Speechless

Capítulo 33


POV Harry

Eu desacreditava que um dia ela conseguisse desfazer o sorriso enorme que estava em seu rosto agora, e a expressão de surpresa que ela exibia me fez achá-la mais apaixonante ainda e ter vontade de encher aquele rosto lindo de beijos.

—É claro que eu aceito, amor. - Eu sorri provavelmente na mesma intensidade que ela estava sorrindo. - Eu também me sinto muito bem com você e gostei de acordar hoje com café na cama e você sem camisa na minha frente, é uma visão muito legal.

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Eu ri também, agora muito mais confiante.

—Imagina então levantar o edredom e ver você sem roupa, namorada. - Essa ultima palavra me pareceu muito certa considerando-se a pessoal à qual ela foi dirigida.

Gina estava muito sorridente hoje, não que ela não sorrisse sempre (de vez em quando ela ria demais, até), mas desde que acordamos ela estava mais animada. Acho que ainda seria indelicadeza perguntar a quanto tempo ela não dormia com ninguém, e acho também que eu ficaria com ciúmes ouvindo sua resposta, então achei melhor perguntar outro dia, em outra ocasião.

—Eu acho que deveríamos dar um beijo pra comemorar, mas essa mesa não deixa e além disso duvido que as pessoas aqui achariam normal se nos beijássemos como normalmente fazemos naquele barzinho que sempre vamos, namorado. - Gostei de ser chamado assim. - Então, sugiro casualmente que eu termine de comer minha sobremesa, que por sinal está muito boa e você deveria aceitar um pouquinho, e depois nós vamos embora. O que acha?

—Acho primeiro que eu aceito sua sobremesa. - Ela deu uma colherada na minha boca e estava bom mesmo. - E acho também que é melhor você ligar logo pro Ron e avisar que não vai dormir em casa hoje. - Estendi meu celular pra ela.

—De novo? - Perguntou já discando o número dele. - Ele vai me expulsar assim.

Enquanto ela falava com ele eu puxei seu prato para mais perto de mim e comi mais um pouco daquele monte de chocolate com sorvete. Em troca recebi um olhar reprovador, que eu retribuí com uma piscada e continuei comendo. Ela desligou e me devolveu o aparelho.

—Obrigada. E devolva minha sobremesa, abusado. - Puxou seu prato de volta e eu entreguei a colher.

Esperei que ela terminasse de comer (ganhei algumas colheradas a mais enquanto isso), paguei a conta, e saímos. Quando paramos na entrada para esperar que trouxessem meu carro eu a abracei e falei em seu ouvido:

—Sabe um dos inúmeros lados bons? - Ela balançou negativamente a cabeça e eu continuei. - Agora eu posso perguntar pra esse monte de cara babão por que eles estão olhando pra minha namorada.

Ela gargalhou abertamente e se virou pra mim também.

—Eu posso contar pra Srta. Vane? - Eu ri e ela continuou. - Oh, me desculpe, só Romilda, já disse! - Imitou a voz dela.

—Conte pra quem você quiser, eu não me importo nem um pouco. - Falei sinceramente enquanto ria.

Nosso carro chegou e fiz questão de abrir a porta para que ela entrasse.

—Onde vou dormir hoje? Você ainda não disse. - Perguntou alisando minha perna.

—Na minha casa de novo. Minha irmã e seu irmão vão dormir fora hoje, comemorar o aniversário dela. - Expliquei.

—Eu não quero dormir. - Falou com uma voz sexy enquanto se inclinava pra mim e beijava meu pescoço.

Instantaneamente me senti excitado.

—Você é uma tarada, sabia? - Respondi tirando uma das mãos do volante e apertando sua coxa.

Ela riu no meu ouvido e continuou me provocando durante todo o caminho, ignorando meus avisos de que estava dirigindo. Estacionei na garagem do prédio e a puxei para o meu colo, na mesma hora minha namorada se inclinou sobre meu pescoço e começou a beijá-lo.

—Você não pode ficar me provocando assim, amor.

—Claro que posso, você é meu namorado agora e eu posso tudo. - Respondeu naturalmente me fazendo rir.

—Meu Deus, criei um monstro! - Falei exageradamente e ela gargalhou. - Vem, vamos subir.

Ela me deu um selinho e descemos os dois do carro, o tranquei e fomos em direção aos elevadores, onde Gina fez questão de ficar o tempo todo encostada em mim. Não que isso seja uma reclamação, só era diferente da pessoa que se despediu de mim antes de ir para Paris (exceto o episódio da minha mesa, claro). Entramos na minha casa e enquanto eu trancava a porta ela deixou a bolsa em cima do sofá e já foi andando em direção ao corredor que dava acesso ao meu quarto e de Hermione.

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—Vem cá. - Chamei ainda na sala, parado ao lado da mesa de jantar onde eu deixei a chave e o celular.

Ela se aproximou de mim e eu a virei de costas sem nenhuma cerimônia, descendo o zíper do seu vestido e o deixando escorregar por seu corpo, enquanto revelava seu lingerie vinho que dava um contraste lindo com sua pele branquinha.

—Linda. - Elogiei pegando sua mão e a fazendo dar uma voltinha pra mim. - Mas podemos melhorar, tira esse salto enorme.

Ela riu antes de tirar o sapato, ficando uns doze centímetros menor do que estava.

—Muito linda. - Deu outra voltinha pra mim.

Era muito fácil me acostumar com ela na minha cama (ou na mesa de jantar, ou no sofá da sala, ou no meu banheiro...), ela era viciante. Nós nos entendíamos muito bem em qualquer momento, mas no sexo era uma coisa incrível, devo admitir que eu nem esperava tanto. Ela não era cheia de frescuras, falava o que queria, me deixava saber o quanto estava gostando, não se importava com a luz acesa e, o melhor de tudo, entendia o clima do momento.

Agora, duas horas depois que chegamos do restaurante, estávamos deitados na minha cama, ambos nus, aparentemente sem sono algum e conversando sobre tudo que nos lembrávamos, o que era fácil quando se tinha uma pessoa espontânea demais ao seu lado. Depois de falarmos das nossas comidas preferidas, dos dias que eu estive fora e de alguns outros assuntos, agora estávamos falando sobre nossa nova relação.

—Mas Gi, qual o problema de te buscar na faculdade todos os dias? - Perguntei teimoso.

—Eu não quero ficar te dando trabalho. - Rebateu rolando os olhos como se estivesse falando com uma criança. - E alem disso, nem precisa, eu sempre fui pra casa sozinha.

—Mas agora você tem um namorado lindo, charmoso, atencioso e cavalheiro. - Brinquei convencido.

—E humilde também, presumo! - Riu e deitou a cabeça no meu peito.

—Eu vou te buscar. - Finalizei convicto.

—Teimoso. - Rebateu.

—Teimoso não, cuidadoso. Você é gostosa demais pra ficar por ai andando sozinha. - Dei um tapinha no seu bumbum que estava coberto só por um lençol fino.

—Sério que você me acha tão gostosa assim?

—Acho que até seu irmão tem a mesma opinião. - Respondi como se fosse óbvio.

—Eu não me vejo dessa forma. Me acho tão normal, exceto por esse cabelo cheguei. - Opinou sinceramente.

—Devo te informar que agora que você é minha namorada, então quem deve achar sou eu e eu amo seu cabelo. Se um dia você pensar em pintá-lo eu te bato. - Brinquei passando levemente a ponta dos dedos pelas suas costas nuas.

—Ai meu Deus, vou ignorar essa parte. - Finalizou rindo.

Ela fechou os olhos apreciando a carícia e minutos depois comentou despretensiosamente.

—Amor, estou ficando excitada.

Eu ri e continuei a acariciá-la.

—Você é tarada, sabia? - Brinquei trazendo seu corpo para cima do meu.

Instintivamente ela abriu as pernas e as encaixou uma de cada lado do meu corpo.

—Tarada não. - Comentou pensativa e rindo. - Vamos dizer que eu esteja tirando o atraso.

Observei com cara de bobo enquanto ela ria descontraidamente em cima de mim. Apoiei minhas mãos em suas coxas.

—Sei como é. Eu também. - Comentei e ela parou de rir para me lançar um olhar desconfiado. - Estou falando sério.

—Difícil acreditar.

—Por quê? - Perguntei sentindo-a se mexer um pouco em cima de mim e começando a me excitar também.

—Porque você é lindo, Harry.

—Você também é linda.

—Estamos falando de você. - Comentou rindo.

Eu ri antes de continuar.

—Verdade, a ultima vez que dormi com uma mulher eu ainda estava nos EUA. - Falei sinceramente.

—E a ultima vez que você terminou o serviço e cada um foi para sua casa dormir sozinho? - Eu ri com ela quando ouvi isso.

—Eu não sou esse tipo de homem, amor. - Fiz carinho no seu rosto.

—Que bom. - Sorriu pra mim e começou a distribuir beijinhos pelo meu pescoço.

O carinho dela estava muito bom, mas minha mente vagava entre perguntar ou não há quanto tempo ela não fazia isso. Eu estava curioso, mas não sei como ela interpretaria a questão. Levei em consideração que eu havia contado, então tinha o direito de saber.

—Seria indelicado da minha parte perguntar a quanto tempo você não... - Parei um segundo para pensar no termo exato para usar.

—Dava uma? - Completou por mim me olhando divertida.

Ri também.

—Eu usaria uma expressão mais sutil, mas o contexto seria esse.

—Não seria indelicadeza. Fazia quase um ano, eu acho que já estava virgem de novo. - Sua expressão de indignação me fez rir outra vez.

—Ah sim, agora entendi esse fogo todo. - Nos virei na cama e me deite em cima dela. - E quer saber? Estou adorando apagá-lo.