Sempre ao seu Lado

Capítulo 2

Hilary. Esse era meu único pensamento, era a única coisa importante na minha vida, é óbvio que seria a única coisa que eu pensaria. Será que ela está bem? Não me lembro de nada depois que sai do prédio. Pensava apenas em ver minha pequena, e aproveitar as poucas horas que eu teria com ela.

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Ai, minha cabeça, porquê está doendo tanto?! Sem contar que sinto alguma coisa estranha em meu corpo...

— Vamos tentar mais uma vez? — ouvi uma voz perguntar.

Mais uma vez? Mais uma vez o quê?

— É necessário! Preciso dela acordada ainda hoje.

— Mas doutor, ela precisa se recuperar, e tem que esperar mais alguns minutos, o medicamento ainda está fazendo efeito.

Doutor? Medicamento? Desde quando eu vim parar num hospital?! Ah, não! Mais coisas para pagar!

Forcei-me a abrir os olhos, e com muito esforço consegui fazer minhas pálpebras abrirem. Nunca pensei que isso me daria tanto trabalho.

— Ah! Doutor! Ela acordou!

Abri meus olhos totalmente desperta após a saída da enfermeira e fiquei encarando o drywall branco acima de mim. Tentando me lembrar de algo que me desse a resposta do porque eu estou em um hospital.

— Que bom que está acordada senhora, sou o doutor Anderson. — apresentou-se ao estar do meu lado direito do leito. Ele era um dos melhores médicos nessa cidade, todos o respeitavam— Qual é o seu nome para que eu possa colocar na fixa, por favor.

— Onde estão meus documentos?

— Sua bolsa está sob os cuidados do delegado senhora, você foi encaminhada aqui antes de procurarem por sua bolsa, que estava perto do seu local de trabalho; foi isso que me passaram.

— E eu estava aonde?

— Acredite, bem longe dela. Você está aqui há dois dias. — ele me olhou confirmando, que alguma coisa havia acontecido comigo.

— Certo. — concordei, levemente temerosa — Meu nome é Amberli Gall Scott.

— Amberli. Vou coloca-la sentada, assim poderei conversar melhor com você. — me informou antes de ajustar o leito com os botões que ficavam abaixo de mim. A cama foi se erguendo e se ajustando conforme o nível que ele colocou, me deixando bem levemente inclinada para trás, mas ainda assim, sentada.

— O que aconteceu? Eu não me lembro de nada. Aconteceu algo com a minha filha??

— Amberli. Eu vou contar o que eu diagnostiquei, e preciso logo depois que você venha manter sua mente aberta, para compreender, que você corre o pior tipo de risco para sua vida. E não, sua filha está sob os cuidados da babá, Loren, que havia ligado à polícia, já que você não aparecia e seu expediente já havia terminado. Você foi encontrada a cento e dezoito milhas longe de onde sua bolsa estava. Você está com uma costela trincada, nada grave, sem contar com os hematomas em seu corpo, e sei que eles ficarão pior. Em partes, é bom você não se lembrar do que te aconteceu.

— Fui atropelada? — perguntei, mas logo percebi que ele havia falado da grande distancia que eu estava do prédio. — Desconsidere essa pergunta. — me mexi desconfortável, havia uma agulha com um tubinho em minha mão esquerda. — Hum... O que me aconteceu? Fizeram algo comigo?

Ele suspirou e ajeitou sua postura antes de continuar a falar:

— Há claros sinais de agressão íntima Amberli. Você foi violentada, sexualmente. Talvez não esteja sentindo os incômodos, e as ardências no seu corpo pela grande quantidade de analgésicos que eu mandei aplicar em você. Sinto muito pelo que te aconteceu; Mas, não é só isso.

Havia mais? Fiquei quieta, pensando em quantas desgraças poderiam me acontecer mais à frente. Tudo estava formando uma grande bola de neve para cima de mim, tudo de uma só vez, e as notícias ruins nunca param de chegar.

— Você é a favor do aborto Amberli? — continuou, depois de alguns minutos em que eu não pronunciei nada. E nem teria, para falar a verdade.

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— Não. — respondi prontamente, lembrando-me de Hilary— Me atribularam com a mesma pergunta antes deu ter a Hilary.

— Nem mesmo agora que está grávida, de alguém que te estuprou?

Parei.

Parei mesmo. Nem pensar eu tô conseguindo. Como assim grávida?! Grávida?!

— Não tem como você saber. — falei alterada, isso não pode estar acontecendo! — Com duas semanas ou mais a afirmação é mais concreta.

Isso está sendo demais para mim. Não tem como saber, nem com exame de sangue, não em um período tão curto.

— Sinto muito pelo que te aconteceu. Mas como eu disse, não é só isso. — continuou.

— Mais desastre para minha vida! — esbravejei em meio as lágrimas de desgosto.

— O agressor não é humano Amberli.

— Com certeza não é! — gritei — Ele foi um monstro ao fazer isso comigo! Mesmo que eu não me lembre! Ele não tem direito de fazer isso com nenhuma mulher!

— Não discordo de você, realmente há milhares de humanos assim. Mas quando eu disse que ele não é humano, fui além disso! — exclamou aproximando seu rosto do meu — Ele é um vampiro Amberli. — ele declarou de certa forma apavorado. Respirando fundo ele afastou-se de mim e caminhou por entre a maca — E eu preciso te ajudar, se você quiser manter sua vida, e a vida desse feto.

Vampiro? E da onde que ele tirou isso? Quis rir da cara dele em meio a essa tragédia em minha vida, mas ele me encarava tão sério, que eu quis acreditar um pouco, bem pouco, no que ele disse sobre o ser que me agrediu.

— Você sabe né doutor Anderson, que o que você acabou de dizer é algo terrivelmente ridículo e...

— Pode parecer tudo isso senhora. — cortou-me — Mas se quiser viver, tem que acreditar nisso. — suplicou— Você terá alta hoje a tarde, sei que precisa cuidar de sua filha. Não se preocupe com a a conta do hospital, eu irei pagar. Mas quero que faça exatamente o que eu mandar.

Assenti esperando ele continuar, por mais que eu não quisesse acreditar no que ele falava, mas eu acreditava. Isso era algo totalmente insano.

— Hoje quando você estiver com sua filha, quero que faça suas malas, e vá para essa cidade — anotou na folha da prancheta que estava em suas mãos — Você irá procurar por Carlisle. Carlisle Cullen. Apenas com ele, mesmo que for filho dele. E não pense no que está querendo falar! — me olhou — Me prometa que irá pensar em comida, ou em qualquer coisa, quando alguém da família dele te perguntar alguma coisa.

— Prometo. — respondi indecisa, mas como prometi, eu faria.

— Ótimo. Ele é loiro, um homem bom, quando estiver diante dele... Espero que o encontre no hospital... Bem, quando o encontrar diga que eu falei sobre ele. E peça ajuda. Daqui alguns dias você irá saber o porquê, se ele ficar indeciso, interceda pela sua menina, peça para que ele cuide dela no final, se ele realmente não quiser ajudá-la. Ele é o único que saberá como te ajudar com essa gestação. Voltarei aqui a tarde, para liberá-la. Se quiser, repetirei tudo a você, pagarei duas viagens ao taxi que te levará para casa da babá, e te darei dinheiro para que tenha gasolina o suficiente para chegar ao seu próximo destino. Te desejo muita sorte garota. Você irá precisar.

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