Sinnerman - Os Irmãos Cullen - Vol. 1

Ouvi falar que és invencível


— O que diabos aconteceu com minha esposa? - bradou Edward enfurecido. A mulher estava novamente sob uma cama, demasiadamente pálida. Cílios grandes e espessos descansavam, o colo subia e descia com o ritmo da respiração uniforme.
— Oh, acalme-se. Foi apenas um desmaio. - Emmett respondeu temeroso ao olhar para as pedras de âmbar impetuosas no rosto do irmão mais velho. Este correu para o quarto de banho, onde molhou um pano com água fria e em seguida depositou na testa de Isabella.
— Vamos deixá-la descansar um pouco. A donzela certamente desgastou-se por demais durante a reforma que engenhara no castelo. Ficarei aqui com ela. Vós podeis comandar tudo em meu lugar enquanto isso?
— Por certo. Com licença. - respondeu Emmett retirando-se do recinto.
Isabella... sua esposa esforçava-se tanto todos os dias. Deus, como daria tudo para ser o marido que ela merece. Como queria saber amá-la e demonstrar tal sentimento todos os dias. Ele não era digno daquela mulher. Ela requeria alguém que dançasse com ela, cantasse, recitasse poesias e fizesse provas de amor.
Infelizmente sabia que tinha que afastar-se dela. Que tinha que dizer à ela para libertar-se, amar a outro ainda que casado com ele. Alguém que a fizesse feliz genuinamente e profundamente. Se ela soubesse quantas vidas ele tirou e como as fez... se soubesse quantos crimes ele perpetrou quando era apenas um menino em seu treinamento como escravo... logo o rechaçaria. Assim como todos fizeram. Seus pais, seus mestres no acampamento, todos que olhavam-o com repulsa quando ele passava. Não demoraria muito para ela o fazê-lo também. Tudo que nunca o abandonara fora sua espada e seu cavalo. As batalhas. Não deixaria a única coisa que dedicou-se por mais de uma década a fazer. Não era o correto.
— Edward? - choramingou ela, puxando-o pelo braço. Aquela necessidade que ela tinha do marido esquentou o resto de coração que o mesmo possuía.
— Estou aqui, carinho. Descanse. - disse ele e surpreendendo a si mesmo afagou a pequena mão. Era macia, alva e delicada. As mãos grandes e sólidas dele a cobria por completo.
— Deitais-vos comigo, por favor. - lamuriou mais uma vez. Como resistir a um ser tão puro e sincero pedindo apenas a companhia dele? Ela pedia tão pouco e ele ainda dificultava em fazê-lo. Deitou do lado da esposa e afagou mais o corpo da enferma.
— Deus, carinho, estais em chamas. - ofegou Sinnerman ao sentir a temperatura da donzela na palma de suas mãos.
— Estou bem, meu amor. Tenho certeza que é fadiga. - a mulher esforçava-se para tranquilizá-lo ainda quando estava péssima. Sua forma de tratamento para com ele era... aconchegante. - Tem algumas ervas ali, vós podeis esmagá-las na água e fazer-me um chá? Não te pediria isso, porém dado as circunstâncias de um espião no castelo, eu-
— Claro que o farei. Aguardas acordada um pouco, tudo bem? - pediu e ela anuiu.
Depois de alguns minutos, Edward fez o chá e ela o bebeu, grata.
— Estou com frio. - resmungou com demasiado dengo e ele sorriu. - É a coisas mais bela que já vi.
— O que? - indagou de cenho franzido.
— Seu sorriso. - admirou ela e ele não soube o que dizer. Tirou a túnica preta que vestia e deitou-se novamente, apertando-a contra ele com cuidado. - Sempre muito quente. - percebeu ela ao sentir o marido. Era como estar colada a uma lareira. Como amava a esse homem. Quem ele realmente era... apenas ela podia vê-lo por dentro através dos olhos de âmbar. Ela podia ler tudo por eles. Sem conseguir evitar, Sinnerman depositou um beijo na testa da esposa, que sorriu.
Para ele, ela era a coisa mais importante que ele tinha e havia tido durante toda sua vida.

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***

No dia seguinte, Isabella amanhecera perfeitamente bem. Como o conjecturado era apenas muito cansaço e pouco descanso. Edward ficara insanamente feliz por dentro ao ver sua esposa saltitante como um pônei novamente. Ela era a alegria do castelo.
Engraçado não é? Como as coisas são. Aquele castelo fora o terror do seu atual senhor por anos. Rechaçado, isolado e humilhado durante anos, até ser enviado para outro lugar cujo faziam o mesmo com ele. Agora, era o lugar que mais parecia um lar para ele. Onde quer que Isabella estivesse era o lar dele.
— Marido, podemos conceder um jantar a esta noite? Para o júbilo de minha saúde. - pediu ela. Ele iria negar o pedido, quando pensou melhor.
— Por certo. Observarei os criados durante todo o banquete. Suspeito de alguém, porém quero encontrar provas. - disse ele, tramando para descobrir o espião que ali andava todos os dias debaixo de seu teto.
— Estupendo. Supervisionarei o jantar e pedirei Eleazar para trazer músicos. - exclamou batendo palmas contente.
Por que isto era tão difícil? Aceitar a única pessoa que o aceitou durante toda sua vida?

***

— Milady? Estás pronta? - indagou Edward do outro lado da porta grossa de madeira. Esta, logo se abriu, dando lugar a uma mulher deslumbrante. Isabella tinha feito um truque para o cabelo ficar mais ondulado e volumoso. Apertara um pouco as bochechas para rosá-las e fazê-las ficarem da cor dos lábios em formato de coração. Vestia seu novo vestido preto. Era tomara que caia com mangas longas e coladas nos finos braços. Quando esta chegava aos pulsos, se tornavam frouxas. A peça inteira era ajustada no corpo estonteante de lady Cullen, afrouxando apenas em suas canelas. Tinha uma pequena cauda no final, tornando-o ainda mais perfeito.
O homem olhou encantado para a esposa. Ela estava perfeita.
— Acho que está faltando algo. - comentou ele.
— Oh, vós não gostais? Vou tirar agora mesmo, como sou estúpida...-
— Pare. Está deslumbrante. Porém lhes falta algo. - interrompeu ele, olhando-a faminto.
— Bem e o que seria? - indagou impaciente.
Ele tirou do bolso da calça um lindo colar de turmalina marrom. Era o colar que ele havia estimado na feira. Simplesmente combinava demais com os olhos preferidos dele para ele não comprá-lo.
— Comprastes este colar para mim? Eu...-
— Vi como gostou dele quando estávamos lá e trouxe para ti. - confessou e pôs atrás dela para colocá-lo no pescoço longo e atrativo dela. Tinha a esposa mais linda do mundo e orgulhava-se dela. Entretanto, estavam perto demais,
— Isabella... - sussurrou ele próximo ao ouvido da donzela, que girou para ele instantaneamente. Adorava como o sotaque inglês se fazia tão sedutor na voz rouca do marido.
Sem se importar o beijou e rodeou sua nuca com os braços. O gosto que a boca dele tinha era delicioso. Tudo nele exalava masculinidade. O beijo era calmo, lento e extremamente libidinoso. Falhando miseravelmente em controlar-se, Edward colava o corpo da morena no dele, fazendo-a sentir como ele estava duro por ela. Isabella gemeu com a fricção em sua intimidade.
Santo pai, seu marido era enorme. Não podia esperar menos dele, que era muito mais alta que ela, uma mulher de boa estatura para sua idade. Roçou-se nele provocando-o ainda mais. Ele grunhiu segurando a cintura da mulher com duas mãos fortes que diminuiam o espaço entre eles.
— Faça amor comigo, marido. - pediu ela no ouvido do homem que suspirou, tentando encontrar o seu autocontrole. Ou o que restara dele.
— E se ficar grávida? - indagou ele preocupado. Não queria que o filho sofresse como ele sofreu, tendo um péssimo pai. E se Isabella falecesse ao dar luz a ele? Edward nunca se perdoaria.
— Se eu engravidar vou amá-lo como amo a ti. Vou dar a ele todo o amor do mundo e criá-lo para ser um bom homem. Inigualavelmente forte como o pai. - sussurrou ela olhando no fundo dos olhos do esposo. Como ela era capaz de amá-lo? A esta hora, o resto de seu controle tinha ido para o espaço.
Prensou-a na parede fazendo-a sentir mais uma vez como ela o deixava. Isabella quase gritou.
— Fique a vontade, esposa. A madeira é grossa e nenhum dos nossos idiotas convidados escutará. - sussurrou com a voz rouca que ela amava. Deus, ele iria enlouquecê-la. - Fique quieta. Esta noite será absolutamente como eu quiser.
Dizendo isso, tirou cuidadosamente o vestido dela, deixando-a totalmente despida. Por ele, teria rasgado impacientemente a peça, porém sabia que significava demais para ela para o fazê-lo. Começou a beijá-la exigente como sempre era, em seguida sugou-a o pescoço fazendo-a gemer. Capturou um dos seios na boca, deixando a esposa rebolando contra ele com o contato. Suspirou. Parecia que explodiria de tanta vontade de possuí-la.
Beijou-a por toda a extensão até chegar em sua intimidade. Lambia o local com leveza. O gosto era levemente salgado, porém delicioso. Penetrou um pouco da língua em seu orifício e isto a obrigou a contorcer-se em direção a boca dele. Sugou-a devagar por um tempo até que não pôde conter-se nem mais um minuto. Deitou-a na grande cama e tirou suas próprias roupas.
Ela passou as mãos suaves pelos ombros largos, apertou seus bíceps e acariciou o abdômen deliciosamente definido com os dedos. Quando ia tocar seu membro ele a proibiu.
— Da próxima vez poderá tocar-me o quanto quiser. Porém desta vez preciso tomá-la agora antes que eu exploda. - grunhiu ele deitou-se por cima dela. Pincelou a intimidade da esposa com seu membro. Ela gemeu alto e corou por isso. Ele sorriu e balançou a cabeça negativamente. Tomou sua boca com voracidade e introduziu-se nela de uma vez. Ela gritou. Ele sorriu mais uma vez. Adorava saber que o desejo era recíproco. Enquanto fazia suas investidas, uma mão dele a segurava pela cintura com força. Estava com o rosto em seu mamilo, sugando-o e lambendo intensamente. Enterrou-se nela por completo e ela gritou. Com o misto de sensações os dois chegaram ao ápice, explodindo em um êxtase mágico.
Edward repousou a face no colo da esposa e não saiu de cima dela por um bom tempo. Esta ofegava buscando por ar enquanto fazia carinho no couro cabeludo do marido. Ele arrepiou-se. Era muito bom. Ninguém nunca fizera isto nele durante seus vinte e nove anos.
— É sempre assim? - perguntou inocentemente Isabella enquanto ele deitava ao seu lado, recuperando-se de toda a atividade.
— Não sei.
— Não sabes? - indagou ela com o cenho franzido.
— Não.
— Seriamente? - interrogou ele que levou os olhos ao branco.
— Seriamente. - respondeu. Tinham feito amor apenas um com o outro e não havia nada melhor que isso. Isabella sorriu encantada. Quando ele fez a menção de se vestir ela o interrompeu.
— Vamos. - o puxou e abriu a porta que dava para o quarto de banho. Sentaram-se de frente um para o outro e ela começou a ensaboá-lo.
— Sei fazer isto sozinho. - resmungou ele.
— Eu sei que sabes. Porém quero fazer em teu lugar. - suspirou e continuou a banhá-lo. Isabella era muito fácil de ser amada, ainda que o amante fosse um incapaz de fazê-lo.
Após o banho, vestiram-se e dirigiram-se ao grande salão. Uma enorme mesa tinha substituído a usual. Tinha uma tira de toalha azul no meio dela, atravessando-a. Sob o pano estava muita carne, guisado e ensopados. A mesa dispunha de muita prata em talheres, cálices e pratos. Na parede do salão jazia o grande estandarte da família Cullen.
— Sinnerman? - um homem chamou o senhor daquele lugar, sobressaltado. Tinha cabelos cor de areia, olhos absolutamente penetrantes. Pela sua expressão divertida, Isabella percebeu instantaneamente que se tratava de um homem muito aventureiro e galanteador.
— Garrett Denali. - murmurou Edward com um sorriso.
— Ah, venha aqui seu tremendo idiota! - berrou o soldado, abraçando Sinnerman que evitava o contato. - Esta é lady Kate Denali, uma mulher e tanto e também minha esposa. - apresentou ele a mulher loira e grávida ao seu lado.
— Milady. - Edward a cumprimentou. Ela sorriu em resposta.
Isabella ao olhar a jovem dama acariciando o ventre grande e arredondado não pôde de sentir uma pontada de inveja. Desejava de todo o coração que em breve também estivesse como aquela mulher estava. Grávida e amada pelo marido.
— Disseram-me "Sinnerman é invencível em batalhas". E então eu pensei... será? - o homem se questionava, desafiando lorde Cullen.
— Ouvi falar que tornara-se um grande cavaleiro, Garrett. Porém nada que possa me atingir, infelizmente. - revidou Sinnerman e Garrett sorriu maliciosamente.
— Oh, não. - Emmett choramingou ao lado de Isabella.
— O que? - indagou ela.
— Dois homens famosos por serem invencíveis ao guerrear estão se confrontando. - respondeu ele.
— Vamos para o pátio descobrir? - sugeriu Garrett e Edward prontamente assentiu.
E então começaram. Realmente era uma luta com forças justas, senão iguais. Garrett não conseguia atingir a Edward. Ou o contrário. Iriam passar a noite inteira se deixassem.
— O que vamos fazer? - perguntou Emmett divertido.
— Acho que veio-me uma ideia a cabeça. - Kate pronunciou-se e sorriu. - E tenho certeza que irá funcionar.

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