Sereias: A Chave Para A Libertação

Capítulo 5: Sonho de Consumo



Era segunda de novo, dia de aula, eu não estava afim de ir na escola, mas quem estava? Eu que não deixaria o fato de eu ter me tornado uma sereia interferir na minha vida como humana, mesmo que eu estivesse apavorada. Antes de ir pra escola, passei na cozinha e perguntei pra minha mãe:

– Mãe, só pra eu me precaver, como que eu faço pra me tornar uma sereia? Afinal não quero que uma causa surja do nada no meio da escola inteira né?

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– Ah, realmente não seria uma boa ideia...hahaha...mas é simples, você só não pode entrar em contato com a água do mar e prender sua respiração ao mesmo tempo, ou seja voce esta livre de qualquer problema desse tipo na sua escola porque lá não tem água do mar.

Suspirei.

–Brigada mãe, eu tinha ficado confusa, porque não aconteceu nada nos meus últimos banhos, mas a primeira transformação foi exatamente lá.

–É porque aquela transformação aconteceria de qualquer maneira, só precisava de água, qualquer água. Quer dizer. Não tenho certeza, mas acho que é isso. Mas fique tranquila, se nos banhos seguintes não aconteceu nada é porque eu estou certa.

–Está bem.

–E qualquer dúvida me procure, e não acredite em tudo que está escrito na internet.

Queria não ter motivo pra peguntar sobre coisas malucas como essas de sereias pensei.

Cheguei na escola um pouco atrasada e eu tive que ir na secretaria pegar minha autorização para entrar na sala.

Tinha mais algumas pessoas que tinham chegado atrasadas, mas quem chamou minha atenção foi uma única pessoa: Lucas.

Seu cabelo era loiro, sua pele clara, mas bronzeada pelo sol, seus olhos azuis como lápis-lazúli, era alto e másculo, e até onde eu podia ver tinha um corpo definido, a voz era meio parecida com a de todos os garotos na puberdade mas ninguém é perfeito né?

Ele parecia um imã positivo e eu seria um negativo, porque eu me sentia atraída por ele, eu sentia vontade de ir até ele e dar um beijo em sua boca, um beijo quente e longo, até que estivéssemos tão conectados que não conseguíssemos nos separar.

Acho que eu estava sonhando demais, mas não custa nada, né?

Mas a minha visão perfeita foi estragada por uma menina com um short tão curto que quase dava pra ver a polpa da bunda dela.

Nunca tinha visto ela, devia ser uma aluna nova.

Eles começaram a flertar, ela quase se esfregava nele. E ele claro, não se importou nadinha com esse fato.

Meninos...ficam com qualquer vagabunda que queira dar pra eles! pensei

Ele estava sorrindo pra garota e por um momento ignorei a garota e me perdi no sorriso dele, seu lindo sorriso com dentes brancos perfeitos, seu sorriso que me fazia sorrir.

Desviei o olhar, não queria ser pega encarando.

De onde será que ele veio, só pode ser descendente de anjo ou deus grego pra ser tão bonito pensei. E agora isso podia ser verdade, porque eu descobri que todas essas coisas podem existir.

Percebi também que sempre que pensava nisso ficava triste, triste por não ser mais eu mesma. Eu teria que parar com isso se não entraria em depressão, estava na hora de transformar isso em uma coisa boa. Pesei os prós de ser sereia. Eu sempre amei nadar, agora seria ainda melhor porque eu nadaria muito mais rápido e não teria que subir à superfície para respirar. Eu iria combinar de ir a praia com Kate nos dia seguinte depois da aula, já que morávamos em Niterói e havia uma praia bem perto da minha casa.

Chegou a minha vez de pegar a autorização.

Dei uma última olhada em Lucas, afinal, eu era uma pessoa que admirava a beleza, e um olhar não mata...