Continuação

Fui com o meu skate para minha casa. Quando estava na minha rua avistei meus amigos.

- Hey Dem! – Jake gritou e acenou.

Apenas devolvi o aceno e continuei andando. Minha cabeça estava a mil e poderia socar alguém até a morte agora mesmo e não queria que fosse um de meus amigos.

Quando perceberam que eu não ia falar com eles, Jake veio correndo até mim.

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- Hey, o que foi Demi?

- Nada. – disse ainda andando e sendo acompanhada por ele.

- Eu te conheço a um bom tempo e sei quando você esta com raiva.

- Se você sabe quando estou com raiva, por que não vai embora e me deixa em paz? – falei entre dentes.

- Xi...que é o azarado da vez?

- Ninguém.

- Você sabe que pode me falar, poxa sou seu amigo.

- Exatamente, você é meu amigo e eu não quero perder a paciência e fazer algo que possa me arrepender depois. – apertei as mãos em punhos no bolso da jaqueta.

- Uau, esse cara te deixou mesmo nervosa. Deixa eu ver...tentou pegar alguma garota que você viu primeiro ou... – não completou a frase.

- Ou o que? –perguntei com a mandíbula apertada. – Fala de uma vez. – aumentei o tom de voz, sem querer o deixando com mais medo de me falar.

- O-ou de alguém que você gosta.

- Eu não gosto de ninguém. – falei destacando o “não”.

Começou a rir.

- Ta rindo do que? – o fato de ele rir só me deixou com mais raiva ainda.

- Nada, você só acabou de me contar o motivo. – continuou ao ver minha cara confusa. – Você gosta de alguém. – riu de novo.

- Que parte do NÃO GOSTO você não entendeu? – falei me segurando para não bater nele.

- A parte em que você não consegue mentir para mim. – gargalhou colocando as mão na barriga e se curvando para trás.

- Sério, você não sabe o esforço que estou fazendo agora para não te bater. – tirei minha mão em punho para lhe mostrar.

- Não tenho medo de você.

- Pois devia ter, sabe muito bem que posso encher de porrada a qualquer hora.

Chegamos em frente a minha casa, parei na porta e me virei para encará-lo.

- Olha, só estou tentando esfriar a cabeça para não bater no Justin, okay?

- Wow, então foi o Justin.

- É, agra tenho que ir. – falei e entrei em casa se esperar ele se despedir.

Entrei em casa, coloquei meu skate no armário e minha jaqueta no cabide ambos ao lado da porta. Segui para a sala e tive uma surpresa, minha irmã estava em casa mais cedo. Milagre.

- Oi Dem! – Maddie gritou se levantando do chão onde ela e Dallas jogavam algum jogo e se jogou no meu colo.

- Oi Maddie. – a abracei apertado. – Oi Dallas. – falei sem nem ao menos a olhar.

- Oi Demi. – respondeu se levantando para guardar o jogo.

- Nem pense nisso. – Maddie falou voltando para o lugar. – Não pense que vou parar de jogar só porque a Demi chegou. Aceite que está perdendo.

- Tudo bem, vou ter que te deixar ganhar mais uma vez. – se sentou no chão novamente.

- Sei, você não me ganha nem quando estou dormindo.

- Não ganha de mim. – Dallas falou a corrigindo.

- Estou indo tomar um banho. – falei não esperando resposta.

Tomei um banho frio tentando esfriar a cabeça. Não funcionou então fui para o quarto e comecei a tocar violão, me passa tempo favorito, meu melhor amigo e é ele que consegue me acalmar.

Passei os dedos pelas cordas, fechei os olhos e logo as imagens do Justin olhando para o corpo da Selena com malícia vieram com força total me fazendo dedilhar os dedos com raiva.

- Urgh! – soltei entre dentes.

Guardei meu violão, calcei meu tênis, peguei minha carteira descendo as escadas correndo logo em seguida.

- Aonde vai? – Dallas perguntou.

- Tomar um ar. – falei colocando minha jaqueta, não iria de skate hoje.

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- Toma cuidado. – Dallas falou.

- Como se você realmente se importasse. – falei baixo só para mim escutar.

Eu e Dallas nunca nos demos bem, desde que não mudamos para Nova York, mas desde que Madison nasceu nossa mãe nos fez prometer que não brigaríamos na frente dela, para não a influenciá-la e para não ter que fazer ela escolher entre eu ou Dallas. Como se fosse possível.

Agora todo ambiente que a Madison está fingirmos nos dar bem, mas quando ela não está só falta rolar briga física.

- Tchau Maddie! – gritei

- Tchau Dem!

Saí e fui andando pela rua se mesmo saber onde ir. Parei em frente a um bar onde eu entrei.

Fui para o balcão e me sentei em um banco. Nesse bar tinha muitas pessoas de no mínimo vinte anos, tocava um rock mais agitado do que nos bares de velhos.

- Não vendemos refrigerante aqui. – um homem de mais ou menos trinta anos falou com sarcasmo.

- Vou querer um copo de whisky. – o ignorei.

- Vou ter que pedir sua identidade.

- Tenho dezoito. – falei.

- Não parece, por favor sua identidade.

Respirei fundo e peguei minha carteira, lhe mostrando minha identidade em seguida.

- Tudo bem, me desculpe. É o procedimento, entende? – falou envergonhado.

- Ta, que seja, só me traga minha bebida logo.

- Com gelo?

- Sim.

Ele foi pegar enquanto isso eu me virei e olhei bem o local. Era bom, tinha três mesas com sinuca, várias mesas espalhadas pelo local, homens e mulheres conversando e rindo. Alguns fazendo apostas na sinuca.

- Aqui.

Não falei nada só peguei o copo e tomei um grande gole.

Comecei a pensar em tudo que senti, quando vi a Selena pela primeira vez.

O quanto a achei bonita quando trombamos no refeitório, quando pensei ser uma anjo na minha frente. Quando nos tocamos pela primeira vez e senti o choque subir a coluna. O nosso quase beijo, que me deixou sem ar e fez meu coração disparar. A raiva que senti quando Justin me falou que a pegaria para ele. Um sentimento nunca sentido por mim.

Suspirei e virei o copo de uma vez.

Chamei o barmen e pedi um shot puro de vodka.

Vez sentindo o líquido descer rasgando pela garganta. Tomei vários outros, sinceramente perdi a conta depois do quinto.

Paguei e fui para casa cambaleando. Tudo girava, e sentia meu corpo um pouco dormente.

- Hey Dem, você está bem?

Me virei devagar para não cair e vejo o Drake correr até mim.

- M-muito bem.

- Claro que não está. – passou o braço pela minha costas. – Vem eu te levo para casa. O que aconteceu para você beber tanto?

- S-sabe, eu o-odeio o Justin.

- Mas por que? Pensei que ele fosse o cara legal e gente boa.

- Até e-ele dar em cima da minha garota. – falei tropeçando no meu próprio pé. Ri.

- Tudo bem, eu te peguei. – falou firmando mais ainda o braço nas minhas costas. – Sua garota? – perguntou confuso.

- É. Só que m-meio que ela não s-sabe disso ainda. – ri e ele me acompanhou balançando a cabeça de um lado para o outro.

- Espero que ele ainda esteja vivo. – riu.

- A-acho que sim, foi só um s-soquinho na cara.

Ele gargalhou.

- Imagino como deve estar a sua cara agora. – parou uns minutos e depois continuou. – Mas que é a sua garota? Eu conheço?

- N-não. Ela é da minha es-escola.

- Deve ser gatinha. – comentou de brincadeira. Lhe dei um tapa no braço. – Aí, tava brincando.

- Eu sei, mas sim. Ela é m-muito “gatinha”. – fiz aspas com as mão.

Ele riu.

- Entendo. Como vai fazer para ficar com ela?

- N-não sei. Ainda não p-pensei nisso. – ri fraco.

- Qual começando a chamando para sair? – falou como se fosse óbvio.

- M-mas pra onde?

- Não sei, pode ser para o parque tomar sorvete. É romântico. – riu.

- Q-quem sabe. Se e-ela ainda quiser olhar p-para minha cara.

- Xi, o que você aprontou?

- Nós m-meio que quase nos beijamos na o-oficina. – solucei.

Ele nos parou.

-Como assim, quase se beijaram?

-Eu f-fui pegar a chave d-do carro e ela estava na minha frente e... Pow! – falei alto. – Teríamos n-nos beijado se não f-fosse pela s-sua amiga, T-taylor.

- Chegamos. Está entregue. – falou.

Me virei para ele e ele como se entendesse o recado logo falou.

- Minha boca está fechada. – fingiu passar o zíper pela boca e guardar a chave no bolso do jeans.

- O-brigada. – falei e entrei.

Tirei a jaqueta com certa dificuldade. E a pendurei no cabideiro. Fui para a sala e minha mãe estava vendo televisão. Droga! Ela não pode me ver assim.

- Dem, onde estava? – se levantou.

Tentei parecer o mais sóbria possível.

- Saí com uns amigos.

Veio para perto.

- Jura? Pois o Jake veio aqui agora pouco perguntar de você, para andar de skate. – cruzou os braços.

- Er...n-não esses amigos. – gaguejei. – Uns da escola.

Ela chegou mais perto e achei estranho.

- Você está cheirando à bebida. – franziu o nariz. – Não acredito, você está bêbada.

Não foi uma pergunta, mas mesmo assim respondi.

- Claro que não. Foram só uns cincou ou seis copos. – menti, foi muito mais.

Arregalou os olhos.

- Estou com sono e tontura. Vou dormir. – falei séria.

- Dem, o que está aconte- a interrompi.

- Não me chame assim. – falei brava subindo as escadas. – Não tente dar uma de mãe agora.

Fui para o quarto e tranquei a porta caindo na cama em seguida. Meu último pensamento antes de dormir foi ela. Selena.