Sirius' daughter

We are a couple


Antes de abrir o diário, Bianca colocou a voz de sua doppelganger na penseira e levou-a para Severo.

–Estou certa de que conhece essa voz – ela disse, convidando-o a olhar a penseira.

Após olhar a lembrança, Severo disse:

–Resumindo, você quer dizer que Bellatrix invadiu a sua casa, te marcou e entrou na sua cabeça? - ele perguntou. Ela assentiu. - No ano passado, Bellatrix Lestrange foi mandada de volta a Azkaban. Como você explica a sua teoria?

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–Eu acho que o ministro também é um Comensal – ela contou o que Jonay ouvira Umbridge dizer no ano anterior – e por isso, a deixou livre.

–É uma acusação muito séria que você está fazendo – ele opinou.

–Mas você pode dizer se é verdade ou não – Severo hesitou por um segundo. - Você tem ido às reuniões dos Comensais?

O professor parou por mais alguns instantes. Ele se lembrava de Fudge sentado à mesa dos Malfoy durante a última reunião, e sabia que Bellatrix não estava na cadeia, mas ter essas coisas jogadas em sua cara, e ainda mais saber que uma de suas “companheiras” ameaçava a segurança de sua menininha o desestabilizava. Apoiou-se na mesa, várias coisas passando em sua mente. Lily morta em seu braços, o pequeno Harry em seu berço, sem entender o que aconteceu, aquilo já fora muito ruim, ele não ia suportar ver Bianca caída no jardim da escola, seu pequeno corpo imóvel, a risada enlouquecida de Bellatrix, dizendo seu bordãozinho: “Eu matei Bianca Black! Eu matei Bianca Black!”. O caos solto, Harry gritando ao atacar Voldemort, Sirius desolado nos braços de Remus, Fred chorando abraçado ao seu gêmeo, Draco cumprindo seu papel como o mais novo Comensal da Morte, indo contra os quatro anos de amizade com Bianca, e Severo ali, parado sem ação no meio da confusão.

–Sev, você está bem? - Bianca perguntou aflita.

–Estou… - ele ofegou – apenas guarde tudo isso para você até que seja a hora certa.

–Entendi, mas quando será a hora certa?

–Quando Bellatrix estiver com uma varinha apontada para você.

Bianca assentiu e pegando sua penseira, saiu da sala. Enquanto ela atravessava o castelo, encontrou Fred encostado a uma coluna, a postura displicente como sempre. Apenas eu mudei, só eu estou com medo, o resto continua igual, ela pensou ao se esticar e beijar os lábios do namorado.

–Tava aonde? - o rapaz perguntou.

–Conversando com Mcgonagall.

–Mentira – ele riu, passando o dedo no nariz dela. - Acabei de sair da aula dela e você não estava lá.

–Tudo bem, estava mostrando algumas coisas para Severo.

–Que tipo de coisas?

Ela engoliu em seco. Já eram quatro anos escondendo a Ordem, inventando desculpas, plantando barreiras entre Bianca e seus amigos. Fred tinha dezesseis anos, devia saber mais do que Harry ou Draco a respeito da primeira guerra bruxa.

–Vamos à sala precisa.

Os dois seguiram até o lugar e Bianca disse, temerosa.

–Na guerra, Dumbledore juntou um grupo de bruxos para lutarem contra Voldemort.

–A Ordem da Fênix – disse o garoto. - Meus pais fazem parte desse grupo. O que tem a ver?

–Quando eu tinha onze anos, me ofereci para entrar na Ordem, com o papel de cuidar de Harry enquanto ele estivesse em Hogwarts, mas parece que quem precisa de cuidados sou eu.

Fred riu pelo nariz. - E porque?

–Desde quando eu tinha aqueles sonhos com Lorde Voldemort, a Ordem se preocupa muito comigo, acho que eles têm medo de que ele me convença a me tornar uma Comensal – ela sussurrou.

–E sobre o que falava com Snape?

–Assuntos da Ordem.

–Pelo amor de Merlim, Bianca, essa resposta é a que você daria para Harry ou Draco. Eu sou seu namorado, me preocupo mais com você do que eles.

Bianca bateu o pé. Aquilo já estava irritando-a.

–Certo, prepare-se, vai saber tudo de uma vez. Bellatrix está conectada comigo de uma forma muito intensa, ela pode até entrar na minha mente sem usar a Oclumência. Eu posso fazer o mesmo com ela, mas nunca tentei. O único objetivo atual dela é me matar, e como membro da Ordem, eu sou, digamos, valiosa para a proteção de Harry…

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–Além de ser filha de Sirius Black.

–É – ela riu. - Isso também. Por essas razões, não posso me dar ao luxo de morrer.

–Não pode mesmo – ele a abraçou. - Você nunca pensou nisso, não é? Em como eu ficaria se você se fosse?

Bianca congelou. Isso nunca tinha passado pela mente de Bianca desde que o relacionamento com Fred se ajustara.

–Não. Se. Atreva. A. Chorar. Por. Mim.

–Porque não? - ele perguntou, levantando o queixo dela com o indicador. - Eu te amo, posso chorar por você tanto quanto seu pai. E como tem certeza que vai morrer?

–Eu sou a Menina Amaldiçoada. Todos gostam de mim, mas eu não queria que fosse assim – ela soluçou, agarrando-se à blusa dele.

–Porque?

–Quanto mais pessoas se apegarem a mim, mais pessoas sofrerão quando eu me for.

–Mas eu quero sofrer por você. Na verdade, quero entrar na sua frente quando Bellatrix apontar a varinha para você.

–Nunca pense isso de novo – ela deu-lhe tapas no braço.

–Namorados fazem isso pelas namoradas, ou, pelo menos, dizem isso para elas.

–Nós não somos um casal normal. Além de sermos bruxos, eu tenho uma profecia sobre mim, que me destina a enfrentar o Lorde das Trevas, e talvez eu perca. Se eu perder, é porque morri.

–Voldemort está apaixonado por você. Nunca te mataria.

–Ele ama mais seus preceitos do que a mim. Mas eu não vou me entregar. Vou lutar. Por você.

Fred a abraçou apertado. Sua menina era corajosa, uma verdadeira grifinória. O garoto reconhecia a sorte que tinha em amar e ser amado por ela, uma garota de catorze anos que vivera tão pouco e já estava disposta a entregar sua vida pelo bem do mundo bruxo.

–Vamos sair daqui – ele sussurrou contra o cabelo dela. - Temos mais o que fazer lá fora.

–Tipo o quê? A gente bem que podia ficar aqui e curtir um pouquinho.

Ah, porque não?, o ruivo pensou. Como eu queria um sofá. Um canapé vintage vermelho surgiu e Fred conduziu Bianca pela mão até o móvel. O rapaz deitou-se e colocou a menina sobre si e a beijou. Durante alguns minutos, o casal se agarrou intensamente, até que foram interrompidos por outra dupla peculiar. Harry e Draco aos beijos. Fred soltou Bianca e disse, em alto e bom tom:

–E aí gente?