Eu sentia meu corpo enfraquecer e as extremidades do meu corpo formigarem.

Fui colocado na maca da ambulância enquanto Finn enrolava pedaços de sua blusa envolta de meus braços a fim de estancar a maior quantidade de sangue que conseguisse.

Apesar de estar preocupado, percebi o quanto equilibrado e concentrado Finn estava, enquanto eu permaneci vulnerável e ansioso, mas apático como “naturalmente” sou na maior parte do tempo.

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Enquanto isso, naquela fase do plano eu já não tinha muita ideia do que iria acontecer.

O segurança que se dispôs a nos levar a um hospital, estava indo por um caminho cercado de terrenos baldios, facilitando assim com que um acidente pudesse acontecer e ninguém percebesse.

E foi o que “aconteceu”.

Finn arranjou uma desculpa para que parasse no acostamento e simplesmente cortou o pescoço do homem com um punhal, trocando suas roupas e suas identidades pelas dele logo em seguida.

Aquilo me espantou.

Não imaginei que ele seria capaz daquilo.

Aquele funcionário era um dos únicos que nos tratavam bem e ele o matou como se fosse um inseto asqueroso.

Mas talvez o mais bizarro foi como ele lambeu o sangue da faca enquanto me olhava com um olhar cheio de maldade e prazer do que havia feito.

– Desculpe Jackie.. eu sei que gostava dele, mas não podemos confiar em mais ninguém sem ser em nós mesmos..

Eu simplesmente não consegui falar nada.

Não estava com medo. Mas impressionado.

De certa forma ele se parecia comigo..

Parecia não confiar mais nas pessoas e talvez nem em si mesmo.

Quando percebi estávamos na estrada novamente, mas Finn não parou em nenhum hospital.

Aquilo imediatamente começou a criar inúmeros pensamentos pessimistas e auto depreciativos em relação ao que supostamente eu representava para Finn.

Pois apesar de eu ter tido a intenção de tirar a própria vida, me dói imaginar que ele só me usou como parte do plano dele.

Muitas vezes durante nossa convivência de quase 150 dias, ele disse que me odeia, que poderia tirar minha vida sem um aviso.. mas no fundo, eu sei que não é verdade.

– Hey baby, não precisa ficar paranóico.. estamos indo para um lugar seguro onde eu mesmo cuidarei de você. Não morrerá assim tão cedo, Jackie.. não até eu decidir.. é só estar ao meu lado e poderá muito e da melhor forma possível.

E assim, Finn nos levou a mansão de seus antigos amigos e chefes de máfia.

Não havia completado nem 20 anos ainda e já havia sido membro de uma das gangues mais perigosas dos EUA.

Segundo ele, Jaeden e Wyatt devem favores a ele por ter sido sempre um capanga muito fiel.

E quando finalmente chegamos, nos receberam bem, nos acomodando em uma grande suíte com diversos materiais médicos e para curativos.

Eu já estava quase inconsciente naquele momento.

Tudo estava distante e resumido em cores borradas com vozes diversas tentando fazer com que eu continuasse acordado.

Mas não conseguir aguentar.. acabei desmaiando.