Segure minha mão

Capítulo 34


Capítulo 34 — Velocidade e perigo

Gabriel

Estava passando pelo meio da praça e vi ela sentada em um banco beijando o Marcos.

Parei na frente deles e minha voz não saiu direito. Eu não acreditava. Saí de lá e por sorte Diogo ainda não tinha ido, entramos no carro e eu fui com ele para o Morro do Beg.

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— O que foi cara? — ele perguntou.

— Eu vou correr.

— Sério?

— Sim.

Chegamos no local e Sam apareceu provocando.

— Veio correr, bichinha? — Ele riu.

— Cala essa boca ou eu calo ela por você. — falei irritado.

— Vem então, playboy. — Sam disse.

— Parou aí. Vão para as marcas e resolvam isso lá. — Diogo se meteu entre nós dois.

Entrei no carro do Diogo e parei em frente ao sinal, encarei Sam que me deu uma risadinha e olhou para frente. Voltei a olhar para frente e alguém entrou no carro.

— Você precisa me ouvir! — Luiza disse entrando e sentando no banco do caroneiro.

— Cala a boca! Saí daqui! — falei irritado sem olhar para ela, ela precisava sair do carro, era perigoso.

— Por favor, me escuta.

— Sai desse carro, Luiza! — gritei.

— Eu não vou sair!

— Sai!

— Não!

— É perigoso! Sai!

— Não vou!

— Foda-se então! — Murmurei.

Quando falei aquilo o sinal abriu e nós iniciamos a corrida, eu não queria ela ali, era perigoso, a rua era estreita e estava começando a chover.

— Me desculpa! — Ela falou.

— Pelo que? Por não ter acreditado em mim ou por ter ficado com o Marcos? — respondi irritado enquanto fazia uma curva perigosa, Sam ainda estava na frente.

— Pelos dois!

— Não.

— Por favor!

— Eu não sei, Luiza! Não sei! — falei magoado, ela ficou com outro, eu não havia feito nada para ela. — Coloque o cinto, porra. — Mandei, ela colocou rápido.

— Eu não sabia! Marcos não me falou nada... — ela se defendeu.

— E agora você sabe? — falei irônico.

— Sim, ele me falou a verdade.

— Mas não vai mudar o fato de você ter beijado ele. — falei magoado sem olhar para ela. Agora eu precisava ter mais atenção, a pista estava molhada e as curvas cada vez mais fechadas.

— Me desculpa! — Ela disse quase chorando. — Eu estou com medo, Gabriel.

— Eu mandei você sair do carro.

Ela estava mesmo com medo, eu estava com medo, sabia que aquele lugar era muito perigoso, mas ao mesmo tempo estava irritado, magoado e completamente fora de mim, eu não ia deixar aquele idiota rindo da minha cara por desistir.

Emparelhei o carro com o do Sam.

— Por favor, Gabriel... eu preciso que você me perdoe... eu não imaginava.

Não respondi, fiquei calado prestando atenção na direção, a chuva fina agora já estava grossa, os limpadores do para-brisas quase não davam conta, eu não via muita coisa na frente, as curvas eu via tendo poucos metros, era só o tempo de conseguir ver o lado e fazer a curva em velocidade máxima. A pista estava derrapando muito. Era difícil controlar o carro.

— Eu não queria ter feito aquilo. — Ela disse.

— Mas fez.

— Por favor.

— Fica quieta, Luiza! — falei tentando prestar atenção na estrada.

— Gabi...

Sam deu um chega pra lá no nosso carro, consegui segurar, mas foi por pouco, quase que o carro caiu no barranco.

— Eu estou com medo!

— Por que entrou no carro então?! — Gritei, ela não devia estar ali.

— Porque eu precisava falar com você!

— Devia ter pedido ao Marcos para te levar embora! — falei irônico.

— Por que você veio pra cá? Por que não foi para o beco? Pra qualquer outro lugar?!

— Porque eu queria isso. Nunca ouviu falar que só corre aqui quem quer morrer? — sussurrei.

— Por que você quer morrer?! Eu já não pedi desculpas?!

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Olhei para ela com lágrimas nos olhos.

— Eu quero morrer por te amar tanto! Você não sabe o quanto tá doendo, porra! — Gritei olhando para ela.

— Cuidado! — Ela gritou.

Estava em cima da curva e eu não tinha mais tempo de fazê-la. Pisei no freio mas perdi o controle do carro. O carro capotou seis vezes, voou longe da pista e tudo ao meu redor escureceu.