Segunda Chance

Iniciação


Lily se recuperava do choque depois de ouvir sobre o último ano de Harry enquanto observava Tonks tentando ajudar Molly, mas falhando miseravelmente. A moça era extremamente desastrada, mas muito divertida e prestativa e não desistia te tentar ajudar. As trapalhadas ajudavam Lily a tentar tirar da cabeça o fato de Harry ter duelado com Voldemort a poucos meses atrás, sozinho, em um cemitério desconhecido, cheio de comensais. Além do dragão! Céus o dragão!

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E nisso os homens e os jovens estavam reunidos na sala, conversando sobre coisas diversas, Rony e Hermione brigavam por causa de Bichento, Fred e Jorge tentavam convencer Gina a servir de cobaia para um experimento e Arthur conversava com Olho-Tonto.

_ Eu queria ir com você nessa audiência Harry. – James diz suspirando. Ele e os outros dois marotos estavam sentados no sofá com Harry. – É um absurdo, você só estava se defendendo!

_ Eu sei, mas está tudo bem, se eu for expulso posso ficar morando aqui com vocês não é? – Harry indaga dando de ombros e James solta uma risada curta.

_ Não deixe sua mãe ouvir isso. – ele responde baixinho. – Agora campeão, eu queria depois ver o mapa... estou com saudades daquela belezinha desde que Filch pegou no nosso sétimo ano.

_ Tudo bem.

_ E mais... Aluado, Almofadinhas.... – James chama os amigos que se divertiam com as palhaçadas dos gêmeos. – Acho que estamos devendo a Harry uma iniciação marota, afinal ele é meu filho!

_ Harry já passou por tanta confusão que acho uma iniciação meio desnecessária... – Remo comenta rindo.

_ Desnecessária? Ora Aluado, eu discordo com você... Seria legal uma iniciação. – Sirius diz abrindo um sorriso meio macabro.

_ Hãm... E o que seria uma iniciação? – Harry pergunta cauteloso. – Vocês vão me embebedar?

_ Harry, eu tenho amor a vida! – James exclama. – Se eu te embebedar sua mãe me mata, e acho que voltar da vida UMA vez é o limite.

_ Sabia que você ia começar a fazer piadinha com o curioso fato de você ter voltado do além... – Remo diz balançando a cabeça. – Seu pai é um bobalhão Harry...

_ Tudo bem, ele é legal. – Harry diz dando de ombros e fazendo James estufar o peito e sorri para Remo. – Meio bobo, mas maneiro... – o menino termina rindo.

_ Viu? Ma-nei-ro. – James diz ignorando a parte do bobo.

_ E bo-bo. – Sirius imita fazendo Remo e Harry caírem na gargalhada. James deu um soco no ombro do amigo e bagunçou os cabelos do filho, hábito novo que ele havia adquirido. No fim, Molly tinha razão... Eles ficaram longe de Harry por muito tempo, viram ele bebe e agora já crescido, mas a afinidade não era uma coisa difícil.

_ Brincadeiras a parte, ou pelo menos as que me chateiam, eu pensei em fazermos uma coisa muito... divertida, justa, e meio perigosa... – James diz dando de ombros. – O que me dizem?

_ Eu topo. – Harry diz rápido deixando o pai com um sorriso orgulhoso. Na verdade, James ficava orgulhoso só de olhar para Harry.

_ Eu também mas, não posso sair dessa casa... – Sirius murmura irritado.

_ Não se preocupe, tenho idéias... Aluadinho?

_ James, Aluadinho? Eu tenho quase quarenta anos! – Remo reclama segurando o riso. – E eu topo mas, MAS, nada de fazer coisas impensadas!

_ Ah, eu tenho tudo pensado... – James afirma. – Agora, depois que todos forem para a cama nós nos encontramos aqui na sala ok?

_ Ok... Rony pode vir também? – Harry indaga.

_ Claro, e Fred e Jorge também. – James responde coçando a nuca.

_ Não quero nem ver se Lily e Molly descobrirem... – Remo comenta suspirando. – E onde vai ocorrer a coisa?

_ Ora, na Rua dos Alfeneiros número 4!

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POV JAMES

Esperei calmamente até Lily estar dormindo e me levantei, tentando vestir a roupa sem fazer o menor barulho. Minha linda esposa se mexeu algumas vezes e murmurou bastante também, mas felizmente não acordou.

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Coloquei uma capa que peguei emprestada com Sirius e sai do quarto, não sem antes dar um leve beijo na testa da ruiva.

*

*

_ Pontas, porque a demora? – ouço Sirius perguntar quando entro na sala escura. Ele e Remo já estavam sentados no sofá esperando.

_ Essa escada range demais! – reclamo. – E os meninos nem chegaram ainda.

_ Mude sua frase Sr. Potter. – me viro encontrando os gêmeos e logo em seguida Rony e meu filho. – Chegamos! Tadãm!

Harry revira os olhos rindo e eu vejo mais uma vez Lily no rosto dele, o que era estranho, porque ele se parecia comigo.

_ Trouxe a capa Harry? – pergunto e ele tira a capa do bolso me entregando. Eu seguro aquele fino pano, que mais parecia água e me reservo uns segundos de nostalgia, ah, aquela capa! - Bem, Sirius, você vai na capa.

_ Ótimo, e você? – Sirius diz segurando a capa.

_ Eu devia estar morto, não sou um fugitivo de Askaban! – exclamo revirando os olhos. – É o seguinte pessoal, vamos todos até a casa dos Durleys pregar uma peça... Eles não podem nos ver, então nada de pistas. Eu aparato com Harry e Remo leva Rony ok? – todos assentem animados. – Vamos então...

Sirius coloca a capa e logo ouvimos sua aparatação, Remo segura Rony pelo braço e aparata também, assim como os gêmeos.

_ Pronto? – indago segurando os ombros do meu filho e ele me encara sorrindo.

_ Para ir com meu pai até aquela casa para infernizar meus tios? É claro que eu estou pronto! – ele exclama soltando uma risada e eu o acompanho.

_ É garoto... Você tem muito da sua mãe, mas eu sabia que o sangue maroto nunca decepciona!– seguro seu braço e aparato, sentindo meus pulmões ficarem sem ar e a cabeça zonza. Nós chegamos em uma rua trouxa quieta, com casas idênticas, jardins bem aparados e verdinhos, fachadas limpas, carros bem cuidados...

_ Que rua mais... monótona, chata... não sei, não gostei. – Sirius diz por baixo da capa.

_ Jardim muito bem cuidado. – Jorge comenta franzindo o nariz enquanto espiava o número 4.

_ Bom, o jardim dos meus tios sou eu que tenho que cuidar então... Obrigado. – Harry diz suspirando e sinto meu sangue ferver.

_ Meu. Filho. Não. É. Jardineiro! – exclama puxando a varinha que tinha pegado com Sirius e apontei pro gramado fazendo ele crescer quase um metro, cheio de ervas daninhas.

_ Qual é Pai! Demoro um dia para cortar tudo! – Harry reclama e eu o encaro surpreso, mas encontro um sorriso satisfeito no rosto dele. – Tia Petúnia vai ter um ataque!

_ É a intenção! – digo animado. – Agora venha cá, você também Rony. Vou fazer um feitiço de desilusão... Não ficaremos invisíveis como Sirius, mas ficaremos camuflados.

_ Ótimo, e o que vamos fazer exatamente? – Rony pergunta fazendo uma careta com o feitiço.

_ Vocês verão! – exclamo e caminho para a porta da frente, Remo abre com a varinha e entramos no pequeno hall de entrada. Já no corredor há alguns quadros com fotos trouxas, aqueles nas fotos devem ser os imprestáveis, mas para mim parecem dois porcos de peruca e um esqueleto com cara de cavalo.

_ Eles são horríveis! – Sirius comenta também olhando para as fotos. – Esse ser aqui é irmã da Lily?

_ Infelizmente... – Harry murmura indo na frente com tranqüilidade. – Ok, aqui a direita é a cozinha, a esquerda fica a sala. Lá em cima os quartos.

_ Quantos quartos tem aqui mesmo? – pergunto fazendo contas na minha cabeça.

_ Três.

_ E porque, diabos, você dormia embaixo da escada? – exclamo irritado.

_ Duda tinha dois quartos, eu ganhei o que ele usava para guardar os brinquedos. – Harry responde dando de ombros. Como meu filho pode ser tão calmo quanto a isso?

_ Certo, vamos subir... Cadê Sirius e os gêmeos? – pergunto olhando para trás e encontrando apenas Remo e Rony, o último tentando fazer as fotos se mecherem em vão.

_ Foram na cozinha, Fred e Jorge trouxeram um produtos que eles inventaram e vão tentar sabotar a comida. – Rony responde.

_ Isso vai deixar muito trabalho a Arthur... Todos no ministério sabem que aqui é a casa do Harry. – Remo comenta observando um bibelô de um lobo de gesso.

_ Corrigindo, aqui ERA a casa do Harry. – digo dando tapinhas no ombro no menino. – Agora, vamos lá para cima, eles logo virão também. – acrescento e nós quatro subimos as escadas, evitando o degrau que segundo Harry range. O corredor tinha quatro portas, uma era a banheiro e de duas saiam sonoros roncos. –Como você conseguia dormir com esse barulho?

_ Não sei... Acho que sou imune a roncos, afinal meus colegas de quarto em Hogwarts também roncam muito. – Harry diz levando um tapa na nuca de Rony. – Ai, eu falava do Neville!

_ Shii... – Remo faz enquanto abre a porta do quarto mais próximo sem nenhum barulho, ele sem foi o maroto mais silencioso. Aluado dá uma olhada no quarto e volta com uma careta. – É o primo, Duda. O que tem do quarto dele para ter esse cheiro?

_ Além do fedor dele próprio? – Harry indaga rindo. – Duda costuma contrabandear comida para cá, e depois se esquece delas...

_ Que nojo! – Sirius exclama atrás de mim me fazendo pular. – E então, o que faremos com o porquinho?

_ Algo sutil, que não deixe muitos rastros. – Remo responde pensativo.

_ Podemos transformá-lo em porco! – Fred exclama animado.

_ Isso não é sutil. – Remo repreende.

_ Mas é uma boa idéia... – Jorge retruca.

_ Podemos transformar seu nariz em focinho de porco, e as orelhas... – Harry começa pensando. – Aí acordamos ele...

_ Fazemos ele se olhar no espelho, e ele vai levar um susto! – completo me animando. – Pode até desmaiar! Então desfazemos o feitiço, e ele vai pensar que tudo foi um sonho!

_ O raciocínio conjunto de vocês me dá medo! – Sirius comenta balançando a cabeça.

_ Só tem um problema, se bem conheço o tipo, o Duda vai gritar quando se olhar no espelho. – Rony diz. – E os tios vão acordar.

_ Não se também estiverem ocupados. – respondo. – Faz assim, Fred, Jorge, Rony e Sirius cuidam do susto no Duda. Eu, Harry e Remo cuidamos dos idiotas mais velhos.

_ Ok, mas espera um segundinho... – Harry diz correndo até o outro quarto do corredor e voltando com uma câmera fotográfica velha. – Tirem uma foto do Duda Porco?

_ Claro Arry. – Jorge diz rindo e os quatro entram no quarto da frente enquanto nós entramos no último do corredor. O casal dormindo na cama era muito engraçado, até porque a barriga do cara fazia uma montanha nas cobertas, quase sumindo com a cara-de-cavalo ao seu lado.

Eu tinha visto esses dois apenas uma vez, no funeral do pai de Lily, e já não tinha gostado deles. Agora então, eu os odiava. Ninguém tem ou já teve o direito de maltratar meu filho como eles fizeram, e vão pagar.

Lily havia me dito para nós virmos conversar com eles quando Harry for para Hogwarts, mas eu não ia agüentar ficar sem fazer nada até lá.

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_ E então? –Harry pergunta fazendo uma careta para os tios.

_ Me dê sua varinha Harry, você não pode fazer magia ainda. – digo e ele me entrega. – Ok, ao meu sinal, Aguamenti neles, certo Aluado?

_ Afirmativo Pontas. – Remo diz rindo, provavelmente se lembrando dos tempos de escola. Eu respiro fundo a ergo a varinha no rosto do Dursley, me segurando para não jogar uma maldição nesse imbecil que maltratou meu filho. Ouço um estrondo e passos.

_ Agora! – exclamo. A água atinge os rostos deles no tempo que o grito apavorado do menino ecoa pela casa, seguido de risadas familiares. Nós três nos camuflamos nas sombras do quarto e eu mordo a língua ao ver Petúnia se levantar rápido, encharcada e com os olhos arregalados. Valter é ainda mais engraçado, pois demora um tempinho até conseguir se sentar, tamanha é sua barriga.

_ O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – ele grita e com um aceno faço os cremes e vidros de perfume da penteadeira flutuarem e começarem a voar em círculos sobre eles. – PETÚNIA! O QUE É ISSO?

_ Eu... eu não... – a minha querida cunhada gagueja com os olhos arregalados. Então de repente o guarda roupa de abre e as roupas são joradas para fora, obra de Aluado. Os dois gritam embaixo dos casacos no tempo que um menino gordo aparece gritando e se joga sobre eles na cama fazendo esta quebrar.

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Pov Terceira Pessoa

Gina desceu as escadas do Largo Grimmauld tentando parar de tremer. Já havia alguns meses que seus pesadelos haviam parado, mas agora tudo tinha voltado. Ela não gostava de sonhar com Voldemort, odiava se sentir aquela menininha frágil e assustada, odiava estar nesse momento apavorada por uma simples lembrança!

Ela rumou a cozinha na esperança de que um pouco de leite fizesse ela dormir de novo, sem pesadelos, mas a luz da cozinha estava acesa.

Lily levantou os olhos da xícara de chá e sorri para Gina. A menina parecia abatida e temerosa, mas retribui o sorriso.

_ Quer chá? – Lily pergunta o mais doce possível.

_ Não, eu vim em busca de um copo de leite. – Gina responde apertando o casaco sobre o corpo e indo até o leite. – Porque está acordada Sra. Potter?

_ Por favor, me chame de Lily. – a mulher diz rápido e logo suspira. – Acordei faz uns minutos, e James tinha saído.

_ Talvez ele só tenha ido dar uma volta. – Gina sugere dando de ombros.

_ Gina... Sirius e Remo também sumiram. Assim como Fred, Jorge e Harry! – Lily exclama nervosa. Porque James não podia se meter em confusão sozinho, tinha que envolver as crianças!

_ Não sei se quero saber o que eles juntos vão aprontar. – Gina comenta rindo. – Mamãe ficará uma fera quando souber!

_ Assim como eu! – Lily diz cruzando os braços. – James sempre foi irresponsável, mas agora foi longe demais! Se ele tivesse saído com os amigos tudo bem, quer dizer, bem nada mas... Seria mais aceitável! Agora... ele saiu com nosso filho! Com filhos dos outros! Se acontecer alguma coisa com seus irmãos? Com que cara eu vou ficar com Molly?

_ Relaxe Lily, meus irmãos são tudo, menos inocentes. – Gina diz sorrindo. – É mais capaz acontecer alguma coisa com seu marido por culpa deles do que o contrario.

_ Seria melhor. – Lily concorda e toma mais um pouco do chá. – E você? Vai me contar porque esta acordada, ou prefere que eu ignore?

_ Não é nada... é que... – Gina gagueja respirando fundo. – Eu tive um pesadelo.

_ Com o que aconteceu com você a 3 anos? – Lily indaga e recebe um afirmação muda. – Oh querida, não pode se deixar levar por essas lembranças ruins.

_ Eu sei! – Gina exclama se esforçando para não parecer chorosa. – Mas ouvindo Harry contar hoje cedo... Eu me lembrei de tudo. Do diário, de Tom, da camara, do medo, da confusão, da culpa... Me lembrei do quanto fui tola em me deixar enganar...

_ Gina, você tinha 11 anos! – Lily diz segurando a mão da mais nova entre as suas. – Era uma criança apavorada... Você foi uma das vitimas dessa história, você foi... possuída por aquele monstro!

_ Eu sei. – Gina repete tentando se recompor. – Foi só uma recaída, eu... eu estou bem.

_ Ok, mas ouça... Se precisar de um ombro amigo para chorar, desabafar, gritar, pode contar comigo. – Lily abraça Gina por um instante.

_ Obrigada. – Gina diz suspirando. – Senh... Lily? Posso te pedir uma coisa?

_ Claro.

_ Me deixa ficar aqui até eles chegarem? To louca para ver a cara deles quando te virem! – ela indaga sorrindo torto e Lily ri.

_ Acho que não tem problema. – Lily responde e as duas terminam suas bebidas em silencio. – Gina... posso te perguntar uma coisa... pessoal?

_ Tenho certo medo, mas sim, pode. – Gina diz curiosa.

_ Você... você por acaso... gosta... gosta de Harry? – Lily pergunta cautelosa, crente da sua invasão de privacidade. Gina cora um pouco e abaixa o olhar para as mãos que estão sobre a mesa.

Ela havia decidido a algumas semanas que não iria mais alimentar aquele amor não correspondido por Harry. Gina tinha posto na cabeça que o que ela sentia era somente admiração, nada mais, e apesar de saber que mentia para si mesma, acreditava que pensar aquilo era melhor. Mas a pergunta de Lily fez toda essa teoria ir por água abaixo, porque algo em Lily fazia Gina não conseguir mentir, e a verdade veio junto com todos aqueles sentimentos que ela tinha demorado tanto para esconder dentro de si.

_ Gosto. – Gina responde enfim, agora com a voz mais seca. – Sou apaixonada pelo Harry desde que tinha 10 anos e o vi na estação... Mas não passa de uma paixonite platônica e ele nunca me corresponderia. Eu sou para ele apenas a irmã mais nova de Rony...

_ É uma pena. – Lily comenta meio arrependida por sua pergunta. Ela conseguia ver a tristeza nos olhos de Gina ao falar aquilo.

Lily tinha muitos ciúmes de Harry, porque na mente dela o fato dele não ser mais um bebe ainda estava processando. Mas a ruiva sabia que aquela outra ruiva ali na sua frente seria a mulher ideal para seu filho, e ela, como boa mãe, faria de tudo para tentar abrir os olhos de Harry. Sutilmente, é claro.

_ Tudo bem, eu já desisti. – Gina afirma se aprumando. – Estou até pensando em aceitar sair com um colega meu da escola, muito bonito e simpático.

_ Você faz bem. Deve se permitir novas experiências. – Lily comenta com sinceridade. – Mas em minha opinião, Harry ainda vai notar você, do mesmo jeito que você nota ele.

_ E o que faz você achar isso?

_ Potters tem um certo fraco por ruivas. – Lily responde simplesmente, jogando os cabelos para trás e fazendo Gina rir.

Um barulho de porta rangendo chama a atenção das ruivas. Lily faz sinal para Gina ficar em silencio, apaga as luzes, e elas caminham cuidadosamente até o corredor onde sete vultos vem andando.

_ Eu nunca vou esquecer a cara da Tia Petúnia quando o guarda-roupa explodiu em cima deles! – elas escutam a voz de Harry rindo.

_ Porque você não viu seu primo se olhando no espelho. – Rony diz fazendo todos os vultos rirem.

_ Vocês tiraram a foto? – Harry pergunta.

_ É claro! – os gêmeos respondem. –E queremos uma cópia! – um deles acrescenta.

_ Eles mereciam coisa muito pior. – James comenta. – Talvez nós podemos voltar lá amanha...

_ Você tem sorte se sobreviver a essa noite James Potter. – Lily exclama acendendo o corredor com a varinha. Gina não agüenta e se dobra de rir das sete caras assustadas sobre o olhar de Lily. – Todos para a sala, explicações, agora!