Será que o Amor Volta?
E se eu te disse que...?
POV Juliana
Tudo bem, tudo bem. Eu to sendo uma viadinha por não contar logo pro Bê sobre o Otavio, ele é pai, merece saber, mesmo parecendo estar com outra mulher e bom, quando eu tava com 5 meses, lembram? Eu liguei pra ele e ele chamou um garotinho..vai que é filho dele? Eu não posso arriscar. Mas digamos, conversei com a Gabi... Ta, ela berro comigo, dizendo que eu tava parecendo uma viadinha e me chamou até de cocozenta, eu levei isso como ofensa mesmo sem saber o que é. Essas gírias de hoje em dia. Bom, eu vou ligar pro Bê.
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Okeeeeey, eu to com o telefone na mão já faz 30 minutos e nada deu discar a merda do numero do Bê. Eu to apavorada! O Otavio ta no carrinho e me olha de um jeito que só me faz lembra mais e mais do Bernardo e ligar pra ele. Até o Otavio aqui ta resmungando. Tinha que ser irmão da Gabi mesmo, ai ai.
- Mãe? - chamou Gabi me tirando de meus devaneios. - O que você ta fazendo?
- Eu... Na verdade, não faço idéia.
- Querendo ligar pro Bê né?
- Você lê mentes?
- Mãe! Já falei pra parar com frescura e ligar. Ou melhor, me dá isso aqui.
- Não Gabi - mas foi tarde demais, ela pegou o telefone e correu pro quarto. Tentei ir atrás mas Otavio começou a chorar... Merda!
POV Gabriela
Como minha mãe é uma tapada, panaca duma figa, eu ligo pro Bê. Parece que eu que tenho cérebro nessa casa. Me joguei de bruços na cama e disquei o numero do Bê. Chamou um tantão de vezes e enfim ouvi a voz de... Uma garota! Alice!
- Alô?
- Alice?!
- Gabi?!
- AAAAAAH Alice, sua peste você nunca mais me ligou, como ta tudo ai?
- Eu não te liguei? Você também nem pra me procurar né? Ta tudo ótimo e ai?
- Ótimas. Novidades por ai?
- Ah nada demais não. Eu e o Noah estamos juntos ainda, namorando firme mesmo, e nossas noites menina... Nossa, muito bom! - que entusiasmo.
- As minhas com o Eric também. - fiquei de papo com Alice um tempão.
- Perai Gabi, o Bê acabou de chegar - PORRA, O BÊ!
- Alice, passa pro Bê, preciso falar com ele.
- Ta - a ouvi chama-lo. Respirei fundo quando ouvi a voz dele no telefone, falando meu nome.
- Eu Gabi! Como ta ai garota?
- Tá tudo ótimo Bê.
- E ai, o que manda?
- Bom, eu preciso conversar com você sobre umas coisinhas que aconteceu aqui durante esses 10 meses que não nos falamos.
- Aconteceu alguma coisa com a sua mãe? - perguntou num tom de preocupação.
- Aconteceu.
- O que houve Gabi, o que aconteceu com a Ju?
- Você ta sentado. - o ouvi se mexer e constatei que tivesse sentado. - Minha mãe e meu pai se separaram.
- O que?! Perai, porque?
- Tem certeza que não sabe o porquê? - ele ficou em silencio, pelo visto pensava o porquê.
- MAS QUE MERDA! - berrou.
- Meu ouvido droga!
- Desculpa. Mas... Me explica isso ai.
- Bom, quando chegamos de viagem minha mãe tava estranha e e tal, tava fria com meu pai, conversei com ela e ela decidiu contar tudo pra ele, sobre o que aconteceu entre vocês.
- E ele?
- Ficou decepcionado, desapontado e extremamente puto.
- Droga cara, eu não queria que nada disso acontecesse.
- Bê, não era você que tinha que saber disso, minha mãe não conseguiria ficar com meu pai, sabendo que fez isso e aquilo com você. E ela ama você, ao ponto de acabar tudo com o meu pai.
- Ela o que?
- Ela te ama cabeção. Muito. - ele ficou em silencio novamente, então prossegui - Você ta casado Bê? - direta sempre.
- Casado? Não, eu não me envolvi com ninguém desde que vocês voltaram.
- Então, quem é o garotinho que você chamou quando falou com a minha mãe no telefone há bom, 4 meses atrás?
- Garotinho? Aaah, sim.. Ele? É filho de uma amiga minha do trabalho, naquele dia o Noah fez uma festa e chamou os amigos, o garotinho é irmão de uns dos amigos dele, coincidentemente filho de uma amiga minha, o marido dela veio também. - MAS A MINHA MÃE É UMA JEGUE!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ah, claro. Entendo.
- Porque?
- O que você faria se eu te contasse que, você é pai?
- Pai? Gabi, o que você ta...?
- Eu tenho um irmão Bê. - parece que aquela frase foi tudo pra ele. O silencio reinou no telefone, senti passos e a voz da Alice distante, chamando o Bê. Desliguei e rolei na cama, colocando as mãos debaixo da cabeça. Acho que vai dar tudo certo agora. Assim espero.
E assim aquela frase famosa ganha efeito: “ Para um bom entendedor, um pingo é ponto” (mudei um cadin)
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