Fui rápido pegar o suco; quando estava voltando, alguns amigos de James estavam fazendo de tudo para me derrubar, colocavam o pé no meio do caminho, jogavam coisas no chão

– Já não aguento mais, esses amigos daquele idiota! – Falei irritado

– James faz assim mesmo com quem ele odeia... não tem aquele lugar que você senta na sala? Era de Henry, James o atormentou tanto que ele saiu da escola, isso que ele está fazendo com você é só o começo.– Anthony disse

– Se ele acha que vou sair dessa escola, por causa das brincadeiras dele, ele está muito enganado.

Tocou o segundo sinal, estávamos voltando para sala, quando no meio do caminho ouvi uma voz vindo do corredor ao lado, era uma voz familiar, fui lá para ver o que estava acontecendo, quando virei o corredor vi James puxando Isabelle, pois ele não queria que Isabelle fosse procurar Anthony e eu.

– Me larga! – Isabelle falou irritada olhando para James

. Quando vi o que estava acontecendo andei até eles rapidamente, Anthony, que estava do meu lado, também estava assustado com o que viu.

– Solta ela! – Gritei, irritado.

– Quem você pensa que é? – James perguntou retoricamente.

– Solta ela... – Pedi pela segunda vez, eu já estava muito irritado.

Ele a soltou, e então ela correu até nós, abraçando ao irmão.

– Quem é você para me dizer o que tenho que fazer? – James veio em minha direção, ele estava muito bravo.

– Mexe com Isabelle de novo, que você vai saber quem realmente sou! – Falei, o encarando.

– Sou namorado dela, sabia? – Ele perguntou, ironizando.

– Claro que sei, você é namorado, mas não é pai, você não pode simplesmente sair arrastando a menina pelos corredores. Se ela não quer ir ela não vai, simples assim. – Falei

– Isabelle, vem comigo? – James a chamou -

Isabelle você não vai ir com esse idiota, vai? – Perguntei, olhando para ela.

No momento que virei para frente levei um murro, ainda cambaleando, revidei o murro e ele caiu no chão, ia partir pra cima dele de novo, quando senti alguém me segurando, era Clary, os amigos de James estavam segurando ele.

– Cara, você não quer ser expulso no primeiro dia de aula quer? – Clary perguntou, preocupada.

Não tive tempo de responder, o diretor apareceu, olhando a situação, sustentava uma carranca na cara.

– Sr. Hill e Sr. Cooperland, minha sala, agora! – Sr. Roman falou, irritado.

Fomos andando até a sala do diretor, Isabelle, Clary e Anthony foram me acompanhando.

– Cara, você tem noção do que você fez? Quer ser expulso no seu primeiro dia de aula? – Anthony disse

– Tenho muita noção do que fiz. – Falei.

Isabelle estava na nossa frente falando com o diretor, Clary e Anthony continuavam do meu lado me dando bronca por ter feito aquilo, fingi que nem os escutava.

– Deixe eles em salas diferentes, ou eles vão se matar – Isabelle suplicou ao diretor.

– Tudo bem, Sra. Parker. – Ele disse.

– Você vai ficar bem aqui? – Clary perguntou.

– Claro - Eu disse sorrindo para ela.

– Agora vão para sala, vocês três - Sr. Roman disse apontando para Isabelle, Anthony e Clary.

– Tudo bem - eles responderam na mesma hora.

– Tomara que você não seja expulso – Anthony disse e saiu andando, Clary me abraçou e saiu correndo atrás de Anthony, Isabelle também me abraçou, me dando um beijo na bochecha.

– Obrigada... – Ela falou sem jeito.

– Estou sempre as ordens! – Eu disse rindo, ela retribuiu o sorriso e saiu correndo atrás do irmão.

Fiquei na sala ao lado da sala do diretor mexendo no celular.

– Que lindo hein, Simon... – Phillip disse em tom de ironia - Porque você brigou?

– Sério que eles chamaram nossos responsáveis para resolver isso? Que coisa mais antiquada, eles acham que somos criancinhas? - Falei irritado.

O diretor chegou na sala e nos chamou para irmos para sala dele

– Onde está minha mãe? - Perguntei para Phillip. - Ela está na sala do diretor. – Phillip respondeu.

Quando entramos na sala o diretor ficou falando mais uma meia hora sobre como os adolescentes são explosivos, e blá, blá, blá. Quando ele acabou de falar alguém bateu na porta, o Sr. Roman foi até a porta para ver quem era.

– Hector Cooperland, como vai? – Ele perguntou. Então ele entrou na sala. Alto, olhos castanhos, atentos, usava um terno preto.

– Estou bem sim, mas o que James aprontou dessa vez? – Hector perguntou, pelo seu olhar eu podia ver que ele estava bastante irritado.

– James brigou com um colega de classe... De novo. – O diretor explicou.

– Brigou? – Hector perguntou, irritado.

Eu estava de capuz para esconder o fone de ouvido, mas estava reparando bem na cena. Reparando em cada detalhe. Eu também usava blusa de frio com capuz, porque eu tinha nascido com uma marca no pescoço, era um símbolo, é sobre meu dom. Minha mãe disse que é perigoso se alguém descobrir que tenho esse dom, nunca entendi o medo que ela tinha que as pessoas soubessem disso. Mas ela não precisa se preocupar por que a metade do símbolo fica embaixo do cabelo, o que permite que ninguém o veja, e se, por acaso o ver não entende o que é aquilo. De súbito, minha mãe se virou pra mim, e me puxou.

– Temos que ir – Ela disse ao diretor.

– Ok – Ele respondeu, meio confuso.

– Você é o garoto que bateu no meu filho? – Hector perguntou. Ele ficou me encarando, como se parecesse que já me conhecia de algum lugar, eu podia ver que havia emoção em seu olhar.

Achei estranho, como poso dar um soco na cara do filho dele, e ele ficar emocionado?, Quando ia lhe responder, minha mãe me puxou mais forte, e saiu correndo pela porta me levando junto. Meu capuz caiu enquanto eu seguia minha mãe, e Hector observou o símbolo.

–Simon, Simon! – Hector gritou e saiu correndo atrás de mim e da minha mãe.

Continuamos dando passos largos, e passamos pelos corredores vazios, todos os que estavam nas salas de aulas ficaram nos olhando, chegamos no estacionamento da escola, onde Phillip estava dentro do carro nos esperando. Eu só tinha em mente uma coisa, como ele sabia meu nome sequer o diretor não falou nenhuma vez? Será que ele me conhecia de algum lugar? Mas, eu não me lembro...

– Mãe o que aconteceu? – Perguntei, mas ela não respondeu.

– Liga o carro! - Minha mãe gritou antes de chegarmos no carro.

Entramos no carro e Phillip deu a partida, olhei para trás e vi Hector gritando o meu nome sem parar.

– Ah meu Deus, aquele era Hector?– Phillip perguntou, preocupado.

– Sim, agora dirige mais rápido, ele pode nos seguir. – Minha mãe disse preocupada.