–Acorde, Srta. Vines! –A chata da minha empregada pediu abrindo a janela.

–Saia daqui sua imprestável. –Resmunguei me cobrindo com o lençol de novo.

–Sua mãe lhe chama senhorita. –Falou fazendo uma reverencia absurdamente desajeitada.

–Diga a ela que eu vou daqui a meia hora. –Falei. – E chame minhas criadas.

–Sim senhora. –Falou.

Minha criadas-Imprestáveis- Devo ressaltar, me banharam como sempre faziam está manhã, me vestindo com um leve vestido cinza. Desci as escadas ainda com um pouco de sono, e segui sem tomar café para o seu escritório.

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–Bom dia. –Falei.

–Bom dia. –Falou rabugenta como sempre.

–Me chamou? –Perguntei me sentando em uma cadeira de frente a sua.

–Chamei, é algo muito importante. –Ela falou assentindo.

–O que é? –Perguntei impaciente.

–Quero que você vá para a Itália. –Ela falou direta.

–Itália? Só se for para aquela princesa Nico-não-sei-de-que cortar meu pescoço. Ela me odeia. –Esbravejei como se fosse óbvio.

–Mas não é ela que é seu alvo? –Disse.

–Alvo?-Murmurei sem entender.

–Harry Campbell, príncipe da Inglaterra. –Ela falou pomposa.

–É o que? –Gritei.

–Não grite, princesas não gritam. –Ela resmungou suspirando.

–Não estou entendendo nada. –Falei me levantando.

–E eu pensando que você era inteligente. –Ela resmungou me olhando duramente.

–Seu elogio me surpreende. –Ironizei.

–Princesas não são irônicas. Será que devo te passar um protocolo? –Ela falou.

–Não mãe. –Abaixei a cabeça.

–Então me deixe falar. O príncipe Harry está na Itália, e pelo que eu soube tem uma garota lá que é muito amiga da princesa Nicoletta. Linda e talentosa. Toca piano, violino. Era da seleção de Illéa, uma cinco. E dizem que Harry está próximo demais dela. –Despejou tudo de uma vez.

–E o que a senhora que que eu faça? –Perguntei enquanto ela bufava.

–Quero que você vá lá, e apague qualquer esperança de amor entre esses dois. –Ela falou sorrindo maldosamente.

–Eu e Harry não somos mais namorados. –Eu falei.

–Por que você é burra demais. Sempre quis um filho homem. –Sussurrou. Quase chorei ali mesmo. Meus olhos se encheram de lágrimas pelo seu total desprezo por mim. –Chorar lhe faz parecer fraca, então não chore nunca.

Assenti e sai da sala para preparar minha mala. Não era para mim ter acordado hoje. Mandei as criadas arrumarem minhas malas, partiria hoje mesmo. Pelo menos não ficarei nem mais um minuto nesta casa desprezível. Tomei um banho bem quente e relaxante, pelo menos isso essas criadas sabem fazer. Vestiram-me com um vestido preto, de corpete justo em cima valorizando cada curva de meu corpo. Marcado na cintura, o decote era em forma de coração. Meus cabelos estavam presos em um coque, onde minha coroa também foi presa. Peguei a mais bonita. Cravejada de diamantes vermelhos. Desci as escadas e entrei no jatinho sem ninguém para me despedir. Nem mamãe nem papai vieram para cá se despedir de mim. Nossa, isso é adorável. A viagem correu imensamente cansativa. Mas eu mesma ajeitei um pouco da maquiagem. As trombetas reais foram ouvidas avisando minha chegada. Desci do carro que me trouxe do aeroporto e contemplei o belo castelo Italiano.

–Olá. –Exclamei para Nicoletta que estava na porta com os punhos cerrados pronta para agarrar no meu pescoço.

–O que faz aqui? –Ela perguntou irritada.

–Vim passar uma temporada aqui. –Dei de ombros. –Sem avisar, mas tenho certeza que seus pais vão adorar.

–Oh, imagina. –Sua ironia era tocante.

–Onde está Harry? –Perguntei sorrindo de lado.

–Está com papai passeando por ai. –Ela disse hesitante.

–E sua amiga? A cinco pobre? –Provoquei.

–Está ótima. Já ouviu falar que ela está quase namorando Harry? Não? Pois o meu bem, ela está. –Exclamou vitoriosamente.

–Oh, Rainha. –Fiz uma reverencia sorrindo.

–Olá Hillary. –A mãe de Nicoletta falou me abraçando amistosamente.

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–Tudo bem? –Perguntei casualmente.

–Oh sim e com você? –Ela perguntou e eu fiz um gesto de deixa para lá. –O que aconteceu?

–Meus pais acham que tenho que passar um tempo aqui, mas não sei se vocês me aceitarão. Isso é abusar da hospitalidade. –Começando o teatro.

–OH, querida. Claro que pode ficar, a casa é sua. –Ela falou sorridente indicando para entrar.

Um guarda me mostrou meus aposentos de sempre. Já estava meio tarde. Então apenas me vesti com um vestido azul escuro, e uma criada fez um coque em meu cabelo com a coroa. O vestido azul que eu escolhi era como o preto, realçava minha curvas deixando meus seios mais maiores do que aparentavam. Peguei um salto preto passando um batom vermelho lodo depois.

Desci as escadas e entrei na sala de jantar. Harry logo engasgou com a comida, Nicoletta me mandou um olhar tão mortal que eu quase senti medo. Quase. Nicholas, o príncipe da Alemanha estava de mãos dadas com uma ruiva que reconheci ser a irmã da outra ruiva que eu ainda conheceria. Sentei ao lado de Nick.

–Ei, guardei este lugar para a América. –Ele resmungou me olhando de cenho franzido.

–Mas eu sento aqui. Quem mandou ela não chegar logo. –Sussurrei maldosamente para Nick.

Minutos depois uma garota muito bonita chegou ao salão. Cabelos longos ruivos, olhos azuis. Um simples vestido vermelho.

–Olá. –Cumprimentou todos sorridentes.

–Olá. –Os outros responderam.

Essa é Hillary. –A rainha me apresentou a ruiva.

–Olá. Sou América. –Ela cumprimentou sorrindo.

–Prazer, sou Hillary. –Sorri falsamente para a América. Quem dá o nome da filha de América pelo amor de Deus? –Princesa da Nova Ásia e namorada do Harry.

Logo vi o rosto dela ficar meio pálido. Depois meio vermelho. Todo mundo prendeu a respiração. E então, por incrível que pareça: Ela sorriu.

–Oh, Alteza. –Notei sua voz pingando sarcasmo na reverencia perfeita. –É realmente muito maravilhoso conhece-la. Perdi a fome. –Falou saindo da sala de jantar.

Isso está dando certo.

Logo essa perua ruiva está fora daqui.

Ou eu não me chamou Hillarry Vicentine.