Somebody to Love

Capítulo 17


Já era de tarde quando eu estava saindo do CCPN para tirar fotos para o blog. Wally me ligou quando eu estava entrando no carro.
— Wally, oi!
— Oi, Daphne. Está ocupada? Queria te convidar para tomar um café.
— Ahm... Na verdade, sim. Estou indo tirar fotos para o blog.
— Para onde você vai? Eu posso te acompanhar?
— Claro. - disse surpresa. Eu estou indo para a orla de Central City. Perto do cais. Sabe onde é?
— Sim, sim. Então, até lá.
— Até.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Quando cheguei na orla, encontrei um lugar muito calmo. Haviam poucas pessoas. A maioria se exercitando. Comecei meu trabalho.

Já era quase por do sol quando Wally chegou.
— E aí...
— Oi, Wally.

Nos abraçamos.
— Como você tá?
— Bem e você?
— Também. - eu disse rindo.
— Então... Eu quis te encontrar porque queria conversar com alguém sobre uma coisa.
— Pode falar.
— Eu... tô afim de começar uma faculdade.
— Sério, Wally? Mas isso é maravilhoso. - disse feliz por ele. - e o que você quer fazer?
— Engenharia.

Lembrei de Tommy.
— Eu acho que você vai se sair muito bem. A Iris e o seu pai vão ficar muito felizes em saber.
— Vão mesmo... Eu posso te perguntar uma coisa?
— Claro.
— Você e o sombra branca não estão mais juntos?
— Sombra o quê?

Wally riu.
— O Barry. Vocês terminaram?
— Aaah. É, nós terminamos...
— Cara, não sei como ele desperdiçou essa chance...
— Não entendi... - forcei um sorriso.
— Você sabe... Você é uma mulher linda, inteligente, gentil, amiga... Eu já disse linda? - ele riu.
— Wally... Olha só... Agradeço pelos elogios, mas isso foi uma cantada?
— Talvez.
— É... Então... Faz pouquíssimo tempo que eu terminei com o Barry. Eu não tô com cabeça para me envolver com ninguém. Ainda mais com você, que é meu amigo, quase irmão do Barry....
— Ele não é meu irmão.
— Ahm... ok. Mas, então é isso, me desculpa.
— Ok.... Já entendi... Eu tô na friendzone.
— É tipo isso... Desculpa.

Nós rimos. Apesar da tensão, Wally entendeu e até brincou com a situação.

De repente sentimos um tremor. Um terremoto. Todas as pessoas na rua começaram a correr.
— O que foi isso?
— Eu não faço a menor ideia.

Corremos para a rua, tentando ver o que estava acontecendo.
— Senhor, você sabe o que está acontecendo? - perguntei a alguém que passava pela rua.
— Um meta humano. Ele causou um estrago enorme ali.

Eu tentei ir até o local, mas o caos era enorme.
— Daphne, você é louca. - Wally me puxou, enquanto eu tentava passar pela multidão que corria para o lado contrário.
— Não, Wally. Eu sou uma repórter.
— Eu sei. Mas você nunca vai conseguir passar. Vamos embora. É perigoso.

Acabei sedendo a Wally. Saímos dali e dei uma carona a Wally até a casa dos West.
...

No outro dia, fiquei sabendo por Iris que os tremores foram causados por um meta chamado Geomancer, ela estava escrevendo sobre ele.

Estava na minha mesa, organizando a matéria do dia. Olhei para Iris, que sentava na mesa em frente a minha. Ela parecia preocupada e pensativa.
— Iris? Ei, Iris!
— Hum... O quê?
— Você está bem?
— Ah, é... Sim, claro.
— Não sei como é possível, mas você faz basquete parecer mais chato que basebol - alguém falou alto no CCPN. - Arrume isso.

Ele veio em nossa direção.
— Scott Evans. Seu novo diretor.
— Prazer em conhecé-lo. Daphne Dean.- disse apertando sua mão.
— Iris...
— West. - Scott se apressou. - Eu sei. Você escreveu sobre o recente ataque do Geomancer.
— Sim. Escrevi.
— Não vou publicar. - Ele disse virando as costas para nós e indo embora.
— O quê? - Iris olhou para mim sem entender e foi atrás dele. - Por quê?
— É uma história legal para fazer as pessoas se sentirem bem. O que elas precisam saber é a verdade. O Flash pode não estar sempre lá para salvá-los.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Iris parecia incomodada.
— Você discorda?
— Eu acho que ele já salvou muita gente na cidade.
— Onde ele está agora? Preciso publicar uma história real.
— Ok, e se eu puder te dar uma exclusiva com o meta-humano que lutou contra o Geomancer, esse... esse outro Flash?
— O quê? É amiga dele também?
— Apenas... me dê um tempo.
— Certo. Mas, se for a mesma arte que escreveu, vou publicar sobre como o Flash não é o herói que sonhamos.

Iris voltou para a mesa bufando.
— Você conhece esse outro Flash mesmo?
— É... eu conheço...
— E o Flash... O nosso Flash. Ele foi embora?
— Não! Quer dizer... Ele só está um pouco... ocupado...
— Você bem que podia arrumar um encontro pra mim, né. - Falei brincando.
— Quem sabe um dia. Agora eu preciso ir.
— Boa sorte!
— Obrigada!
...

No dia seguinte, quando ia saindo de casa, Iris também estava.
— Ei, não quer vir comigo?
— Claro!

Entramos no carro e fomos para o Jornal.
— E aí, conseguiu a entrevista?
— Ahm, sim. - Iris não parecia feliz.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não... Quer dizer, um amigo morreu...
— Eu sinto muito.
— Na verdade, era o Jay.
— Jay Garrick? O namorado da Caitlin?
— É.
— Nossa... Como ela está?
—Nada bem. Ela perdeu o noivo ano passado e agora o Jay... É complicado para ela.
— Eu imagino.

Ao chegar no CCPN, Iris mostrou a entrevista a Scott, que pareceu satisfeito.
— E aí, ele gostou?
— Parece que sim, ele vai publicar. Já vi que vamos ter trabalho com esse cara.

Nós rimos da situação.