Sombras Ao Vento

Capítulo 30 – Segredos do passado


A raiva é um sentimento que faz o sangue entrar em ebulição. É um sentimento amargo e que nos traz uma sensação de mal estar, parece que tudo vai explodir. Você mal consegue se conter e a sua razão fica claramente oculta na sua mente, a única coisa que você consegue pensar é em descontar sua raiva, principalmente no objeto de sua raiva.

Naruto e Sasuke agora olhavam raivosamente os dois homens parados na porta da pequena salinha, encaravam os dois homens como se, a qualquer momento, fossem pular no pescoço daqueles seres e arrancar membro por membro das figuras ali paradas os observando sem qualquer emoção no rosto.

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—Vocês prometeram! —Shikamaru lembrou firmemente.

Ambos fizeram a raiva recuar um pouco enquanto se questionavam o que eles faziam ali e porque Shikamaru os trouxe.

—O que eles fazem aqui Shikamaru? —Sasuke perguntou quase espumando pela boca enquanto encara-os ameaçadoramente.

—Eu preciso deles para preencher algumas lacunas e acredito que existem algumas coisas que vocês precisam saber. Principalmente você Sasuke. —Shikamaru respondeu andando em direção a mesa e logo puxou uma cadeira para se sentar. Itachi e pain fizeram o mesmo.

Naruto e Sasuke em momento nenhum tirou os olhos dos dois homens, mas aceitaram a deixa e se sentaram também. Eles confiavam em Shikamaru e se ele achasse necessário a presença dos dois, não importa o quanto quisessem esganar a ‘dupla do mal’ eles se manteriam quietos.

—Nós podemos confiar neles? —Naruto perguntou tentando ser racional.

—Sim... Eu vou explicar tudo a vocês. —Shikamaru começou depois de suspirar e colocar a pasta em cima da mesa.

Flashbacks on

Aproximadamente 70 anos antes...

—Como foi o ataque? —O superintendente do governo perguntou ao capitão da esquadra de maneira sombria.

—Deu tudo errado, meu senhor. A comunicação falhou e os americanos não receberam o aviso corretamente. Ainda havia muitos civis na ilha na hora do ataque. —O capitão ainda com a mão na testa em posição de sentido e coluna o mais ereta possível respondeu prontamente sem qualquer emoção na voz contra argumentando com suas palavras.

O superintendente assentiu.

—Então eles reagiram bruscamente não foi? —O homem do governo continuou sua indagação friamente.

—Eles foram duros e tivemos que recuar o mais rápido possível, senhor! —Ele respondeu novamente sem hesitar.

—Vocês conseguiram adentrar a ilha? —O homem do governo continuou apressadamente.

—Sim senhor! Nós conseguimos isso! —O capitão respondeu tirando um objeto da farda e entregando ao seu questionador.

—E o que é isso?—O homem perguntou encarando curiosamente o objeto.

—Não sabemos senhor, mas eles estavam trabalhando arduamente nisso e fizeram de tudo para nos impedir de pegar. Até mesmo explodiram a base e todo o centro de pesquisas, mas conseguimos tirar isso e todas as informações antes, senhor!—O capitão continuou seu relato.

O homem do governo continuou encarando o objeto cuidadosamente antes de sair da sala levando consigo o estranho objeto americano.

Aproximadamente 40 anos depois

O homem andava sorridente em direção ao outro com um sorriso macabro nos lábios. Seus olhos diziam que ele sabia de algo que não dividiria com qualquer um. O egoísmo brilhava em sua face demonstrando toda a crueldade mal contida em seu olhar.

Parando frente a frente os dois homens se encaravam ameaçadoramente. A tensão era quase tangível e o ódio parecia sair de seus corpos em ondas que se chocavam frente a frente provocando um duelo de vontades.

O mais velho abriu ainda mais o sorriso antes de falar.

—Eu tenho algo pra você, mas preciso de sua ajuda. Eu descobri uma forma de me vingar do Sarutobi e conquistar ainda mais dinheiro do que aquele velho pode sonhar em ter, você está dentro? —Perguntou altivo e esnobe.

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O homem o encarou de cima abaixo antes de responder.

—De quanto dinheiro estamos falando?

—Muito. Muito mais do que você se quer sonharia em ter. —Ele respondeu presunçosamente. Conhecendo bem a ganância do outro homem e tendo certeza que ele aceitaria.

—E caso eu aceite, o que seria isso?

—Um Chip. Nós ainda não temos como abrir isso, mas daqui á algum tempo eu conheço alguém que conseguiria. —Ele respondeu rapidamente sorrindo maliciosamente ao notar a concordância do outro homem.

—Isso não muda o meu ódio por você... —Ele respondeu acompanhando o sorriso malicioso do primeiro homem.

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—Você é a pessoa que eu poderia contar com isso. Madara conseguiu colocar suas mãos em algum objeto do governo e nós não sabemos o que é e o que ele irá fazer com isso. Sua missão é descobrir e passar tudo pra mim.

—Pode confiar em mim com isso. Irei resolver nem que eu tenha que morrer. —A mulher respondeu ao homem prontamente .

—Como uma espiã, você não poderá contar a ninguém sobre isso, nem mesmo ao seu marido. Seu nome não consta na agência de inteligência em si, então você está acima de suspeita. Você trabalhará como secretária de Sarutobi Hiruzen usando sua verdadeira identidade. Essa é a sua ultima missão e eu te concederei a aposentadoria. Lembre-se não conte a ninguém nem mesmo a agente Otoki, entendido? —O homem falava severamente com a Hyuga que o olhou primeiro agradecida e depois curiosa.

—Por que isso tudo chefe? Por que não posso contar nem mesmo para a Hinari? —Perguntou curiosa.

—Isso você não precisa saber, apenas siga as ordens. Não conte a ninguém!

Dois anos depois...

—Hinari... Eu preciso de um favor! —A mulher falou desesperadamente segurando sua pequena filha no colo.

Otoki Himura Hinari olhou curiosamente para Hyuga Tomoe. O desespero da amiga a deixou preocupada.

—O que ouve Tomoe? —Perguntou a mulher pegando um copo de água e dando a amiga.

—Você não precisa saber de tudo. Quanto menos você souber mais segura você está. Mas eu vou confiar a você uma informação que preciso que você repasse a minha filha quando Uzumaki Kushina ressurgir na televisão. —A mulher de cabelos azulados falava apressadamente encarando todos os lados como se temesse ser descoberta.

—Do que você está falando Tomoe? Hinata é só uma criança e seja lá que está relacionado ao demônio ruivo que você tenha á dizer para sua filha por que você não diz você mesma a ela. Ela está bem na sua frente. — Hinari ainda não havia entendido.

—Não Hinari. Eu preciso que você diga a Hinata daqui a alguns anos. Ela vai precisar disso. Tem haver com o desaparecimento de Kushina e é algo grande minha amiga e estarei confiando na minha doce Hinata para resolver o caso com o demônio ruivo. —A Hyuga falou o mais devagar que conseguiu tentando fazer a analista da inteligência entender o perigo.

A mulher finalmente compreendeu.

—Porque você não conta pro chefe? —Hinari chegou mais perto de Tomoe temerosa.

—Porque não sei mais em quem confiar. A agencia está corrompida. O homem que está por traz de tudo comprou muitos espiões. Ele tem agentes por todos os lugares e não sei por quanto tempo ficarei viva. Preciso que faça isso por mim... —Tomoe Hyuuga implorou a amiga.

Depois de alguns segundos ponderando Hinari assentiu concordando.

—Preste bem atenção e nunca se esqueça, Hinari! Por favor! Nunca se esqueça! Diga Hinata...

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A mulher olhou para os dois lados antes de se aproximar da sala fechada. Insegura quanto a segurança ficou em pé apreensiva com olhos vidrados de medo para porta. Poucos segundos depois, Hyuuga Tomoe suspirou de alívio ao ver o rosto conhecido de Yahiko aparecer através da porta branca. Silenciosamente o jovem agente se aproximou da mulher.

—Senhora Hyuuga? —Ele proferiu o nome em tom de dúvida. Sua cabeça rodava tentando entender o objetivo da mulher em exigir tamanho sigilo quanto ao encontro dos dois.

—Eu preciso da sua ajuda Yahiko. Eu preciso que você faça algo por mim. —Ela sussurrou sem o encarar. Ainda mantendo o olhar na porta.

—Diga Hyuuga-sama! —Ele disse agora no mesmo tom de voz da mulher.

—O nosso setor da inteligência está infestado de espiões. A credibilidade com Fugaku-sama vai acabar desmoronando e todos estaremos condenados. O caso de Kushina tem mais coisa que o chefe de inteligência sabe e eu sei que você sabe algumas coisas sobre o meu mais recente projeto. — A mulher disse o mais lentamente possível tentando não assustar o garoto.

O jovem agente a encarou assustado e temeroso.

—Respire. Eu não quero suas informações. Não me adianta em mais nada. Sei que você é o infiltrado na Akatsuke e mesmo você não sabe de muito, pelo menos não tanto quanto eu e por isso minha morte já está decretada. Tobi me quer morta e não vai descansar até obter isso. Eu confio em você e vou deixar tudo em suas mãos. No futuro no momento certo, vou precisar que você ajude minha filha e quem estiver com ela a deter Tobi. Você estaria disposto a isso? —A fala da Hyuuga tremia a cada palavra proferida. Seu medo era evidente e a severidade da situação estava expressa em cada mínimo espaço de seu rosto.

O menino parou para pensar um pouco antes de assentir com um olhar fixo de coragem, mas a mulher não viu. Seu olhar não saiu momento algum da porta de madeira da sala totalmente branca e sem janelas.

Vendo isso o garoto soltou um confiante e sussurrado ‘sim’.

—Ótimo! —Tomoe pareceu relaxar um pouco—Então preciso te contar tudo. O que sei, o meu plano e o que você terá que fazer...

Quase 10 anos depois...

—Você Itachi precisa fazer de tudo para proteger esse segredo. Nem que para isso você tenha que trair seu país para protegê-lo entendeu? Todo o motivo dessa organização serve para proteger o país. Nós não sabemos o que ele conseguiu com aquela caixa, mas sabemos que não era para cair em mãos erradas. Meu antecessor foi corrompido por ele, mas deixou algumas informações pra mim. Hoje vou passar meu cargo e essas informações para você, mas me prometa que nunca vai descansar antes de conseguir fazer o país seguro novamente. Trair o país se for necessário. Me prometa Itachi! —O homem pedia em suplica enquanto segurava firmemente no ombro de Itachi sabendo que ele não teria muito mais tempo de vida uma vez que colocasse o pé para fora das instalações. Suas descobertas em relação a Akatsuki foi colocada como uma sentença de morte para ele.

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—Eu prometo! Farei tudo, nem que tenha que trair meu país para protegê-lo. Eu derrotarei a Akasuki. —Uchiha Itachi jurou encarando seu parceiro Nagato que apoiou seu juramento assentindo junto dele como uma promessa para o chefe de ambos.

—Obrigada! Deixo o país com vocês! Posso morrer em paz! —Ele sorriu antes de deixar os dois jovens para traz assistindo seus passos em direção ao seu destino.

Naquela noite ele morreu.

Aproximadamente 3 anos depois...

—Não podemos fazer mais nada Nagato. Não posso deixar a segurança nacional a favor dele. Mesmo que não tenhamos colocado ninguém em perigo, muitos comentam que somos corruptos. Meu pai não vai confiar em mim por mais tempo. Temos que fazer alguma coisa.

Os dois homens se encararam enquanto tentavam encontrar uma solução.

Nagato pensou em algo e logo se pronunciou.

—Então vamos nos tornar traidores. Fechar a organização. Vamos entrar de vez na Akatsuke em troca da informação que temos de Kushina. Lembra-se? “ A melhor maneira de mentir é dizendo a verdade” Podemos manipular a verdade a nosso favor. E dizendo a verdade pode nos garantir uma entrada lá e fechando essa extensão não deixaremos Obito rastrear qualquer outra informação, sem contar que com a nossa traição as pessoas ficaram com medo ou indignados demais para comentar. É perfeito! —Nagato falou esperançoso.

—Você tem ideia do que está sugerindo? —Itachi o encarou atordoado.

—Nós não temos mais opções. Além disso, meu irmão Yahiko já faz parte da organização, o que poderia significar nossa entrada lá. Ele também é espião e pode nos ajudar a deter Tobi no futuro... Você se lembra do pedido do chefe no dia em que ele morreu? —Nagato perguntou agora convicto.

—Proteger o país mesmo que isso signifique traí-lo. —Itachi sussurrou tomando sua decisão. —Vamos entrar para a Akatsuke.

Flashbacks off

Naruto e Sasuke escutaram a história estarrecidos. Tudo estava interligado todo esse tempo. Se Shikamaru estava correto então Itachi nunca traiu o país, nunca traiu a família.

—Só não entendi uma coisa até agora... —Naruto foi o primeiro a quebrar o silêncio. Os quatro homens o encarava sem entender. —Sei agora que Pain me sequestrou para manter as aparências e isso explica o porquê de ter me dado o colar, sei que vocês traíram o país para manter um olho em Tobi e poder conter a Akatsuke e até entendo. Sei que todas essas informações estavam nos arquivos da inteligência e nem quero saber como vocês a conseguiram. Sei que vocês sabem que todo o tempo Tobi era mal e queriam detê-lo. Eu só não entendo porque não fizeram nada enquanto tinham o Chip na mão? Porque não o pegaram já que vocês tinham a chave e tinham todo esse conhecimento?—Naruto parecia inconformado.

—Porque faltava algo. Algo que o seu colega aqui descobriu e apenas Tobi sabia. — Foi Pain que respondeu.

—Nós não sabíamos por que Tobi queria tanto o chip e por que ele era tão importante. Nunca descobrimos o que tinha nele. Tobi nunca conseguiu abrir e quando nós finalmente poderíamos abrir Tobi não mais tinha a caixa. Não poderíamos simplesmente pegar a caixa, Obito poderia recuperá-la, e nem destruir o Chip uma vez que a informação dele poderia ser importante para o país. Precisávamos descobrir primeiro qual era a informação. —Foi Itachi quem explicou.

Naruto então assentiu compreendendo.

Sasuke ainda estava calado encarando o irmão. Se fosse qualquer outra pessoa contando a história Sasuke não acreditaria, mas Shikamaru contando... Ele não tinha como não acreditar. Então isso teria que ser verdade , já que o moreno não era fácil de ser enganado.

—O que vamos fazer agora? —Sasuke finalmente falou desviando o olhar para Shikamaru.

—Já podemos trazer Hinata pra mídia? —Shikamaru perguntou pra Pain. Naruto ergueu as sobrancelhas.

—Hai! Tobi não está esperando por isso, diferente da conferencia de imprensa! —Pain(Yahiko) respondeu.

Agora foi a vez de Sasuke erguer as sobrancelhas.

Shikamaru suspirou.

—Isso é tão problemático. Deixe-me explicar. Pain é meu informante! Além de ter ajudado algumas vezes a Tomoe no passado. Ele e o Nagato, amigo de Itachi, são basicamente irmãos, mas Nagato quase nunca sai do esconderijo. —Shikamaru explicou com a voz tediosa novamente.

Naruto assentiu.

—Não vai ser Perigoso pra Hinata-chan, não? —Naruto perguntou preocupado.

—Sim, mas só assim vamos pegar Tobi dessa vez. Ele agora sabe que precisa da Hinata pra abrir o cofre.

Naruto assentiu sem muita convicção, mas ele confiava em Shikamaru e se Shikamaru confiava em Pain, ele confiaria também.

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—É o único jeito meu filho? —Minato perguntou mais uma vez.

—Hai! Nós não pensamos em mais nada. E eu achei que o desfile de Ino amanhã seria uma excelente oportunidade e uma ótima desculpa. Poderia nos ajudar e ajudar a Ino. Nós precisamos fazer isso Hinata! Eu te amo e estou desesperado pra proteger você bonequinha, mas se não fizermos isso, Tobi poderia inclusive colocar outro espião na casa. Quem sabe um que descubra sobre o Hikaru? —Naruto argumentou.

Hinata abriu os olhos em desespero.

Seu filho não!

—Ele está certo Hinata. Mas a decisão é sua! —Foi Kushina quem falou e Minato assentiu em concordância. Naruto a encarou com olhos suplicantes e desesperados. Ela sabia por olhar nos seus olhos que ele se sentia como se pudesse rachar tamanho era seu dilema.

Com os olhos marejados em desespero a ex-Hyuga se afastou da família e correu para o quarto do filho. Sua mente vagava pelas suas opções, mas seu coração já tinha escolhido um lado.