No outro dia, na escola:

Antes das aulas:

Maria Joaquina:

Cheguei na escola e vi Daniel conversando com Luiza, porém não tive a menor vontade de saber sobre o que os dois falavam então fui conversar com a Bibi.

Maria Joaquina off

Alguns minutos antes:

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Luiza:

Cheguei na escola e Marce veio falar comigo.

— Oi, amiga!

— Olá, Marce!

Continuamos a falar e só paramos, porque Daniel me pediu para conversar, nós fomos para um lugar calmo na escola, o que foi meio difícil de encontrar, pois antes do início das aulas e no recreio o movimento na escola é muito alto, quando encontramos o lugar, ele me disse:

— Eu te chamei para conversar porque eu queria te falar uma coisa...

— Que coisa? – Eu perguntei tentando imaginar o que ele queria falar comigo.

— Eu te acho muito linda, inteligente, simpática... – Ele listou um monte de adjetivos.

— Obrigada?

Será que o que todo mundo diz é verdade e o Daniel gosta mesmo de mim?

— E eu queria te dizer que eu gosto muito de você.

— Ah, eu também gosto de você, Daniel, como…. – Não pude dizer como amigo.

— Então, quer namorar comigo?

— Hun...

— Me dá um tempo para pensar? – Eu preciso ganhar tempo para pensar em um jeito de dispensá-lo com carinho.

— Claro.

— Obrigada, Daniel.

Dei um sorriso para ele e me retirei para ir conversar com as meninas, mas não deu tempo de conversar, pois sinal de entrada das aulas tocou antes que eu pudesse encontrar com a Marce e a Laura, teremos que esperar até o recreio para conversar.

Horas depois:

De noite:

No recreio fiquei fugindo do Daniel e depois do término das aulas fui correndo para casa e não atendi as mil ligações de Daniel, para me justificar enviei para ele uma mensagem dizendo que eu estava resolvendo algumas coisas com a minha e por isso não tinha tempo para ligações.

Separei um livro para começar amanhã e fui tomar um banho para dormir, depois do banho coloquei uma roupa de dormir bem confortável, me deitei em minha cama e fiquei pensando no que eu farei no dia seguinte em relação ao Daniel.

Um dia após aquele:

Eu, Marce e Laura estávamos conversando antes das aulas, pois chegamos muito cedo, e, é claro que eu não tive coragem de dizer que o Daniel me pediu para namorar com ele, quando Marce, falou:

— Isso é bobagem, Laura, porque que o Jorge não ia quer namorar você?

Sim, hoje a Laura confirmou o que eu já sabia, ela gosta do Jorge.

— Ele nunca olharia para mim, porque eu sou feia e gorda, vocês não percebem? – Laura se menosprezou.

— Você não é gorda e feia. – Eu falei.

— Não é mesmo, você é linda, você já até ficou com o meu irmão, que depois do Daniel e do Mário, é o menino mais bonito do nosso ano. – Marce, disse.

— Aí não vale, pois, o Paulo fica com todas as meninas. – Laura, argumentou.

— Comigo ele não ficou.

— Porque você não quis, né? Luiza. – Laura, falou.

— Comigo também não. – Marce, disse e nós três rimos.

— Olha, Laura você tem razão em relação ao Paulo, mas você é perfeita do jeito que você é, eu também estou acima do peso e nem por isso me acho menos que as meninas que não estão, nunca eu acho que um menino não iria se interessar por mim, não se faça de vítima porque você não é. – Menti um pouquinho, afinal sempre acho que nenhum ou pelo menos o menino que eu gosto nunca ficaria comigo, mas não é por causa do meu peso não, que dizer não só, tem outros milhões de motivos.

— Tem razão, Luiza, obrigada e desculpa. – Laura de envergonhou.

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— Não precisa me pedir desculpas não, só pensa bem no que eu falei, está bem?

— Sim, vou pensar.

— Eu já falei de quem eu gosto, agora é a vez de vocês, Marce primeiro. – Laura, falou.

Como se todo mundo não soubesse que infelizmente ela gosta do Mário, infelizmente porque eu também gosto dele e nós somos melhores amigas.

Marce baixou o olhar antes de responder.

— Eu gosto do Mário.

Digamos que ouvir aquilo da boca dela me doeu um pouco.

Marce subiu o olhar e me perguntou:

— E você, Luiza? De quem gosta?

— Eu não gosto de ninguém não. – Eu menti.

— Sei.... – Laura e Marce falaram.

— Você pode escolher entre meu irmão e o Daniel e diz que não gosta de ninguém, acha mesmo que vamos acreditar nisto?

— Eu não gosto mesmo, podem acreditar.

Marce e Laura se olharam e riram.

Continuamos conversando até que Marce me perguntou:

— Como foi seu primeiro beijo Luiza? – Marce me perguntou.

Será que eu devo contar que eu nunca beijei? Acho que sim, pois eu confio muito nelas.

— Sabe, meninas, é que eu nunca beijei. – Eu falei, muito envergonhada.

— Não precisa se envergonhar não, Luiza, afinal eu só dei alguns beijos na minha vida e todos foram com o Paulo. – Laura me tranquilizou.

— É, e eu também não sou nem um pouco experiente. – Marce me disse.

— Se você quisesse o Paulo resolveria esse problema rapidinho. – Laura, falou entre risos.

— Eu sei, mas eu não quero, não.

— Para você tem que ser com amor, né? - Marce, perguntou.

— Sim! Sem amor nada vale a pena. – Eu respondi.

Luiza off

Narradora:

O que as meninas não sabiam é que uma pessoa escutou parte da conversa delas e essa pessoa é a …. Maria Joaquina, que parte da conversa ela ouviu? E o mais importante o que ela fará com tudo o que ouviu?

Narradora off

Maria Joaquina:

Luizinha, Luizinha, você vai aprender a não dar mole para o meu Dani, vou contar para todos os nossos colegas de classe que você é bv ou seja que você nunca beijou, o que é o maior mico, afinal você já tem dezesseis anos, certo? Claro que isso não é bem o que eu tinha imaginado, mas serve, afinal eu já cansei de ficar procurando seus podres, minha queridíssima Luiza. Me senti uma vilã bem má de uma novela mexicana.

A droga do sinal tocou, ou seja, só vou poder humilhar a Luiza mais conhecida por mim como Luinsuportável no recreio. Fui para a sala, me sentei em minha cadeira, olhei para Luiza e dei um sorriso de tipo: você nem imagina o que vai acontecer hoje querida.

Depois que o professor entrou na nossa sala fiquei contando os segundos para o recreio chegar e quando finalmente chegou, pedi para minha melhor amiga, a Bibi juntar todos os nossos colegas de classe, mas eu não contei para ela o motivo, pois ela vai ter que saber junto com todo mundo, afinal assim é bem mais divertido, não é?

Fui para o banheiro, pois tive um ataque de riso depois de falar com Bibi e quando finalmente o ataque sumiu, fui para onde estava toda a nossa sala reunida, incluindo a querida, é óbvio, quem é querida? Se você fez essa pergunta não deve ter lido direito, pois se leu sabe que a querida é a Luiza.

Olhei para o Daniel e para a Luiza.

— Por que que você chamou a gente aqui? Eu estou com fome. – Laura me perguntou.

— É só para contar uma coisa muito engraçada para vocês.

— Sério? O que? – Marcelina perguntou super interessada.

Fofoqueira – Eu pensei.

— Sabem a Luiza. Que é mais velha que todos nós e que deveria ser mais experiente, né?

— Sim, mas porque você está falando isso? Por acaso ela, não é? – A Margarida percebeu bem o que eu queria fazer.

— Nem um pouco, afinal a Luiza é bv.

Claro que ser bv não é nada demais, porém como o pessoal da minha turma é muito influenciável foi só eu, Alícia e Marg começarmos a rir que quase todo mundo começou a rir também.

Maria Joaquina off

Luiza:

Todo mundo está rindo de mim, por que será que a Maria Joaquina contou isso para a sala toda? Não fiz nada de mal para ela e quem será que contou isso para ela? Será que foi a Laura? Ou a Marcelina?

Olhei em volta de mim e percebi que a Alícia, Maria Joaquina e Margarida puxavam os risos, enquanto os outros só riam com elas, exceto por Daniel, Jorge, Laura, Marcelina, Mário e Paulo que não estavam rindo de mim. São nesses momentos que percebemos quem gosta da gente de verdade.

— Qual de vocês duas contou isso para a Maria Joaquina, hein? – Eu, perguntei já com lágrimas nos olhos para Laura e Marcelina.

— Não fui eu, juro. – Laura, falou.

— Eu nunca faria isso. – Marcelina, disse.

— Fui eu que ouvi a conversinha de vocês. – Maria Joaquina me falou.

— Isso já não importa mais. – Eu gritei e saí correndo dali, pois já não aguentava mais os risos.

— Espera, Luiza. – Uma voz que eu não consegui identificar de quem era por estar muito nervosa me pediu, fingi que não ouvi e continuei correndo por entre os alunos de outros anos que se espantavam com o meu nervosismo excessivo, corri até chegar na frente da minha sala de aula e só aí percebi que alguém me seguia e essa pessoa é o Mário, então foi ele que me pediu para esperar.

Ele me disse:

— Não liga para eles não, eles são um bando de idiotas.

— São mesmo, e a mais idiota é a Maria Joaquina, não entendo o porquê que ela fez isto comigo.

— Eu sei porque ela fez isso. – Ele me afirmou.

— Sabe?

— Sei.

— Me diz, porque?

— Por causa do Daniel.

— É, mesmo, eles têm um lance mal resolvido no passado, né? Ouvi um pouco sobre isso.

— Tem mesmo, a Maria Joaquina com certeza gosta dele.

— Hun... Entendo.

Mário ficou me olhando e quando menos percebi a boca dele estava a pouquíssimos centímetros da minha e aí ele me beijou, e foi exatamente como nos meus sonhos, nos meus livros, nas minhas viagens acordada. O Mário é mesmo o meu príncipe azul, mas é claro que eu não vou demostrar o quanto eu gostei do beijo, não sei se por vergonha ou sei lá o que.

— O que foi isso? – Eu me afastei dele e perguntei muito envergonhada e com as minhas bochechas queimando.

Eu vi Daniel de longe me olhando e chorando? Ah, não, ele viu o meu beijo com o Mário. Ele deve estar muito triste comigo.

— Eu só... – Mário começou e eu me esqueci de Daniel.

— Você só teve pena de mim, não é? Porque eu tenho dezesseis anos e nunca beijei antes, pois saiba que eu não preciso de sua pena. – Eu terminei e percebi que Daniel sumiu.

Comecei a andar e Mário segurou meu braço.

— Eu não senti pena de você não.

— Então por que que você me beijou?

— Por que eu.... Vem comigo.

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— O que?

— Vem.

Mário largou meu braço e eu o segui sem sequer imaginar o que se passava na cabeça dele.

Percebi que Mário parou bem no grupinho de antes, é o pessoal da minha sala e é claro incluindo todos os que riram de mim.

Porque que o Mário me trouxe aqui? Me aproximei da turma cautelosa, quando cheguei perto deles, Mário pegou minha mão e eu não consigo entender porque que ele está fazendo isso? Felizmente ninguém começou a rir de mim, vi que Marce ficou triste, deve ser porque Mário está segurando minha mão.

— A Luiza não é mais bv, porque a gente se beijou. – Mário, falou e eu imediatamente larguei sua mão e todo mundo ficou espantado pelo que o Mário falou.

Marcelina saiu correndo em direção ao banheiro e Mário se entristeceu, pois é óbvio que ele sabe que ela gosta dele. Laura ficou paralisada por ver a amiga assim e eu me senti um lixo.

Procurei Daniel, mas não o vi, preciso ir atrás de Marcelina, estava pronta para correr até o banheiro quando, Valéria me disse:

— Me desculpe por rir de você, fui uma boba, eu não ia gostar que rissem de mim.

— É eu também não. – Carmen e Clementina disseram juntas e não gostaram disso.

Todo mundo se desculpou comigo menos a Maria Joaquina que saiu morrendo de ódio, eu acredito que porque o pessoal me pediu desculpas, até quem não riu de mim me pediu desculpas e disse que não sabiam, porque que a Maria Joaquina tinha pedido para que se reunissem.

Depois de todas as desculpas o pessoal foi indo cada um para o seu lado e pelo relógio na parede o recreio está acabando, fui em direção ao banheiro pensando: preciso falar com a Marce, falar com o Daniel e com a Maria Joaquina, com o Mário eu não quero falar, porque tenho certeza que ele só me beijou por pena, se não fosse por isso ele teria se explicado. Estava prestes a entrar no banheiro quando alguém me puxou pelo braço, quem será? Pensei. Olhei para o lado e percebi que quem me puxa é o ….

Continua...