Segunda Temporada De Finalmente Juntos

Capítulo 3: Procura-se uma nova casa


*Hinata*

Levantei-me da cama e caminhei até o banheiro com uma toalha. Entrei no box tomei um banho quente. A água deslizava por meu corpo e levava consigo todas as minhas preocupações. Ver Naruto depois de cinco anos foi estranho. Eu senti um reboliço de emoções dentro do meu coração e isso com toda a certeza me deixou um pouco deslocada com minhas palavras.

Sei que eu terminei com ele, mas foi como nosso primeiro encontro. Terminado o banho sai e procurei por uma roupa básica. Iria deslanchar minha vida agora. Sairia para a casa de Sakura perguntando-a se teria uma vaga no hospital para mim. Depois procuraria uma casa nova e seguiria em frente.

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Optei por usar apenas uma calça jeans preta e uma regata branca com uma jaqueta jeans. Amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo frouxo e sai do quarto. Desci as escadas calmamente e encontrei minha irmã caçula sentada na cadeira com os braços apoiados e com a mesa cheia de cadernos e livros.

– Ei Hina. – gritou quando me viu. – Vai sair de novo?

– Sim. – respondi. – Vou procurar a Sakura para falar sobre uma vaga de emprego. – lembrei-me então de perguntar a Hanabi se ela não tinha o endereço do escritório do Naruto – Hanabi. – a chamei – Você tem o endereço do escritório do Naruto?

Ela olhou sapecamente para mim e levantou seguindo em direção à cozinha. Minutos depois ela voltou com um enorme sorriso no rosto e um papel na mão.

– Vai conversar com seu amado, irmã? – perguntou-me sapecamente e eu revirei os olhos. – Qual é Hina? Sei que tu ainda gostas dele.

– Atáh! – murmurei virando-me de costas e saindo pela porta.

Peguei o primeiro táxi que encontrei próximo de casa e dei-lhe as coordenadas para seguir. Cerca de uns quinze minutos depois, nós chegamos num grande condomínio de luxo repleto por apartamentos requintados. Desci do táxi entregando-lhe o dinheiro certo da corrida e caminhei vagarosamente pelos arredores. Adentrei-me no prédio que, supostamente, fosse o dela e procurei ansiosa pelo número 30. Alguns minutos e finalmente encontrei o tão procurado apartamento. Bati na porta duas vezes, e logo ela foi aberta revelando uma garotinha de curtos cabelos róseos e olhos negros.

– Boa tarde. – murmurou a menina receosa. – O que deseja?

– Sakura Haruno mora aqui? – perguntei receosa por não ser o apartamento correto.

– Sim. Espere um minutinho. – respondeu entrando novamente no apartamento.

Minutos passaram até a porta ser novamente aberta, dessa vez revelando uma mulher alta de longos cabelos róseos e olhos verdes com uma grande barriga de grávida.

– Hinata? – perguntou surpresa ao ver-me parada em frente da porta. – Entre.

– Obrigada. – murmurei adentrando o apartamento.

O local era agradavelmente espaçoso e bem decorado. Sentei no sofá e ela foi caminhando até outro cômodo e voltou em seguida com uma bandeja com suco e biscoitinhos. Aceitei alguns e ela sentou-se suspirando pesadamente ao meu lado.

– É duro fazer esforço no meu estado. – murmurou esboçando um breve sorriso. – Então, o que faz no Japão? Achei que estivesse morando no Canadá.

– Estava. – respondi calmamente enquanto tomava leves goles de suco de morango. – Mas resolvi voltar. E soube que você é coordenadora de um hospital, então eu vim pedir um emprego, se não for muito trabalhoso, lógico.

– Claro que pode Hinata. – falou enquanto passava o braço pela garotinha que estava sentada ao seu lado. – Mas, qual a sua especialização mesmo?

– Oncologia. – murmurei.

– Sorte sua. – resmungou – Estávamos pensando em fazer um concurso para essa área, mas pelo visto não será necessário.

– Sua filha? – perguntei direcionando o olhar docemente para a garotinha ao seu lado.

– Sim. – respondeu. – Harumi tem quatro anos e já é totalmente conhecida de tudo que acontece. Ainda mais ela tá muito animada com a chegada do irmãozinho.

– É um menino? – perguntei curiosa. – Qual vai ser o nome?

– É. – respondeu sorrindo enquanto acariciava com uma das mãos a barriga. – Se chamará Daisuke.

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– Lindo nome. – falei sorrindo amigavelmente. – Bem, obrigada por tudo Sakura, mas eu tenho que ir. Ainda tenho que procurar uma casa por aqui.

– Entendo. – falou – Apareça mais vezes por aqui Hinata. E mande lembranças para a dona Yumi, ela me ajudou bastante quando eu estava grávida da Harumi.

– Pode deixar. – falei saindo pela porta em seguida.

Peguei novamente o táxi e fomos até o escritório de Naruto. Ao descer vislumbrei o prédio por um bom tempo. Era um local lindo. O prédio possuía uma arquitetura antiga lembrando os velhos templos da antiguidade japonesa. Balancei a cabeça entrando no prédio e avistando uma loira sentada numa pequena mesa.

– Boa tarde. – murmurei me aproximando. – Naruto está?

– Sim, senhorita... – retrucou querendo que eu dissesse meu nome.

– Hinata. – respondi – Hinata Hyuuga.

– Um momento, por favor. – sussurrou pegando o telefone.

*Naruto*

Eu estava revirando algumas plantas na minha mesa procurando por erros imperceptíveis a olho nu quando o telefone soa estridentemente. Fechei os olhos suspirando pesadamente para depois atender.

– Fale minha doce e jovem, Shion. – murmurei cerrando os olhos. – O que eu posso fazer por você?

– Naruto. – resmungou com desdém. – Tem uma moça aqui querendo falar com você.

– Diga que meu trabalho como corretor já acabou. – resmunguei revirando novamente as imensas folhas em minha mesa. – Diga para voltar amanhã em um horário mais cômodo.

Alguns segundos se passaram para que a loira voltasse a falar depois de suspirar pesadamente.

– Ela disse que se chama Hinata. – murmurou.

– Mande entrar. – falei e sinceramente não sei por que disse isso.

Alguns minutos passaram-se e eu tentava arrumar inutilmente as folhas abandonadas sobre minha mesa para que fizesse meu pequeno escritório um pouco mais arrumadinho que antes dela aparecer. O que foi algo inútil, pois ela entrou na sala e me olhou por longos segundos antes de sentar-se na cadeira em minha frente.

– Em que posso te ajudar Hinata? – perguntei normalmente.

– Naruto... – murmurou meu nome de forma gentil, o que fez com que eu prestasse atenção nos seus lábios levemente rosados. Ah, como eu queria novamente sentir o gosto desses lábios. Tá! Parei! Hinata não passa de uma velha amiga e ex-namorada. – Eu queria saber se poderia me arrumar alguma casa ou apartamento. Nada muito exagerado, algo que caiba no meu orçamento.

– Claro. – respondi levantando-me e pegando meu terno que estava encostado na cadeira, o vestindo logo em seguida. – Vamos dar uma pequena olhadinha em alguns e depois você me diz qual te agradou mais.

– Sim. – respondeu levantando-se juntamente e caminhando até a porta. – Obrigada.

– Não tem porque agradecer. – respondi abrindo a porta para ela que acenou agradecendo. – Shion, minha loira querida. Sairei para mostrar alguns apartamentos para a Hinata. Qualquer coisa me ligue no celular.

– Pode deixar chefinho. – murmurou de volta.

Saímos e caminhamos até o estacionamento que ficava ao lado do prédio. Abri a porta do carro para que ela entrasse e caminhei dando a volta no carro para enfim liga-lo e seguir em direção ao primeiro apartamento. Ficava em um pequeno condomínio longe do centro da cidade. Parei e ela desceu do carro, fiz o mesmo em seguida e caminhamos silenciosamente até o apartamento.

– Bom esse é o primeiro. – falei deixando-a entrar no apartamento. – Não é tão grande e nem tão caro. Tem dois quarto grandes e dois banheiros. Uma cozinha espaçosa e uma área de serviço. Além, claro, de uma vaga na garagem.

– Ele é realmente bem bonito. – perguntou passando a mão sobre uma pequena estante de livros que havia encostada na parede. – Já vem mobiliado?

– Sim. – respondi. – O dono quer vender com tudo dentro.

Ela caminhou pelo apartamento deslumbrada com cada canto, cada azulejo, cada detalhe de decoração. Adentrou no quarto e eu fui caminhando juntamente dela. Parei no batente da porta enquanto a vislumbrava caminhando até próxima a janela.

– Naruto. – chamou-me. – Por acaso teria algum apartamento que coubesse no meu orçamento com uma grande vista?

Pensei por longos instantes. Sim! Havia um pequeno apartamento. Não! Não era um apartamento, e sim uma casa. Acenei com a cabeça sinalizando para que me seguisse e voltamos até o carro. Fechei a porta para ela e entrei dando a partida e seguindo rumo ao local, que em minha opinião seria o escolhido por ela. Era um longo caminho, e fomos à viagem inteira em um pleno e perpétuo silêncio. Parei o carro em frente de uma pequena casa de dois andares.

– Venha. – resmunguei – Depois de ver esse, com certeza não escolhera mais nenhum outro.

Seguimos direto até o quarto e eu abri as enormes cortinas azuis que cobriam as grandes vidraças. Olhei para a expressão abobalhada de Hinata ao ver a maravilhosa vista do pôr do sol. É, com certeza, aquela seria a casa escolhida por ela para morar.

– Então? – perguntei olhando-a nos olhos. – O que acha?

– É lindo. – falou enquanto se aproximava da janela. – É simplesmente incrível. Acho que vou ficar com essa aqui. Quanto é?

– Pode ficar calminha Hinata. – resmunguei abrindo um meio sorriso. – Considere um presente de boas vindas.

– Não... – murmurou – Não posso aceitar isso Naruto. Além do mais, você não tem porque me dar uma casa.

– Essa casa iria ser minha. – falei suspirando pesadamente tentando me esquecer de certas lembranças. – Quer dizer, já é minha.

– E por que não vem morar aqui? – perguntou olhando-me com aquelas imensas pérolas que eram seus olhos. – A casa não é sua?

– É. – respondi. – Só que não consigo deixar minha mãe lá sozinha imersa em tantas lembranças do meu pai. Era para ela vir morar aqui comigo, mas ela não aceita. Então resolvi vender.

– Então venda. – resmungou Hinata – Não quero nada de graça Naruto. E nem mais barato, me venda essa casa no preço normal.

Respirei pesadamente. Hinata você não iria mesmo aceitar, não é? Fechei os olhos e acenei com a cabeça observando depois um sorriso animado na bela face da morena. Ela continuava olhando a casa e eu imaginando que estivesse me mudando para a minha nova casa juntamente com minha esposa. Balancei a cabeça fortemente tentando me desvencilhar desses pensamentos.

– Tudo bem Naruto? – perguntou Hinata sentada na cama observando a belíssima paisagem. Acenei que sim com a cabeça. – Quando poderei me mudar para cá?

– Amanhã mesmo. – respondi. – Passe cedo no meu escritório e assine a papelada e a casa será sua.

Ela sorriu bobamente e eu apenas me peguei imaginando como seria se estivemos juntos novamente. Balancei a cabeça novamente. Tinha que tirar aquela Hyuuga dos meus pensamentos. Sai rápido do quarto visualizando de canto de olho uma morena totalmente confusa me seguir.

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– Naruto. – chamou-me quando eu já estava na porta da casa. – Algum problema?

– Eh, não. – murmurei. Claro que tenho! Meu problema é que eu ainda sou completamente apaixonado por você Hinata. Esse é meu problema e por mais que eu tente me enganar, eu não consigo te esquecer. – Quer dizer... – parei ao perceber a possível burrada que iria falar.

– O quê? – perguntou encorajando-me. – Pode me contar se quiser. – falou segurando minha mão gentilmente. Somente esse toque fez como se uma descarga elétrica ultrapassasse meu corpo.

– Hinata... – murmurei aproximando-me dela. Perigosamente perto demais, pensava meu inconsciente. Porém ela não se mexeu.

Aproximei-me mais dela. Senti nossas respirações se mesclarem e meu coração batia descompassadamente no peito. Milímetros era apenas o que nos separávamos. Ela fechou os olhos e se afastou de mim.

– Naruto... – murmurou meu nome de forma angustiante. Era como se ela quisesse aquele beijo tanto quanto eu, mas algo a impedia. – Não podemos.

– Hinata apenas me diga. – sussurrei baixo aproximando-me novamente dela e segurando suas mãos para próximo de meu peito. – Você sente algo por mim?