She Is A Rebel

Capítulo 12- Você não vai embora?


"- Porque você está sempre à seguindo? Parece chiclete!

[...] - Vamos pedaço de chiclete.

I hear your voice -Korean drama"

– Eu vou continuar aqui até você sorrir.
– Eu sou uma estranha, porque diabos você está me atormentando tanto?
– Não gosto de ver meninas chorando e confesso que você despertou uma certa curiosidade em mim.

– Vou falar mais uma vez. Vai embora .- Disse já um pouco irritada. Esse menino não tem medo de morrer não?!

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Tentando ao máximo o ignorar, abri meu livro e comecei a lê-lo - o que foi quase impossível com os olhos de Thomas fixados em mim.

Depois de mais ou menos dois minutos resolvi encará-lo. Tomei um gole do meu café. Quase o cuspi. Encarei novamente. Olhar matador.
– Merda. Meu café está frio e com gosto de bosta. Deve ser sua presença. - Disse, com esperança desse momento ideal dê certo e ele vá embora.
Thomas deu um sorriso falso, quase irônico e respondeu com um "Só lamento".
– Pague minha conta ou vá embora.
Ele bem que podia ir embora. Por favor diga que prefere ir embora. Se esse maldito não for eu vou comer o máximo que eu posso nesse lugar.
– Não vou embora.
– Você está com dinheiro ou cartão? - Perguntei.
– Er... Cartão.
Fiz minha típica cara de "se ferrou" e disse:
– Vou chamar a Bruna.
Levantei o braço e a chamei. Assim que ela chegou comecei a minha lista.
– Me traga um Mocha, uma porção de pães de queijo, um crepe de camarão, dois folhados, dois croissants, um sanduíche natural e para a sobremesa uma taça com três bolas de sorvete, um cupcake e um brownie.
– Er... Mais alguma coisa? - Ela perguntou meio encabulada e provavelmente me achando uma louca.
– Hmm... Enquanto eu como pode trazer os vários tipos de cafés exóticos sempre que o anterior acabar. - Respondi.
– Duvido que você irá comer tudo. - Thomas afirmou assim que a garçonete se foi.
"Não se preocupe, se sobrar eu peço para a Bruna empacotar e levo para casa." Eu disse com um sorriso malicioso.
Ele sorriu.
– Já que eu vou pagar toda essa comida tenho ao menos o direto de te fazer perguntas?
– Achei que o acordo era você pagar minha comida e poder ficar na minha mesa.
Discutimos o assunto por mais ou menos dois minutos até que finalmente eu o concedi dez perguntas, mas antes eu iria fazer uma pergunta.
– Você não é nenhum tipo de traficante, pedófilo, estuprador, ladrão ou algo do gênero ou um homem que faz o "golpe da barriga" né?
– Er... Não, mas gostaria de saber como eu faria um golpe da barriga. - Respondeu rindo - Vou fazer minha primeira pergunta. Qual sua cor favorita?
– Sério? Roxo, mas também gosto muito de preto.
E assim foram mais nove perguntas tão inúteis quanto essa. Comida favorita, se eu tenho algum passatempo, filme favorito, matéria que eu mais gosto na escola... Perguntas simples, mas a última... "Qual tipo de garoto você gosta?"
Se eu fosse responder seriamente essa pergunta eu diria q o garoto teria olhos claros, cabelos castanhos, um corpo legal, engraçado é que ficasse de boa com a minha loucura, mas como é o Thomas, uma pessoa que acabei de conhecer eu apenas respondi:
– Um que não faça perguntas.
– Então está me dizendo que quer um cachorro como cara ideal?
– Vai se catar. - Falei, mostrando o dedo do meio.
Assim que terminei de falar, Bruna e mais dois garçons chegaram carregando meus pedidos.
Comi tudo em poucos minutos, sem nem ao menos olhar para Thomas, apenas saboreando o maravilhoso sabor de cada pedaço daquele manjar dos deuses.
Quando finalmente terminei de mastigar o último pedaço do crepe de camarão, Thomas estava boquiaberto, acho que até mesmo com medo da minha capacidade de comer tanta coisa e obviamente a minha reação foi: rir loucamente - o que acabou tirando-o da transe.
Assim, me levantei pegando meu material escolar que estava jogado na cadeira e saí do restaurante.
Segui meu caminho até a parada de ônibus, peguei meu celular e esperei, provavelmente o próximo horário só seria daqui a trinta minutos.
Do nada, escutei alguém gritar meu nome, o quem fez parar de me focar no celular para procurar a pessoa que me chamava, bom... Eu deveria saber. Thomas.
O garoto vinha correndo em minha direção, gritando loucamente o meu nome. Sinceramente, ele parecia um cara que tinha acabado de levar um fora e não estava aguentando a perda. Voltei para meu celular, tentando ignorar e fingir que não era comigo, o que ,infelizmente, não deu certo.
– Achou mesmo que se livraria de mim assim tão fácil?
– Talvez. Além de confirmar que não iria mesmo pagar aquela conta.
Voltei a ficar calada por um tempo até que meu ônibus finalmente chegou e eu entrei.
Obviamente Thomas me seguiu, acho que um bom apelido para ele seria "pedaço de chiclete".
Durante o percurso não trocamos nem uma palavra, nem mesmo quando o veículo dava trancos e ele me segurava.
– Tudo bem, chegamos na parada perto da minha casa. Agora que já me escoltou em segurança, adeus. - Disse, já me afastando.
–Espere. Nem ao menos vai me dizer seu telefone?
– Porque eu deveria?
– Neste caso, anote o meu. E fale comigo pelo WhatsApp ao menos. - Ele disse, já pegando uma mini caneta de seu bolso e escrevendo o número em meu braço.
Esse menino já tomou muita liberdade para o meu gosto.
Quando ele acabou de escrever nem ao menos olhei para seus olhos e fui embora, escutando ao longe um "tchau".
Estava exausta. Foi um dia bem estranho e com memórias tristes, tudo que eu queria era ler um bom livro e dormir, porém quando cheguei na porta da minha casa vi uma Zay totalmente encolhida, tremendo e com um olhar apavorado.
Quando ela finalmente me viu, levantou-se rapidamente e me abraçou tão forte que quase fiquei sem ar, mas também não reclamei nem perguntei o que tinha acontecido, apenas a deixei chorar em meu ombro.
Abri a porta e a guiei até o meu quarto, para que chorasse à vontade sem que olhos estranhos a ficasse observando. Deixei Zammy deitar na minha cama a afaguei seus cabelos por mais ou menos uma hora.
Admito que estava ficando muito preocupada, principalmente quando as únicas palavras que ela pronunciava em meio aos soluços eram "Não faça isso! Seu monstro!"
Quando o choro de Zay diminuiu um pouco perguntei o porquê de ela estar em tamanho desespero e, para minha surpresa, ela apenas tirou a blusa e a calça jeans que vestia.
– Mas... Mas... Quem fez isso com você? - Disse, apavorada e enfurecida com o que eu estava vendo. Alguém com certeza a havia espancado.
– Uma pessoa do meu passado. - Respondeu e voltou a chorar.

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