Sem Chance De Errar

Alysson Parte 1


Cap. 21

POV Alysson

Acordei, sentindo dor no corpo inteiro. Abri os olhos, percebo o chorinho do Johnny, ele deve ter ficado muito assustado ontem à noite. Coloquei uma roupa e fui direto ao quarto dele.

Chegando lá ele estava em pé na cama com o rostinho vermelho de tanto chorar. Assim que me viu ele parou de chorar e me olhou assustado.

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– Titia? Tá dodói?

Olhei no espelho ao lado da cama e reparei o estado do meu rosto, simplesmente deplorável. Estava cheio de marcas roxas e algumas avermelhadas que com certeza virariam roxas.

– Sim amor, a titia está dodói... Ela caiu.

– Então ela por isso, que o papai tava blavo?

– É...

– Você vai me leva na escolinha?

– Vou... – Peguei a roupinha da escola, e arrumei-o. Quando descemos percebi que já estávamos atrasados, preparei cereais para ele comer enquanto eu fui me vestir e tentar dar um jeito no meu rosto com maquiagem. Levei-o de carro para a escola. Tentei parar o mais próxima do portão possível.

– Querido a titia não pode sair do carro... Você pode ir sozinho?

– Eu pode – Dei um sorriso, é incrível com esse menino é fofo. Fiquei observando até ele entrar no portão.

No caminho de volta, senti uma pontada na barriga e parei no acostamento. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi, perder o bebê e isso me assustou muito. Corri para o hospital mais próximo, pensando em uma boa mentira que explica as marcas roxas. Assim que cheguei ao hospital, comecei a sentir uma forte tontura e então tudo apagou.

Acordei com uma luz clara no meu rosto, estava em um quarto de hospital, as cores eram bem claras e traziam grande calma, mas uma coisa não saia de minha cabeça, o que aconteceu com o meu bebê. Alguns minutos depois uma enfermeira entrou no quarto, perguntou se eu estava me sentindo bem e avisou que logo a médica viria me atender. Alguns minutos depois, entrou uma senhora de uns 40 anos com cabelos pretos e alguns fios brancos, com o rosto bem alegre, a tão conhecida doutora Palmer, minha ginecologista desde os onze anos.

– Olá querida, quanto tempo- Saldou.

– Olá doutora, eu só quero saber o que aconteceu com o meu bebê... Já estou desesperada!

– Bom... Pelos exames está tudo bem, você não perdeu o bebê- Suspirei aliviada- Mas eu quero que você entenda que foi um milagre você não ter perdido. A partir de agora sua gravidez vai ter que ser totalmente vigiada.

– Como assim? O bebê está em risco?

– Alysson, infelizmente, a sua gravidez é de alto risco, não só para o bebê como também para você. E isso me leva a uma pergunta, o que aconteceu para você ficar assim toda machucada?

– Bom... Ontem eu... Cai da escada da minha casa, e a principio eu pensei que não fosse nada grave, mas hoje eu senti algumas pontadas na barriga e fiquei preocupada... É por isso que minha gravidez está em risco?

– Tecnicamente sim. Essa “queda” prejudicou o feto...

Depois disso ela começou a dar uma explicação clínica, sobre o que estava acontecendo com o bebê, mas eu não conseguia presta a mínima atenção no que ela dizia. A única coisa que eu entendi é que nós dois estávamos em risco, e eu não conseguia parar de culpar o Royce por tudo o que ele fez para mim, para o meu bebê, para o pequeno Johnny e até mesmo para aquela moça, Rosalie. A única coisa que eu sinto pelo Royce agora é nojo. Como o príncipe encantado com quem me casei, se transformou nessa criatura nojenta? Mas eu vou me vingar, ah se vou.

– Alysson?!

– Ah... Oi?

– Você quer saber o sexo do bebê?

– Claro.

– Bom... Nós tivemos que fazer um ultrassom para saber se estava tudo certo com o bebê e pode se alegrar você vai ter uma menininha.

Nesse momento não pude segurar as lagrimas de emoção. Eu teria uma menina, a minha menina, a minha Marcelle e por culpa do Royce, a qualquer momento eu posso perdê-la.

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– Ainda não é cedo para ver o sexo do bebê?

– Não, já da para ver a partir dos três meses... E você já está de três e meio.

– Quais são as chances de eu conseguir levar essa gravidez até o fim? Sem que ela nasça prematura?

– Alysson... As chances de ela nascer prematura são altas. Mas faremos o possível, para ter o mínimo de riscos para você e para ela. Vamos ter um pouco de fé... E também vou te passar algumas vitaminas, precisamos fortalecer essa bebezinha.

– Claro- Falei, porém a minha cabeça estava em outro lugar. Estava pensando no que eu iria fazer a seguir.

Uma hora depois, a médica veio dizer-me que eu já podia ir para a casa, mas teria que tomar muito cuidado, principalmente com fortes emoções. Saí do hospital, por volta das 13h, havia ficado bastante tempo desmaiada. Fui direto para a escolinha, buscar o Johnny e torcia para não terem ligado para o Royce, mas chegando lá descobri que já haviam ligado para o Royce e o mesmo já tinha vindo buscar o menino com uma cara não muito boa. Voltei para casa, assim que cheguei, vi o carro do Royce parado na calçada e senti um calafrio na espinha. Desci do carro, assim que cheguei à porta, ela foi aberta por um Royce com a expressão totalmente furiosa, ele me puxou pelo braço em direção ao quarto, chegando lá ele se virou para mim e falou.

– Onde você estava?

– Royce eu passei mal hoje pela manhã e tive que ir ao médico, eu quase perdi o bebê.

– Mas não perdeu né?

– Não.

– Então tudo bem, mas da próxima vez que você sair de casa me avise. Estamos entendidos?

– Sim- Ele veio me abraçar, mas afastei-o dizendo que a médica havia proibido qualquer tipo de relação mais intensa. Nesse momento a única coisa que eu conseguia sentir por ele era nojo.

– Ah Ali... Não faz assim, eu já pedi desculpa.

– E eu já te desculpei- menti.

– Então me dá um abraço?

...Algumas horas depois...

– Alô?

– Olá Emmett é a Alysson.

– Ah... Oi Alysson o que houve.

– Você estava certo o Royce é mesmo um mau caráter. Ontem eu perguntei para ele se aquela estória era verdadeira.

– E o que ele falou?

– Ele não falou... Ele me bateu e eu quase perdi o meu bebê.

– Alysson, você quer que eu te acompanhe a delegacia?

– Não... Eu quero conversar com a Rosalie pessoalmente, antes de qualquer coisa. Se ela for mesmo uma pessoa boa eu deponho a favor dela, mas só depois que o meu bebê nascer, eu não quero que ele corra riscos.

– Bom eu vou falar com ela, mas eu tenho certeza que ela vai topar.

– Tudo bem então.

– Alysson, você tem certeza que vai ficar bem?- Disse preocupado.

– Vou.

...Duas semanas depois...

Estava na mesa de um restaurante esperando a tal Rosalie, alguns minutos depois eu vi uma loira muito bonita entrando no restaurante, ela veio em minha direção.

– Olá Alysson, eu sou a Rosalie- Sorriu educadamente.

– Ah... Olá... Senta- falei apontando para a cadeira em minha frente. Depois de alguns minutos do silêncio mais constrangedor, ela começou a puxar assunto sobre o Johnny, fazia algumas perguntas sobre ele e eu respondia todas prontamente. Algum tempo depois comecei a contar a ela tudo o que havia acontecido, ela também me contou a história dela. Depois do jantar, eu tive uma confirmação, Rosalie Hale é uma pessoa em que eu posso confiar.

Traçamos um “plano” para por o Royce atrás das grades e que se Deus quiser dará certo