Segunda Temporada De Finalmente Juntos

Capítulo 7: Uma bateria de exames


*Naruto*

Eu caminhava vagarosamente pelos corredores do hospital até a sala de Hinata. Tudo aquilo que eu escutei era completamente maluco. Eu não conseguia acreditar que Hana me deixou por estar esperando um filho meu. Eu não conseguia acreditar que ela me escondeu a verdade, que ela me escondeu essa criança esse tempo todo.

Parei na frente da porta da sala da Hyuuga. Não queria entrar, não queria dar satisfações e nem nada para Hinata. Eu não queria ver a expressão dela ao saber de tudo. A porta se abre revelando uma morena de olhos perolados parcialmente confusa, porém a expressão dela transformou-se em meiga quando viu minha expressão de desolação.

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– Naruto o que aconteceu? – perguntou puxando-me pelo braço e fechando a porta para depois sentar-se junto de mim num sofá estofado que tinha na sala. – Por que essa cara?

– Eu... Hana, ela... – sussurrei baixo. Algumas lágrimas escorriam por meu rosto e eu não conseguia entender o motivo aparente. Hinata assustou-se por um segundo, mas depois me abraçou calmamente depositando minha cabeça sobre seu ombro. – Ela...

– Shii... – murmurou – Não precisa contar se não quiser.

– Eu quero contar... – sussurrei vendo-a olhar confusa para mim. – E quero contar tudo para você.

Ela acenou brevemente a cabeça dizendo para que eu continuasse. Suspirei fundo por três vezes antes de continuar a falar. Contei-lhe tudo. Contei sobre Hana, como ela me deixou e o que ela disse naquela sala. Tudo.

– Isso é tudo verdade Naruto? – perguntou-me depois que contei tudo. – Ela realmente fugiu com seu filho na barriga?

– Sim. – acenei. – Hinata, por favor. – falei segurando as mãos dela forte – Deixe-me ver o meu filho.

– Naruto... – suspirou – Não poderá vê-lo. Ele está internado na UTI. Amanhã eu vou fazer uma bateria de exame nele e só depois ele vai para um quarto comum. Por favor, espere até amanhã.

– Tudo bem. – respondi dando-me por vencido. – A saúde dele em primeiro lugar.
– Agora eu preciso ir ver outros pacientes, então... – murmurou.

– Eu já vou indo. – resmunguei levantando-me acompanhado por ela.
Ela me levou até a porta e ficamos nos olhando por breves minutos. Era como se algo dentro de mim quisesse abraça-la e beija-la naquele momento, mas depois de ontem e de tudo aquilo que eu ouvi e descobri hoje, achei melhor não fazer isso. Eu a abracei apenas como se abraça um amigo.

– Obrigado por tudo Hinata. – falei depois de solta-la e segui rumo a saída.

*Hinata*

Eu não acreditava que tudo aquilo tinha acontecido com Naruto. Meu coração tinha se contraído totalmente durante todos aqueles minutos que ele confessou o que tivera ocorrido com ele. Aquele abraço que me dera e os sinceros agradecimentos, fizeram com que eu imaginasse um futuro ao lado dele. Um futuro que eu tinha certeza que não poderia lhe dar.

Peguei a prancheta e caminhei rumo a recepção. Encontrei Konan sentada observando algumas folhas sobre a mesa aparentemente cansada. Ela me viu e logo pôs-se de pé.

– Olá Drª. Hinata. – murmurou arrumando o jaleco. – A sua equipe está totalmente pronta, mas sinto informar que terá que ser realizado esse exame ainda hoje, pois amanhã nosso cardiologista terá que viajar.

– Tudo bem então. – respondi. – Irei me preparar. Aqui está a prancheta de pacientes. Quando a equipe estará pronta?

– Daqui a uma hora. – respondeu.

– Então, por favor, prepare a sala e mande-os para lá em meia hora. – falei – Obrigada por tudo Konan.

– Não há de que Drª.

Sai dali e caminhei até a UTI. Queria ver o pequeno antes da grande bateria de exames. Mesmo sabendo que em alguns casos a leucemia não tem cura em alguns casos a leucemia não tem cura depois de certo estágio, eu espero que o caso do pequeno Hiro seja diferente. Espero que ele não fique no mesmo estado que eu me encontro.

Observei o relógio na parede depois de arrumar as coisas. Faltava apenas meia hora para o horário. Dois enfermeiros já tinham levado o pequeno para a sala e toda a equipe já estava reunida. Entrei na sala depois de preparar-me e encontrei todos já posicionados.

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O exame ocorreu normalmente. Não houve nenhum perigo e nada para o pequeno e logo ele foi encaminhado para um quarto comum sem ser na UTI, fato o qual me deixara mais descansada. Observei o telefone sobre minha mesa. Prometi ao Naruto que depois desses exames ele poderia visitar o Hiro. Liguei avisando-o e dentre de cinco minutos depois ele entrou correndo na minha sala.

– Onde ele está? – perguntou completamente nervoso. – Como ele está?

– Naruto se acalme. – repreendeu tia Kushina que estava atrás dele. – Ele é meu neto, mas mesmo assim não estou tão exagerada como você.

– Ele está completamente bem. – respondi abrindo um mínimo sorriso. – Os exames devem sair em algumas horas e ele já está apto a receber visitas.

– Que bom. – suspirou aliviado. – Posso vê-lo agora?

– Claro, por favor, me siga. – respondi.

Caminhamos cerca de três corredores até chegar no local. Abri a porta dando passagem para que Naruto passasse juntamente com tia Kushina. Fiquei parada perto da porta enquanto o loiro acariciava o pequeno na cama.

– Ele é muito parecido com você filho. – resmungou tia Kushina – Vai fazer o maior sucesso quando crescer.

O loiro riu satisfeito. Logo depois a porta foi aberta revelando uma moça jovem aparentemente da mesma idade que eu e com olhos vermelhos. Ela correu até perto do pequeno e praticamente o abraçou.

– Meu bebê. – suspirou – Meu pequeno e amado Hiro. Como ele está doutora?
– Bem. – respondi. – Os exames saem em breve e saberemos qual o estágio da leucemia.

Depois disso olhei novamente para a cena em minha frente. Hana e Naruto acariciavam o pequeno que dormia calmamente. Tia Kushina com as mãos sobre os ombros de Naruto velava o sono do pequeno. Era uma verdadeira pintura de família. Uma família que eu não seria capaz de ter devido a meu pouco tempo restante.
A porta do quarto é aberta novamente e Konan aparece com um envelope nas mãos.

Saio da sala para logo ser seguida pelos pais preocupados e a avó coruja. Pego o envelope das mãos da garota em minha frente.
– Os resultados saíram. – murmurei enquanto lia calmamente o resultado do exame. Quantidade de hemácias, possível estágio da leucemia e caso avançado, expectativa de tempo. – O caso dele é leve. Entretanto, será necessário um transplante de medula1, onde depois de verificada a compatibilidade, o paciente será exposto a um processo de quimioterapia ou radioterapia para destruir as células malignas.

– Transplante? – perguntou nervoso o loiro a minha frente. – Como assim?

– Se acalme. – repreendi – Com certeza vocês devem ser compatíveis e ficará mais prático para o tratamento. É tipo uma transfusão de sangue.

– Entendo. – falou tia Kushina – Quando poderá ver qual é compatível e realizar o transplante?

– O exame de compatibilidade poderá ser feito ainda hoje. – respondi – Enquanto ao transplante, dependendo do resultado poderá ocorrer em até cinco dias.

Eles aliviados suspiraram. Olhei para todos na minha frente com um olhar sereno e tristonho. Era como se eu me visse naquele garoto.