Segredos do Coração

O segredo do conhecer


Capítulo 2 – O segredo do conhecer



...Fechou os olhos, sabia que seu fim havia chegado... E ela esperava por ele.



Ouviu o barulho de pneus cantando. Uma luz que clareou sua vista e depois se apagou. Sentiu algo encostando em seu corpo e depois desmaiou.



Acordou mas não abriu os olhos de imediato. Estava deitada numa cama, aparentemente nada macia. Tudo parecia calmo, pois o barulho das ruas daquela praça apinhada de gente havia sumido.



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Remexeu-se na cama ainda sem abrir os olhos e uma voz penetrou-lhe os tímpanos.



_Parece que acordou finalmente.



Sakura gemeu apreensiva. Por fim deixou-se descobrir o dono do timbre grave que lhe chegava aos ouvidos. Os olhos captaram uma imagem bonita. Um rapaz alto e de pele muito clara que contrastava com os cabelos brilhosos de cor negra. Longas madeixas contornavam o queixo másculo e um par de sobrancelhas arqueadas marcavam o ar sério em sua face.



_O que aconteceu? _Indagou ela desconfortável na humilde cama de hospital.



_Eu é que pergunto o que deve ter acontecido pra você se jogar na frente do meu carro daquela maneira. _Repreendeu ele.



Sakura corou um pouco, pois sabia perfeitamente o que tinha feito.



_Três carros teriam capotado em plena rua da praça se eu não tivesse jogado a minha Mercedes para o lado com tudo. Mesmo assim ainda bati a frente num poste. _Explicou o moço um tanto aborrecido.



_Desculpe-me. Mas você deveria ter me deixado morrer. Eu não entendo por que me trouxe aqui. Eu queria mesmo ter morrido.



Ele a olhou incrédulo.



_E queria matar outras pessoas num acidente horrível também não é? Não imaginava que alguém pudesse ser tão egoísta assim.



_Egoísta?_Assombrou-se. _Não! Eu não quis matar ninguém. É só essa minha vida que quero deixar. Não agüento mais... Não suporto mais... _Desatou a chorar sem pudor algum.



O moreno passou a fitá-la naquele estado. Olhou para o relógio e viu que estava atrasado, mas não queria deixar a menina daquele jeito, ela parecia mesmo muito deprimida.



_Olha eu não sei nada da sua vida, mas acho que deveria estar aliviada por não ter levado nenhum arranhão e só ter desmaiado na hora.


_Você não entende! Se estivesse no meu lugar preferiria a morte também. Pessoas como você nunca entendem... _Falou observando melhor o rapaz que se vestia muito bem numa camisa de seda branca e calça social preta. Pessoas daquele nível não possuíam problemas, assim pensava a Haruno.



A porta se abriu e por ela entrou uma jovem enfermeira. Sorriu para a paciente já sentada na cama horas depois do acidente.



_Pelo visto já está muito bem. Os exames não mostraram nenhuma fratura e poderá ter alta. _Assentiu encarando o rapaz.



Sakura saia do hospital acompanhada do moreno. Assinou alguns papéis na portaria e já do lado de fora as mesmas angústias a perseguiam como horas antes.



_Bem, então eu já vou. _Olhou mais uma vez para o relógio. _Cuide-se e tome cuidado dessa vez. _Falou o rapaz.



_Tomar cuidado? Tomarei cuidado para que dessa vez não me impeçam de morrer. Nada mudou pra mim, continuo na mesma angústia de antes.



_Escuta aqui, você é louca ou o que? _Berrou ele indignado diante das esmeraldas que marejavam outra vez.



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Ela chorou mais ainda pela tristeza que não conseguia controlar.



_Qual é o seu problema afinal? _Perguntou segurando firme no braço dela impedindo-a que saísse correndo rua a fora.



Sakura o olhou visivelmente amedrontada. Não estava gostando daquela aproximação, por fim deixou que as palavras sufocantes saíssem.



_Eu não tenho pra onde ir! _Chorou desesperada.



Só então ele analisou-a melhor em seus trajes humildes. Certamente não tinha dinheiro para uma pensão e nem sequer para comer alguma coisa. Só poderia ser isso. Suspirou fundo e dirigiu-se para seu carro que ainda tinha a frente amassada. Olhou para a menina e falou:



_Vamos, entre no carro. Eu a levarei para comer alguma coisa e depois a deixarei num hotel para que possa descansar, mas antes disso tenho que fazer uma coisa urgente.



_O que? Ir com você? Mas eu nem o conheço! _Assustou-se ela. _Nem sei seu nome... Como posso sair assim?



_Muito prazer dona louca, me chamo Uchiha Sasuke. Pode fazer o favor de entrar sim? _Apresentou-se com ironia. Sasuke não tinha muita paciência.



Sakura estava com muito medo em acompanhá-lo, mas algo dizia que ele não era mau. Que no fundo daquelas pérolas negras instaladas na bonita face havia algo mais que ela estava para descobrir.



Entrou no carro e ele fechou a porta.



Rodaram por dez minutos até que ele estacionou na frente de um banco luxuosíssimo. Desceu e olhou para a menina recolhida no banco de trás do carro.



_Espere aqui, volto já.



Sakura se perguntava para onde havia se esvaído o seu juízo. Mas na verdade, o Uchiha lhe parecia alguém confiável. Esperou e dentro de dez minutos lá estava ele de volta. Arrancou dali e seguiram para um restaurante não muito chique dos que ele costumava freqüentar para que a menina não se sentisse tão incomodada.



Saboreavam um simples assado quando ele a olhou nos olhos indagativo. A menina era humilde, mas tinha bons modos o que indicava ter recebido alguma educação. Não parecia ser alguém que sempre vivera às mínguas. Por fim, quebrou o silêncio.



_Não vai mesmo me dizer seu nome?



Ela continuava a cortar sua refeição muito tímida por estar recebendo a ajuda de estranhos. Enrubesceu, mas respondeu desta vez calma.



_Desculpe-me. Me chamo Haruno Sakura.



_Haruno Sakura é? _Sibilou o Uchiha estudando os fios rosados dela que lembravam pétalas de flores de cerejeiras. Daí a razão para seu nome. Haruno significava primavera, uma estação do ano tão linda quando alegre.



_Como alguém que tem um nome repleto de harmonia e felicidade pode ser tão triste? _Perguntou ingênuo o moço que bebericava seu refrigerante.



Sakura arregalou os jades que trazia na face. Aquela era uma pergunta que elas por vezes se fazia. O moço a sua frente era mesmo alguém observador.



_E quantos anos você tem senhorita Haruno? _Perguntou tentando disfarçar o incômodo da menina. Preferira chamá-la pelo sobrenome porque não eram tão íntimos, mas Sakura pareceu se aborrecer com isso.



_Tenho dezessete anos. Por favor, me chame apenas de Sakura. _Pediu a ele que estranhou, mas sem saber que a menina não gostava que a tratassem friamente apenas pelo sobrenome como seu padrasto fazia. Ele nunca a tinha referido como Sakura apenas porque dizia que ela jamais seria alguém da família para ele.



_Dezessete... Hum, a minha idade. _Completou.



_C-Como? _Sakura quase cuspiu o refrigerante que tomava. Nunca daria dezessete anos para aquele rapaz. Pelas roupas que vestia, o porte, o carro e a aparência lhe daria uns vinte e um.



_Por que a surpresa? _Fez menção de sorrir. Estava claro de que aquela menina era mesmo muito ingênua.



Saíram dali e ele a levou num hotel onde pudesse descansar e tomar um banho. Sakura relaxou e usufruiu de uma água reparadora por algum tempo. Já era noite quando ela o viu já de saída.



_Bem, a minha boa ação do dia termina aqui. Descanse e passe bem essa noite. Já vou, pois preciso pegar o rumo de Hokkaido ainda hoje.



_Hokkaido? Você mora lá?



_Sim, moro.




Quando ele terminou de responder, ouviu a notícia na televisão da portaria de que havia um congestionamento de mais de dez quilômetros na saída da cidade por conta de um grave acidente.



_Tsc! Essa cidade não jeito memo. _Praguejou, pois teria que passar a noite por ali também devido às horas.



CONTINUA...



Segundo capítulo já! E eu agradeço em imenso pelas reviews lindas que recebi. Estou muito empolgada com essa história e tenho diversos planos para ela.



Sakura e Sasuke *___* AAAAAAAW, mas peço que não me matem pelos próximos capítulos hehehehe. Enfim, vem surpresas por aí. Beijos e não se esqueçam das reviews.