Sirius' daughter

Do you wanna try again?


Krum agarrou o braço de Bianca e aparatou.

—Onde estamos? - disse ela, olhando em volta.

—Em uma catedral – respondeu Vítor ajudando-a a se levantar. - Notre Dame.

Eles saíram para o pátio da frente e sentaram na escada de pedra, observando as pessoas. Um casal passou na frente deles, rindo. O rapaz tinha cabelos ruivos e a risada aguda, exatamente como Fred.

—Vítor, pode me esperar aqui?

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Assentindo, ele a deixou ir, Bianca os seguiu até um beco sujo e escuro. O rapaz beijou sua acompanhante com doçura, mas ela o dispensou, dizendo:

Mon amour, estamos sende observados. Esperre-me ali adiant na praça, oui?

O garoto saiu, passando por Bianca sem notá-la.

—Estava à sua espera, srta. Lupin-Black – disse a francesa, em um inglês perfeito. - Meu nome é Anabell.

—Como me conhece?

—Seu pai, Sirius Black, entrou em contato comigo há meses, pedindo que cuidássemos de você durante o festival. Está acompanhada?

—Sim, deixei o garoto na catedral… por falar em acompanhantes, quem era o ruivo?

—Frederich, um britânico deprimido. Foi fácil confundi-lo, não quando estava tão triste por ser rejeitado pela ex. Eu sabia que você tinha uma queda por ruivos, então…

Bianca assentiu, com um pé atrás do corpo. Aprendera que Anabell não era muito confiável.

—Eu tenho de ir agora, mas antes vou deixar meu endereço Quando a noite chegar, a mágica deve procurar, e quando seu coração tocar, a nós vai te guiar.

Antes que Bianca questionasse, Anabell lançou mão de um lenço e sumiu.

—Pensei que ciganos não pudessem desaparatar – comentou Vítor, surgindo ao lado dela. - Quem era ela?

—Anabell. Meu pai pediu a ela para me proteger.

—E o ruivo? Pensei que fosse…

—Frederich com um Confundus.

Vítor riu e puxou a menina para longe do beco.

—O que fazemos agora?

—Temos de esperar anoitecer para encontrar a casa de Anabell. Que dia é hoje?

—Quatro, ainda temos dois dias.

—Certo. Podemos aproveitar e conhecer a cidade.

Foram à torre Eiffel e observaram Paris de cima.

—Ali – Vítor apontou uma pequena gruta a oeste – é o lendário pátio dos milagres. Um antro de magia, segundo dizem.

—Acha que pode ser o refúgio dos ciganos? - ela disse pensativa.

—Seria um bom lugar para checarmos, mas você não disse que tinha de ser à noite?

—Foi o que Anabell me disse, ou tentou dizer com aquele poeminha.

—Você confia nela?

—Ela está cumprindo um pedido de meu pai. Não é óbvio que ela é confiável?

Vítor revirou os olhos. Não gostava da jovem cigana, mas se dispusera a seguir Bianca e não tinha outra opção. A noite caiu e a temperatura caiu, o bastante para fazê-los tremer de frio. Cavalheiro, Krum tirou a capa e colocou-a nos ombros de Bianca, depois tirou um sobretudo da mochila e o vestiu. Guiou-a à gruta do pátio, mas estava lacrada.

—Ela disse que tinha algo a ver com magia.

—Se não tivesse, trouxas entrariam facilmente – disse Fred, aparatando ao lado deles. - Alohomora!

A enorme pedra rolou, admitindo a entrada deles.

—Sejam bem-vindos ao pátio dos milagres.

*******

O sol despontava em Londres. Sirius e Remus estavam na cozinha de casa, esperando Monstro servir o café da manhã.

—Por que demorou tanto? - Sirius perguntou.

—Monstro foi chamar a senhorita Bianca, patrão, mas ela não estava em seu quarto.

Os homens se entreolharam, perguntando-se onde ela teria ido, mas ao notarem que o calendário na parede indicava dia cinco de janeiro, entenderam.

—Escrevemos? - Remus perguntou.

—Não sabemos se ela pode receber cartas. O mundo cigano francês é impossível de rastrear, quanto mais de localizar alguém, mas quando ela chegar, eu vou…

—Não vai nada, porque não vai saber que ela voltou.

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—Como é?

Remus suspirou teatralmente. Esse era um de seus maiores defeitos, julgar tudo com muita obviedade esse frustrar quando era o único a entender.

—Ela não vai conseguir a Horcrux amanhã. Vai conseguir uma pista, e depois de amanhã talvez siga para outro lugar. A chance de ela voltar para casa é muito pequena, mas estando com Vítor Krum, ela está segura.

Sirius resmungou ao aparatar para o ministério, sendo seguido por Remus.

********

Em Hogwarts, os professores e funcionários tentavam a todo custo esconder a verdade dos alunos, divulgando a história que fora uma explosão causada por Pirraça, o poltergeist da escola. Harry se recusava a acreditar nessa versão e recorreu a alguém que certamente lhe contaria a verdade.

—O que aconteceu depois da partida? - perguntou Harry a Jonay. - Quando a torre veio abaixo?

—Pirraça acendeu explosivins no alto da torre de Adivinhação – disse o garoto dando de ombros. - Muito barulho, pouco dano.

—Não pode ser. Isso não seria o bastante para tirar Bianca da escola.

Jonay engoliu em seco. A professora Minerva lhe contara a história dita aos alunos, mas não dissera nada sobre a partida de Bianca. Eu a preveni sobre Voldemort, ele refletiu. Por que não avisá-lo também?

Voldemort veio aqui, pegou minha varinha, por acaso a Varinha das Varinhas. Você pode ser o próximo, ele vai te procurar para roubar sua Capa da Invisibilidade. Seus pais sabem disso e estão tomando providências para deixar a casa segura.

Harry sacudiu a cabeça, mostrando que ainda não entendera porque Bianca saíra da escola.

—Menino tolo – disse Severo, passando por eles. - Que dia é hoje?

—Cinco de janeiro.

—Então! - exclamou Jonay enquanto o professor saia. - Amanhã é o festival dos tolos.

Harry parou para pensar. Lembrou o dia em que Bianca fira relatar-lhe a perda do livro do Príncipe Mestiço, ou antes ainda, o dia em que ela o recebera. Parecia que isso fora há séculos, mas haviam se passado alguns meses apenas.

********

Vítor e Bianca foram bem recebidos no pátio. O lugar parecia a Sala Precisa, de Hogwarts, pequena por fora, porém enorme por dentro. No antro de pedra, ciganos trocavam vestidos, objetos e comida por moedas de prata e havia cores fortes espalhadas por todos os lugares.

—Venham, vou levá-los ao quarto de hóspedes – disse Anabell.

Atravessaram infinitos corredores até chegaram a uma suíte com duas camas.

—Se não quiserem dividir o banheiro, podem usar magia complexa por aqui.

Enquanto a cigana partia, Bianca sentou-se à cama e suspirou profundamente. Esperava pelo festival havia meses e muitas vezes planejara como faria, mas na maioria de seus planos, ela partiria com tempo, um quarto de hotel reservado e com companhia diferente de Vítor Krum; não imaginou que teria sido arrancada de seu quarto pelo búlgaro, mas estava agradecida por ele ter se voluntariado para acompanhá-la, e ainda seguido-a por todas as partes sem questionar.

—Obrigada Vítor – disse a garota, fechando os olhos com força. -Por ter vindo comigo.

—Você merece minha lealdade. Me mostrou quem realmente era Karkaroff.

Você merece minha lealdade… a base de tudo era a lealdade que as pessoas deviam a ela e ela devia às pessoas? Krum andaria ao seu lado porque ela lhe revelara a verdadeira face de Igor. Harry faria de tudo por e com ela, porque ela fizera de tudo por e com ele.

Mas e Fred? Passaram por muito juntos, mas isso não o impedira de esmigalhar seu coração. O conceito de lealdade não é o mesmo para todos, ela concluiu. Vítor foi educado em uma escola de bruxos soldados, sente que deve a vida a quem o ajuda. Um pouco radical, mas uma filosofia bonita.

—Como se sente sabendo que Fred está lá embaixo? - ela perguntou.

—Acho que não ligo. Por outro lado, não deixo de me aborrecer com a mentira dele. Disse que não viria comigo porque tinha exames finais.

—Você pensou que eu te deixei na mão por exames finais? Ah, fale sério – Fred aparatou no quarto.

—Vocês precisam conversar – disse Vítor, saindo do quarto.

Bianca suspirou, socando a parede. Por que sempre havia uma mentira?

—Está brava comigo? - Fred perguntou, como uma criança com medo da mãe enfurecida.

—Agora menos, porque sei que não foi sua culpa. E só para deixar claro, eu e Jonay não temos nada, Ele só disse aquilo para te afastar.

—Então ainda estou perdoado?

Ela assentiu. Achava que estava bem protegida em sua armadura de orgulho e buscas importantes, mas sentia falta de Fred. O problema era que se recusava a admitir.

—Você tem algo a dizer – disse o moreno. - Eu vejo na sua postura.

—Okay… não sou perfeita, você não é perfeito e brigamos desde que nos conhecemos. Nosso namoro quase destruiu nossa amizade, mas nós tentamos. E eu queria saber se está disposto a tentar de novo.