Sozokujin

Reunião de família... Por telefone...


Reparei que ele ficou meio assustado no começo, pois não esboçou nenhuma reação, mas, depois de alguns segundos, retribuiu.
Depois de alguns segundo, senti algo molhar meu ombro. Bom, parece que está na hora de retribuir o favor. Ele chorava como uma criança e me apertava cada vez mais naquele abraço. Eu fazia o que achava melhor: Não falar nada. Nessas horas, de tudo o que precisamos é um abraço...

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Ficamos nisso por alguns minutos até que ele se separou do abraço secando as lágrimas.

–Nossa, desculpa. Eu acho que estava precisando disso há tempos... – pediu sorrindo meio encabulado. Ele parecia envergonhado.

–Que isso ! Agora estamos quites... – comentei sorrindo.

Ele retribuiu o sorriso com um meio envergonhado e meio triste.

–Ah, antes que eu me esqueça, leve a caixa. É o que Kushina gostaria que eu fizesse. E é ela que manda. – riu.

Ri também e peguei a caixa. Ele disse que eu tinha que descansar, pois meu corpo ainda precisaria de tempo para se acostumar.
Ele me acompanhou até o quarto e saiu.
Sentei na cama e senti aquele troço na minha barriga doer. Fiquei olhando para o selo, o analisando. Parecia ter algo escrito nele...

–Naruto ? – AAAAAAAAAAAAH !!!

–QUER ME MATAR DE SUSTO, INFELIZ ?!?!?! – gritei com o defunto à minha frente. – Pára de rir, animal !

–Cara, o que você estava fazendo que não me viu entrar ?!- perguntou Sasuke maliciosamente.

–Acho que você está aqui a tempo bastante para perceber. – respondi.

–Pois é, mas eu ainda tenho esperanças de, um dia, deixar você sem resposta. – murmurou.

Eu ri e começamos a conversar. Ele estava um pouco diferente. Metade de seu rosto tinha marcas que pareciam chamas e ele me disse que estavam assim por toda metade do seu corpo. Tirando o selo, eu estava como nos primeiros dias de quando vim para cá. Até perguntei para o Minato o porquê de só eu ter ficado daquele jeito nos primeiros dias. Ele disse que o Sasuke também tinha ficado daquele jeito, mas que tinha tido mais tempo para se recuperar antes de ser levado para lá. Depois de pouco conversar, entramos no assunto “nova vida a partir daqui”. Parece que vamos ter que ficar mais uns dois dias.

–Cara, eu já estou cansado de ficar adiando isso. – reclamei.

–Eu sei, eu também. Mas não podemos fazer nada. Se sairmos agora, provavelmente não conseguiríamos ir muito longe. O Jiraya disse que, se o meu está doendo, o seu está doendo 6x mais. – explicou.

–Você também tem um selo ? – perguntei curioso.

–Sim. – respondeu amostrando o selo em seu pescoço.

–Olha, o seu é diferente. – comentei.

–Porque nossos poderes são diferentes...

–Aaaaaahm... Como você entrou aqui ? – perguntei de repente.

–Agora ?! – respondeu perguntando (coisa chataaaa).

–Só lembrei agora. – respondei e ele balançou a cabeça negativamente.

–Eu estava te esperando e, quando você entrou, eu fui para o banheiro. Falando nisso, que caixa é essa ? – perguntou apontando para a caixa encima da cama. Era a caixa que Minato tinha me dado.

–Ah, isso ?! É uma caixa que o Minato me deu. – ele me olhou tipo “E... ?” – Dentro tem fotos da minha mãe. – ele arregalou os olhos e eu ri.

Peguei a caixa e amostrei as fotos a ele. Reparei que tinha umas folhas no fundo, pareciam cartas, mas preferi ver depois. Se ele não tinha me amostrado antes, devia ser porque queria que eu lesse sozinho.

–Ela era bem bonita. – comentou, olhando uma das fotos.

–E, pelo que o Minato me disse, bem legal também. –concordei. - Ele falou que eu pareço muito com ela.

–Então ela era irritante. – provocou.

Dei um soco de leve em seu braço e rimos.

–Sério, ele até chorou... – fui interrompido.

“Paper bags and plastic hearts
All our belongings in shopping carts
It’s goodbye
But we got one more night…”

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Trechos da música “The Great Escape”
Boys Like Girl

Era meu celular. Peguei-o e vi no visor um número conhecido... Não podia ser, podia ?!

–Moshi-moshi. – atendi e esperei que a pessoa respondesse.

–Naruuuu !!! – respondeu Ino do outro lado da linha.

–Crédito deve estar sobrando para estar ligando para o outro lado do mundo. – comentei debochadamente.

–Pra você ver como te amamos. – alguém gritou ao fundo. Pela voz, soube que era Chouji.

–Está no viva-voz ? – perguntei.

–Está, diz um “oi” para o pessoal. – respondeu Ino.

–Oiiiiii !!!! – falei sorrindo e já imaginando a cena de todos eles gritando espalhafatosamente.

–OIIII !!! – não deu outra...

–Como conseguiram meu número ?!?! – perguntei depois de uma risada.

–Tivemos a ajuda de um amigo. – respondeu misteriosamente.

–Muito obrigado, Sasuke. – falei ironicamente olhando para ele. Tampei o microfone do celular e sussurrei: - Agora, eles não vão sair do meu pé.

–Não vamos mesmo, Naruto. – respondeu Shikamaru.

–Shika !!! Você está aí também ?!?! – disfarcei.

–Como você mesmo disse, não vou sair do seu pé tão facilmente. – respondeu.

–Espertinho como sempre. – comentei entre dentes.

–Isso lá é jeito de falar das pessoas que estão tentando te ajudar, Naruto ? – ouvi a voz repreensiva de Iruka.

–Meu Deus, estamos em uma reunião de FAMÍLIAAA !!! – ironizei, mas não pude deixar de ficar feliz.

–Sim sim, estamos todos aqui !!! – revelou Ino, alegre. – Vou passando de um em um e você vai tentar adivinhar quem é, ok ? – olha o que a pessoa me inventa...

–Ok. – concordei rindo.

–Oii – ouvi a voz familiar de Chouji.

–Ah, o Chouji não vale !!! Ele estava com vocês nas últimas vezes. – reclamei emburrado.

–Tudo bem, tudo bem... – falou Ino e eu soube que ela estava revirando os olhos. – AH, JÁ SEI !!!

–Oi. – ouvi outra voz familiar. NÃO ACREDITOOOOO !!!!

–GAARA !!! – gritei surpreso e feliz. – Até você entrou nessa ?! – perguntei (lê-se: berrei)

–É claro. Não pude deixar de vir quando soube que você tinha sumido. – falou preocupado. Meu Deus, o Gaara preocupado... OoO

–Você estava preocupado comigo ? – perguntei inocentemente. Cara, ganharei meu dia se esse frio indiferente responder que “sim” !

–Mas é claro ! – AAAAAAAAAAH !!!!!! OOOOooOOOO *-*

–Ai que fofoooo !!! Você admitiu que se importa comigooo !!! – me gabei.

–Tá, ta. Isso não importa.. – disse Ino. Ela deve estar morrendo de inveja. Ino sempre tentou fazer com que Gaara a notasse. Ele nota, mas nunca admiti. É simplesmente idiota o que eles fazem: se amam, mas não admitem nem sobre tortura...

–Invejosa... – cantarolei.

–Você tem sorte de não estar aqui, na minha frente. – ela quase rosnava. Não aguentei e comecei a rir.

–Vamos para o próximo, por favor. – pedi.

–Hn. – resmungou.

Depois de alguns segundos, ouvi uma voz que não realmente não esperava ouvir.

–Naruto ?