o luau

Deitada na cama fiquei pensando como minha vida mudou nesses dois últimos dias.

-tinha me mudado e agora era definitivo

-tinha ido para uma escola

-conheci um garoto super gente boa, mas que eu ia seduzir e provavelmente isso acabaria com a vida dele.

-conheci outro garoto, que por um acaso e super lindo,só que é um safado e pelo que me parece também quer jogar comigo.

Tudo isso em menos de 48horas, nossa isso poderia render um filme ou um livro no mínimo; eu nunca me senti mal por magoar ninguém, sentia que meu coração era de pedra nunca me apaixonei por ninguém, nem sentia prazer com nenhum homem que eu tenha ficado até hoje, já acabei com a vida de um cara que era casado, mas ele se apaixonou por mim, e quando eu consegui o que eu queria o joguei fora como um sapato velho, eu chegava até a me divertir com isso, achava legal abusar dos homens e eles se arrastarem por mim.

Provavelmente com Sam não seria diferente e eu já tinha tudo planejado na minha cabeça, Sam não iria resistir, ele se apaixonaria e eu o jogaria fora, pelo menos ele teria leah, ele não contaria a ela o que nós iríamos fazer, espero que não. Mas Jacob era um mistério eu não precisava seduzi-lo se eu quisesse eu poderia ficar com ele, mas eu queria mais queria que ele implorasse para me ter, queria que fosse ao contrário de todos os homens, ele primeiro iria me querer e depois me jogaria, ei! Ele não me jogaria fora, eu o jogaria fora assim está melhor. Não percebi que tinha pegado no sono quando minha mãe veio chamar para o jantar.

-filha! Você pode me fazer um favor? –minha mãe perguntou sentando na minha cama.

-claro!

-pode comer aqui no quarto hoje? Eu fiz um jantar romântico para mim e para o seu pai e...- não esperei nem ela acabar .

-sim.

-então sua comida já esta na bandeja, ela está ali na sua mesa de estudos. tchau acho que seu pai já terminou de se arrumar.-ela falou dando um beijo na minha testa e indo para a porta.

Não posso dizer que aquele era o melhor jantar que eu tive na vida, mas foi no mínimo diferente, eu estava jantando no meu quarto na minha mesa, meu, meu, meu.. Tudo meu. Enquanto meus pais jantavam lá em baixo eu escutei umas risadinhas da minha mãe. Eles eram tão felizes e apaixonados aquilo talvez nunca fosse possível para mim, até o meu ursinho o Teddy acha que eu tenho um coração de gelo. Teddy! Cadê o Teddy? Se eu tiver me esquecido dele em nova York eu vou surtar!.Corri até o meu closet e lá estava ele! Tão fofinho!

-ah Teddy! Senti sua falta!Você é o único que me entende. - falei para ele. Eu ganhei o Teddy da minha tia Alice quando eu tinha 5 anos e desde lá não nos separamos mais, ele era o único amigo que eu tinha durante as viagens que eu e meus pais fazíamos.

Passei quase a noite toda assistindo TV no quarto, uma TV que meu pai deve ter colocado na minha parede enquanto eu estava na escola, para não estragar a noite deles. Acho que eram umas 4 da manhã quando eu dormi.

O dia estava ensolarado naquela manhã ou deveria dizer tarde? Era meio dia quando eu me acordei. Acho que meus pais ainda não acordaram a farra foi boa ontem a noite! Troquei de roupa e fui para a cozinha, tinha uma caixa de pizza em cima do balcão, com o nome em cima “almoço”, pelo visto a farra foi tão boa que minha mãe só saiu da cama para pegar a pizza na porta.quando eu terminei de comer foi para o meu quarto trocar de roupa para ir para o tal luau, que era de tarde.tomei banho escovei os dentes e fui a procura de um biquíni.não poderia ser muito assanhado pois sam achava que eu era uma santa, mas também não poderia ser santinho demais tinha que provocar Jacob, será que ele estaria lá? Ele não falou nada na aula de educação física.peguei um que eu tinha usado na minha ultima viagem ao rio de janeiro era um tomara que caia azul com a calcinha azul com bolinhas branca, lá os homens ficaram babando e ele nem é tão pequeno assim, um vestido rosa também tomara que caia e um pouco curto. Escovei os dentes e coloquei um lápis de olho, eu não vivo sem o meu lápis de olho. voltei para o quarto e Teddy estava em cima da minha cama eu olhei para ele e comecei a falar com ele enquanto Sam não chegava.

-hoje vou seduzir o Sam Teddy!Ele não vai resistir a mim com esse biquíni e eu vou dar um beijo nele hoje, assim ele não vai resistir!-falei no ouvido dele como se fosse um segredo- ah! Não me olhe desse jeito você sabe que eu não consigo resistir a um bom jogo!.- ia começar um discurso como não consigo ficar sem um jogo para tentar convencer a Teddy a aceitar os meus jogos quando escutei a buzina do carro. - ele chegou Teddy! Se comporte e não faça bagunça. -como ele iria bagunçar ele era só um urso de pelúcia! Teddy era melhor do que muita gente por ai, por isso eu o tratava com gente.

Quando cheguei ao lado de fora Sam estava com uma chave estendida para mim, meu novo carro era lindo! Um conversível vermelho com o acento de couro branco.

-então vamos no seu ou no meu?-ele perguntou.

-vamos no seu acho que o meu não é tão visual praia!- falei indo para a garagem. Voltei com o carro dele e coloquei o meu para dentro enquanto ele me esperava no jardim.

- você dirige. - eu falei indo para o acento do carona.

- você gostou?

- se eu gostei? Eu adorei! E simplesmente lindo!.- falei enquanto ele parava em um sinal.

-lindo como a dona. – ele falou baixo, como se fosse só um pensamento,então ele caiu na minha de “ela não sabe o homem que tem” e era a hora de acabar com o jogo e deixar ele louco por mim.

-sam...- eu falei enquanto ele virava o rosto,de longe já dava para ver o estacionamento da praia. E essa era a hora, quando ele me olhou eu cheguei mais perto coloquei minha mão em seu rosto, e lhe dei um beijo, nossas línguas se encontraram e ele movimentava ela rápido como se desejasse muito isso,eu retribui o beijo de forma muito calorosa, percebi que ele não queria me soltar do beijo e o empurrei para longe de mim,claro que isso foi só um joguinho para ele pensar que perdeu o controle,o carro de trás buzinou, o sinal já estava verde, nós seguimos o caminho em silêncio e quando chegamos no estacionamento eu sai do carro rápido antes que ele falasse alguma coisa.lá em baixo vi Kim em pé na areia.

-kim!- gritei.

- hey ness, estávamos te esperando vamos. – ela me conduziu onde tinha um monte de pessoas amontoadas.- você ainda não conhece quil e Clair,eles faltam a aula ontem!

- olá – eles falaram juntos.

- oi- eu falei um pouco tímida, percebi que lá só tinha casais, e eu vou ser uma espécie de super castiçal segurando várias velas, por que seth e embry que são os solteiros estavam com duas garotas acompanhado eles. sam chegou um pouco depois e se sentou do lado de leah.

-então vamos apostar uma corrida até a água?- seth falou. Então todos os meninos se levantaram tiraram as blusas e ficaram de short. aimeudeus! Só tinha homem bom ali essas mulheres são sortudas mesmo, antes que eu tivesse a vontade de ter um novo joguinho com algum deles eu olhei para o chão.escutei quando todos eles saíram correndo e gritando feito crianças.

- vamos meninas! – leah gritou.

- você não vem ness? – a tal da Clair perguntou.

-não, jajá eu vou.- jamais que eu iria estragar, só tinham casais lá até planejei ir embora enquanto eles estavam na água. As meninas também apostaram corrida até a praia e quando chegaram lá cada uma foi para os braços do seu namorado. Ta bom isso já ficou constrangedor demais.eu me virei para ir embora.

-a água não é por ai.- ele falou.

-eu percebi isso, acho que você não percebeu que eu não estava indo para a água. - eu falei vendo o sorriso lindo dele, ele estava sentado no chão fazendo um castelinho de areia. Ta depois eu que sou a criança que fala com um ursinho! Pelo menos eu faço isso em casa onde ninguém vê ele está brincando de fazer castelinhos de areia na praia!

-então porque você vai embora?- ele perguntou botando mais areia em uma das torres que tinha acabado de cair.

-acho que você não percebeu que só tem casais aqui, e a minha vocação não é para castiçal isso eu tenho certeza!- eu falei ainda olhando para ele.

- eu não sou o que pode se chamar de homem acompanhado! .- ele falou abrindo os braços.eu tive que rir com essa.

- mas você é amigo deles e eu sou nova, eles me convidaram mais para fazer média comigo.

-você está linda!

-como você consegue mudar de assunto de uma hora para a outra?

-não sei só quis te falar isso. – ele falou e começou a botar mais areia na torre que tinha caído novamente.

-deixa eu te ensinar uma coisa. – fui até onde ele estava sentei do seu lado, peguei um pouco de areia na mão coloquei em cima da torre e pressionei um pouco. fiz o contorno da torre com as mão e finalmente ela não caiu. Eu sei que eu falei do negócio de construir castelinhos de areia, mas essa torre já estava me incomodando.

- agora sim!-ele falou sorrindo- pensei que nunca conseguiria te fazer ficar aqui.

-E quem disse que eu vou fica?

- e quem disse que eu vou deixar você sair? Você vai ter mesmo coragem de me deixar sozinho aqui com esses casais loucos?

- pode apostar que vou.- comecei a me mexer para me levantar.

- ness, não seja tão cabeça dura. – ele segurou meu braço.

-tá eu fico,mas só um pouquinho.

- só um pouquinho! – ele repetiu me puxando para mais perto dele.

- você tem certeza que não quer me beija?- ele falou cocando o braço na minha cintura.

- espera um pouco.- eu olhei para cima e cocei a cabeça.- é tem certeza que não.

Ele começou a rir,e deu um abraço em mim, foi tão bom eu não queria sair dali nunca mais.

- venha.- ele se levantou e me puxou com ele.- vamos para a água.

- você não pode me obrigar.

-Ah! posso sim -ele falou e veio em minha direção, chegou bem perto passou um braço pela minha cintura e me levantou, não deu tempo nem de pensar em escapar ele já estava me colocando nas costas.

- ta bem ! eu vou! Só me deixe tirar o vestido, acho que você também quer tirar a sua blusa.

- eu sei que você quer que eu tire a minha blusa!- ele falou rindo e me colocando no chão. Então ele tirou a blusa e eu vi aquele corpo esculpido pelas mão de um artista, como um homem poderia ser tão perfeito?me deu vontade de acariciar cada músculo dele.ness! o que você está pensando? Foco! foco!, eu tirei o meu vestido , dobrei e coloquei sobre a sua blusa,quando o olhei denovo ele estava com um olhar um pouco sério.

-que foi? Eu sabia que não deveria ter comido pizza no almoço eu estou gorda não é? Pode falar eu agüento!- ele começou a caminhar mais para perto de mim,colocou um dos braços em volta da minha cintura e ficou me olhando. Com a outra mão ele fez o contorno dos meus lábios com um dedo, depois minhas sobrancelhas e depois meus olhos.eu já estava quase me derretendo nos braços dele quando ele falou.

- nem parece que por trás desse anjinho tem uma diabinha...- ele falou me encarando.

- e você adora essa diabinha.-eu sussurrei em seu ouvido.

-por que reneesme? Porque você é uma santinha para eles e para mim você é outra coisa?- nós não estávamos mais nos encarando, estávamos falando um no ouvido do outro.

- talvez eu não seja essa santa que eles pensam que eu sou. – eu sei que não deveria falar isso, mas eu me sentia tão vulnerável perto dele.

- então quem você é?- ele pergunto mais baixo do que um sussurro.

Hrum-hrum.era Sam me olhando com uma cara feia.eu logo me desvencilhei dos braços de Jacob e olhei em volta,todos já tinham voltado e estavam olhando para nós dois.

- eu acho que vou tomar um banho de praia agora. - eu falei andando em direção a praia.

A água estava gelada, mas mesmo assim eu continuei lá parada.olhando para o mar e pensando o quanto vulnerável eu tinha me sentido perto de Jacob.ele é igual a mim só que eu faço joguinhos e ele é direto no que quer. Vi Jacob nadando em minha direção, então decidi sair antes que ele voltasse com aquele papinho de “quem você é” mais uma vez, estava com medo de contar toda a verdade para ele.antes que ele me alcançasse voltei para a praia. Todos me olharam com sorrisinhos no rosto.

- conta ness! Você está ficando com meu irmão?- a rechel falou.

- ele é seu irmão?

- é ,mas não mude de assunto, está ficando com ele ou não?- ela falou sorrindo.

- não, eu definitivamente não estou ficando com ele.

-não foi isso que pareceu lá da água.- Sam falou secamente.espero que ninguém tenha percebido que ele estava com ciúmes.

- as vezes o que parece ser não é.- falei olhando para ele. Fui me sentar do lado de embry e seth porque não tinha nenhum risco de Jacob sentar do meu lado.quando Jacob voltou sentou do lado de leah e ficou me encarando,para não correr o risco de ficar perdida com o olhar dele eu nem o olhei.o tempo foi passando e ele ficaram fazendo perguntas sobre minha vida,como era Nova York, porque eu tinha vindo para La push, onde eu já tinha morado, como era viver em hotéis.eu tentei contar o máximo de verdade para eles, depois da sessão perguntas para ness, eles começaram a conversas entre si,eu percebi que Jacob e Sam não tiravam os olhos de mim.então eu comecei a puxar conversa com embry e seth que me mataram de rir com as histórias deles .kim comentou com eles como eu tinha recitado um belo Soneto de Shakespeare na aula de literatura.

- vai ness! Por favor! Você pode recitar aquele mesmo foi tão lindo. – Kim pediu para mim e todos começaram a pedir também.

-tá, mas eu estou morrendo de vergonha.- falei olhando para Kim, o soneto que eu ia recitar era praticamente uma resposta ao que Jacob me perguntou mais cedo então eu olhei para ele, e fixei meu olhar no seu e comecei a declamar.

-Como no palco o ator que é imperfeito Faz mal o seu papel só por temor, Ou quem, por ter repleto de ódio o peito Vê o coração quebrar-se num tremor,

Em mim, por timidez, fica omitido O rito mais solene da paixão; E o meu amor eu vejo enfraquecido, Vergado pela própria dimensão.

Seja meu livro então minha eloqüência, Arauto mudo do que diz meu peito, Que implora amor e busca recompensa

Mais que a língua que mais o tenha feito. Saiba ler o que escreve o amor calado: Ouvir com os olhos é do amor o fado.

Era verdade em parte, eu fingia ser uma pessoa que eu não sou,mas eu não tinha nenhuma paixão,nunca tive.quando terminei de declamar todos batera palmas, e Kim até chorou.ele só olhou para mim e riu um sorriso que iluminava tudo a minha volta e eu sorri de volta, Sam olhou torto para nossa ceninha, mas a opinião dele não me importava.quando todos começaram a se levantar para as despedidas, Sam veio até mim.

- eu te levo para casa e depois levo leah, ela veio com embry,mas ele vai sair com a garota ali. – parecia que ele estava me dando algum tipo de explicação por leah está indo com nós dois, como se eu não fosse a intrometida da historia.

- se você não se importar eu levo ela para casa. - Jacob falou atrás de mim.

-ela que decide. – Sam olhou para mim como se estivesse implorando para eu ir com ele, eu não queria ir com Jacob, mas com certeza não queria ir com Sam.

-acho que leah vai querer ficar sozinha com você. - eu falei para Sam.- se Jacob não se importa eu vou com ele.

- se cuida. - Sam falou me dando um beijo demorado demais na minha testa.

Jacob e eu fomos para o estacionamento em silêncio, quando chegamos lá ele me guiou até uma moto preta muito linda.

- ah não!- eu falei me afastando- eu vou a pé!

- não me diga que você tem medo de moto.

- claro que não!-eu tinha sim – mas eu não confio em você dirigindo a moto.

-pensei que você tinha dito que me amava lá em baixo.- ele falou segurando minha mão para eu não ir embora.

- então pensou errado, está precisando freqüentar mais as aulas de literatura.

-ok! eu posso ter interpretado mal,mas outra hora você vai me contar aquela parte do ator,porque aquilo não foi para mim.

Eu peguei o capacete e coloquei, ele subiu na moto e deu uma batidinha na traseira da moto. Quando ele ligou a moto e acelerou eu me agarrei o máximo que podia nele acho que ele ficou até sem ar, mas eu morria de medo de moto, uma vez eu vi um acidente de moto e fiquei traumatizada e prometi que nunca andaria de moto na minha vida, mas lá estava eu em uma moto que estava muito rápida, eu não sabia onde agente estava porque eu estava com os olhos fechados.

- ness! Hey chegamos!- eu levantei a cabeça e vi que já estávamos na frente da minha casa. - gostou tanto de ficar agarrada comigo foi?

-você nem sabe o quanto- eu falei em um tom irônico já tirando o capacete.

- pode apostar que eu sei, não só sei como senti. - ele levantou a blusa mostrando o corpo perfeito e uma marca muito vermelha em seu abdômen perfeito.

- ah! Desculpa. - eu cheguei mais perto e passei os dedos sobre aquele abdômen de tanquinho. - está doendo?

- não agora. - ele pegou a mão que estava passando em seu corpo e me puxou para ele, chegando cada vez mais perto da minha boca até elas duas estarem quase se tocando, ele estava esperando que desse o primeiro passo, ele queria que eu me rendesse a ele. Então eu sussurrei.

-Em mim tu vês a época do estio Na qual as folhas pendem, amarelas, De ramos que se agitam contra o frio, Coros onde cantaram aves belas.

Tu me vês no ocaso de um tal dia Depois que o Sol no poente se enterra, Quando depois que a noite o esvazia, O outro eu da morte sela a terra.

Em mim tu vês só o brilho da pira Que nas cinzas de sua juventude Como em leito de morte agora expira

Comido pelo que lhe deu saúde. Visto isso, tens mais força para amar E amar muito o que em breve vais deixar

Então eu sai de perto dele, acenei com a mão e entrei em casa,estava tudo escuro eu liguei a luz e olhei para o relógio já eram quase duas da manhã meus pais deviam esta dormindo.eu me encostei na porta de frente até escutar o ronco do motor indo embora.eu só podia esta ficando louca, porque eu falei aquilo para ele? Corri até o meu quarto e deitei no chão olhando para as paredes. Fiquei sussurrando partes da minha musica favorita para Teddy que estava prontamente ao meu lado.

“Minha mente se foi,Estou rodando por aí,E bem aqui dentro,Afogarei minhas lágrimas

Estou perdendo o controle,O que está acontecendo?”

- não me diga que você tem medo de moto.

- claro que não!-eu tinha sim – mas eu não confio em você dirigindo a moto.

-pensei que você tinha dito que me amava lá em baixo.- ele falou segurando minha mão para eu não ir embora.

- então pensou errado, está precisando freqüentar mais as aulas de literatura.

-ok! eu posso ter interpretado mal,mas outra hora você vai me contar aquela parte do ator,porque aquilo não foi para mim.

Eu peguei o capacete e coloquei, ele subiu na moto e deu uma batidinha na traseira da moto. Quando ele ligou a moto e acelerou eu me agarrei o máximo que podia nele acho que ele ficou até sem ar, mas eu morria de medo de moto, uma vez eu vi um acidente de moto e fiquei traumatizada e prometi que nunca andaria de moto na minha vida, mas lá estava eu em uma moto que estava muito rápida, eu não sabia onde agente estava porque eu estava com os olhos fechados.

- ness! Hey chegamos!- eu levantei a cabeça e vi que já estávamos na frente da minha casa. - gostou tanto de ficar agarrada comigo foi?

-você nem sabe o quanto- eu falei em um tom irônico já tirando o capacete.

- pode apostar que eu sei, não só sei como senti. - ele levantou a blusa mostrando o corpo perfeito e uma marca muito vermelha em seu abdômen perfeito.

- ah! Desculpa. - eu cheguei mais perto e passei os dedos sobre aquele abdômen de tanquinho. - está doendo?

- não agora. - ele pegou a mão que estava passando em seu corpo e me puxou para ele, chegando cada vez mais perto da minha boca até elas duas estarem quase se tocando, ele estava esperando que desse o primeiro passo, ele queria que eu me rendesse a ele. Então eu sussurrei.

-Em mim tu vês a época do estio Na qual as folhas pendem, amarelas, De ramos que se agitam contra o frio, Coros onde cantaram aves belas.

Tu me vês no ocaso de um tal dia Depois que o Sol no poente se enterra, Quando depois que a noite o esvazia, O outro eu da morte sela a terra.

Em mim tu vês só o brilho da pira Que nas cinzas de sua juventude Como em leito de morte agora expira

Comido pelo que lhe deu saúde. Visto isso, tens mais força para amar E amar muito o que em breve vais deixar

Então eu sai de perto dele, acenei com a mão e entrei em casa,estava tudo escuro eu liguei a luz e olhei para o relógio já eram quase duas da manhã meus pais deviam esta dormindo.eu me encostei na porta de frente até escutar o ronco do motor indo embora.eu só podia esta ficando louca, porque eu falei aquilo para ele? Corri até o meu quarto e deitei no chão olhando para as paredes. Fiquei sussurrando partes da minha musica favorita para Teddy que estava prontamente ao meu lado.

“Minha mente se foi,Estou rodando por aí,E bem aqui dentro,Afogarei minhas lágrimas

Estou perdendo o controle,O que está acontecendo?”