Alberto estava realmente decidido a se afastar de Hermione. E tudo por conta do cabeça-dura do Rony. E agora? O que ela fará?

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Hermione acordou com sua mãe abrindo a janela do quarto.

— Bom dia dorminhoca! – Disse Mônica.

— Ah mamãe! Me deixa dormir mais um pouco...

— Nada disso, está um dia lindo e ensolarado lá fora para você ficar deitada. Aproveite para passear com seu namorado.

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— Além da preguiça ainda tem isso... Nem sei mais se tenho namorado...

— Como? O que houve?

— Adivinha...

— Alberto?

— Pois é. – Disse Hermione sentando na cama para poder conversar com a mãe.

— Mas o que foi dessa vez? – Perguntou Mônica sentando na cama.

Hermione explicou rapidamente tudo o que aconteceu na noite anterior. Desde a briga com Rony até sua conversa com Alberto.

— E então, como a senhora acha que estou?

— Encrencada! Ainda mais agora sabendo que Alberto é um bruxo...

— Mamãe!

— É minha filha. E eu te avisei antes que isso ia virar um problema... E agora então...

— Pior é que sei que tem razão... Mas, é complicado.

— Você devia aproveitar que Alberto já se tocou da situação e até está disposto a se afastar e ficar em paz com Rony.

— Ai mamãe... Está complicado conversar com a senhora hoje!

— Bom, você que sabe.

— Desculpa mamãe, acho que fui meio ignorante agora. Mas, é que toda vez que penso nisso perco a paciência. Porque pra mim não vejo nada demais os dois conviverem em paz.

— Mas as coisas não são assim tão simples Hermione. Você tem que entender isso.

— Ontem dormi pensando nisso e acho realmente que tenho que tomar minha decisão.

— É isso que estou falando.

Hermione suspirou e deu um abraço em Mônica.

— Obrigada mamãe, por ser tão paciente comigo.

— Eu te amo minha filha.

Então Hermione arrumou a cama, foi tomar seu banho e desceu para tomar café. Quando terminou foi para a sala assistir um pouco de TV. Com poucos minutos que estava vendo a programação a campainha tocou.

— Pode deixar que eu atendo mamãe! – Gritou Hermione para sua mãe que estava no quarto.

Ela abriu o portão, atravessou o jardim e surpreendeu-se ao ver quem a aguardava na calçada.

— Rony?

— Bom dia, posso falar com você? – Disse Rony que estava com uma aparência péssima, com olheiras enormes embaixo dos olhos. Parecia não ter dormido bem.

— Mas é claro que sim! Entre!

E quando ela se aproximou para dar um beijo de bom dia ele virou o rosto.

— O que foi? Ainda está muito chateado? – Hermione perguntou desconcertada.

— Podemos conversar?

— Claro que sim. Quer ir pra casa da árvore?

— Pode ser... - disse seco.

E os dois subiram em silêncio. Quando chegaram, Hermione mostrou um pequeno pufe para que Rony sentasse e ele aguardou que ela se sentasse primeiro para começar a falar.

— Ai Rony, estou ficando nervosa...

Rony suspirou e começou:

— Eu quero terminar...

— Terminar o quê?

— Nosso namoro...

— Como assim? Não pode estar falando sério.

— Pior que estou. Passei a noite pensando nisso e acho que é a melhor solução.

— Não acredito que esteja falando sério Rony... – disse Hermione com lágrimas nos olhos – Depois de tudo o que enfrentamos para ficar juntos...

— Eu sei... Mas, não aguento brigar com você.

— Então não brigue!

— Mas, é mais forte que eu... Você sabe que não consigo te ver perto do Alberto.

— Rony, por favor... Pra tudo tem um jeito... Não precisa ser tão radical... Eu vou me afastar dele... – Ela já não segurava mais as lágrimas.

— Acredite. É a coisa mais difícil que estou fazendo na vida. Até mais difícil que quando abandonei você e Harry naquela barraca. – Disse Rony também chorando.

— Rony...não...precisa...ser...assim... – Ela segurou firme as mãos de Rony e pôde sentir que estavam suadas e que tremiam bastante.

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— Vai ser melhor assim – Disse olhando fixamente nos olhos de Hermione.

— Eu sei que você não quer isso... Olha só como você está!

— Bom, era isso que eu tinha pra falar. – Disse soltando das mãos de Hermione e se levantando.

— Rony, por favor... Você não pode fazer isso com a gente.

— Olha Hermione, estou aprendendo a ser paciente... Mas, a sua amizade com Alberto é uma coisa que não consigo suportar. E se permanecermos juntos eu sei que vou sempre brigar com você...

— Estou disposta a mudar...

— Já ouvi isso antes. E olha onde fomos parar... Aceite Hermione, será melhor assim.

#CRACK

Rony aparatou.

Hermione desabou em lágrimas. E pôde ouvir sua mãe chamando no quintal. Ela saiu na sacada com o rosto inchado de tanto chorar.

— Minha filha, o que houve? Ouvi um baque de “desaparecimento”.

— “Aparatação” mamãe... – Disse Hermione.

— Isso... Quem era?

— Rony.

— O que houve agora?

— Ele veio terminar comigo... – Respondeu caindo novamente no choro.

— Meu Deus, quando é que vai acabar esse sofrimento minha filha?

— Acho que agora acabou de vez...

— Vem, desce aqui e vamos conversar.

— Mamãe, não me leve a mal. Mas, preciso ficar sozinha um pouco.

— Assim vou ficar mais preocupada.

— Não fique. Estou bem. – Disse isso e entrou novamente na casa da árvore.

Hermione pôde ouvir a campainha de casa tocar. A mãe veio e abriu o portão. Infelizmente não dava pra ouvir quem era. Ela ouviu que a visita se aproximou da casa e começou a subir a escada da casa da árvore. Seria Rony arrependido pedindo pra voltar?

— Rony?

— Não, Harry.

— Harry!? O que faz aqui? Não quero que me veja assim.

— Poxa Mione, quantas vezes você já me viu mal... Por favor, quero ajudar, posso entrar?

— Tá certo seu teimoso, o que houve?

— Eu que te pergunto. O que houve entre você e Rony?

— Pergunte ao seu amigo. Foi ele quem veio terminar comigo!

— Terminar? Não é possível, por isso ele está daquele jeito!

— De que jeito?

— Está horrível, cheio de orelhas e largado na cama chorando.

— Ele que terminou e está arrasado desse jeito? Não entendo...

— Também não entendo vocês dois... O que houve?

— Alberto.

— O que tem o Alberto?

— Foi por causa dele.

— O que foi que ele fez desta vez?

— Desta vez? Nada.

— Tá, depois daquele beijo que falou pra mim e para Gina. Não houve mais nada?

— Nada relacionado a beijo, se é isso que quer saber. Mas, sempre nos encontramos como amigos. Como aconteceu ontem.

— E o que houve ontem?

— Rony com seus ciúmes!

— Mas Alberto tentou alguma coisa?

— Alberto só estava me ensinando a patinar...

— Foi só isso?

— Claro que foi Harry! Onde quer chegar?

— Rony está muito perturbado estes dias. Eu só queria entender.

— Não houve nada demais.

— Mas, porque não se afasta de Alberto?

— Harry, Alberto meu amigo. Se coloca no meu lugar. Imagina se a Gina cisma que está rolando um clima entre nós dois e proíbe você de falar comigo?

— É complicado...

— É isso que acontece entre o Alberto e eu.

— Ai, ai... E agora?

— Olha... Já cansei de tentar explicar o Rony tudo isso. O melhor mesmo acho que vai ser a gente se separar.

— Você sabe que não vai ser fácil.

— Eu sei... Mas, infelizmente foi ELE que resolveu deixar assim...

— Não vou tomar partido nem de um lado, nem de outro... Vocês já são bem grandinhos e podem resolver seus problemas. E também não quero me afastar de nenhum dos dois.

— É vai ser chato... Porque não vou poder estar o tempo todo contigo e com a Gina. Mas, também não quero que isso afete nossa amizade.

— Tudo bem. Olha, a Gina te mandou um beijo e disse pra você não levar tão a sério o cabeça-dura do irmão dela. Ela só não veio porque está lá “vigiando” o irmão. Está realmente preocupada.

— Imagino... Manda outro beijo pra ela. Diz que a noite vou querer falar com ela. Se ela quiser pode vir pra cá.

— Ok. Vou dar o recado... Mas, mudando um pouco de assunto...

— Diga...

— Legal essa casa da árvore hein!?

— Pois é! Pai que me montou quando ainda era pequena.

— Muito legal.

— Bom, mas como passo o ano inteiro fora de casa, mal a usei... Na verdade, estes dias que retornei acho que usei com mais frequência do que quando criança! – Disse sorrindo.

— Isso é bom... Ás vezes sinto falta disso. Meio que perdemos um pouco da nossa infância no meio de toda aquela confusão. Peço desculpas por ter roubado um pouco da sua infância também.

— Não diga uma coisa dessas. Você sabe que conhecer você foi uma das melhores coisas que me aconteceu na vida. Se não fosse a amizade entre nós três, não sei o que seria de mim hoje.

— Agora VOCÊ quer me fazer chorar né?

Hermione sorriu.

Depois de algumas horas de conversa Hermione já estava bem melhor, resolveu até descer da casa da árvore e levar Harry para conhecer sua casa. Mônica pôde conhecer melhor o grande amigo da filha. Harry ficou encantado com o quarto de Hermione.

— Nossa Mione! – Disse ao entrar no quarto.

— O que foi?

— Me senti entrando na biblioteca de Hogwarts agora. – Disse sorrindo.

— Não seja exagerado!

— É sério. É impressionante a organização e a quantidade de livros que tem aqui.

— Obrigada.

E ela aproveitou para mostrar algumas fotografias de infância, das quais Harry e Rony faziam parte de muitas delas.

— Porque não estão mexendo? – Perguntou Harry.

— Foi um feitiço. Tem umas primas que aparecem de vez em quando e elas não são bruxas.

— Hum... Entendi.

— Mas resolvo isso rápido. – E com um aceno de varinha Hermione fez com que as imagens tornassem a se mover. Agora Harry já podia ver ele próprio uns 5 anos mais novo sentado nos jardins de Hogwarts segurando um pomo-de-ouro e Rony voando baixo em sua vassoura.

— Nossa! Nem lembrava mais dessa foto...

— Pois é... Quando bate a saudade de vocês fico olhando pra elas.

— Tenho poucas fotos da gente...

— Espera que vou te dar uma que tem aqui. – Hermione sentou na cama e começou a mexer em uma caixa de madeira. – Achei!

Ela retirou a foto e entregou a Harry. Na imagem os três estavam de uniforme sentados no sofá do salão comunal e tinham em sua frente um tabuleiro de xadrez. Harry e Rony jogavam e Hermione parecia ter abandonado a leitura do livro para observar o jogo, e ao mesmo tempo em que estavam concentrados quem tirou a foto chamou a atenção e eles rapidamente olharam para a câmera e sorriram.

— Nossa! Obrigado Hermione!

— Não precisa agradecer.

— Bom, tenho que ir. Combinei com Gina que voltaria logo e acabei perdendo a hora. Mas, foi muito bom. Fazia tempo que não conversávamos tanto não é verdade?

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— É sim.

— Olha, tenha um pouco de paciência com Rony...

— Mas estou tendo, ele que criou essa situação Harry...

— Eu sei, eu sei... Vou realmente torcer para que se entendam.

— Obrigada Harry!

— Bom, me acompanha até a porta?

— Está indo por que quer né? Porque não almoça conosco?

— Tenho mesmo que ir, mas, outro dia eu venho com mais calma.

— Está bem.

E os dois desceram as escadas e como já estava próximo do almoço Wendell já havia chegado em casa.

— Papai, olha quem veio nos fazer uma visita...

— Ora, ora... Se não é o “famoso” Harry Potter!

— Tudo bem Sr. Granger? – Harry cumprimentou bastante encabulado.

— Tudo bem garoto! E então, como estão as coisas?

— Mais calmas. – Disse sorrindo.

— Tenho certeza que sim! Fico feliz que tudo tenha dado certo no final.

— Bom, nem tudo... Muita coisa ruim aconteceu ao longo da “jornada”.

— É verdade, Hermione me contou. Mas, a vida infelizmente não é fácil e coisas terríveis podem acontecer ao longo da caminhada. Mas o que realmente importa é que você conseguiu se sair bem em seu objetivo apesar das perdas.

— Não teria conseguido sem a ajuda dos meus amigos e em especial a sua filha senhor Granger.

— Pára Harry... Não fiz nada... – Cortou Hermione.

— Como nada? Você foi fundamental!

Hermione corou.

— Ela foi incrível. É impressionante a teimosia e o poder de raciocínio de sua filha.

— Ela é brilhante! Fiquei bastante preocupado quando soube dos riscos que ela passou, mas, fiquei feliz que teve êxito em tudo o que se propôs a fazer - disse Wendell.

— Com certeza. Sem ela e também sem Rony, não teria ido muito longe.

Wendell e Hermione sorriram.

Neste momento Mônica saiu da cozinha.

— O almoço está quase pronto! – Disse ela.

— Harry irá nos acompanhar? – Perguntou Wendell.

— Agradeço o convite, mas, perdi a hora conversando com Mione e Gina já deve estar preocupada. Tenho que voltar.

— É uma pena, mas, você e sua namorada estão convidados para almoçar conosco um dia ok? – Wendell o intimou.

— Com certeza. Será um prazer!

Harry se despediu dos Granger e saiu para a varanda. Lá se despediu da amiga e aparatou. Hermione entrou e encontrou os pais na sala.

— Bom rapaz esse Harry. – Disse Wendell.

— É sim, é um dos seres humanos mais incríveis que conheci. Pois, apesar do caos que passou durante toda a sua vida, não se tornou uma pessoa ruim. E mesmo quando foi, não era ELE. Estava sobre influência das “forças do mal”.

— Pois é, ele é de fato... Como vocês dizem mesmo?

— O Eleito!

— Isso, O Eleito!

E depois da conversa eles foram almoçar. Logo após Hermione pegou uns livros, seu pufe e o som portátil e ficou na varanda do quarto lendo e ouvindo música trouxa durante toda à tarde. No começo da noite a campainha tocou. Ela pôde ouvir a mãe recebendo a visita e ouviu ela se aproximar do seu quarto. E enfim, bater em sua porta.

— Pode entrar. – Disse Hermione se levantando do pufe e entrando no quarto.

— Boa noite!

— Gina! Que bom que veio! – Disse Hermione correndo ao seu encontro e abraçando a ex-cunhada.

— Claro que viria, tinha que ver como você está.

— Estou razoavelmente bem. Na medida do possível.

— Estou vendo. Rony está péssimo!

— Por Mérlin? É mesmo Gi?

— É sim, só chora. Fico feliz que você não esteja na mesma situação.

— É porque, não adianta chorar... Eu já conversei e expliquei de todas as maneiras e ele teima em não entender.

— Eu sei, Harry me contou tudo. Mas, não tem nenhuma chance de você voltar a ser minha “cunhada preferida”?

— Tudo vai depender do Rony... – Disse Hermione triste.

— Pois é, pelo menos agora a noite ele parou de chorar. Acho que não tinha mais lágrimas. – Brincou Gina.

Hermione esboçou um leve sorriso e as duas ficaram em silêncio.

— Bom, você acha que eu deve falar com ele agora que está com a cabeça fria? – Perguntou Hermione.

— Na verdade não sei... Ele parece apesar de arrasado, bem decidido. Na verdade, é mais teimosia. Ele não quer dar o braço a torcer que está exagerando com tudo isso.

— E o que eu faço?

— Dê tempo, ao tempo... Não é isso o que os trouxas dizem? Com o tempo ele vai perceber a burrada que está fazendo.

Hermione suspirou fundo e acenou afirmativamente com a cabeça.

— Espero que sim.

— E então, preciso perguntar uma coisa.

— O quê?

— Você trouxe metade da biblioteca de Hogwarts para seu quarto?

Hermione sorriu e falou:

— Lá vem você com essa história, Harry fez um comentário parecido agora pela manhã.

Gina sorriu.

— É realmente lindo! Ele me mostrou também uma fotografia de vocês três.

— Tem várias fotos, você quer ver também?

— Claro que sim!

E as duas amigas passaram a noite conversando e logo depois Gina foi apresentada melhor para os Granger e ela jantou com eles. Por volta das 21h Gina se despediu e foi embora. Hermione tomou um banho e foi dormir pouco tempo depois. E assim encerrou o seu primeiro dia solteira depois do fim do namoro com Ronald Weasley.