Layla podia não gostar de quando seus pais brigavam, mas adorava quando eles faziam as pazes.

Eles sempre celebravam com um almoço em que o papai cozinhava muitas coisas gostosas, a mamãe sorria e chamava ele de “Milhozinho” e tio Jason e tio Will sempre tinham paciência pra brincar. E era isso o que estava acontecendo.

A pequena Grace-Di Angelo estava tão feliz que nem se reclamou muito pelo pai ter recusado-se a fazer sobremesa como castigo por ela ter prendido eles no quarto no dia anterior. Mas, ei, o plano dela deu certo, né?!

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— Mesmo assim nós temos uma surpresa pra você. — O papai lhe dirigiu um sorriso enquanto a mãe e tio Jason arrumavam a mesa depois do almoço.

— Surpresa?! — Layla exclamou feliz. Como toda criança, adorava surpresas.

— Um presente, principessa. — Nico complementou, dirigindo um olhar para a esposa que enfim sentava ao seu lado à mesa.

Layla assistiu enquanto os pais seguravam as mãos e trocavam um olhar, tio Will parecendo muito feliz com aquilo.

— O que é?! — A pequena gritou feliz, adorando presentes.

Nico riu, colocando a mecha do cabelo negro de Layla atrás da orelha dela em um gesto de carinho.

— Uma coisa que você sempre pediu. — Thalia enfim se pronunciou e Layla ouviu tio Jason arfar.

— É o que estou pensando? — Jason perguntou para a irmã que apenas sorriu assentindo e logo o tio abria um sorriso enorme. — Você vai adorar, baixinha!

Layla tentou pensar em tudo o que poderia ser. Seria um boneca nova?! Bom, ela tinha várias. Um novo estojinho de maquiagem? Não, tio Will já havia se arrependido do último. Talvez um skate, ela sempre quis um skate!

— O que é? — Layla perguntou ainda mais eufórica com as possibilidades que surgiam.

— Tenta adivinhar! — tio Will sugeriu com um sorriso animado.

— É um skate, não é?! — Layla perguntou eufórica, pulando no banco. — Eu sempre quis um skate!

— Não, não é um skate. — O pai riu, balançando a cabeça quando a filha deu um muxoxo, menos animada.

— Você vai gostar mais que um skate. — Tio Jason cantarolou a incentivando.

— Você começou a pedir um skate esse ano, é algo que pede há muito mais tempo. — O pai complementou. — É um presente meu e da sua mãe.

— Me fala o que é! — A menina pediu, pensando nas dicas do pai, mas não tendo nenhum palpite de verdade. Como ela ia lembrar de algo que pedia desde pequena?! Poxa, ela já tinha cinco anos, era muito tempo!

— Vai ser algo que você vai amar. — Tio Will ajudou. — Alguém que você vai ter ajudar a cuidar direitinho!

Um cachorro! Layla tinha certeza que era um cachorrinho! Só podia ser! Ela sempre pediu um, mas nunca deixaram ela ter!

A mãe sempre dizia que o apartamento era pequeno demais, enquanto o pai dizia que os animais não gostavam muito dele. Mas, ei, ele tinha a senhora O’Leary! Por que ela não podia ter um poodle ou um rottweiler?!

E agora ela teria! Será que poderia escolher qual seria?! Nem se importava com raça, cor e nem tamanho! Podia ser até um vira-lata igual em A Dama e o Vagabundo!

— Já sabe o que é? — A mãe perguntou com um sorriso, segurando a mão da filha sobre a mesa.

— Sim! — Layla gritou feliz, fazendo os familiares rirem. Ela estava tão animada que ficou em pé na cadeira, quase pulando de alegria. — Eu vou poder dar banho nele?!

— Vai poder ajudar quando ele estiver maiorzinho. — O pai pontuou.

Então era um filhotinho?! Layla adorava filhotinhos!

— Eu vou poder brincar com ele?! Dar comidinha?! Ele vai poder dormir comigo?!

— Só quando ele estiver maiorzinho, filha. E ele vai ter a cama dele. — A mamãe respondeu, mas Layla não se importava se esperar. Não depois de esperar cinco looooongos anos pra ter um cachorrinho!

— E levar pra passear?! — Layla continuou eufórica. — Podemos colocar um lacinho nele?

Principessa, não acho que seu irmãozinho vai ficar bem de lacinho. — Papai se pronunciou devagar, mas ainda sorria

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— A não ser que seja uma menina. — Tio Will se intrometeu. — Você ficava tão fofa com lacinhos quando era bebê!

— Que irmãozinho? — Layla perguntou confusa.

— Seu irmãozinho, amore mio. — Papai disse com cuidado. — Sua mãe está grávida. Essa é a surpresa que temos pra você.

Layla olhou confusa para os pais, aos poucos entendendo o que acontecia. Seus olhinhos se encheram de lágrimas pouco-a-pouco, um bico se formando nos lábios.

— O que você achou que era, baixinha? — Tio Will perguntou baixinho, segurando as mãozinhas da menina.

Layla fungou, a primeira lágrima descendo. Então ela teria um irmãozinho?! Ela não queria um irmãozinho!

— Um cachorrinho. — A pequena resmungou.

— Não é um cachorrinho, filha. — A mãe explicou, aproximando-se com cuidado da criança ainda em pé na cadeira, agora cabisbaixa.

Layla levantou o rosto com um bico ainda maior.

— Então não vou ter um cachorrinho?

— Eu já te disse que aqui não cabe um cachorrinho. — Thalia falou com a maior ternura que poderia, passando as mãos pelo rosto da filha. — O apartamento é pequeno.

— A gente troca o irmãozinho pelo cachorrinho. — Layla argumentou. — O cachorrinho é menor!

— Mas um irmãozinho é melhor, bambina. — Nico também se colocou de pé ao lado da menina, a expressão preocupada. — Você sempre pediu um irmãozinho.

— Mas, papai, isso foi quando eu tinha quatro! — Layla soluçou. — Eu já tenho cinco, não quero um irmão!

Então as lágrimas vieram com mais força, deixando o bico maior e os soluços mais presentes, enquanto Layla era pega no colo pelo pai que logo se sentava na sala.

Amore, pensa que legal vai ser ter um irmãozinho. — Nico tentava consolá-la. — Você vai ter alguém pra brincar com você, vocês vão crescer juntos, vão poder brincar de pega-pega, pique-esconde, bicicleta…

— Mas eu não quero um irmão! — A menina quase gritou, o rosto já banhado em lágrimas. — Eu tenho o Julian!

— Mas o Julian não é seu irmão. — O pai continuou a explicar. — Ele é filho do Percy e da Annabeth, ele também vai ter um irmãozinho em breve. James vai ser o irmãozinho de Julian e você também terá um.

— Mas, pai, eu não quero um irmão! — Layla repetiu ainda em um choro que envolvia gemidos de frustração, deixando parte de suas palavras meio desconexas e incompreensíveis. — Irmão só chora, faz cocô e quebra os brinquedos!

— Ter um irmão é bem legal, Lay. — Thalia se pronunciou, ajoelhando-se em frente à menina. — Olha eu e seu tio Jason, eu só tinha dois anos quando ele nasceu. E foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Thalia lançou um olhar para o irmão, mas Layla nem se importou. Apenas encolheu mais nos braços do pai e escondeu o rosto no peito dele, chorando como se tivesse recebido a pior notícia do mundo.

— Eu só queria um cachorrinho… — Ela resmungava, se perguntando porque os pais eram tão maus para lhe dar um irmãozinho.

(...)

— Layla ainda está chateada? — Jason perguntou mais tarde, vendo a menina deitada no sofá, assistindo televisão com a expressão ainda triste.

— Ela passou o dia todo assim. — Nico suspirou, preocupado com a filha. — Parece que é uma reação normal, isso porque ela ainda nem tocou no assunto “ciúme”, mas ainda assim estou preocupado.

— Vai ficar tudo bem. — Will assegurou o amigo, pousando a mão nos ombros dele. — Vocês só precisam ter paciência e mostrar como é legal ter irmãos. Eu mesmo tenho trezentos e amo cada um deles!

— Eu tenho uma e acho mais que o suficiente. — Jason implicou a irmã que entrava na cozinha, estranhando os três rapazes conversando e vigiando Layla na sala integrada ao cômodo.

— Eu não pedi pra você nascer. — Thalia rebateu com um sorriso, assim como aproveitou para dar um tapa nele.

— Não acho que assim vamos convencer Layla de que ter um irmão é legal. — Nico se pronunciou, tentando evitar uma discussão.

Era óbvio pela expressão dele que estava mais do que preocupado com a questão e Thalia tinha a sensação de que, cada vez que pronunciavam “irmão” naquele dia, ele pensava em Bianca. A filha de Zeus havia testemunhado uma melancolia semelhante no marido na gestação de Layla, uma melancolia que o havia a confessar que sentia-se triste pelo fato de Bianca nunca poder conhecer os sobrinhos.

— Estamos apenas brincando, Nico. — Thalia pronunciou com cuidado. — Eu nunca pedi por um irmão, mas Jason se tornou a melhor coisa da minha vida quando nasceu. Mesmo que me matasse de susto comendo grampeadores.

— Você precisa me lembrar disso sempre? — Jason resmungou em um falso tom mal humorado. — Só espero que meus sobrinhos tenham uma alimentação melhor.

— Vocês que entopem Layla de doces. — Thalia brigou. — Mas vocês não vão fazer isso com nosso novo bebê!

— Eu prometo que não vou! — Will mentiu, erguendo ambas as mãos com dedos cruzados, dando um sorriso reluzente que só fez Nico balançar a cabeça, rindo.

— Falando em novo bebê, eu estou muito chateado por ser o último a saber. — Jason resmungou fingindo um bico emburrado.

— Você não foi o último a saber. — Thalia se defendeu, cruzando os braços. — Só nós e Layla sabemos até agora.

— Mas Will sempre descobre primeiro que eu. — O romano resmungou com ciúmes do amigo. — Isso é injusto.

Will sempre descobre primeiro que eu. — Nico se intrometeu, repetindo a sentença do cunhado com mais intensidade e dando seu olhar mau humorado de filho de Hades. — E olha que EU sou o pai… Eu acho. Se essa criança nascer loira, teremos muito o que conversar, Solace.

— Não seja bobo. — Thalia riu, dando um tapa no braço de Nico. — Se você quem estivesse grávido, eu até poderia dizer que o filho seria do Will, mas eu…

Thalia não completou a frase. Nico logo a puxava pela cintura, prendendo-a em um abraço. Ela ignorou a eletricidade que passava por seus corpos e o abraçou pelo pescoço, seus olhos se provocando como era de praxe.

— Você anda falando besteiras de mais, Grace. — Nico retrucou, a apertando mais, a energia entre eles tão forte que fazia as luzes da cozinha piscarem. — Talvez eu devesse calar a sua boca.

— Não ouse.

— Gente, tem crianças no ambiente. — Jason interferiu. — Eu já vi vocês se agarrando por vezes demais na minha vida!

— Por mim podem continuar, bom que entro no meio. — Will brincou, mas Thalia já se desvencilhava do marido enquanto Layla praticamente rastejava até a cozinha.

— Papai, pode me colocar na cama? — A pequena resmungou com os olhinhos tristes, abraçando Nico pela cintura.

— É claro, principessa. — Ele passou as mãos pelos cabelos negros de Layla com cuidado, sorrindo de canto com o carinho. — Mas que tal você ir colocando o pijama enquanto eu converso com sua mãe rapidinho?

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Thalia encontrou os olhos do marido e reconheceu o brilho sagaz que se misturava às írises escuras. Ela o conhecia bem o suficiente para saber que Nico tinha um plano e confiava nele agora para aceitar segui-lo sem questionar.

— Dê boa noite para seus tios, filha. — Thalia comandou e logo era obedecida.



Layla passou o dia amuada em um canto depois da notícia de que ganharia um irmão ou irmã. Mesmo que os tios tentassem a alegrar, ou que pai tivesse feito cupcakes de chocolate ou ainda a mãe a chamou ela pra brincar de chazinho de bonecas — o que Thalia não gostava nenhum pouco —, Layla não parecia estar feliz.

Quando a noite chegou, ela só queria dormir e acordar no dia seguinte para descobrir que tudo era só um sonho ruim e que ela ganharia um cachorro, não um irmão. Então, não demorou a ir pra cama.

— Hoje eu quem vou te contar uma história, filhinha. — Mamãe contou com um sorriso, passando os dedos pelos cabelos negros da menina. — Uma história bem antiga, que eu contei uma vez pro seu pai e está na hora de contarmos pra você.

Layla olhou para o pai organizando sobre a mesa as pelúcias que ficavam sobre a cama da menina durante o dia, incluindo um urso grande que já estava bem velhinho e ela chamava de Pipo.

— Preste bastante atenção, principessa. — Nico falou com um sorriso ao terminar, sentando-se ao lado da cama de Layla junto a esposa.

— Pode contar, mamãe. — Layla pediu, já se perguntando que história seria. Papai era melhor em contar, mas, quando Thalia contava, é porque era especial.

— Bom, quando eu era pequena, tudo o que eu queria era uma casinha. — A mãe começou com a voz baixa, sem sequer ler um livro. — Uma casinha leve como uma pluma, alta como uma torre, quente como um ninho e doce como mel…

Layla prestou atenção enquanto a mãe contava a fábula sobre a construção da casinha. Sobre como havia primeiro a construído de papel, para que fosse leve como uma pluma, mas o vento a levou embora logo.

Depois, sobre como havia tentado construir de areia, para que fosse alta como uma torre e o mar havia derrubado completamente. Então, sobre como construiu com madeira e logo foi destruída pelos fogos do céu. E, por fim, sobre como construiu com açúcar, para ser devorada pelos insetos.

— Então eu descobri um novo lugar para construir minha casinha. — Thalia contou, os olhos azuis da filha atentos a cada gesto dela, parecendo imersa na história, lutando contra o sono. — Um lugar onde não chegava o vento, nem o mar, nem o fogo, nem os bichos da Terra.

— E onde é? — Layla perguntou curiosa, as pálpebras pesadas, os cílios longos dançando a cada piscada demorada, roçando na pele pontilhada de pintinhas. — Onde construiu a casinha?

— Nos meus sonhos. — Thalia continuou com um sorriso. — Um lugar em que só eu estava e nada poderia destruir. Mas, mesmo que minha casinha fosse leve como uma pluma, alta como uma torre, quente como um ninho e doce como o mel, faltava alguma coisa. Eu me sentia muito sozinha.

— E o que aconteceu? — Layla perguntou inquieta, sentindo-se afetada com o tom triste da mãe.

— Eu encontrei seu pai. — Thalia sorriu para o marido, entrelaçando suas mãos com cuidado, antes de voltar a contar a história. — Ele também estava construindo a casinha dele e estava conseguindo.

— Mas eu não estava sozinho. — Nico completou, assumindo sua parte na história. — Eu primeiro construi minha casinha feita de pedras, para ser alta como uma torre. Mas também era um lugar frio, pesado e escuro. Eu sempre me sentia assustado e sozinho, até conhecer o seu tio Jason.

— O tio Jason? — Layla perguntou ainda mais curiosa, quase se levantando da cama.

— Sim, principessa. — O pai sorriu, segurando-lhe a mão para acalmar. — Seu tio também queria construir uma casinha e a minha era alta como uma torre, cheia de paredes de pedra que poderiam me proteger. Mas ela também era sufocante, não tinha ar e era difícil ser feliz ali. Então seu tio Jason deu a ideia de construirmos o chão e o teto de nuvens, que era macio e nos deixava respirar, então nossa casinha seria alta como uma torre, mas também leve e confortável como plumas, graças às nuvens.

— Então a mamãe foi morar com vocês?! — Layla perguntou sorridente, fazendo os pais rirem.

— Calma, bambina. Ainda temos parte da história para contar.

— De quem será que ela puxou essa impaciência em ouvir histórias, hein? — Thalia alfinetou, lançando um sorriso para o marido, que apenas revirou os olhos, a ignorando.

— Posso continuar?! — Nico perguntou com a expressão mal humorada, fazendo a esposa apenas rir.

— Continua! — Layla pediu e logo era acatada.

— Na nossa casinha de pedras e nuvens, ainda tinha um problema: Era um lugar muito frio. Quando eu e o tio Jason conhecemos seu tio Will, nós percebemos isso. Então, Will veio morar com a gente, e nossa casinha ficou quente como um ninho, bem confortável, parecia perfeita. Mas ainda faltava algo.

— Faltava ser doce como mel! — Layla apontou, eufórica. — É a mamãe?

— Sim, filhinha, sim. — Nico sorriu, concordando e olhando para a esposa. — Na verdade, eu não sei se ela foi bem doce como o mel…

— Ei! — Thalia brigou, dando um tapa leve no braço dele.

— Ela era mais como chocolate amargo, ou uma torta de limão. — Nico a implicou, passando os dedos pelos cabelos finos da filha que gargalhava, sabendo que o pai adorava torta de limão. — Mas para nós estava tudo perfeito.

— Eu enfim tinha minha casinha leve como uma pluma, alta como uma torre, quente como um ninho e doce como o mel, e não estava mais sozinha. — Thalia complementou, olhando nos olhos do marido ao proferir a última sentença. — E, então, você nasceu.

— Você veio e se tornou como uma constelação de estrelas. — O filho de Hades continuou em um tom emocionado. — E aí nós descobrimos que antes as noites eram escuras e assustadoras.

— E nossa casinha se tornou ainda mais perfeita. Mas ela sempre tem algo que pode melhorar.

— Sempre que alguém vem pra nossa casinha, esse alguém trás algo bom e nos ajuda a construir mais, deixar mais forte, mais confortável. — Nico continuou em um tom mais baixo, o semblante um pouco mais sério. — E você sabe quem vai se juntar à nós nessa casinha, não é?

— Meu irmãozinho. — Layla murmurou, porém sem tanta tristeza quanto antes.

— Nós não sabemos o que ele vai trazer, mas sabemos que vai ser algo que vai nos deixar ainda mais felizes. Vai ser uma pessoa a mais pra te amar, meu amor, e o amor entre irmãos é um dos mais bonitos. — Thalia continuou em um tom sério, ao mesmo tempo que amável. — Não importa quão longe eu esteja do seu tio Jason as vezes, eu sei que ele nunca vai deixar de ser meu irmão, eu nunca vou deixar de amar e nem de cuidar dele, assim como ele faz comigo.

— Assim como eu sou com sua tia Hazel. — Nico complementou, dando um sorriso melancólico. — Lembra que eu te contei da tia Bianca? Que por muito tempo cuidou de mim? — Layla assentiu com a cabeça. — Minhas irmãs foram presentes que eu recebi e eu espero que você perceba que seu irmãozinho ou irmãzinha também será um presente.

— Talvez não seja tão ruim ter um irmãozinho. — Layla resmungou, abrindo um sorriso em seguida. — Eu vou poder levar ele pra passear quando Julian levar James! E nós vamos poder brincar juntos de lama, e ensinar eles a andar de bicicleta e roubar biscoitos!

— Ei, essa parte dos biscoitos não! — Thalia brigou, mas sorria, feliz com a aceitação da filha.

— Tio Will quem ensinou! — Layla delatou com um sorriso. — Eu posso escolher o nome do meu irmãozinho?!

Thalia e Nico se entreolharam, cada um pensando na aposta que tinham feito.

— Que tal conversamos sobre isso amanhã, principessa? — Nico sugeriu. — Hora de dormir.

Os pais cumpriram o ritual de cada um dar um beijo na testa da filha, agora mais tranquilos com a animação da menina que traçava planos de brincar com o tal irmão ou irmã. Esperavam que Layla e a nova criança tivesse um laço tão ou mais forte quanto Thalia e Jason ou Nico e Hazel.

Eles já estavam prestes a desligar a luz do quarto quando Thalia fez uma última pergunta à filha, apenas para dormir em paz.

— Agora está feliz de termos outra pipopinhazinha na família?

Layla sequer precisou responder com palavras, seu sorriso dizia por si só o que os pais queriam.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.