:

—Sim, eu vejo que ela trouxe esperança novamente para você e sem ao menos conhecê-la, acredito que ela seja especial e talvez tenha algum leve distúrbio por gostar de um louco como Niklaus Mikaelson - falou rindo e o acompanhei

—Ela é única - conclui e peguei sua mão, inclinando-me em sua direção - Sweet, está me ouvindo? É hora de acordar... Está tudo bem agora, por favor me desculpe, jamais te deixarei sozinha novamente

Apertei sua pequena mão macia e trinquei a mandíbula ao me lembrar do meu erro ao deixá-la praticamente sozinha, um erro que poderia custar sua vida se não fosse a presença dos Cullens. Os vampiros frios tinham sido indispensáveis para que tudo entrasse novamente nos trilhos e a ajuda do clã havia sido algo muito valioso no qual eu não me esqueceria; o empenho de Carlisle ao garantir a segurança de Bella, Jasper usando seus dons para me acalmar, Alice e Esme pareciam que estavam cuidado de uma irmã e filha respectivamente, e, Emmett e Rosalie agora se revezavam para garantir que Victoria pagasse por seus crimes... Depois daquelas últimas começara a me simpatizar com aquela família.

—Não se culpe, Bella não gostaria de vê-lo desse jeito... Por favor, faça um esforço e se alimente - incentivou e assenti

Resolvi seguir seu conselho e coloquei a bolsa de sangue na boca, absorvendo o líquido quente em seguida, imediatamente senti minhas forças voltando e meu irmão satisfeito voltou em segundos me trazendo outras duas bolsas que agradecido, peguei sem hesitar. Após esta completamente saciado, peguei a bolsa que continha minhas roupas e me dirigi ao banheiro, tomando um banho quente que pareceu levar embora todo o cansaço das últimas horas. Voltei para o quarto ocupando meu lugar na poltrona e continuei velando o sono de minha amada pelos próximos momentos que passavam lentamente, desejando ver novamente seus lindos olhos castanhos chocolates e ouvir sua doce voz.

Finalmente, após tanta espera vi Bella começar a se mexer e respirei aliviado.

POV BELLA

Abri meus olhos e respirei aliviada quando constatei que não havia mais nenhum resquício de dor. Senti uma pressão suave em minha mão e vi o o rosto de Klaus a centímetros de mim, fiquei maravilhada o olhando, até que o loiro decidiu interromper meus pensamentos:

—Bella? - perguntou num tom baixo, mas com a voz preocupada

Não respondi num primeiro momento, apenas tentei me sentar na cama, Niklaus rapidamente me ajudou arrumando o travesseiro em minhas costas. Olhei para o meu quarto e me perguntei por quanto eu havia dormido, observei minhas roupas e não eram mais as vestes ensanguentadas das quais eu me lembrava. Agora estava com um vestido branco de renda, com finas alças, seu comprimento ia até um palmo abaixo de meu joelho.

—Sweet, pode me ouvir? Você está bem? - soou sua voz urgente

—Eu estou bem - tratei logo de acalmá-lo e o vi suspirar aliviado

Mal havia terminado de pronunciar as palavras e senti seus baços me envolverem num abraço quente e apertado que logo tratei de corresponder.

—Eu senti tanto sua falta, você ficou horas desacordada -murmurou sobre minha cabeça - Eu te amo tanto

—Eu também te amo - me livrei do abraço apertado e peguei seu rosto entre minhas mãos, olhando seus profundos olhos azuis - E-e-eu não me lembro de muita coisa

Comentei incerta, até que ponto tudo não passara de uma ilusão? Tentava me lembrar de algo mais complexo para me agarrar

—Quando Alice e Rebekah chegaram até você, elas pensaram que era tarde demais, aquela aberração já tinha te golpeado diversas vezes - falou com raiva a última parte e fiz um carinho em seu rosto, o incentivando a continuar: - Cheguei alguns minutos depois com Carlisle e o resto do pessoal, a quantidade de sangue era imensa ao seu redor... Jasper e Stefan até se retiraram

Espera. Jasper era normal estar aqui, por Alice e pelo resto da família. Mas, Stefan? Por que ele viera para Forks? Klaus vendo a interrogação em meu rosto tratou logo de responder:

—Stefan viera passar um tempo conosco e se distanciar do drama Elena - explicou e tudo fez sentido - Meu irmão Elijah, estava junto, ele ficou sabendo de nós e quis conhecê-la. Então, contamos aos dois tudo que estava acontecendo e sem pestanejar, eles vieram nos ajudar a acabar com os vampiros

Pensei, por um momento, Elijah viera até aqui para me conhecer e se ele desaprovasse meu relacionamento com seu irmão?

—Continuando, tínhamos duas opções: se deixássemos tudo como estava, até seus machucados estivessem completamentos curados, você não sobreviveria devido a grande perca de sangue e maioria do meu sangue já tinha saído do seu sistema devido a hemorragia, então você completaria a transição e se transformaria numa vampira. Mas, eu não podia deixar isso acontecer, não assim, você estava sofrendo demais - explicava angustiado

Me lembrei vagamente da conversa que ouvira dele com Carlisle, então havia sido real aquela memória, Niklaus havia ponderado em sua escolha pelo meu aparente estado de dor e não se enganara, naquele momento os machucados ao longo do meu corpo queimavam como fogo por todo lugar onde a faca me atravessava.

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—Eu me lembro da dor - concluí e vi seu rosto se contorcer - Mas está tudo bem. Eu me sinto ótima agora, fez o que era melhor e não tenho como te agradecer por isso, eu também me lembro da dor indo embora.

Eu jorrava as palavras numa tentativa de acalmar o híbrido e percebi que falar sobre não sentir mais dor, o tinha deixado mais calmo e mais tranquilo, Klaus continuou sua narrativa:

—Então, o dr Carlisle lhe aplicou morfina e bem, eu tive que te fazer uma transfusão do meu sangue pra você se curar mais rápido - explicou risonho - Você se curou rapidamente, depois da primeira bolsa de sangue, mas ficou desacordada até agora. Porém, deu tempo suficiente para conhecer previamente todo o clã dos frios

—Todos os Cullens estão aqui? - perguntei inocente e foi só depois de ouvir sua voz atravessada que percebi como minha fala tinha sido soada aos seus ouvidos

—Menos o tal Edward - trincou os dentes

—Não, meu amor, não foi isso que eu quis dizer - o acalmei, acariciando seu rosto - Não estava perguntando de Edward, não há por que ter ciúme, você é o meu único e suficiente amor

Minhas palavras fizeram-se desfazer de sua carranca e continuei meu raciocínio, para finalmente perguntar algo que estava me preocupando:

—Disse que estão todos aqui em casa e que já se passaram horas desde que tudo acabou... Então, meu pai os viu? Charlie está bem? Aconteceu algo? - fiz uma enxurrada de perguntas

—Seu pai acordou quando Rebekah estava lutando contra os vampiros, antes de nossa chegada - arfei e o loiro logo tratou de completar - O xerife Swan fez jus ao seu posto e tratou logo de ir atirando em todos os vampiros, o que os atrasava e dava tempo suficiente da minha irmã os matar. Mas ele está bem, não sofreu nenhum arranhão, ele dormiu por um tempo depois de Rebekah usar a hipnose

Klaus garantiu e suspirei aliviada, quem poderia imaginar que Charlie um dia estaria atirando em vampiros recém criados?

—Oh, e vocês o hipnotizaram para se esquecer disso - concluí. Coitado do meu pai, estava sendo uma marionete, porém seria pior se ele soubesse da verdade. Um traço de receio passou pela face do híbrido e percebi que ele estava me escondendo algo, sem estar muito certo se deveria ou não falar, começou:

—Nós não o hipnotizamos para se esquecer de nada - falou receoso e minha boca se escancarou - Quando ele acordou e foi até o jardim, queria saber porque tinha lobos gigantes em seu quintal e o porque de estar os Cullens em sua casa, no meio da madrugada, acredito que ele ficou mais chocado quando te viu toda ensanguentada e sendo submetida a uma transfusão de sangue. Contamos tudo a ele, desde o começo... tudo.

Fiquei momentaneamente sem fala, meu pai sabia agora de tudo? Vampiros, lobos, mundo sobrenatural e todas as mentiras e riscos que isso acompanhava, como eu encararia Charlie agora? Como olharia para seus olhos e aguentaria ver seu desapontamento comigo? Agora o que seria, a vida ou se tornar um vampiro agora?

—Seu pai é um homem corajoso, aguentou tudo, é claro que não gostou da parte de estarmos o hipnotizando a um bom tempo, mas ele só quer fingir que as coisas continuam igual a antes. Quero que entenda que posso fazê-lo se esquecer de tudo isso, mas acredito que está na hora de Charlie sair do escuro.

—Ela já acordou? - ouvi a voz urgente do meu pai no andar de baixo e seus passos apressados subindo a escada

—Bella? - perguntou na porta do quarto e continuei olhando para as minhas mãos sem encará-lo

Niklaus se levantou, depositando um beijo em minha testa e sussurrou:

—A decisão é sua. Vou deixá-los sozinhos - falou mais alto a última parte

Charlie olhou acusadamente para o loiro que pareceu nem se importar, sumindo pelo corredor. Meu pai cruzou o quarto ficando a uma pequena distância de mim e sentou-se na beirada da cama.

—Bella? - perguntou de novo

—Me desculpe, pai - disse baixo

Encarei seus olhos e pude ver um misto de emoções ali: choque, dor, perda, confusão e decepção.

—Precisava mesmo esconder tudo isso de mim, criança? Eu teria tentado te proteger se soubesse dessa loucura toda - passou as mãos pelos cabelos

—Por isso que eu não podia contar e arriscar te perder no processo. Eu sinto muito - falei com lágrimas nos olhos - Eu te amo, pai, muito

Meio segundo depois, seus braços já estavam ao meu redor me dando um abraço emocionado:

—Eu também te amo, garota. Muita coisa pode ter mudado no meio de tudo, mas isso não mudou - seus braços afagavam o meu - Nunca mais me esconda nada

—Nunca mais - prometi e deixei as lágrimas caírem - Eu prometo

—Bem, conheci a irmã de Klaus, Rebekah - começou sem jeito - Ela falou sobre estarem me hipnotizando há algum tempo... não quero mais ficar no escuro

—Tem certeza que pode aguentar toda essa verdade? - me desfiz do seu abraço e o olhei atentamente - Só vou fazer o que você quiser

—É claro que posso aguentar - garantiu - O que são uns vampiros e lobisomens? Nada muito fora do normal

Desdenhou e deu sorriso que iluminou todo seu rosto, ressaltando as rugas ao redor de seus olhos. Eu sabia que tudo ficaria bem.

Desci as escadas com Charlie em meu encalço e me deparei com a sala cheia de gente. Os Cullens, Rebekah, Stefan, Jacob, Embry, Sam, Seth, Klaus e um homem que não conhecia, devia ser Elijah. O homem estava vestido com um terno e se portava de maneira impecável, minha presença atraiu a atenção de todos e sem jeito, sentei-me no braço da poltrona em que Niklaus estava sentado, assim que o loiro me viu, abriu seu sorriso que tanto me encantava e entrelaçou nossas mãos juntas.

—Bella, como se sente? - Carlisle foi o primeiro a se pronunciar

—Maravilhosamente bem - respondi sincera

—Ficamos felizes em te ver bem - Esme sorriu e retribuí

—Parece que não consegue fica longe de problemas, né, Bellinha? - Emmett riu. Como eu odiava aquele apelido. Porém, não podia negar que estava com saudades das implicâncias do vampiro musculoso - Pelo menos nos garantiu umas boas lutas

Começou a dar soquinhos no ar e todos riram baixo. O Cullen poderia parecer uma fortaleza por fora, mas não passava de uma criança. Rosalie revirou os olhos e me encarou, sorrindo cúmplice, devolvi o gesto e acenei com a cabeça.

—Tenho que concordar com o picolé ali, não saímos em desvantagem não - Jake se pronunciou e arrancou uns risos dos lobos, pelo que parecia as provocações continuaram

—Nem me fale, isso me deu maior fome - Seth se jogou no sofá segurando um sanduíche gigante e uma lata de refrigerante - Oh, Charlie, liga a televisão aí, é o jogo dos Gators

Meu pai murmurou um "garoto folgado'' e pegou o controle remoto, Emmett se sentou animado já em expectativa para assistir a mais uma partida de basebol. Balançando a cabeça, achei que estava na hora de perguntar algo que até então não tinha sido mencionado

—Certo, o que aconteceu com Victoria e ...? - deixei as palavas morrerem

—Elijah terminou o serviço - Klaus falou meio decepcionado - Eu estava mais do que feliz em prolongar as torturas dos dois, mas meu irmão é contra meus métodos e os matou há pouco

—Ninguém machuca minha família e vive - o moreno se pronunciou pela primeira vez vindo em minha direção. Senti meu coração se aquecer com sua afirmação - Aliás, sou Elijah, é um prazer finalmente conhecer a companheira de meu irmão

O vampiro estendeu a mão a mim e o cumprimentei:

—Eu digo o mesmo, na verdade queria agradecer a todos, Klaus me contou tudo o que fizeram e não posso estar mais grata pelo que fizeram por mim... Stefan e Elijah, obrigada por entrarem numa batalha que nem era de vocês sem ao menos me conhecerem direito - olhei grata para cada pessoa da sala

—Esquenta não, Bella, a gente só não queria ver o Klaus quebrando os nossos pescoços - Seth soltou mais uma sem tirar os olhos do jogo - Vai, Gators!

—Eu ainda posso mudar de ideia em relação a isso - Niklaus respondeu ameaçador e o lobo mais jovem engoliu em seco, fazendo todos gargalharem com seu medo repentino

Charlie suspirou resignado, com certeza estava incomodado com as vozes atrapalhando sua atenção ao aparelho de tv.

—Eles vão marcar mais um touchdown e ficarão na liderança - Alice se pronunciou pela primeira vez e pude ver que ela estava com um caderno na mão, fazendo algumas anotações e compartilhando com Rebekah que aprovava com a cabeça o que quer que fosse

—Estraga prazeres - Emmett murmurou baixo e Charlie abriu a boca surpreso, talvez fosse um pouco difícil pra ele se acostumar com as previsões do futuro

—Acho que se for assim ficaria melhor - Rosalie palpitou retirando o caderno e a caneta das mãos de Alice

Sobre o que elas estavam falando? Abri minha boca pra perguntar e Alice prevendo me calou:

—29 de setembro - falou simplesmente

—O que vai acontecer nessa data? - perguntei sem entender e calmamente ela respondeu:

—Seu casamento - me sobressaltei - Eu já vi que isso vai acontecer, oras. Temos menos de dois meses, tenho que correr para arrumar tudo, deixe tudo comigo, não precisa se preocupar com nada

Fiquei um momento sem fala e fui puxada de volta a realidade pelas mãos de Klaus que acariciavam meu braço, e com o sorriso mais lindo e contagiante que eu já havia visto, se declarou:

—Eu te amo - puxou-me para um beijo que correspondi imediatamente. Fomos interrompidos pelas palmas dos meus convidados que começavam a nos dar os parabéns e a felicidade tomou conta de mim, fazendo a adrenalina correr por todo meu corpo em expectativa.